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FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI ROBERTO MANGE

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM FABRICAÇÃO MECÂNICA

PROCESSOS DE USINAGEM
ELETROEROSÃO A FIO
CRISTIANO SALTON
DIEGO DA SILVA BAETA
GABRIEL ALVES DOCENTE:
RODRIGO EVANGELISTA ALEX SANDRO PAYÃO
ESTRUTURA 2
 Nomenclatura e terminologia;
 Características funcionais da eletroerosão;
 Tipos de eletroerosão:
 Princípios de funcionamento;
 Eletrodos (tipos de fios);
 Construção dos eletrodos (fios);
 Dielétricos;
 Rendimento de trabalho;
 Cálculo da amperagem;
 Sistemas de limpeza;
 Sistema de fixação da peça;
 Sistemas de fixação do eletrodo.
NOMENCLATURA E TERMINOLOGIA
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A eletroerosão por fio, conhecida como WEDM (Wire Electrical
Discharge Machining) é uma evolução/adaptação da eletroerosão por
penetração que surgiu em 1969. Neste sistema a corrente eléctrica
passa pelo fio, que está sempre tensionado, e devido ao poder erosivo
da descarga elétrica vai cortando a peça, dando-lhe a forma
pretendida. Dentro da eletroerosão por fio há duas possibilidades para
a utilização da peça no tanque, o emerso e o submerso. O submerso
funciona com um tanque cheio de dielétrico, o emerso funciona só
com um jato de dielétrico apontado à zona de erosão. Estudo
comparativo entre eletroerosão com fio de latão e fio de molibdénio.
A evolução na eletroerosão tem conduzido a resultados bastante
satisfatórios já que a velocidade de corte tem sido duplicada a cada 4
anos e o acabamento superficial já melhorou mais de 15 vezes em
relação à primeira utilização.
CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS DA
ELETROEROSÃO 4
Basicamente o principio de funcionamento de uma máquina de Eletroerosão a fio se da por um eletrodo
em formato de fio no diâmetro de uma pequena agulha ou menos, é controlado pelo computador para seguir
um caminho programado e cortar uma ranhura estreita. O processo de electroerosão, não tradicional de
maquinagem, como já foi referido anteriormente, tem por base o poder erosivo das descargas elétricas criadas
entre a ferramenta e a peça e que conseguem fazer com que seja dada a forma pretendida à peça. Para este
processo funcionar a dureza e resistência dos metais difíceis de maquinar deixaram de ser os fatores
problemáticos que dificultam o processo , neste caso só é necessário garantir que ambos os materiais, da
ferramenta e da peça, sejam condutores elétricos e assim o processo realizar-se-á. Atenção, o processo não se
inicia nem continua se, em qualquer momento, houver contato físico entre a peça e a ferramenta, dá curto-
circuito e o processo é interrompido. Embora existam dois tipos diferentes de electroerosão (penetração e
fio), o fenómeno físico e elétrico da remoção do material, a nível microscópico, é igual nos dois casos e tem
por base a troca de energia entre dois polos opostos num circuito elétrico, ou seja, a diferença de potencial
entre a peça e a ferramenta (que nunca se tocam fisicamente e têm polos opostos), faz com que se gere uma
faísca.
CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS DA
ELETROEROSÃO 5
Por convenção a polaridade é chamada de positiva quando o elétrodo é polarizado
positivamente, e é chamada de negativa quando acontece o contrário e o elétrodo está polarizado
negativamente. Normalmente considera-se que a peça é o polo negativo, o cátodo, e a ferramenta o
polo positivo, o ânodo. A ferramenta de corte e a peça a trabalhar estão mergulhadas num líquido
dielétrico, geralmente o líquido dielétrico é óleo de hidrocarbonetos ou água desionizada, segundo.
Quando o elétrodo inicia o seu processo de aproximação à peça, também o dielétrico começa a
movimentar-se, nesses momentos de aproximação, o campo elétrico no gap chega até um valor
selecionado, valor esse teoricamente ideal para ser lançada a primeira descarga elétrica,
normalmente ocorre quando a tensão atinge valores na ordem dos 200 Volt. Após se atingir esse
valor de tensão forma-se o canal de plasma, onde irá acontecer dentro de breves instantes a primeira
descarga eléctrica, que ocorre, geralmente, através do caminho eletricamente mais curto entre a
ferramenta e a peça a trabalhar
TIPOS DE ELETROEROSÃO
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 Existem dois tipos de eletroerosão: a fio e


