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Capítulo 1

ESCRITURAÇÃO

Disciplina: Contabilidade Básica II


Curso: Ciências Contábeis
Docente: Lívia Santos de Miranda
Eunápolis (BA)
Professora Lívia
Julho de 2020
Objetivos de aprendizagem
 Analisar os elementos que constituem o patrimônio e suas
variações;
 Interpretar a função e classificação das Contas, bem como o
impacto das mutações no saldo das mesmas para o resultado e
para a situação econômico-financeira das organizações;
 Compor um plano de contas;

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Conteúdos Programáticos
1 ESCRITURAÇÃO
1.1 Forma de escrituração contábil: o lançamento contábil
1.2 Estrutura e sistema das contas: plano de contas
1.2.1 Definição e composição
1.2.2 Referências para estruturar um plano de contas
1.2.3 Codificação do plano de contas e grau da conta
1.2.4 Departamentalização e centros de custos ou despesas
1.3 Os livros de escrituração
1.3.1 Classificação dos livros de escrituração
1.4 Sistema de Contabilidade
1.5 Sistema Público de Escrituração Digital (SPED)
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ESCRITURAÇÃO
 É uma técnica contábil que consiste em registrar nos livros próprios (Diário,
Razão, Caixa etc.) todos os acontecimentos que ocorrem na empresa e
que modifiquem ou possam vir a modificar a situação patrimonial.
 É obrigatória, qualquer tipo de empresa, independentemente de seu porte,
natureza jurídica ou forma de constituição inclusive da própria organização
contábil do contador, necessita manter escrituração contábil completa, para
controlar o seu patrimônio e gerenciar adequadamente os seus negócios.
 Além de uma necessidade administrativa e gerencial, a escrituração
contábil é trazida como exigência expressa em diversas legislações
vigentes.

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Legislação Societária  o Inicialmente nos artigos 1.179 a 1.195 da Lei 10.406 de
10 de janeiro de 2002 - Código Civil Brasileiro.
o A Lei das Sociedades por Ações, aprovada pela Lei
6.404 de 15 de dezembro de 1976 em seu Capítulo XV
nas disposições aplicadas à escrituração
o A legislação que regula a recuperação judicial, a
extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade
empresária, Lei 11101/2005.
Legislação Tributária o O Código Tributário Nacional - Lei nº 5.172/66;
o RIR Decreto 9.580 de 22 de novembro de 2018;
o A Lei Complementar 123/2006;

Legislação o O Decreto 3.048 de 06 de maio de 1999 que aprova o


Previdenciária Regulamento da Previdência Social e as Leis 8.212 e
8.213, ambas de 1991

Legislação Profissional O CFC, através da Resolução CFC nº 1.330/11, ITG 2000


(R1) Escrituração Contábil

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Dispensa
 Está dispensado da escrituração contábil, pelo Código Civil, somente o
pequeno empresário.

 Pequeno empresário, é o empresário individual caracterizado como


microempresa* que aufira receita bruta anual de até $ 60.000,00 (art. 68
da Lei Complementar no 123/2006);

 A partir de 2018 este limite foi alterado para R$ 81.000,00 (oitenta e um


mil reais) por força da LC 155/2016

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CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS POR PORTE
ME, EPP e MEI (LC 123/2006) PME (TG 1000) Grande Porte (Lei 11.638/07)
o ME: em cada ano- o Ativo total inferior a R$240 o No exercício social
calendário, receita bruta milhões e receita bruta anterior:
igual ou inferior a R$ anual inferior a R$300 o Ativo total superior a R$
360.000,00; milhões (Lei 11638/07) 240.000.000,00 ou Receita
o EPP: em cada ano- o Não têm obrigação pública bruta anual superior a R$
calendário, receita bruta de prestação de contas 300.000.000,00.
superior a R$ 360.000,00 e (S.A ou LTDA); e o essas especificidades não
igual ou inferior a R$ o Elaboram demonstrações são cumulativas, ou seja,
3.600.000,00 A partir de financeiras para fins gerais basta enquadrar-se em
2018, o limite máximo para usuários externos; uma delas
passa a ser igual ou inferior o No caso de conjunto de
a R$ 4.800.000,00 sociedades, o somatório
o MEI: com receita bruta acima será analisado em
anual igual ou inferior a R$ relação a todas as
60.000,00, a partir de 2018 sociedades do grupo.
o limite passa a ser o qualquer tipo de sociedade
81.000,00 (oitenta e um mil poderá enquadrar-se no
reais), conceito de "sociedade de
grande porte", até mesmo
as sociedades limitadas.
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 O controle contábil das empresas começa
com a escrituração das operações no Livro
Diário, completando-se, depois, nos demais
livros de escrituração.
 É por meio dos Atos e dos Fatos
Administrativos que ocorre a gestão do
Patrimônio das empresas, e esses
acontecimentos são registrados por meio da
Escrituração.
 Mas como escriturar esses acontecimentos?

