Tratamento Corona

e
Impressão filmes Plásticos
 Necessidade do Tratamento
Superficial
• Os plásticos em geral, por suas distintas
propriedades intrínsecas, são inertes
quimicamente e apresentam uma estrutura
química apolar com baixa tensão superficial.
• Esta características fazem com que os plásticos
tenham baixa ancoragem da tinta de impressão
e adesivos de laminação.
• Para resolver este problema estes materiais
necessitam receber um pré tratamento
superficial antes do processo de impressão
e/ou laminação.
 Objetivos do Tratamento Corona

O tratamento corona é o método mais

tradicional para aumentar a tensão superficial dos
filmes plásticos
• Incrementar, melhorar a ancoragem de adesivos
nos filmes para processo de laminação.

• Incrementar, melhorar a ancoragem de tintas nos

filmes nos processos de impresssão por
Flexografia, Rotogravura, Serigrafia, etc.
O que acontece na Superfície do
Plástico
Existem algumas explicações acerca dos fenômenos
que ocorrem para que a ancoragem das tintas e
adesivos melhore.
Uma das explicações é de que a descarga elétrica de
alta tensão e freqüência diversas na faixa de 4, 8, 15,
20, 25 a 35 kHz provoca:

1. Um efeito físico tipo microporosidade Superficial no

plástico, onde a tinta ou adesivo se ancora.
2. Um efeito químico de oxidação da superfície gerando
grupos polares que conferem maior afinidade química
com as tintas e adesivos.
 Umectação da Superfície

Filme não Tinta

tratado Volume A

Filme Tinta
tratado
Volume B
 Medida e Controle do Tratamento
Corona
Unidades

• Unidade de medida da “Tensão de Umectação”

 DINAS/cm²

• Unidade de Controle do Tratador

 Potência Elétrica: P=ExI KW KVA

 Freqüência: KHz (quilohertz)

 Energia Superficial de alguns
polímeros (sólidos)
• Polipropileno  29 Dinas / cm²
• Polietileno  31 Dinas / cm²
• Poliestireno  33 Dinas / cm²
• Vinil  39 Dinas / cm²
• Acrílico  39 Dinas / cm²
• Poliéster  43 Dinas / cm²
• Poliamida (nylon)  46 Dinas / cm²
Energia superficial de alguns líquidos / produtos
• Solventes  18 a 29 Dinas / cm²
• Água  72 Dinas / cm²
• Tintas flexográficas  28 Dinas / cm²
Nota: Para processos de impressão flexográfica se recomenda um
nível de tensão superficial nos substratos, cerca de 10 pontos acima
da tensão superficial da tinta.
 Níveis e Tensão Superficial
recomendados para distintos processos
Processo Tensão Superficial
Flexografia
• Tinta base solvente  38 - 40 Dinas / cm²
• Tinta base água  44 Dinas / cm²

Rotogravura
• Tinta base solvente  38 - 40 Dinas / cm²
• Tinta base água  44 Dinas / cm²

Laminação
• Adesivo de base solvente  42 – 44 Dinas / cm²
• Adesivo base água  44 – 46 Dinas / cm²
• Adesivo sem Solvente  42 – 44 Dinas / cm²
 O Sub-conjunto de Aplicação da
Descarga Corona
Eletrodo de
descarga elétrica
Gerador Fonte
de alta tensão
Faísca
Folga entre eletrodo e
Substrato substrato (1,5 a 3 mm)
(filme)

V = m/min
(velocidade de passagem Camisa de silicone
do filme entre o eletrodo e Isolante dielétrico
o cilindro dielétrico)
Cilindro metálico aterrado
Tratamento Superficial - Corona

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 Fatores que Afetam o Tratamento
Corona
1. Tipo de polímero do substrato:
• Polares: PA (poliamida), PET

• Apolares: (PEBD, PELBD, PEAD, PP)

Obs.: materiais diferentes requerem diferente níveis de tratamento)

2. Aditivação:
• Aditivos que migram para a superfície do filme
(deslizantes, antiestático) mascaram o tratamento.
• A quantidade de aditivos afetam o tratamento. Altos
teores de aditivos significam quantidades entre 800 ppm a
2100 ppm.
• Quanto maior a quantidade de aditivos maior é a potência
requerida no tratamento.
 Fatores que Afetam o Tratamento
Corona
3. Espessura do Filme
• Filmes finos requerem controle tensão de bobinamento para reduzir
a possibilidade bloqueio ou tratamento do lado interno do filme.
• Filmes grossos requerem uma maior potencia de tratamento.

