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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES

URI
CURSO DE TECNÓLOGO EM PROCESSOS GERENCIAIS

ANDERSON DELEVATI

PROJETO INTEGRADOR IV-B

SANTIAGO/RS
2021
1 INTRODUÇÃO
Costuma-se dizer que a Contabilidade é tão antiga quanto à origem do
homem, afirma Marion (2002), o que é confirmado por Calderelli (1997), que, na
definição de Contabilidade, na Enciclopédia Contábil e Comercial Brasileira, expõe
que “a sua origem se perde no tempo, com a verificação feita em placas, tábuas, etc.,
encontradas nas escavações arqueológicas. Pelos achados, nota-se que
a contabilidade consistia em simples anotações, a fim de evitar lapsos de memória,
haja vista os textos egípcios, babilônicos, fenícios, gregos e romanos encontrados.”.
Com o objetivo de controlar o patrimônio, o homem primitivo buscava
organizar-se de maneira a contar (inventariar) seu rebanho, conforme relata Marion
(2002), afirmando que o homem, cuja natureza é ambiciosa, preocupava-se com o
crescimento e a evolução do rebanho e de sua riqueza. Desde então, "foram
pensadas e estudadas as várias formas de registrar os fatos contábeis que davam
origem àqueles relatórios, apurando a variação da riqueza e, por fim, imaginando as
formas de registros contábeis." (MARION, 2006). A partir desta preocupação, o
homem, com sua ânsia em buscar um controle patrimonial e análise da evolução de
sua riqueza, começou a utilizar-se de métodos os quais se tornariam, com seus
aperfeiçoamentos, os controles contábeis utilizados em épocas atuais.
Com o passar dos anos, evoluindo historicamente, a Contabilidade requereu
para si a responsabilidade do controle patrimonial e, para tanto, identifica todos os
fatos e atos que possam ser mensurados, e os registra contabilmente. Através
destes, são elaborados relatórios que demonstram a situação e variação do
patrimônio controlado. As ferramentas de análise devem ser interpretadas e
direcionadas para um enfoque gerencial buscando servir como base de informações
para tomada de decisão dos gestores. As interpretações devem conter linguagem
simplificada que possa fazer entender todos os usuários que tenham interesse na
situação econômica da empresa.
Quanto mais numerosas as informações mensuradas aos gestores, maior
possibilidade de contribuir na maneira de fornecer resultados, possibilitando para a
empresa uma maior competitividade com seus concorrentes, contribuindo para um
melhor desenvolvimento e crescimento econômico da empresa. É preciso analisar,
além da quantidade, e com atenção redobrada, a qualidade das informações, pois
informação em quantidade exagerada pode não se tornar útil, e, sim, empecilho para
agilidade na tomada de decisões.
Por vezes, informações sucintas e objetivas são de maior valia, o que é
possível quando o analista conhece a empresa, seus objetivos, suas perspectivas,
ou seja, os aspectos necessários para saber como e o que constar na análise dos
demonstrativos. O analista precisa saber como elaborar a análise das
demonstrações contábeis, pois não é preciso apenas saber calcular os índices, mas
também saber como interpretá-los, e adequá-los a cada empresa ou usuário
específico visando a maximização da riqueza este estudo terá a finalidade de
analisar gerencialmente as demonstrações patrimoniais e financeiras da empresa,
procurando levantar a maior quantidade de informações com a maior qualidade
possível.

1.1 TEMA
Análise das Demonstrações Contábeis e Processos Gerenciais

1.2 PROBLEMA
Como a análise das demonstrações contábeis pode melhorar os processos
gerenciais?

1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral
Identificar maneiras como a análise das demonstrações contábeis pode
auxiliar no desenvolvimento de processos gerenciais.

1.2.2 Objetivos específicos


- Descrever as principais análises de demonstrações contábeis;
- Identificar as características de processos gerenciais;
- Apontar formas de melhorar a forma de gerenciamento através de
demonstrações contábeis.