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Documentação
A base dos registros contábeis é a documentação (notas fiscais, recibos, cópias de
cheques, etc.).
Os documentos não devem apresentar nenhuma rasura e caso sofram algum dano
que dificulte a identificação de seu conteúdo eles deverão ser reconstituídos ou
substituídos, na impossibilidade de reconstituição.
A data de emissão do documento, geralmente, determina a data do registro contábil,
por isso a importância que o fluxo de papéis dentro da empresa seja adequado.
Mas existem documentos, como as notas fiscais de entrada de mercadorias, que são
contabilizados na data da entrada no estabelecimento, e não na data de emissão do
documento.

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Livros Contábeis

Os livros contábeis basicamente são dois: Razão e Diário. É importante ressaltar que a
escrituração nos livros contábeis não se traduz como atividade principal no aprendizado de
contabilidade. Essa tarefa (escrituração) gradativamente está sendo incorporada pelo
computador. É fundamental, no entanto, para o estudante, o raciocínio contábil, a compreensão
de todo o processo contábil.

PROCESSO CONTÁBIL
Razonete

D C
X.X.X. X.X.X.

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As diversas classificações dos livros
Quanto à utilidade Quanto à natureza Quanto à finalidade
a) Principais — utilizados para o a) Cronológicos — aqueles em que a) Obrigatórios — exigidos pela
registro de todos os eventos do dia a os registros são efetuados legislação civil (Código Civil/2002),
dia da empresa, como ocorre com os obedecendo à rigorosa ordem pela legislação comercial (Decreto-
livros Diário e Razão. cronológica de dia, mês e ano. lei nº 486/1969), pela legislação
b) Auxiliares — utilizados para o Todos os livros destinados à tributária (RIR/1999), pela legislação
registro de eventos específicos, escrituração mercantil são societária (Lei nº 6.404/1976) e pela
como os livros Caixa, Contas cronológicos (artigo 1.183 do Código Int. Técnica ITG 2000 aprovada pela
Correntes, Registro de Duplicatas, Civil/2002, artigo 2º Decreto-lei nº Resolução nº 1.330/2011 do CFC
além de todos os livros fiscais que 486/1969 etc.). b) Facultativos — livros que as
podem servir de suporte para a b) Sistemáticos — livros destinados entidades utilizam sem que haja
escrituração do Diário e do Razão. ao registro de eventos da mesma exigência legal.São denominados
natureza, como o Livro Caixa também livros auxiliares. Exemplos:
(entrada e saída de $) e o Livro Livro Caixa), Livro Contas Correntes,
Contas Correntes, destinado Livro de Controle de Contas a
somente para o registro de Receber, Livro de Controle de
transações que envolvam direitos e Contas a Pagar etc.
obrigações.
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Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em forma NÃO digital,
devem revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como:
Formalidades Extrínsecas

a) serem encadernados;
b) terem suas folhas numeradas sequencialmente;
c) conterem termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou representante
legal da entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado no Conselho
Regional de Contabilidade.
d) serem autenticados no registro público competente
Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em forma digital,
devem revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como:
e) serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade
regularmente habilitado;
f) serem autenticados no registro público competente.
g) quando exigível por legislação específica, serem autenticados no registro público ou
entidade competente. (Alterada pela ITG 2000 (R1))
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Formalidades Intrínsecas

o Em idioma e em moeda corrente nacionais;


o Em forma contábil;
o Em ordem cronológica de dia, mês e ano;
o Com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras
ou emendas; e
o com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua
falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.