4. Potência do Tratador Corona

• Densidade de potencia da estação de tratamento
kW ou KVA (quilo – volt – ampêre)

5. Velocidade de passagem do filme sob o eletrodo de

descarga
Metros por minuto (m/min)
• Quanto maior a velocidade de tiragem, maior deve ser a potência
aplicada para obter o mesmo nível de tratamento.
 Fatores que Afetam o Tratamento
Corona
6. Calibração, regulagem e manutenção do sistema de
tratamento
• Calibração dos componentes eletrônicos
• Regulagem da folga dos eletrodos de 1,5 a 3,0 mm (barras do
tratador devem estar psicionadas paralelas ao cilindro)
• Limpeza dos Eletrodos
• Verificação da dieletricidade das camisa (fugas)
• Aparência e tipo da descarga elétrica (spray x concentrado)
7. Localização da estação de tratamento corona relativa a
matriz de extrusão
• Topo da torre de extrusão do filme tubular, meia altura ou junto
ao rolos de embobinamento
• Antes da laminação
Obs.: Quanto mais próximo do topo da torre de extrusão estiver a unidade de
tratamento, mais eficiente será o processo devido o filme ainda estar quente.
Contaminantes dos rolos podem afetam na aplicação do tratamento.
Unidade para Produção do Filme
Tubular
 Fatores que Afetam o Tratamento
Corona
8. Temperatura de Extrusão, ambiente e umidade relativa
do ar

9. Tempo decorrido entre a extrusão e a impressão /

laminação
• A superfície tratada irá perder o tratamento com o tempo,
mesmo para filmes que não tem aditivos.
10. Excesso de graxa de silicone o lábio da matriz e superfície
do anel de ar
• Contaminação da superfície do filme com graxa afeta o
tratamento do filme provocando problemas nos processos
de impressão, adesão e também na soldabilidade do
filme.
Fenômeno da migração dos
agentes deslizantes e antiestáticos

Exemplo N° 1
Quatro filmes aditivados com 1000 ppm de Agente deslizante e
espessura de 100 micra.

Recém extrusado 24 h após 48 h após 72 h após

 Aspectos a considerar para garantir
adequada Ancoragem de tintas ou adesivos

Exemplo N° 2
Quatro filmes aditivados com 1000 ppm de Agente deslizante
porém com espessuras diferentes.

Como todo o agente deslizante migra para a superfície do filme ao

cabo de uma determinada quantidade de horas, o filme de maior
espessura terá mais agente deslizante na superfície, devendo portanto
deslizar mais e apresentar maior redução do nível de tratamento.
Tabela 1. Considerações sobre Tratamento Corona
Fatores que Afetam o Exemplos Comentários
Tratamento Corona
MATERIAL  Tipo :(PEBD, PELBD, PEAD,  Materiais diferentes requerem
PP PET, Papel) diferentes níveis de tratamento.

ADITIVAÇÃO  Deslizantes, antibloqueio,TiO2, Aditivos que migram para a
pigmentos coloridos, EVA superfície do filme (deslizantes)
mascaram o tratamento. A
quantidade de aditivos afetam o
tratamento. Altos teores de adivos
significam quantidades entre 800
ppm a 2100 ppm. Quanto maior a
quantidade de aditivos maior é a
potência requerida no tratamento.
ESPESSURA  Espessura do Filme Filmes finos requerem controle
tensão de bobinamento para
reduzir a possibilidade bloqueio ou
tratamento do lado interno do filme.
Filmes grossos requerem uma
maior potencia de tratamento.
VELOCIDADE DE TIRAGEM  Determina a velocidade de Quanto maior a velocidade de
tiragem (rpm) tiragem, maior deve ser a potência
aplicada para obter o mesmo nível
de tratamento.
Tabela 2. Considerações sobre Tratamento Corona
Fatores que Afetam o Exemplos
Tratamento Corona
APLICAÇÃO  Impressão, laminação,
extrusion coating.
 Tinta base solvente ou água
FACES TRATADAS  Uma ou ambos os lados
LOCALIZAÇÃO  Topo da torre de extrusão do
filme tubular
 Antes da laminação
Comentários
Para PEBD o nível de tratamento
convencional está entre36-42
dynes/cm.
Tintas e adesivos com base água
tem uma alta tensão superficial e
não molham o filme tão bem como
os solventes. Filmes para esta
aplicação requerem maior nível de
tratamento.
Para tratar as duas faces o
equipamento deve ter o dobro de
potência do que para uma face.
Quanto mais próximo do topo da
torre de extrusão estiver a unidade
de tratamento, mais eficiente será o
processo devido o filme ainda estar
quente.
Contaminantes dos rolos podem
afetam na aplicação do tratamento
Tratamento no slitter é comum mas
pode causar problemas de bloqueio
e o nível de tratamento decai.