1.3 JUSTIFICATIVA
No suporte à gestão das companhias, como ferramentas facilitadoras, as
demonstrações contábeis podem entregar dados valiosos para os gestores,
permitindo o desenho de uma espécie de "mapa" de desempenho.
Ao comparar os dados atuais com os indicadores de períodos anteriores, por
exemplo, os administradores têm condições de tomar decisões com mais segurança.
Em suma, as demonstrações contábeis podem se converter em uma ferramenta
gerencial para a sua empresa.
Além disso, a divulgação destes demonstrativos permite que sócios e
acionistas consigam avaliar o crescimento da organização, considerando a
possibilidade de investir na companhia.
O IBRACON (NPC 27) define que:
“o objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é
fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira,
o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis
para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões.
As demonstrações contábeis também mostram os resultados
do gerenciamento, pela administração, dos recursos que lhe
são confiados.”
Quando a empresa adota as demonstrações contábeis como parte de seu
controle gerencial, ela passa a ter visibilidade mensal sobre o desempenho e a
rentabilidade do seu negócio. Ou seja, muito melhor do que entregar as
demonstrações contábeis somente no fim do ano, visando apenas cumprir
exigências legais, é fazer essa gestão mês a mês.
Em síntese, o principal objetivo das demonstrações contábeis é apontar a real
situação da saúde financeira do seu negócio, permitindo que tanto o gestor quanto
os potenciais investidores tenham indicadores precisos para a tomada de decisões.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
Marion (2006) considera a contabilidade como um instrumento pelo qual ajuda
a administração de uma empresa nas tomadas de decisões, avaliando e analisando
todos os dados econômicos da organização a partir de relatórios. As demonstrações
contábeis se caracterizam como os próprios relatórios ou sumários que evidenciam
os aspectos econômicos e ou patrimoniais.
As principais demonstrações contábeis têm por finalidade realizar um balanço
patrimonial, caracterizando assim os bens e também a posição financeira de uma
determinada organização. A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um
tipo de demonstração que evidencia os lucros e ou prejuízos em um tempo de
exercício pré-determinado, comparando assim despesas, receitas e outras
atividades econômico-financeiras do período. (BRUNI E FAMÁ, 2006).
Outro tipo de demonstração contábil é a Demonstração de Lucros ou
Prejuízos Acumulados (DLPA) que configura ações de reinvestimento do capital, ou
melhor, do lucro líquido a partir da integração com o BP E DRE, esclarece através de
relatórios e notas explicativas a situação patrimonial e resultados da empresa.
(BRUNI E FAMÁ, 2006).
Os autores acima ainda expressam conhecimentos acerca da Demonstração
de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) a qual já não faz parte do escopo de
Demonstrações Obrigatórias, contudo tem a finalidade de indicar a origem dos
recursos bem como as suas aplicações no prazo de um ano e também da
Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) que se refere às alterações desenvolvidas
no saldo de caixa.
Nesse sentido Braga (1999) diz que a análise das demonstrações contábeis é
importante instrumento gerencial que permite aos administradores de uma empresa
ter uma visão mais ampla dos negócios da organização, garantindo que de certa
forma os recursos da empresa sejam aplicados de maneira eficiente e
principalmente de acordo com as metas e objetivos operacionais e institucionais da
organização. As informações contábeis devem ser desenvolvidas juntamente com a
área administrativa da empresa levando em consideração os fatores que envolvem
planejamento, execução e análise do desempenho.
Silva (2001) acrescenta que as Demonstrações Contábeis se constituem
como um meio de comunicação, um canal pelo qual a empresa apresenta
informações e dados aos diferentes usuários internos e externos Caracterizando
assim transparência em suas operações, atingindo assim uma dimensão que
