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Você está em: Home / Inovação / Como medir o tratamento Corona de um filme?
O tratamento Corona é um processo aplicado aos filmes para aumentar a energia de sua
superfície, medida em dina (ou dyna) por cm, e melhorar a ancoragem da tinta.
Quando falamos dos testes de dina, estamos falando da relação entre a energia de líquidos e
sólidos. De modo grosseiro, quando a tensão superficial do líquido é maior que a energia da
superfície, ele se mantém em gotículas e não fixa nessa superfície, portanto, a tinta não consegue
ancorar. Quando falamos em dinas, estamos lidando com uma unidade de força. No nosso caso, a
diferença de força das moléculas na superfície do líquido (que gera a tensão superficial).
O teste do nível de dina e os tratamentos para aumentá-lo (como o tratamento Corona, por
exemplo), é rotina para convertedores e gráficas que trabalham com filmes. Muitos plásticos
(como o PP, PE e BOPP) têm uma energia de superfície baixa (de 29 a 32 dinas), o que resulta em
dificuldade de adesão das tintas à superfície. Por exemplo, para ancorar uma tinta a base d'água é
preciso que a energia da superfície chegue a 42 dinas ou mais.
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Como medir o nível de dinas de um filme ou superfície
Existem alguns métodos para fazer esse teste. Há desde procedimentos laboratoriais, mais
precisos e controlados, até um "teste de campo", realizado em segundos com canetas.
As canetas são compradas em kits, contendo um número de canetas graduadas para cada nível de
tensão superficial (por exemplo, 36, 38, 40, 42 e 44 dinas/cm). O teste consiste em desenhar uma
linha com cada caneta e verificar os resultados. As canetas com tensão maior que a superfície não
farão um risco consistente: a tinta se manterá agrupada em gotículas.
Para exemplo, veja este vídeo do teste em um filme. Nele é possível ver que a caneta com
graduação mais alta que consegue riscar o filme é número 46. A caneta de graduação 48 não
consegue riscar, assim, o nível do filme é de 46 dinas:
How to check dyne level on polymer substrates
Há também um outro tipo de caneta, chamada "Poly-Test. Ela é mais utilizada no controle de
qualidade, quando é preciso despachar o material com um determinado nível da tensão
superficial. Nesse caso, é utilizada uma única caneta: se a linha estiver consistente o material é
aprovado, caso contrário, é rejeitado.
No entanto, as formulações das tintas podem variar, e quanto mais próximo do limite da tensão
superficial, maior a possibilidade de problemas de ancoragem na impressão. Por isso buscamos
sempre alguma margem de segurança em relação aos valores mínimos.
Equipamentos para tratamento Corona são amplamente disponíveis no Brasil, podem ser
ajustados para diferentes gramaturas e produzem um tratamento bastante uniforme quando
operados corretamente.
Sabendo como funciona o tratamento Corona e as canetas para teste de dinas, é possível
assegurar a qualidade do material que se está recebendo ou despachando para o cliente, e assim
evitar bastante dor de cabeça com problemas de ancoragem de tinta.