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A escrituração em forma contábil deve conter, no mínimo:

a) data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu;


b) conta devedora;
c) conta credora;
d) histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de histórico
padronizado, neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro próprio;
e) valor do registro contábil;
f) informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram
um mesmo lançamento contábil.

O registro contábil deve conter o número de identificação do lançamento em ordem sequencial relacionado ao
respectivo documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou
evidenciem fatos contábeis.
A terminologia utilizada no registro contábil deve expressar a essência econômica da transação.

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Algumas Características
o Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históricos dos
lançamentos, desde que permanentes e uniformes, devendo constar o
significado dos códigos e/ou abreviaturas no Livro Diário ou em registro
especial revestido das formalidades extrínsecas;
o A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises,
demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e de
responsabilidade exclusivas do profissional da contabilidade legalmente
habilitado.
o As demonstrações contábeis devem ser transcritas no Livro Diário,
completando-se com as assinaturas do titular ou de representante legal da
entidade e do profissional da contabilidade legalmente habilitado com a
DHP.
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LIVRO DIÁRIO

Livro obrigatório (exigido por lei), registra os fatos contábeis em partidas


dobradas na ordem rigorosamente cronológica do dia, mês e ano. O livro deve
ser encadernado com folhas numeradas e deve conter termos de abertura e
encerramento e ser submetido à autenticação da Junta Comercial. O atraso na
escrituração do Livro Diário não poderá ultrapassar 180 dias, sob pena de multa
prevista pelo Imposto de Renda.

Requisito básicos de um Livro Diário Geral são:


• Data da operação (transação).
• Título da Conta de Débito e do Crédito.
• Valor do Débito ou Crédito.
• Histórico. Professora Lívia
Livro Diário - Base Legal
 O uso do Diário está previsto na legislação civil (art. 1.180 do Código Civil
Brasileiro (Lei no 10.406/2002), na legislação comercial (Decreto-lei no
486/1969, art. 5o), na legislação tributária (art. 273 do Regulamento do
Imposto de Renda - RIR/2018 e na legislação societária (Lei no 6.404/1976).
 Por ser obrigatório, o Diário está sujeito às formalidades legais extrínsecas e
intrínsecas exigidas para os livros de escrituração.
 Formalidades extrínsecas (ou externas) – dizem respeito ao livro
propriamente dito, isto é, sua apresentação material.
 Formalidades intrínsecas (ou internas) – estão relacionadas à escrituração
propriamente dita.

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o O Termo de Encerramento é idêntico ao de Abertura, diferenciando-se
somente no título — termo de encerramento — e no tempo do verbo servir,
passando de “servirá” para “serviu”.

o Os Termos de Abertura e de Encerramento devem ser apostos,


respectivamente, no anverso da primeira e no verso da última ficha ou folha
numerada do Diário, na mesma data e antes de iniciada a escrituração, salvo
quando a escrituração for realizada em fichas ou folhas soltas ou contínuas,
caso em que, sendo o diário encadernado após a sua escrituração, os termos
mencionados serão lavrados na data da autenticação.

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Livro Razão - Base Legal
o O Razão é um livro de grande utilidade para a Contabilidade porque nele
é registrado o movimento individualizado de todas as contas.
o A Escrituração do livro Razão passou a ser obrigatória a partir de 1991
(art. 14 da Lei no 8.218 de 29/8/91).
o Permite o controle do movimento de cada conta, separadamente.
o Por muito tempo foi facultativo. Hoje é obrigatório;
o Indispensável em qualquer tipo de empresa;
o É o instrumento mais valioso para o desempenho da contabilidade;

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RAZÃO ANALÍTICO x SINTÉTICO

Razão Sintético (Conta sintética) Razão Analítico (Conta Analítica)