transpassa o contexto fiscal e compreende a dimensão ética. Segundo o autor uma
empresa consciente de suas funções para com seus fornecedores, clientes,
acionistas, investidores e funcionários têm estabelecido informações cada vez mais
precisas de sua real funcionalidade.
Iudícibus (1998) define as análises de demonstrações contábeis como uma “a
arte de saber extrair relações fiteis, para o objetivo econômico que tivermos em
mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas extensões e detalhamentos”.
Os dados iniciais se adquirem da contabilidade, sendo submetidos a
evidenciar de fato e periodicamente uma gama de procedimentos contábeis
inseridos nas atividades da empresa, envolvendo demonstrações dos resultados
obtidos durante um prazo determinado, possíveis alterações em seu patrimônio
líquido. (MATARAZZO, 2010).
2.1. Análise de Balanços
Para Iudícibus (1998) a análise a partir da extração de dados úteis dos
relatórios contábeis visa refletir sobre os objetivos financeiros da empresa.
De acordo com Brizolla, (2008) “A contabilidade retrata, por meio do balanço,
a situação patrimonial da empresa em determinada data, propiciando aos analistas o
conhecimento de seus bens e direitos, de suas obrigações e de sua estrutura
patrimonial”.
2.2 Análises a partir de índices
Os índices financeiros revelam aspectos que dizem respeito à situação
econômica da empresa, sendo então a sua principal característica fornecer uma
visão ampla da estrutura, situação financeira e liquidez da empresa. Dependendo da
profundidade da análise precisa-se de uma quantidade maior de índices.
Marion (2002) argumenta que os índices são:
[...] relações que se estabelecem entre duas grandezas;
facilitam sensivelmente o trabalho do analista, uma vez que a
apreciação de certas relações ou percentuais mais significativa
(relevante) que a observação de montantes, por si só. [...],
entretanto, que o analista deverá tomar uma série de
precauções quanto à interpretação dos índices. Muitas vezes,
podem dar falsa imagem de uma situação.
A citação acima chama atenção para o fato de que o analista necessita tomar
cuidado ao interpretar os índices, pois os mesmos podem apresentar uma imagem
distorcida da real situação.
Os índices de balanço revelam as relações entre as contas e os resultados
das atividades de uma empresa, ou seja, o próprio conceito de índice configura-se
como aquilo que expressa alguma qualidade, os gestores utilizam este instrumento
para melhoria da elaboração de seus projetos, servindo como medida para as
diferentes questões econômicas e financeiras processadas dentro de um
empreendimento. Através dos índices de balanço se torna possível constituir um
quadro avaliativo da empresa (MATARAZZO, 2010).
Os índices são importantes ferramentas informativas, pois revelam a real
situação de solvência ou liquidez das empresas, de maneira como a empresa vai
saldar suas contas ou então como serão destinados os recursos da mesma, obtendo
dados sobre a rentabilidade. Esse processo exige que sejam analisados os índices
em relação ao prazo estabelecido, por esse fato outros indicadores como o de
rotatividade são importantes, pois torna possível analisar os giros do estoque, os
prazos de recebimentos, os de pagamento por parte dos consumidores entre outros
(MATARAZZO, 1998).
Marion (2002) argumenta que as metodologias de análise de balanço
apresentam critérios científicos, todavia são escolhidos os indicadores de análise
aos quais passaram por um processo de comparação a partir de padrões definidos,
a partir dá já se torna possível ter algum diagnóstico sobre os fatores analisados,
que serviram para possíveis tomadas de decisões.
2.3 Avaliação dos índices
Os tipos de avaliações de índices contábeis mais comuns são:
Avaliação Intrínseca: Que configura a análise de elementos qualitativos internos
correspondendo assim os fatores que circunscrevem o balanço patrimonial, tais
como estoque, aplicações financeiras, investimentos e etc.
Avaliação por índice-padrão: Tem como finalidade comparar um determinado
índice da em presa com um modelo padrão, buscando a partir disto analisar se a
