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2 Explicação Compreesão
2 Explicação Compreesão
2. Explicação/Compreensão
Discentes: Viviane Gonçalves e Vinícius de Carvalho Araújo
Cuiabá-MT
outubro/2018
RICOEUR, Paul.
Explicação/Compreensão. In: A
Memória, a história, o
esquecimento. Campinas: Ed. da
Unicamp, 2007, 536 p.
2. Explicação/Compreensão
Nota de orientação
I. A promoção da história das mentalidades
II. Sobre alguns mestres do rigor: Michel Foucault, Michel
de Certeau, Norbert Elias
III. Variações de escalas
1. Escala de eficácia ou de coerção
2. Escala dos graus de legitimação
3. Escala dos aspectos não quantitativos
IV. Da idéia de mentalidade à de representação
V. A dialética da representação
Notas de orientação
• A autonomia da história em face da memória se afirma
de modo mais forte no plano epistemológico na
explicação/compreensão.
• Problematização – a modelização é obra do imaginário
científico.
• Para evitar a ficção, este imaginário deve se dobrar a
dois princípios geradores:
Representação
Objeto
Memória Escrita
(mnemônica x
(Eikon/phantasma) (Literária)
literária)
Promoção da História das Mentalidades
• Confiança no poder federativo da história em relação
às Ciências Sociais.
• Contrapor aos invariantes da sociologia estruturas que
continuam sendo histórica
• Levi Strauss/Braudel/Labrousse.
• Aliança entre longa duração e macro-história (2ª
geração dos Annales).
• Jacques Revel – jogos de escalas
• François Dosse – História em migalhas
Promoção da História das Mentalidades
• Geoffrey Lloyd – o conceito de mentalidade é inútil na
descrição e nocivo na explicação.
• Conceito heurísitico aplicado àquilo que não pode ser
resolvido apenas no conteúdo dos discursos, sem
auxílio do sistema de crenças.
• Mentalidade = acreditável disponível numa época.
• É um explicandum (enunciado do problema a ser
explicado) e não um princípio preguiçoso de
explicação.
Mestres do rigor (Foucault, Certeau e Elias)
Mestres do rigor (Foucault, Certeau e Elias)
Michel Foucault
• A arqueologia – as negações abundam, nem
interpretação, nem reconstrução das continuidades
nem enfoque no sentido das obras à maneira
psicológica, sociológica e antropológica.
• Capacidade descritiva da arqueologia em quatro
frentes: Novidade (original x regular), contradição
(história das ideias), comparação (interdiscursiva) e
transformação (descontinuidade).
• Deixar a zona de neutralidade dos enunciados puros a
fim de alcançar as relações entre as formações
discursivos e não-discursivas.
Mestres do rigor (Foucault, Certeau e Elias)
Michel de Certeau
• O momento de Certeau na explicação/compreensão
está nos “procedimentos de análise” ou na prática.
• Desvio – Foucault
• Certeau amplia o sentido da ideia de desvio e coloca
como marca distintiva do passado o ausente
(heterologia).
• Produção do lugar.
• Articulação do discurso com outras práticas
significantes.
• Antropologia filosófica e psicologia.
Mestres do rigor (Foucault, Certeau e Elias)
Norbert Elias
• Processo civilizador – estabelecimento de uma história
das representações.
• Consiste em uma macro-história comparável à dos
Annales.
• O aparelho de descrição e análise pode ser definido pelo
conceito de interdependência.
• Duas modalidades de autocoerção: radicalização e pudor.
• Correlação entre as mudanças que afetam as estruturas
psíquicas e as sociais. O habitus está na intersecção dos
dois processos (Bourdieu).
III. Variações de escala
V. A dialética da representação
• Variação de escalas (1. eficácia e
coerção; 2. processos de
justificação; 3. nos modos menos
quantificável dos modos de
menos quantificáveis de
temporalização dos ritmos
sociais) revela a dialética da
representação.
Noção de representação
a) Objeto do discurso do historiador;
b) Fase terminal da operação historiográfica;
“[...] – a história é escrita de uma ponta à outras,
dos arquivos aos livros de história”. (p. 240.).
“ [...] – merece o nome de representação, é
porque, nesse momento da expressão literária, o
discurso do historiador declara sua ambição, sua
reivindicação, sua pretensão, a de representar
em verdade o passado.” (p. 240.).
O caçador na
floresta.
Caspar David
Friedrich,
"The
Chasseur in
the Forest“.
• “[...] “representação” que, conforme
os contextos, designa, enquanto
herdeira rebelde da idéia de
mentalidade, a representação-
objeto do discurso do historiador, e,
enquanto fase da operação
historiográfica, a representação-
operação.” (p. 93).
• Roger Chartier – (história da
leitura/representações).
• Representação (Platão e Aristóteles);
• “[...], o ato de fazer memória: ele também
tem sua ambição, sua reivindicação, sua
pretensão: a de representar o passado com
fidelidade”. (p. 241.).
• Fenomenologia da memória – chave de
interpretação/hermenêutica – “[...], a
saber, o poder memória de tornar presente
uma coisa ausente ocorrida anteriormente”
(p. 241.).
Estatudo da imagem
• Gregos – Cristianismo – ruptura;
Hermenêutica
• A hermenêutica - reflexão filosófica interpretativa ou
compreensiva sobre os símbolos e os mitos em geral.
• Paul Ricoeur, por exemplo, fala de duas hermenêuticas:
• a) a que parte de uma tentativa de transcrição filosófica do
freudismo, concebido como um texto resultando da
colaboração entre o psicanalista e o psicanalisado:
• b) a que culmina numa "teoria do conheci-mento",
oscilando entre a Leitura psicanalítica e uma fenomenologia.
• Teoria das operações de compreensão em sua relação com a
interpretação dos textos.