• Estoque de mercadorias.
Estoques • Estoque de Produtos Acabados.
• Estoque de Produtos em Elaboração.
• Estoque de Manterias-primas.
• Cia. Nacional de Adubos.
• Cia. Real de Inseticidas.
Duplicatas a receber • Lopes & Dias - Construções
• Banco do Brasil S.A.
• Banco do Estado de São Paulo S.A
Banco conta movimento • Banco Real S/ª
• João Alves & Cia Ltda.
• Pedreira Mateus Ltda.
Fornecedores • Comércio de Ferramenta Rama S.A
• Banco Brasileiro de Descontos S.A
• Financeira Crédito Real.
Empréstimos a pagar • Banco do Brasil S.A.

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RAZÃO ANALÍTICO x SINTÉTICO

D CAIXA C D C
Equipamentos
SI 1.000.000 800.000 800.000
200.000
Saldo
Saldo
Devedor
Devedor

Conta: CAIXA Código 1.1.1 (Plano de Contas)


Data Histórico Débito Crédito Saldo
D/C Valores

- Saldo já existente - -
D 1.000.000
20.02.X5 Compra de Equipamentos - 800.000
D 200.000

Conta: EQUIPAMENTOS Código 1.3.8 (Plano de Contas)


Data Histórico Débito Crédito Saldo
D/C Valores

20.02.X5 Aquisição à vista 800.000 -


D 800.000

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Livro diário e livro razão
(NBC ITG 2000 (R1) – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL)

 No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com


individualização, clareza e referência ao documento probante, todas as
operações ocorridas, e quaisquer outros fatos que provoquem variações
patrimoniais.
 Quando o Livro Diário e o Livro Razão forem gerados por processo que utilize
fichas ou folhas soltas, deve ser adotado o registro “Balancetes Diários e
Balanços”.
 No caso da entidade adotar processo eletrônico ou mecanizado para a sua
escrituração contábil, os formulários de folhas soltas, devem ser numerados
mecânica ou tipograficamente e encadernados em forma de livro.

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Livro diário e livro razão
(NBC ITG 2000 (R1) – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL)

 Em caso de escrituração contábil em forma digital, não há necessidade de


impressão e encadernação em forma de livro, porém o arquivo magnético
autenticado pelo registro público competente deve ser mantido pela entidade.
 Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos gerais
da escrituração contábil.
 A entidade é responsável pelo registro público de livros contábeis em órgão
competente e por averbações exigidas pela legislação de recuperação judicial,
sendo atribuição do profissional de contabilidade a comunicação formal dessas
exigências à entidade.

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Livro Caixa
o O livro Caixa é um livro auxiliar. Nele são registrados todos os Fatos Administrativos que
envolvam entradas e saídas de dinheiro.
o O Caixa é o livro onde são registradas todas as operações que envolvam bens numerários,
inclusive a movimentação bancária. É portanto um livro de ordem sistemática, muito embora as
operações financeiras venham a ser registradas em ordem cronológica. O livro Caixa é um livro
facultativo, apesar da sua grande utilidade nas empresas, sendo considerado mesmo
indispensável nos grandes empreendimentos.
o A escrituração do livro em análise divide-se em duas partes:
o uma para o débito - onde são lançadas todas as entradas de dinheiro;
o uma para o crédito - onde se registram todas as saídas de bens numerários.
o O saldo apresentado pelo livro Caixa deve coincidir com o saldo da conta "Caixa" apresentado
pela contabilidade e com os valores existentes em cofre.
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Livro Caixa

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Pausa para Reflexão
O Decreto nº 6.022/07 institui o Sistema Público de
Escrituração Digital (SPED), prevendo que os livros e
documentos contábeis e fiscais serão emitido em forma
eletrônica.
O Diário e o Razão são para o SPED contábil, um livro digital
único.

Significa o fim do uso do papel?