elevação de um índice é negativa ou positiva, estabelecendo nesse procedimento
respostas aos valores encontrados.
Comparação temporal: Este tipo de avaliação fundamenta a análise dos dados da
empresa em períodos sequenciais, possibilitando observar possíveis oscilações e
rendimentos. Este tipo de avaliação também tem a finalidade de mapear e
acompanhar possíveis evoluções e declínios dos elementos e recursos patrimoniais,
e também apresenta os resultados obtidos pela empresa em determinado período de
tempo. (DUARTE; LAMOUNIER, 2007).
2.4 Análises de balanços e suas finalidades
Assaf Neto (2003) diz que a análise de balanços visa descrever a posição
econômica da empresa, embasado nas informações contábeis, prevendo tendências
futuras e evolução.
As metodologias empregadas na Análise de Balanço respeitam critérios
científicos para chegar a resultados e conclusões. Inicialmente são escolhidos
indicadores de análises, esses passam por testes comparando com padrões já
estabelecidos. Os elementos analisados apresentam algum diagnóstico o que serve
de impulso para possíveis tomadas de decisões (MATARAZZO, 1998).
Para a extração de informações financeiras, patrimoniais e econômicas, de
uma organização, se faz necessário algumas técnicas para análise de balanço,
sendo as mais conhecidas e mais eficientes: análise horizontal, análise vertical,
análise dos índices e quocientes, sendo estes últimos melhores para analisar a
saúde financeira das empresas.
Análise Horizontal: que indicam o crescimento de itens dos balanços e resultados
de acordo com os períodos.
Análise Vertical: refere-se à avaliação da estrutura de itens bem como o
crescimento e evolução no tempo.
Análise de Liquidez e do Endividamento: esse tipo de análise relaciona as contas
do balanço, indicando se a organização utiliza mais recurso de bandos ou
fornecedores e ou se a mesma utiliza recursos próprios, se os recursos de terceiros
têm seu vencimento previsto em maior parte em curto prazo ou em longo prazo.
Análise da Rotatividade: diz respeito ao tempo que os recursos patrimoniais se
renovam em um período de tempo.
Análise de Rentabilidade: são quocientes que comparam a lucratividade com
vendas líquidas, o retorno sobre o investimento, e também sobre o patrimônio
líquido.
Retorno Sobre o Investimento: indica os lucros obtidos pela empresa em relação a
toda a sua aplicação.
Retorno sobre o Patrimônio Líquido: expressa os resultados globais da empresa
no que tange os recursos próprios e de terceiros.
Análise do Fluxo de Caixa: este tipo de análise evidencia se a empresa terá
condições de cumprir com seus compromissos fiscais e financeiros, u por outro lado
se está buscando recursos que venham incrementar a insuficiência de caixa.
Compreende-se que através das interpretações das análises transforma um
conjunto de dados em informações, passando assim a ter valores determinantes
para servir de ponto de partida para delinear perspectivas futuras.
Fortes (2001) considera que ainda não existe nenhuma ferramenta ou sistema
de registro, controle e analise patrimonial que seja mais eficaz no contexto
empresarial do que a contabilidade. As diferentes decisões empresariais muitas
vezes dependem dos aspectos contábeis.
Perez Jr e Begalli (1999) afirmam que em geral o objetivo da análise é o de
extrair dados das demonstrações contábeis a fim de articular as tomadas de
decisões, conhecendo assim a estruturação e saúde financeira da organização bem
como seu desenvolvimento operacional.
A partir das palavras de Assaf Neto (1998) pode-se considerar que a análise
das demonstrações contábeis tem o intuito de apresentar informações acerca do
passado, presente e futuro de uma empresa, com base nos demonstrativos
determinando muitas vezes possível evolução da empresa.
Nesse sentido Silva (1999) infere expressando que para que uma empresa
evolua e obtenha ascensão em seus negócios são imprescindíveis que sejam
levados em consideração seus aspectos de organização interna e externa, tais como
projetos, nível de economia do país, clientes, fornecedores, funcionários e etc.

