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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Educação e comunicação

Tema: Demonstrações Financeiras

Elementos do Grupo:
Ana da Glória Juma
Laiza Júlia Dimaka Dakika
Saima Momade Aktar
Yumna Ibrahim Anis
Zeferino Saraiva Henriques

Docente:Iacumba Saide

Nampula, 09 de Maio de 2022


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Faculdade de Educação e comunicação

Tema: Demonstrações Financeiras

O trabalho de caracter avaliativo da


cadeira de Contabilidade Financeira 3,
lecionado no segundo ano licenciatura
no curso de Contabilidade e Auditoria

Elementos do Grupo:
Ana da Glória Juma
Laiza Júlia Dimaka Dakika
Saima Momade Aktar
Yumna Ibrahim Anis
Zeferino Saraiva Henriques

Nampula, 09 de Maio de 2022


INTRODUÇÃO
O presente trabalho de carácter avaliativo que tem como tema: Demonstraçães financeiras, diz-
se que a demonstracao financeiras sao relatos contabeis que apoiam a tomada de decisao nas
empresas. Os demonstrativos mais importantes sao: Balanco patrimoial, demonstracao do
resultado do exercicio (DRE), Fluxo de caixa (FC), Demonstracoes das mutacoes do patrimonio
liquido (DMPL), Demonstração de valor adicionado (DVA), Notas explicativas.
Outras demonstrações financeiras incluem: Demonstração das origens e aplicações de fundos
(DOAF), Relatório de gestão, Parecer dos auditores independentes.
As demonstrações preparadas com este propósito vão de encontro às necessidades comuns da
maioria dos utentes mas não proporcionam toda a informação de que estes possam necessitar
para tomarem as suas decisões. As demonstrações financeiras, retratam efeitos financeiros de
acontecimentos passados. Elas não proporcionam necessariamente informação não financeira.
O presente trabalho está organizado em Introdução, desenvolvimento, conclusão e por ser um
trabalho científico, as suas respetivas referenciais bibliográficas.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As empresas estão inseridas em um mercado globalizado que exige decisões rápidas e
sábias, e para que isso aconteça de forma assertiva as demonstrações financeiras são
utilizadas como ferramentas de apoio. A administração financeira é essencial para a
gestão das organizações, pois executivos definem estratégias baseados em relatórios
contabilísticas que são gerados a partir de diversos dados financeiros. Uma empresa não
desenvolve a sua actividade isolado do mundo, muito pelo contrário. No decorrer da sua
actividade uma empresa entra em contacto com um inúmero conjunto de empresas,
instituições e pessoas que lhe vai transmitindo conhecimentos. Segundo SANTOS
(2010), a este conjunto de empresas, instituições e pessoas podemos designar como
mercado.
Na economia moderna, a competitividade significa informação e conhecimento,
obrigando as empresas a utilizar de forma estratégica os seus recursos, tendo em conta o
conhecimento e a experiência passada. Assume-se, cada vez mais, que a sobrevivência e
competitividade de uma empresa estão directamente relacionadas com a sua capacidade
de aprendizagem e extracção de informação útil para as tomadas de decisão.
Nesse sentido, é pertinente utilizar a análise financeira, de forma a obter indicadores que
possibilitem um diagnóstico correto da actividade da empresa, fornecendo, desta forma,
informação confiável e fidedigna, que contribua para delinear estratégias adequadas e
para a monitorização de medidas a implementar. Os indicadores económico-financeiros
mostram o resultado das operações da empresa num determinado espaço de tempo.
Embora o planeamento sempre se refere ao período futuro, não há como desconsiderar o
passado. Estes indicadores servem para mostrar onde a empresa esteve bem e o que
eventualmente precisa ser melhorado.
Diante desse cenário, verifica-se a importância das informações que são geradas a partir
de Demonstrações Financeiras, como exemplo citam-se: Balanço Patrimonial,
Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração do Fluxo de Caixa.
Profissionais da área financeira estudam os dados apresentados, por meio de fórmulas e
cálculos de índices com o objectivo de gerar relatórios que auxiliam na tomada de
decisão da empresa. Os indicadores normalmente calculados são: Índices de Liquidez,
de Endividamento, Estrutura de Capital, de Rentabilidade.
“As demonstrações financeiras traduzem, eventualmente, a parte mais visível do relato
financeiro. Procuram proporcionar informação de natureza económica, financeira e fiscal que
seja útil para tomada de decisões” (Lopes, 2013, p. 42).
Demonstrações financeiras são relatórios contabilísticos que detalham a situação financeira geral
de uma empresa, com base nelas é possível realizar a apuração dos impostos, controlar o fluxo de
caixa, realizar melhores investimento e conseguir gerenciar melhor todos os aspetos do negocio
(Sankhaiyah, 2016).