por penetração. As máquinas a fio são de CNC
(comandos numéricos computadorizados).
 A eletroerosão por penetração, é quando o
eletrodo que é uma ferramenta que é ultilizada
para dar forma a peça,é penetrada na peça sobre
um líquido chamado DIELETRICO que
ultilizada para lubrificar a peça. (Revista
Ferramental)

Fig1. Fonte: www.revistaferramental.com.br


PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO
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O processo de electroerosão, não tradicional de maquinagem, como já foi
referido anteriormente, tem por base o poder erosivo das descargas elétricas
criadas entre a ferramenta e a peça e que conseguem fazer com que seja dada
a forma pretendida à peça. Para este processo funcionar a dureza e resistência
dos metais difíceis de maquinar deixaram de ser os fatores problemáticos que
dificultam o processo , neste caso só é necessário garantir que ambos os
materiais, da ferramenta e da peça, sejam condutores elétricos e assim o
processo realizar-se-á. Atenção, o processo não se inicia nem continua se, em
qualquer momento, houver contato físico entre a peça e a ferramenta, dá
curto-circuito e o processo é interrompido. Embora existam dois tipos
diferentes de electroerosão (penetração e fio), o fenómeno físico e elétrico da
remoção do material, a nível microscópico, é igual nos dois casos e tem por
base a troca de energia entre dois polos opostos num circuito elétrico, ou seja,
a diferença de potencial entre a peça e a ferramenta (que nunca se tocam
fisicamente e têm polos opostos), faz com que se gere uma faísca.

Fig 2. Fonte: www.gestaouniversitaria.com.br/


PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO
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Por convenção a polaridade é chamada de positiva quando o elétrodo é
polarizado positivamente, e é chamada de negativa quando acontece o
contrário e o elétrodo está polarizado negativamente. Normalmente
considera-se que a peça é o polo negativo, o cátodo, e a ferramenta o polo
positivo, o ânodo. A ferramenta de corte e a peça a trabalhar estão
mergulhadas num líquido dielétrico, geralmente o líquido dielétrico é óleo
de hidrocarbonetos ou água desionizada, segundo. Quando o elétrodo inicia
o seu processo de aproximação à peça, também o dielétrico começa a
movimentar-se, nesses momentos de aproximação, o campo elétrico no gap
chega até um valor selecionado, valor esse teoricamente ideal para ser
lançada a primeira descarga elétrica, normalmente ocorre quando a tensão
atinge valores na ordem dos 200 Volt. Após se atingir esse valor de tensão
forma-se o canal de plasma, onde irá acontecer dentro de breves instantes a
primeira descarga eléctrica, que ocorre, geralmente, através do caminho
eletricamente mais curto entre a ferramenta e a peça a trabalhar.

Fig 3. Fonte: www.gestaouniversitaria.com.br/


ELETRODOS (TIPOS DE FIOS)
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Entre os vários fios existentes no mercado, há uns mais
indicados do que outros para determinadas utilizações, como
por exemplo, os fios de cobre e latão com revestimento são,
pelo menos, cerca de 20 % mais rápidos do que os mesmos
sem revestimento, os fios de cobre apresentam um melhor
acabamento que os fios de latão e passando agora para o
processo de fabricação do fio, se pretendermos maquinar
peças de alta precisão temos que utilizar um fio que tenha
uma excelente precisão geométrica do seu diâmetro sobe pena
de ficarmos com imprecisões na peça. Quando pretendemos
ter uma baixa rugosidade superficial na zona erodida o fio que
deve ser utilizado é um que tenha alta resistência à tração,
para que seja possível exercer maior tensão no fio de forma a
obter um melhor acabamento. Resta dizer que os vários tipos
de fio têm diferentes custos, e cada utilização deve ser
avaliado o custo/benefício que irá ter aquele fio naquele
processo.