3 METODOLOGIA
A metodologia apresenta o método de pesquisa e o método de trabalho,
informando como o trabalho foi realizado, com os procedimentos de coleta e análise
de dados.

3.1 MÉTODO DE PESQUISA


3.1.1 Quanto à abordagem
Na pesquisa qualitativa, o objetivo central da pesquisa é entender a
explicação de algum fenômeno ou comportamento. Ou seja, há subjetividades e
nuances que não são quantificáveis (não podem ser expressas em números). Pode-
se utilizar de entrevistas e também de informações contidas em literatura e
documentos.
Esta é uma pesquisa classificada como qualitativa, pois busca compreender
um fenômeno ou comportamento relacionado à análise das demonstrações
contábeis e processos gerenciais sem a intenção de quantificá-lo.
3.1.2 Quanto à natureza
A pesquisa básica objetiva gerar conhecimentos novos para avanço da
ciência sem alguma aplicação prática prevista. É uma pesquisa puramente teórica,
que requer obrigatoriamente uma revisão bibliográfica (GIL, 2017).
O presente trabalho constitui uma pesquisa básica, sendo que revisa
conceitos da literatura relacionados à análise das demonstrações contábeis e
processos gerenciais.

3.1.3 Quanto aos fins


Gil (2017) aponta que a pesquisa exploratória pretende observar e
compreender os mais variados aspectos relativos ao fenômeno estudado pelo
pesquisador, proporcionando maior familiaridade com o problema. Para tanto,
envolve levantamentos bibliográficos, entrevistas com pessoas que tiveram
experiências práticas com o problema, além da análise de exemplos, assumindo, em
geral, a forma de pesquisas bibliográficas e estudos de caso.
Este trabalho constitui de uma pesquisa exploratória, pois busca informações
de outros autores sobre os temas e ainda faz uma análise da relação entre os temas
pesquisados.

3.1.4 Quanto aos meios


A pesquisa bibliográfica é elaborada a partir de material já publicado, como
livros, artigos, periódicos, internet, etc. Conforme Gil (1994) pode-se dizer que essa
categoria de pesquisa é um tipo de revisão bibliográfica ou levantamento
bibliográfico, caracterizado por investigações sobre ideologias ou pesquisas que se
propõem à análise das diversas posições sobre um problema.
Assim, esta é uma pesquisa bibliográfica, pois se utiliza de informações que
constam na literatura especializada sobre análise das demonstrações contábeis e
processos gerenciais.

3.2 COLETA DE DADOS


Uma pesquisa pode se utilizar de dados primários, dados secundários ou de
ambos os tipos de dados. Os dados primários, também conhecidos como dados
brutos, são aqueles obtidos diretamente do pesquisador com o uso de seus próprios
instrumentos e experiência. São obtidos principalmente por meio de questionários,
pesquisas (de opinião), entrevistas, observação e estudos de caso. Já os dados
secundários são o conjunto de informações que já foram coletadas por outra
pessoa durante um processo de pesquisa diferente. As principais fontes de dados
secundários são os livros, artigos, registros e websites.
Esta pesquisa utiliza dados secundários originados da literatura especializada
sobre análise das demonstrações contábeis e processos gerenciais disponível em
livros, revistas, artigos e em sites da internet.
Os dados e informações coletados foram analisados de forma qualitativa e
são apresentados por meio de textos para a compreensão por parte do leitor.

3.3 MÉTODO DE TRABALHO


O método de trabalho visa descrever quais as etapas e os procedimentos
adotados para a execução da pesquisa. Este trabalho seguiu as seguintes etapas
para sua execução:
Etapa 1: Definição do problema, objetivos e justificativa.
Etapa 2: Pesquisa e desenvolvimento do referencial teórico sobre o tema
tratado.
Etapa 3: Classificação do tipo de pesquisa e descrição da metodologia
empregada no desenvolvimento do trabalho.
Etapa 4: Pesquisas complementares, descrição e apresentação dos dados
coletados.
Etapa 5: Análise das informações e conclusão da pesquisa.