Importância das demonstrações financeiras


O produto final de um processo contabilístico é o conjunto de relatórios denominado
demonstrações financeiras. Essas demonstrações podem ser acessadas pelos usuários e devem
fornecer informações:
 Úteis para apresentar aos potenciais credores e investidores por ocasião das decisões de
investimento e concessão do crédito;
 Compreensíveis para aqueles com razoável entendimento das actividades econômicas;
 A respeito dos recursos da empresa, das suas obrigações e dos efeitos das transações que
possam alterar essas posições;
 Sobre o desempenho da empresa em dado período;
 Para ajudar os usuários a avaliar os valores, o tempo e a incerteza de possíveis valores a
serem recebidos de dividendos e da venda de ações e/ou empréstimos.
Esses dados foram traduzidos por Anthony et al (1999), que resumiram os objetivos
recomendados por pelo Financial Accouting Standards Board (Fasb), órgão americano
encarregado de emitir pareceres e princípios contabilísticos.
As demonstrações ajudam a encurtar a distância entre os dados contábeis históricos e o interesse
dos usuários orientado para a geração futura de caixa.

Objetivos das demonstrações financeiras


“Tal como expresso na estrutura conceptual do SNC, essas informações tem como
objetivos suportar as mais diversas decisões empresariais das quais se destacam:
a) Decidir quando comprar deter ou vender um investimento em capital próprio;
b) Avaliar a capacidade da entidade solver os seus compromissos;
c) Determinar as políticas fiscais;
d) Determinar a política de dividendos;
e) Preparar as estáticas nacionais e internacionais;
f) Regular a actividade das entidades” (Lopes, 2013, p. 42).
De acordo com a estrutura conceptual do sistema nacional de contabilidade o objetivo das
demonstrações financeiras é o de proporcionar informação acerca da posição financeira
do desempenho e das alterações na posição financeira de uma entidade que seja útil a um
vasto leque de utentes na tomada de decisões económicas (Costa & Alves, 2013, p. 145).

Elementos das Demonstrações Financeiras


 Balanço patrimonial;
 Demonstração do resultado do exercício;
 Demonstração de mutação do patrimônio líquido;
 Notas explicativas.

Balanço patrimonial

SANTOS (2010, p. 57), afirma que a BP “é uma das mais importantes demonstrações
contabilísticas, por meio da qual podemos apurar a situação patrimonial e financeira de uma
entidade em determinado, momento, dentro de certas regras”. É uma demonstração estática,
sintética e ordenada do património da empresa, reflectindo à posição financeira da empresa de
forma quantitativa e qualitativa em determinado momento. Neste documento, os bens, direitos,
obrigações e participação dos sócios são explícitos a todos que tenham acesso a esses
documentos.
O Balanço Patrimonial apresenta todos os bens e direitos, assim como as obrigações em
determinada data.
Segundo MATARAZZO (1992), o Activo mostra o que existe concretamente na empresa, todos
os bens e direitos devem ter comprovantes documentais, com excepção das despesas antecipadas
e as diferidas. O Passivo exigível e o Património Líquido mostram a origem dos recursos que
estão investidos no Activo.
Para que tenha conhecimento de Análise de Balanço, MENEZES, (2001), explica que balanço
reflecte a ideia de equação, equilíbrio, igualdade. A exposição dos componentes patrimoniais
recebe esta denominação porque é apresentada em forma equacional e mostra o equilíbrio e a
igualdade existente entre componentes positivos e negativos.
Segundo GITMAN (2010, p. 43), O balanço patrimonial é uma descrição resumida da posição
financeira da empresa em uma certa data. Essa demonstração equilibra os activos da empresa
(aquilo que ela possui) contra seu financiamento, que pode ser capital de terceiros (dívidas) ou
capital próprio (fornecido pelos proprietários e também conhecido como património líquido).
A importância do Balanço Patrimonial, está na visão que ele dá sobre a aplicação dos recursos
feitos pela empresa (altivos) e quanto destes recursos são devidos a terceiros (passivo) isso
evidencia o nível de endividamento e liquidez da empresa, também apresenta a proporção do
capital próprio, denominada Património Líquido. Embora represente uma situação estática,
informando sobre o passado e o presente, principalmente o Balanço, mas assim como as demais
demonstrações financeiras possuem um poder informativo de natureza preditiva, dessa forma os
usuários pode inferir sobre o futuro. GITMAN (2010, p. 44),

Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)


A Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração dos aumentos e reduções
causados no Património Líquido pelas operações da empresa. Todas as receitas e despesas se
acham compreendidas na DRE, segundo uma forma de apresentação que as ordena de acordo
com a sua natureza, fornecendo informações significativas sobre a empresa. (MATARAZZO
1992).
Segundo GITMAN (2010, p. 45), A DRE apresenta uma visão excepcional do desempenho da
empresa, mas devido ao regime de competência, ela não corresponde a movimentação de caixa
no período, por isso, geralmente ocorre as diferenças entre resultado e fluxo de caixa. Além
disso, há grandes movimentações de caixa que não corresponde nem a receita nem a despesa,
como é o caso, por exemplo, do dinheiro adquirido através de empréstimo. A Demonstração do
Resultado do Exercício fornece os dados básicos da formação do resultado (lucro ou prejuízo) do
exercício.

Demonstração do Fluxo de Caixa


Santos (2005, p. 17) A DFC é um instrumento que permite mostrar através de forma directa ou
indirecta as mudanças sofridas no caixa da empresa, demonstrando saídas e entradas de dinheiro.
Para SANTOS (2005, p. 17) a DFC “é um demonstrativo financeiro que demonstra a variação
líquida do saldo de caixa ou equivalentes ao caixa num período reportado”.
Este demonstrativo evidencia o confronto entre as entradas e saídas de caixa, verificando se
haverá sobra ou falta de dinheiro. Permite a administração decidir se irá captar recursos ou se
deve aplicá-la e, ainda, controla ao longo do tempo as tomadas de decisões na empresa. “Outras
vantagens são as de fornecer informações sobre a situação financeira e a possibilidade de
utilização da demonstração de fluxos de caixa por um número muito mais ampliado de usuários”.
A Demonstração de fluxo de caixa demonstra a origem e aplicação de todo o dinheiro que
transitou pelo caixa em um determinado período e o resultado desse fluxo, sendo que o caixa
engloba as contas caixa e bancos, evidenciando as entradas e saídas de valores monetários no
decorrer das operações que ocorrem ao longo do tempo nas organizações.

Demonstração das Alterações do Património Líquido


Segundo PGC NIRF, As DMPL têm como objectivo apresentar as alterações ocorridas em
determinado exercício no património líquido da empresa. Em relação as principais alterações
pode-se destacar: a destinação dos resultados do período, a integralização do capital, aumento ou
diminuição das reservas da empresa. Sua elaboração é facultativa e, a Demonstração de Lucros
ou Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá ser incluída nesta demonstração.

Notas explicativas
Para que as necessidades dos usuários sejam atendidas, a evidenciação é um dos objectivos da
contabilidade, por isso, as notas explicativas são informações complementares que buscam
fornecer informações adicionais. Vale salientar que nem todos os usuários entendem de
contabilidade profundamente, daí a necessidade de se fornecer informações claras e objectivas
para que efectivamente as notas explicativas venham dirimir as dúvidas dos interessados nessas
informações. (PGC – NIRF).

