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Plantação de Horizontes
Plantação de Horizontes
O primeiro contato que tive com a obra de Luiza Cantanhêde foi através deste
Plantação de horizontes (Editora Penalux, 2023), livro que chegou até minhas mãos
sem eu conhecer coisa alguma a respeito de seu conteúdo, ou de sua autora. E, como de
costume, deixei a leitura do prefácio para o final, para descobrir os versos sem a
influência de uma leitura prévia, para então descobrir que tenho outro livro de sua
autoria aqui na minha lista de futuras compras, o Pequeno ensaio amoroso, de 2021.
Coincidência cósmica ou não, Luiza entrou em minha vida, com sua bagagem de
mulher vinda de terras secas.
A terra milenar do homem que planta o sertão, com suas “Unhas encravadas no
contorno/Do tempo”, que pinta o sertão, a “Terra batida,/Barro vermelho,/Água
salobra” é o homem que é uma das raízes desta nação chamada Brasil. Raiz essa, tantas
vezes, mal regada, mal tratada, abandonada, mas que se recusa a se dar por vencida, se
nega a ter sua voz calada. Retrato de um país que muitas vezes “esquece suas origens”,
renega seu passado.