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS


Durante o trabalho de pesquisa pôde-se perceber a importância da
contabilidade gerencial como ferramenta no processo de tomada de decisão. A
peculiaridade presente no profissional contábil é sua solícita compulsão em dar
suporte ao gestor para que a organização possa atingir seus objetivos. A
contabilidade não transmite apenas informações de cunho financeiro, econômica e
patrimonial, porém objetiva atender as necessidades de seus usuários no processo
decisório.
Compreende-se que as Demonstrações Contábeis são de suma importância
para as pessoas que compõe o cenário organizacional, desde o presente até os
funcionários, pois possibilita o esclarecimento das ações econômicas e informações
patrimoniais da empresa. As Demonstrações Contábeis também interessam ao
público externo, tais como acionistas, clientes, fornecedores e etc., sendo estes
usuários das demonstrações.
Em conformidade com os autores estudados, as informações oferecidas pelo
contador, passaram a ser primordiais para a tomada de decisão, uma vez que
significativas mutações estão ocorrendo à medida que as empresas disputam entre
si.
Mediante as informações do contador gerencial, as companhias estão
alterando a maneira de gerenciar, fundamentando-se, gradualmente, em relatórios
contábeis, para solidificar suas decisões.
Cada vez que a contabilidade gerencial auxilia os gestores nos trâmites de
decisões a escolherem por uma opção confiável e cabível em determinado período,
ela mesma é valorizada. A pesquisa destacou aspectos importantes que podem
agregar benefícios aos seus usuários.
Por outro lado, a contabilidade gerencial experimenta ainda uma relutância
por parte de algumas instituições empresariais que precisam dessa informação
gerencial para o processo de tomada decisão até mesmo em tempo real. As
demonstrações financeiras dizem respeito aos relatórios construídos a partir dos
dados da empresa, as análises de balanço irão transformar esses dados em
informações mais condizentes com a realidade financeira da empresa.
Os principais assuntos abordados neste artigo tratam da importância das
Demonstrações Contábeis para evidenciar a situação econômica e financeira das
organizações, sendo possível revelar tais situações a partir de índices, e também
avaliar o que ocorreu em determinado prazo de exercício.
As análises têm por finalidade gerar informações uteis para tomadas de
decisões partindo das demonstrações extraídas, sendo assim esta técnica interpreta
os demonstrativos financeiros de uma empresa. Para que sejam elaboradas as
Demonstrações contábeis é necessário que a empresa repasse informações
financeiras e patrimoniais para a contabilidade, quando a organização não tiver esse
setor agregado.
O processo de contabilidade e respectivamente de Demonstrações Contábeis
exige uma adequada gestão financeira, que analise, planeje e articule o controle
financeiro de maneira correta, a partir de instrumentos que permitam obter relatórios
e índices que se aproximem ao máximo dos fatores exercidos, tais como saldo de
caixa, patrimônio, estoques, contas a pagar e a receber, enfim são essas e outras
que exigem a utilidade contábil e de análise de demonstrações.
Uma vez que a empresa assume as ferramentas de Demonstrações
Contábeis, a gestão passa a ter uma visão mais estratégica dos seus negócios, pois
por meio das informações poderão ser tomadas decisões operacionais como:
compra, venda investimentos, financiamentos, e etc. é importante que a empresa
saiba adequadamente qual a sua real posição econômica para que a mesma
obtenha crescimento e ascensão no mercado, e a contabilidade auxilia
significativamente neste processo.
Como resultado das pesquisas pode-se dizer as análises a partir de índices
são importantes ferramentas contábeis, que evidenciam questões referentes à
situação financeira de uma empresa a ser analisada, a parir destes instrumentos a
organização pode avaliar a sua capacidade de pagamento ou de saldar seus
compromissos em prazos pré-determinados. Para isso os índices refletem a
capacidade da empresa bem como a situação financeira em curto prazo, longo prazo
ou em prazo imediato.