Limitações Financeiras da Analise Financeira


Segundo SÀ (1997), A informação financeira produzida raramente fornece dados sobre o
mercado, indústria ou competitividade da empresa.
A obsolescência dos actuais sistemas contabilísticos financeiros é ainda mais patente perante
factos tão evidentes como estes: a perda de importância relativa dos custos directos nos actuais
sistemas de produção; a importância cada vez maior dos custos indirectos de estrutura
imputáveis aos produtos; as tendências para as reduções de inventários; a preocupação cada vez
maior para conseguir a qualidade total; a necessidade de medir o clima laboral das empresas; a
importância cada vez maior do factor humano para conseguir os objectivos tanto curtos como a
longo prazo; a flexibilidade para atender os mutantes gostos e necessidades dos clientes. SÀ
(1997),
As principais limitações são:
 Não permite responder aos desafios da sociedade do conhecimento;
 Perda de importância no processo de decisão;
 Desadequação entre as necessidades informativas dos destinatários e a informação
divulgada;
 O custo histórico na análise das demonstrações financeiras, embora prima pel
objetividade, apresenta constrangimentos diversos como: subavaliação dum grande
número de activos, pouco apropriado para apreciar a vulnerabilidade, as perspectivas
futuras e a estabilidade das unidades económicas, não serve para valorizar os principais
elementos geradores de riqueza, não responde às actuais necessidades dos utentes e é um
método de valorização estático;
 Trata-se duma informação agrupada e padronizada que, apesar de procurar satisfazer o
requisito da comparabilidade, não traduz a realidade das empresas nem satisfaz as
necessidades particulares dos utentes
 Traduz apenas o valor gerado pelas transacções, sendo incapaz de traduzir a realidade
empresarial actual que necessita de informação não financeira;
 Não contém informação sobre o risco do negócio;
 Não relata o valor dos activos intangíveis gerados internamente, os principais
activos das empresas da economia do conhecimento, o que conduz à sua perda de
relevância.
 Os indicadores financeiros podem reflectir possíveis erros presentes nas demonstrações
financeiras;
 Dificuldade em definir limites do indicador, o que torna a análise mais subjectiva;
 A prática de políticas contabilísticas diferentes em empresas do mesmo sector, levará à
obtenção de rácios desfigurados;
 O cálculo dos rácios é efetuado tendo por base informação passada devido à
complexidão de obter cash-flows futuros.

Analise Económica e Financeira da Empresa


O desenvolvimento do mundo é feito com base em trocas comerciais, tendo o conceito de
igualdade de trocas comerciais, segundo MENEZES (2011), surgido quando as próprias trocas
comerciais emergiram em si. Assim, segundo a mesma autora, as trocas comerciais vieram
permitir que as comunidades se desenvolvessem de uma forma mais rápida e eficiente.
Segundo MENEZES (2011), sempre houve a necessidade de haver uma remuneração pelas
trocas efetuadas, sendo na época do renascimento, devido à fase de desenvolvimento social,
cultural, económica e política que se viveu, que se criou as condições necessárias para a análise
económico e financeira passasse a ser considerada como uma disciplina a ter em reflexão. Esta
análise foi se desenvolvendo ao longo dos anos, adaptando-se às necessidades e mudanças que o
mundo comercial foi presenciando.

Analise Financeira
A análise financeira, de acordo com SILVA (2013), baseia os seus relatórios em vários
documentos contabilísticos, nomeadamente o balanço, demonstração de resultados por natureza,
demonstração das alterações de capitais e demonstrações de fluxos de caixa. Ainda de acordo
com o mesmo autor, a perspectiva contabilística é diferente da perspectiva financeira. Assim,
enquanto a primeira visa o apuramento do resultado, partindo de diversos pressupostos e regras,
a análise financeira identifica e analisa os principais fluxos financeiros, de modo a assegurar o
normal funcionamento da empresa (equilíbrio financeiro).
A análise financeira de uma empresa consiste em avaliar o equilíbrio financeiro, as necessidades
de financiamento da actividade e a situação de tesouraria, ou seja, avaliar a estrutura financeira
da empresa em análise. (SILVA, 2003).

Análise Económica
A análise económica está associada ao estudo das relações que permitem à empresa obter
proveitos e incorrer em custos, ou seja, corresponde à parte real da empresa. A análise
económica compreende assim, quatro grandes áreas: a evolução dos proveitos e a evolução dos
custos, rendibilidade, indicadores de funcionamento e produtividade.
A análise económica, também designada por análise dinâmica, tem por objectivo, segundo
MATARAZZO (2003), analisar a capacidade de uma empresa em gerar lucros e remunerar os
capitais investidos para vários períodos.
Para se analisar essa capacidade, utiliza se a rácios, tais como: a rentabilidade dos capitais
próprios, a rentabilidade das vendas e a rentabilidade do activo.

Indicadores Económicos e Financeiros


Segundo MENEZES (2011) e GITMAN (2010, p. 141), Para a realização de um estudo baseado
no fundo de maneio é necessário recorrer à análise de indicadores, através dos quais se obtém,
sob o ponto de vista financeiro, económico e técnico, a evolução de uma empresa.
Os rácios utilizados para esta avaliação são obtidos pela razão entre duas grandezas
contabilísticas, extraídos de suportes financeiros, como o balanço, a demonstração de resultados
ou os balancetes.
De acordo com GITMAN (2010, p. 142) a análise de indicadores envolve métodos, cálculos e
interpretações de indicadores financeiros para compreender, analisar e monitorar a performance
da entidade. O autor acrescenta, ainda, que indicador é a relação entre um grupo de contas das
demonstrações financeiras que busca informar sobre a situação económico-financeira da
empresa. Dentre os vários grupos encontram- se indicadores de rendibilidade, de liquidez, de
endividamento e indicadores de risco. Assim, em seguida reflecte-se sobre estes indicadores.

