Inácio José de Alvarenga Peixoto (Rio de Janeiro, 1 de Fevereiro 1742/1744 — Ambaca,
Angola, 27 de Agosto 1792 ou 1 de Janeiro 1793), advogado, poeta e inconfidente brasileiro; Amigo dos poderosos da época e, ao retornar ao Brasil depois de ter se formado em Direito, trouxe consigo muitos ideais iluministas; Tornou-se inconfidente pressionado por dívidas e impostos atrasados. Foi preso e exilado na Angola, onde veio a falecer. CARACTERÍSTICAS ARCADISTAS PRINCIPAIS: Bucolismo; Presença de personagens da mitologia grega; Obras produzidas em datas comemorativas para homenagear políticos; Valorização do equilíbrio; Carpe diem; inutilia truncat; aurea mediocritas; fugere urbem; locus amoenus; Temas como a flora e a fauna brasileiras e aspectos peculiares da colônia, como a mineração; Episódios da história do Brasil poesias heroicas; Índio como tema literário; Adoção de pseudônimos. CARACTERÍSTICAS ARCADISTAS NAS OBRAS DO AUTOR: Obras perdidas quando o governo confiscou seus bens o menos importante poeta árcade brasileiro; Adotava o pseudônimo Eureste Fenício e Alceu e tinha como musas inspiradoras Bárbara e Heliodora; Poesia lírico-amorosa; Ideias libertárias do Iluminismo europeu; Abordava críticas e concepções da sociedade da época; Influência camoniana; Transição para o Romantismo. POEMAS: Obra “Poesia de Ouro”, publicada mais de um século depois, com poemas recolhidos por Rodrigues Lapa e Joaquim Norberto.
POEMA 1: ESTELA E NISE
Eu vi a linda Estela, e namorado Fiz logo eterno voto de querê-la; Mas vi depois a Nise, e é tão bela, Análise do poema 1: Que merece igualmente o meu cuidado.
Pseudônimos, poesia lírico-amorosa, A qual escolherei, se neste estado presença da mitologia greco-romana Não posso distinguir Nise d'Estela? (Cupido), desvalorização da “inconstância”. Se Nise vir aqui, morro por ela; Se Estela agora vir, fico abrasado.
Mas, ah! que aquela me despreza amante, Pois sabe que estou preso em outros braços, E esta não me quer por inconstante.
Vem, Cupido, soltar-me destes laços, Ou faz de dois semblantes um semblante, Ou divide o meu peito em dois pedaços! POEMAS POEMA 2: DE AÇUCENAS E ROSAS MISTURADAS
De açucenas e rosas misturadas
não se adornam as vossas faces belas, nem as formosas tranças são daquelas que dos raios do sol foram forjadas.
As meninas dos olhos delicadas, Análise do poema 2:
verde, preto ou azul não brilha nelas; Personificação da natureza, retomada mas o autor soberano das estrelas de características clássicas nas figuras nenhumas fez a elas comparadas. da Jônia e das Ninfas. Ah, Jônia, as açucenas e as rosas, a cor dos olhos e as tranças d'oiro podem fazer mil Ninfas melindrosas;
Porém quanto é caduco esse tesoiro:
vós, sobre a sorte toda das formosas, inda ostentais na sábia frente o loiro!