Fig 4. Fonte: www.gfms.com.br/


CONSTRUÇÃO DOS ELETRODOS
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(FIOS)
Para a obtenção dos eletrodos de cobre eletrolítico faz-se uso de dois processos, ou até a combinação deles, sendo:

• mecânico (laminação)
• químico: percloreto de ferro; ácido nítrico.

No processo mecânico, por laminação, o eletrodo é posicionado entre duas chapas de aço usinadas com baixa rugosidade. A
geometria final é obtida por laminação "atritando" as chapas. O inconveniente deste processo está basicamente no fato de que o cobre,
quando encruado, aumenta o número de discordâncias inter-cristalinas em seus planos. Como resultado torna-se frágil e quebradiço.
Uma forma de garantir a continuidade desse processo de laminação é fazer um recozimento do microeletrodo para garantir a
recristalização.

No processo químico foram analisados o ataque químico através do ácido nítrico e do percloreto de ferro. O processo em si é a
disposição do eletrodo dentro de uma solução aquosa do ácido correspondente. O controle do tempo de imersão (tempo de ataque
químico) permite a obtenção do diâmetro do eletrodo desejado.
• ácido nítrico: apesar de reagir muito bem com o cobre e demais ligas, o maior inconveniente é o "borbulhamento", que no caso de
microeletrodos é prejudicial. Torna-se possível a utilização do ácido nítrico com concentração de 20% a menor.
• percloreto de ferro: a reação química é mais lenta, e a não ocorrência de bolhas torna-o mais preciso; ou seja, a uniformidade do
diâmetro é maior.
DIELÉTRICOS 11
O dielétrico tem um papel fundamental em todo o processo pois é responsável por arrefecer o
elétrodo e garantir uma elevada pressão no plasma o que garante uma elevada força de remoção
do material fundido. Após a descarga e durante o período em que o elétrodo abre, o dielétrico
limpa as partículas removidas para que a próxima descarga aconteça o mais “limpa” possível. Se
as partículas ficarem no intervalo, a condutividade eléctrica do dielétrico aumenta, levando a um
mau controlo do processo e má qualidade de maquinagem. O dielétrico geralmente flui através do
gap, e vai trazendo líquido “fresco” a cada momento, criando assim condições para que a
descarga aconteça num ambiente o mais favorável possível. É possível calcular a energia gerada
em cada faísca com base na diferença de potencial entre os dois polos, a intensidade da corrente e
a duração da faísca. Desde o início da descarga elétrica até ao seu final tanto o elétrodo como a
peça têm que estar em constante condução elétrica sobe pena do processo não fluir. Estes também
não se podem tocar, pois geram um curto-circuito que faz com que o processo pare.
DIELÉTRICOS 12

A indicações de que uma das principais origens de poluição em usinagens por descargas
elétricas de matrizes profundas é o fluido dielétrico, particularmente os óleos hidrocarbonetos. No
momento, não há nenhum processo de manufatura totalmente limpo que possa substituir a EDM.
O uso de gás (ar, oxigênio) em EDM poderia ser uma alternativa porque não produz nenhum
resíduo e não causa nenhum efeito adverso à saúde. Porém, esta técnica não está desenvolvida o
suficiente para ser empregada eficientemente.