5 CONCLUSÃO
Para que se possa realizar a análise das demonstrações financeiras, é
fundamental que o analista tenha pleno conhecimento das demonstrações contábeis,
das técnicas de análise, de como elaborar e interpretar uma análise, enfim, dos
conceitos que foram especificados no presente artigo.
A Contabilidade deve servir não apenas como controle patrimonial, mas como
ferramenta gerencial nas empresas. Com a aplicação das técnicas de análise
apresentadas neste artigo, aliada a capacidade de interpretação do analista, a qual
deve ser adequada à realidade da empresa analisada, ou do usuário que está
solicitando a análise, poder-se-á, então, elaborar-se relatórios os quais traduzam a
situação econômico-financeira da empresa, podendo, assim, a administração ter um
auxílio para a tomada de decisões.
Apesar de algumas limitações por ser feito com base em fatos já ocorridos,
tais informações proporcionam comparativos entre períodos, preferencialmente no
menor período possível, mês a mês, já que algumas informações contábeis são
apropriadas mensalmente. Com base nos fatos ocorridos torna possível projetar os
fatos futuros, avaliando os ocorridos e os projetados ou orçados.
Deste modo, a análise elaborada com o maior número possível de
informações é de grande valia para a tomada de decisões. Não havendo um modelo
padrão ou um modelo ideal para elaborar uma análise, e sim quanto maior a
quantidade e a qualidade das informações maiores serão os subsídios para os
gestores avaliar, comparar, projetar e tomar decisão.
Conclui-se que as Demonstrações Contábeis são de suma importância numa
organização, pois reflete a situação financeira e patrimonial da empresa, fatore estes
que permitem articular ações para tomadas de decisões como reinvestimentos,
aplicações, crescimento dos empreendimentos, enfim auxilia a empresa no que
tange o planejamento e controle financeiro.
Pode-se constatar que as Demonstrações Financeiras são ferramentas
indispensáveis para análise de balanços, e devem demonstrar índices que retratem
verdadeiramente as reais situações da empresa. As demonstrações financeiras são
utilizadas para análises podendo assim evidenciar estrutura de capitais, liquidez,
previsões, falência entre outros giros de uma organização.
É importante frisar que a Análise das Demonstrações Contábeis não se
configura apenas como cálculos e resultados finais e sim como informações muito
relevantes para ações remediativas e tomadas de iniciativas por parte de uma
organização.
Pode-se dizer que os métodos de análise das demonstrações contábeis são
meios de interpretação de dados, que resultam em informações relevantes que
auxiliam na gestão financeira de uma organização, possibilitando aos
administradores projeções mais precisas e eficientes para as tomadas de decisões.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BRIZOLLA, M. M. B., Contabilidade Gerencial. Ijuí: Unijuí, 2008.

BRUNI, A. L.; FAMÁ, R.. A Contabilidade Empresária. Volume 3 Série


Desvendando as Finanças. São Paulo: Editora Atlas, 2006.

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CETEC, 1997.

DUARTE, H. C. F.; LAMOUNIER, W. M. Análise Financeira de Empresas da


Construção Civil por Comparação com Índices-Padrão. Paraná, 2007.

FORTES, J. C. Manual do Contabilista. Belém: Celigráfica, 2001

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2017.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1994.

INSTITUTO DOS AUDITORES INDEPENDENTES DO BRASIL (IBRACON NPN


27). Deliberação CVM n. 496, de 3 de janeiro de 2006. Prorroga a entrada em
vigor da Deliberação CVM n. 488, de 3 de outubro de 2005, que aprovou o
Pronunciamento do IBRACON NPC n. 27 sobre Demonstrações Contábeis –
Apresentação e Divulgações. Disponível em:
<http://www.icbrasil.com.br/legislacao/Legislacao_icb_11_1_07_2.pdf>. Acesso em:
23 set. 2021.

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