Rácios de Actividade
GITMAN (2010), Estes rácios são utilizados para analisar os aspectos estritamente financeiros, a
médio e longo prazos.
Destes, os indicadores mais frequentemente usados são a estrutura financeira, o endividamento, a
solvabilidade e a autonomia financeira, sendo os dois últimos os que melhor representam a
capacidade de uma empresa em assegurar a sua sobrevivência futura. Estes podem ser:
Autonomia Financeira
Segundo GITMAN (2010), O indicador de Autonomia Financeira informa sobre a parcela dos
altivos que é financiada pelos capitais próprios e é utilizado complementarmente ao rácio de
solvabilidade. Quanto maior o valor obtido, maior a capacidade da empresa em recorrer a capital
alheio, denotando uma estrutura financeira sólida.
AF=CP×100 AT

Rácios de Liquidez
Estes rácios, de acordo com FRANCO (1992), avaliam a facilidade com que a empresa pode
aceder aos meios financeiros líquidos, subdivididos em:
O rácio de liquidez geral tem como permissão, considerar que os inventários são activos líquidos,
ou seja, têm facilidade de conversão para dinheiro.
Corresponde, em suma, ao fundo de maneio patrimonial (activos correntes – débitos correntes) e
não deve ser confundido com o fundo de maneio funcional. O valor de referência deste indicador
deve situar-se acima do valor “um”.
LG=AC PC
O rácio de liquidez imediata apenas inclui os meios financeiros líquidos, ou seja, os activos
correntes de maior facilidade de conversão.
Este rácio não costuma ter valores muito diferentes de zero, dado a remuneração da rúbrica
(caixa e depósitos à ordem) ser significativamente inferior ao custo de financiamento. GITAMN
(2010)
LI=MFL PC

MFL – Meios Financeiros Líquidos


PC – Passivo circulante
Segundo GITAMN (2010), A liquidez reduzida, assim como a liquidez geral, mostra a
capacidade de a empresa fazer face às suas obrigações, contudo neste rácio é tido em
consideração o facto de os inventários serem um activo que a empresa detém menos líquido de
todo o activo corrente.
LR= AC−Existências PC
Rácios de Rendibilidade
Os rácios de rendibilidade são frequentemente utilizados para medir a eficácia da administração
em alcançar lucro. Estes indicadores mostram os efeitos combinados da liquidez, da gestão de
activos e da dívida sobre os resultados operacionais. GITAMN (2010),
Rendibilidade de Vendas
De acordo com, GITAMN (2010), A rendibilidade das vendas, como já citado, demonstra a
margem de lucro que a empresa obtém com as vendas efetuadas.
O Indicador de rendibilidade operacional das vendas, de acordo com SILVA (2007) analisa, após
cobertos todos os gastos operacionais (provisões, perdas por imparidade e depreciações), a
percentagem que resta das vendas.
RV=RAJI x100% VL