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Métodos de Escrituração
 É o modo de registro dos fatos administrativos, bem como dos
atos administrativos relevantes;

 Métodos de escrituração conhecidos:

o métodos das partidas simples

o métodos das partidas dobradas


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• Métodos das partidas simples • Métodos das partidas dobradas

 Consiste no registro de operações  Esse método, que é de uso universal


específicas envolvendo o controle e foi divulgado no século XV (1494),
de um só elemento; na cidade de Veneza, na Itália, pelo
frade franciscano Luca Pacioli,
consiste no seguinte:
 É deficiente e incompleto, por não
permitir o controle global do
patrimônio;
“Não há devedor sem que haja
 As entidades que utilizam apenas credor e não há credor sem que
esse método de registro haja devedor, sendo que a cada
normalmente são aquelas que não débito corresponde um crédito
visam ao lucro. de igual valor” Professora Lívia
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Lançamento
o É o meio pelo qual se processa a Escrituração;
o Os Fatos e os Atos Administrativos são registrados
por meio do lançamento, inicialmente no livro Diário,
mediante documentos que comprovem a legitimidade
da operação (Notas Fiscais, Recibos, Contratos etc.).

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Elementos essenciais

1.local e data da ocorrência;


2.conta a ser debitada;
3.conta a ser creditada;
4.histórico;
5.valor.

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Passos para a elaboração do lançamento
1º passo: local e a data;
2º passo: documento foi emitido;
3º passo: elementos envolvidos;
4º passo: contas a utilizar;
5º passo: preparar o histórico;
6º passo: identificar qual conta será debitada e qual será creditada;
7º passo: efetuar o lançamento.

Vejamos, agora, como se faz um lançamento no livro Diário.


Suponhamos o seguinte Fato ocorrido na empresa:
Compra à vista (em dinheiro) de um armário de aço, marca Mantiqueira, conforme Nota Fiscal
nº 8.931, da Maquinolândia Ltda., no valor de $ 1.000. Professora Lívia
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Veja, agora, esse mesmo quadro de maneira
simplificada:

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4.3.1 – LANÇAMENTOS DE 1ª FÓRMULA

Quando aparece no lançamento apenas UMA CONTA DEBITADA e apenas UMA CONTA CREDITADA.

Exemplo: Compra de uma casa à vista, do Sr. Plínio de Almeida, situada na Av. Nove de Julho, nº 1.001,
nesta cidade, conforme escritura pública de compra e venda, no valor de R$ 200.000,00, totalmente pago
em dinheiro no dia 06 de fevereiro de 2010.  

Seguindo todos os passos para o lançamento, fica assim:

Eunápolis-BA, 06 de fevereiro de 2010


D – Imóveis
C – Caixa
Histórico: Valor pago em dinheiro, para aquisição de uma casa, adquirida do Sr. Plínio de Almeida, situada na Av. Nove
de Julho, nº 1.001, Colatina-ES, conforme escritura pública de compra e venda registrada no Cartório de Colatina-ES sob
nº 1.286/X.
..............................................................................................R$ 200.000,00

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 Exercício: Faça o seguinte lançamento,
considerando a Cidade de Eunápolis-BA e a
data de Hoje.

 Compra à vista (Dinheiro), de um automóvel,


marca XYZ, conforme Nota Fiscal nº 9.890, da
Comercial de Veículos Ltda, no valor de R$
35.000,00.

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RESPOSTA
Eunápolis-BA, 05 de maio de 2018

D – Veículos
C – Caixa

Histórico: Valor pago em dinheiro, para aquisição de um automóvel, marca


XYZ, adquirida da Comercial de Veículos Ltda, conforme Nota Fiscal nº
9.890,.
..............................................................R$ 35.000,00
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ESTRUTURA CONTÁBIL
         

BENS  
ATIVO DINHEIRO, CONTAS A RECEBER,
DIREITOS ESTOQUES, INVESTIMENTOS,
MÁQUINAS, VEÍCULOS, ETC.
         
DÉBITO          
CUSTOS      
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
DESPESAS RESULTADO   (CPV), CUSTOS DAS MERCADORIAS
PREJUIZO       VENDIDAS (CMV), CUSTOS DE
PRODUÇÃO, TODOS OS TIPOS DE
DESPESAS, RESULTADO NEGATIVO,
CONTABILIDADE

ETC.