Os dielétricos aquosos especiais usados nessa operações de usinagem são muito caros, pelo
fator de evaporar muito mais rapidamente, devem ser trocados com maior frequência que os óleos
dielétricos. Infelizmente o uso de fluído aquoso no processo de eletroerosão não conseguiu
conquistar o mercado mundial por aspectos negativos em termos de custos.
RENDIMENTO DE 13
TRABALHO
 Vantagens

• Vantagens da geometria
• Cortes e moldes complexos podem ser produzidos com precisão com custo reduzido
• Possibilidade de produzir cavidades e aberturas não-redondas.
• Possibilidade de cortar cantos internos com raios muito pequenos.
• O processo de eletroerosão é livre de rebarbas.
• Vantagens de custo
• Os passes de desbaste eliminam as operações de acabamento secundário e permite a reutilização de sobras
para substituir a produção de cavacos.
• Evita mover uma peça através de múltiplos processos convencionais. Tendo a forma final obtida através de
uma única configuração (melhorando assim a precisão).
CÁLCULO DA AMPERAGEM 14
SISTEMAS DE LIMPEZA 15
 Tem a função de armazenar o fluido dielétrico, que pode ser
água deionizada ou óleo mineral. Os principais componentes
montados junto ao reservatório são o filtro de impurezas, uma
bomba de circulação do tanque de trabalho e a bomba de pressão
do dielétrico.
 De acordo com JAMESON (2001) a pressão do dielétrico na
saída junto ao eletrodo é de 20psi (138kPa) e o fluxo de dielétrico
deve ser constante para promover a remoção do material
particulado e a dissipação do calor. A figura demonstra o aspecto
geral da unidade de dielétrico nas máquinas de eletroerosão.

Fig. 5 Fonte: www.gestaouniversitaria.com.br/


SISTEMA DE FIXAÇÃO DA
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PEÇA
O sistema de fixação de peças no processo de eletroerosão a fio vai
desde as mais simples como grampos e morsas, até as mais complexas
como a Régua-Systems, que são adaptados para cada tamanho de
máquina, garantindo uma precisão alta do posicionamento da peça

Fig. 6 Fonte: www.stellcarbon.com.br/ Fig. 7 Fonte: www.stellcarbon.com.br/ Fig. 8 Fonte: www.stellcarbon.com.br/


SISTEMAS DE FIXAÇÃO DO 17
ELETRODO
Para quem trabalha com usinagem e eletroerosão, investir em tecnologias que
proporcionam mais produtividade é a chave para o corte de gastos desnecessários. Um
bom exemplo desse tipo de tecnologia é investir em um sistema de fixação modular.
Hoje, para se ter uma ideia, o processo da maioria das empresas de usinagem de
eletroerosão é alinhar o eletrodo no centro de usinagem. Depois de horas usinando, levar
até a máquina de eletroerosão, alinhar e fazer a referência tudo novamente. Afinal é
preciso estar bem alinhado para poder queimar a peça nas coordenadas certas, e repetir
o processo até que tenha terminado.
Esse tipo de trabalho além de pesaroso e muitas vezes (muitas mesmo) danificar a
peça simplesmente por causa de um alinhamento fora das referências corretas, faz com
que o chão de fábrica não seja tão produtivo quanto ele pode ser, perdendo tempo e
dependendo muito da precisão dos operários em seus trabalhos manuais.
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Figura 9 Fonte: http://edmbrasil.com/


REFERÊNCIAS
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http://www.gestaouniversitaria.com.br/system/scientific_articles/files/000/000/482/original/Eletroeros%C3%A3o.pdf?1544313355

https://www.eroma.com.br/produtos/pt/

https://www.steelcarbon.com.br/eletroerosao/

http://moldesinjecaoplasticos.com.br/eletroerosao-edm-com-fluidos-dieletricos-e-os-riscos-a-saude-e-meio-ambiente/

https://www.gfms.com/s3r/it/products/tooling/wire-EDMing/s3ruler-ruler-system.html

https://www.youtube.com/watch?v=Az-mB0kd8Mg

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