Rendibilidade do activo total


Segundo MENEZES (2011), A rendibilidade do activo total indica a eficiência operacional da
totalidade do negócio, exprimindo a rendibilidade do conjunto de recursos postos à disposição da
empresa, independentemente de como o activo é financiado (capitais próprios/alheios).
RAT=VL AT
Rendibilidade dos capitais próprios
A rendibilidade dos capitais próprios mede a capacidade da empresa para gerar resultados a
partir dos capitais investidos. MENEZES (2011),
ROE=¿ x100% CP
Rácios de Funcionamento
Segundo MENEZES (2011), Os rácios de funcionamento constituem um tipo de indicadores
económico-financeiros que procuram medir o grau de eficiência na gestão da actividade da
empresa. Estes indicadores demonstram a diferença entre as políticas de recebimento concedidas
aos clientes, fluxo de entrada monetário, e as políticas de pagamento concedidas aos
fornecedores, fluxo de saída monetário.
Prazo médio de recebimento dos clientes
A cobrança a clientes é um aspecto fundamental numa entidade porque é através da
cobrança das vendas que fazem que entra cash na empresa.
PMC=Clientesx 360 VL
Prazo médio de pagamento aos fornecedores
Outro rácio que nos permite averiguar a situação económica e financeira de uma empresa é o
tempo médio de pagamento. Este indicador revela quanto tempo uma entidade demora a liquidar
as suas obrigações.
PMP= Fornecedor x 360 VL
O ciclo de tesouraria
Traduz a diferença entre os primeiros dois rácios. Deste modo, se for positivo, representa o
número de dias de compras que a empresa necessitará de financiar. Quanto menor for o ciclo de
caixa, menores serão as necessidades de financiamento (Silva, 2003).
CT=PMR−PMP
Indicadores de risco
Estes indicadores medem o risco que a empresa corre de não concretizar os seus objectivos
económicos e financeiros. Destaca-se, assim, o grau de alavanca operacional (GAO), o grau da
alavanca financeira (GAF) e o grau combinado da alavanca (GCA) Grau da alavanca operacional
(GAO): para MENEZES (2011) este indicador “mede a variabilidade percentual dos resultados
operacionais face a variações percentuais unitárias do volume de negócios” e “se não há gastos
fixos o grau da alavanca operacional terá o limite de um, portanto, quanto maior o indicador
maior é o peso dos gastos fixos e maior o risco operacional da entidade” (Nabais e Nabais, 2004,
p. 92).
GAO=MB ×100% RO
 RO – Resultado Operacional
 MB – Margem Bruta
Quanto maior for este indicador maior será o risco da entidade, ainda, que a entidade tenha um
grande volume de negócios.
Grau da alavanca financeira (GAF): segundo Silva (2003, p. 75) este indicador “mede a
variação ocorrida nos resultados correntes (RC) derivados de variações percentuais unitárias nos
resultados operacionais”.
GAF=RO ×100% RC
 RO – Resultado Operacional
 RC – Resultado Corrente
Este indicador quanto menor for menor será o risco financeiro da entidade, demonstrando menor
variação do resultados correntes.
Gau combinado de alavanca (GCA): para MENEZES (2011) é o efeito combinado do GAO e
GAF, sendo que “mede a variação percentual ocorrida nos resultados correntes de variações
percentuais unitárias no volume de negócios”.
GCA=GAO×GAF
Segundo MENEZES (2011) este indicador evidencia se os resultados da entidade se situam a um
nível inadequado ao cumprimento dos seus objectivos essenciais. Para o mesmo autor o risco
global será maior quanto mais elevados forem os seus gastos fixos, GAO e GAF. A análise
destes indicadores permite “estudar a situação económico- financeira da entidade através do
estudo dos documentos contabilísticos e dotar os responsáveis da organização e outras entidades
de informação financeira adequada para a tomada de decisão”.

Indicadores de Endividamento
Segundo MENEZES (2010), fazem parte deste grupo o endividamento (E) e autonomia
financeira (AF), sendo que “este grupo de indicadores mensura em que medida os activos são
financiados por capitais próprios ou por capitais alheios, aprofundando a tipificação desses
capitais alheios”. Para GITMAN (2010, p. 152) “o endividamento relaciona o passivo total (PT)
pelo activo total (AT)”.
GD=PT x100% AT
Avalia de forma rápida se a empresa possui condições para endividar-se e se os capitais próprios
conseguem financiar os capitais alheios de curto médio e longo prazo.
Autonomia Financeira
Para MATARAZZO (2008, p. 61) “este indicador é um factor relevante na análise e na
contratação de operações de financiamento e é um elemento importante na avaliação do risco
financeiro e global da empresa”. Para os mesmos autores este indicador relaciona os capitais
próprios com o total de activos aplicados.
AF=CP ×100%
CONCLUSÃO
Bibliografia
FRANCO, Hilário. (1992). Estrutura, análise e interpretação de balanços. 15. ed. Atlas. São
Paulo.
GALLIANO, A. G. (1986 ). O Método Cíentifico: teoria e Prática . São Paulo: Harba. GIL, A. C.
(1999). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (5a ed.). São Paulo: Atlas.
GITMAN, L. J. (2010). Princípios de Administração Financeira. (12a ed). São Paulo:
LAKATOS, M. e. (2006). Técnicas de Pesquisa (5a ed.). São Paulo: Atlas. Pearson Prentice
Hall.
MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. 6. ed. São Paulo: Atlas 2003.
MATARAZZO, Dante Carmine. (2008). Análise financeira de balanço: abordagem básica e
gerencial. 6. ed. Atlas. São Paulo.

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