         
FORNECEDORES, EMPRESTIMOS,
OBRIGAÇÕES PASSIVO FINANCIAMENTOS, TODAS AS CONTAS
A PAGAR E CAPITAL
         
VENDAS      
RECEITAS RESULTADO  
LUCRO        
TO

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Plano de Contas
O plano de Contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplina as tarefas do
Setor de Contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis.

É um instrumento de grande importância no desenvolvimento do processo contábil de uma


empresa.

Cada empresa deve elaborar o seu Plano de Contas, sempre obedecendo aos seus interesses
e, principalmente, à legislação pertinente. Atualmente, o Plano de Contas deve obedecer às
disposições contidas na Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por
Ações).

Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro das operações da
organização e, na sua montagem, devem ser levados em conta três objetivos fundamentais:

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TRÊS OBJETIVOS FUNDAMENTAIS:
a) atender às necessidades de informação da administração da
empresa;

b) observar formato compatível com a Estrutura Conceitual para a


Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro (CPC
00) e com a norma legal de elaboração do balanço patrimonial e
das demais demonstrações contábeis (Lei 6.404/76, a chamada
"Lei das S/A”);

c) adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes


externos, principalmente às da legislação do Imposto de Renda.
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Referências para estruturar um plano de contas
a) Deve atender primeiramente as necessidades gerenciais específicas de cada
entidade e atender às necessidades de informações de todos os usuários da
organização;
b) Deve atender as necessidades legais, societárias e fiscais;
c) A classificação deve partir do geral para o particular;
d) O plano de contas deve ser codificado para facilitar o processo de trabalho e
integração computacional com os demais sistemas de informações da organização;
e) Os agrupamentos de contas devem ser elaborados a partir das necessidades de
geração das demonstrações contábeis, financeiras e relatórios futuros;
f) Os títulos das contas contábeis devem refletir imediatamente e com precisão
semântica os eventos econômicos que formaram os saldos das contas;
g) Deve ter flexibilidade para incorporação das necessidades de informação futuras.
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PLANO DE CONTAS

Como exemplo, temos a conta "Caixa", que registrará o dinheiro em


espécie (papel-moeda) disponível na tesouraria da empresa. Trata-
se de uma conta do Ativo Circulante, subgrupo Disponibilidades.
 
Sugere-se que o Plano de Contas contenha, no mínimo, 4 (quatro)
níveis:

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PLANO DE CONTAS
Nível 1:
Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas, Custos e Despesas.
 
Nível 2:
Ativo: Circulante, Não Circulante / Passivo e Patrimônio Líquido: Circulante,
Não Circulante e Patrimônio Líquido. / Receitas: Receita Bruta, Deduções
da Receita Bruta, Outras Receitas Operacionais / Custos e Despesas
Operacionais.
 

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PLANO DE CONTAS
 Nível 3:
Contas que evidenciem os grupos a que se referem, como por exemplo:
Nível 1 - Ativo
Nível 2 - Ativo Circulante
Nível 3 - Bancos Conta Movimento
 
Nível 4:
Sub-contas que evidenciem o tipo de registro contabilizado, como por exemplo:
Nível 1 - Ativo
Nível 2 - Ativo Circulante
Nível 3 - Bancos Conta Movimento
Nível 4 - Banco A

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EXEMPLOS DIDÁTICOS DE CONTAS
a) Compra de mercadorias com pagamento a vista

– débito na conta Mercadorias (estoque)


– crédito na conta Caixa;

b) Venda de imóvel a prazo

– débito em Contas a Receber


– crédito em Imóveis.

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SISTEMA DE CONTABILIDADE
 Conjunto de atividades contábeis compatíveis que vai desde a
compreensão da atividade empresarial (necessária para elaborar um plano
de contas adequado),
 passando pela análise e interpretação de cada fato contábil isoladamente,
 sua contabilização,
 até a elaboração das demonstrações financeiras,
 sua análise, interpretação e
 recomendações para aperfeiçoar o desempenho da empresa.

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Escolha do sistema
Muitas alternativas poderiam surgir na escolha de um sistema:

 Sua procedência: norte-americano (USGAAP), europeu (IFRS) etc.


