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Realismo/ Naturalismo –

Aulas 40 e 41
CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES. Thereza Cochar. Literatura
Brasileira em diálogo com outras literaturas e outras linguagens,
Capítulos 18 e 19.
Realismo
Contexto Histórico: Final do Século XIX
Europa – Riqueza e miséria, crescimento desordenado dos centros
urbanos, mudança radical nos meios de transporte e comunicação,
grandes avanços científicos. A Revolução Industrial transformou a face
da Europa e trouxe consigo a urgência de uma nova estética, capaz de
refletir esse processo. O Realismo responde a essa necessidade.
Brasil – Cenário de crise.
Realismo – A sociedade no centro da obra literária
características
O Realismo procura analisar a nova organização social e econômica, detectando
suas causas e denunciando suas consequências.
- Paradoxo capitalista: desenvolvimento e miséria
- Novas doutrinas sociais: Adam Smith; Thomas Malthus; Karl Marx
- Crítica ao Romantismo
- Racionalismo e objetividade
- Materialismo
- A anatomia do caráter (Machado de Assis)
- O interesse coletivo em pauta
- Linguagem: a força das descrições cruéis
Projeto literário do Realismo
• Representação da realidade que permita denunciar aspectos negativos da
sociedade.
• Olhar mais racional, objetivo e crítico.
• Temas de interesse coletivo (adultério, opressão, corrupção...)
Autores
• Eça de Queirós – Portugal: O Crime do Padre Amaro, 1875; Primo Basílio, 1878;
Os Maias, 1888; A ilustre casa de Ramires, 1900; A cidade e as serras, 1901.
• Machado de Assis – Brasil: Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881; Quincas
Borba, 1891; Dom Casmurro, 1899; Esaú e Jacó, 1904; Memorial de Aires,
1908.
Naturalismo
Contexto Histórico: Final do Século XIX
Europa – Revolução Industrial. A presença marcante da ciência e da
industrialização na vida cotidiana das pessoas lança novos desafios para
os escritores. Qual o papel da literatura diante dessa presença? Os
naturalistas procuraram responder a essa questão com o romance
experimental.
Brasil – Cenário de crise.
Naturalismo – A aproximação entre a literatura e ciência
características
• Animalização do ser humano
• Linguagem: a descrição impiedosa
• Novas perspectivas:
- Charles Darwin: darwinismo social - constatação de que o ser humano é um
animal como outro qualquer; crença de que a natureza promove um processo de
seleção no qual sobrevivem os mais adaptados e os mais fracos são eliminados.
- Auguste Comte: filosofia positivista - aponta o saber positivo, baseado nas leis
científicas, como superior ao teológico e ao metafísico, valorizado anteriormente.
- Hippolyte Taine: determinismo - ser humano condicionado por três fatores: raça,
meio, momento histórico.
Projeto literário do Naturalismo
• Literatura a serviço da ciência
• Personagens tratadas com olhar científico
• Olhar racional e objetivo para a realidade
• Os romances naturalistas são, em geral, caracterizados como literatura de tese, porque
desenvolvem uma estrutura pensada para provar ao leitor a visão determinista da sociedade.
O aviltamento e a perda da dignidade dos indivíduos que vivem em um meio degradante é a
grande tese exposta nesses romances.
Autores
Émile Zola – França: Germinal, 1885.
Aluísio Azevedo – Brasil: O Mulato, 1881; O Cortiço, 1890.
Raul Pompeia – Brasil: O Ateneu, 1888
Adolfo Caminha – Brasil: O Bom Crioulo, 1995.
Naturalismo
características
Quanto à forma:

- Linguagem simples
- Clareza, equilíbrio e harmonia na composição
- Preocupação com minúcias
- Presença de palavras regionais
- Descrição e narrativa lentas
- Impessoalidade
Naturalismo
características
Quanto ao conteúdo:
- Determinismo
- Objetivismo científico
- Temas de patologia social
- Observação e análise da realidade
- Ser humano descrito sob a ótica do animalesco e do sensual
- Despreocupação com a moral
- Literatura engajada

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