 Sua abordagem principal: sistema estruturalista, custo por absorção,
custeio direto, custo-padrão etc.
 Forma de processamento: eletrônico integrado, eletrônico com interfaces
sistêmicas, híbrido ou terceirizado.

Diante das inúmeras alternativas que encontramos, devemos combinar as


variáveis que melhor se adaptam às características da empresa, compondo,
assim, um sistema apropriado à entidade.
Professora Lívia
Escolha do sistema
 As necessidades administrativas;
 As necessidades de outros usuários da contabilidade: governo, instituições
financeiras, funcionários, fornecedores etc.
 Os recursos disponíveis, sejam eles humanos, técnicos ou monetários.
 É desaconselhável a “importação” de sistema de outras empresas, mesmo
que haja semelhança em seu tamanho e atividade operacional, pois,
dificilmente, coincidiriam os interesses dos usuários da contabilidade.
 Também é desaconselhável a adoção do sistema da matriz quando esta
ficar no exterior, principalmente no que tange ao plano de contas
corporativo, muitas vezes escrito em língua estrangeira.
 O software contábil é a unidade que deve merecer a maior atenção na
opção do sistema eletrônico.
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Documentos Fiscais

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Conceito
 Os documentos fiscais servem para comprovar as mais variadas
negociações, desde uma simples compra no supermercado até a liberação
do transporte de uma carga.
 Entre as principais funções desses documentos está o pagamento de
impostos, que em sua maioria são recolhidos nas negociações de compra e
venda por meio da nota fiscal.
 Quem não fizer a emissão correta desses documentos está sonegando
impostos, um crime previsto pela Lei 4.729, de 1965. A pena é de detenção
de seis meses a dois anos e multa de duas a cinco vezes o valor do tributo
devido.

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Conceito
 Além disso, é necessário guardar cada um deles no formato digital (XML)
por, no mínimo, cinco anos, período que a Receita Federal tem para
fiscalizá-los.
 Outro ponto importante sobre eles é a validade jurídica, garantida somente
pela assinatura digital do emissor, feita por meio de um certificado digital, e
pela autorização de uso da Secretaria da Fazenda (SEFAZ) estadual ou
municipal, de acordo com o tipo de documento.
 Não há uma definição legal para documento fiscal, entretanto, pela Doutrina
Tributária, podemos definir documentos fiscais.

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Conceito

É o conjunto de documentos criados e instituídos pelo


poder Executivo, que todo sujeito passivo de obrigação
tributária deve manter, com a finalidade de comprovar
as operações e receitas decorrentes de serviços
prestados ou tomados, ainda que estes serviços não
sejam tributados.

Professora Lívia
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Sistema Público de Escrituração Digital (SPED)

Professora Lívia
SPED
 Constitui-se na iniciativa integrada das administrações tributárias nas três
esferas governamentais: federal, estadual e municipal e estabelece um novo
tipo de relacionamento, baseado na transparência mútua, com reflexos
positivos para toda a sociedade.
 Marion (2018), explica que o SPED nasce, com natureza fiscal, mudando
radicalmente a forma de prestação de informações para o fisco, que passa a
ter praticamente todas as transações da empresa em seu poder e de forma
digital, o que permite o cruzamento dessas informações com grande agilidade
e precisão. Todo o processo de escrituração que era manual, mecanizado ou
por processamento eletrônico é substituído pelo conceito digital.

Professora Lívia
UNIVERSO DE ATUAÇÃO DO SPED
 Escrituração Contábil Digital (ECD);
 Escrituração Contábil Fiscal (ECF);
 Escrituração Fiscal Digital das Contribuições (EFD Contribuições);
 Escrituração Fiscal Digital ICMS IPI (EFD ICMS IPI);
 Escrituração Fiscal Digital das Retenções e Informações da Contribuição Previdenciária
Substituída (EFD Reinf);
 e-Financeira;
 e-Social;
 Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e);
 Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e);
 Nota Fiscal Eletrônica (NF-e);
 Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e).
Fonte: Portal do SPED, Brasil (2020)

Professora Lívia
Regulamento do ICMS - Estado da Bahia
Aprovado pelo Decreto n° 13.780/2012

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