Você está na página 1de 4

 (19) 3277-0064 Pesquisar neste site

Home Produtos Blog Sobre a Promtec Localização Não Atendemos Revendas

Fale com um Especialista

Você está em: Home / Inovação / Como medir o tratamento Corona de um filme?

Como medir o tratamento Corona de um filme?


25/01/2024 por Promtec — Deixe um comentário

Post atualizado em 01/2024

O tratamento Corona é um processo aplicado aos filmes para aumentar a energia de sua
superfície, medida em dina (ou dyna) por cm, e melhorar a ancoragem da tinta.

Quando falamos dos testes de dina, estamos falando da relação entre a energia de líquidos e
sólidos. De modo grosseiro, quando a tensão superficial do líquido é maior que a energia da
superfície, ele se mantém em gotículas e não fixa nessa superfície, portanto, a tinta não consegue
ancorar. Quando falamos em dinas, estamos lidando com uma unidade de força. No nosso caso, a
diferença de força das moléculas na superfície do líquido (que gera a tensão superficial).

O teste do nível de dina e os tratamentos para aumentá-lo (como o tratamento Corona, por
exemplo), é rotina para convertedores e gráficas que trabalham com filmes. Muitos plásticos
(como o PP, PE e BOPP) têm uma energia de superfície baixa (de 29 a 32 dinas), o que resulta em
dificuldade de adesão das tintas à superfície. Por exemplo, para ancorar uma tinta a base d'água é
preciso que a energia da superfície chegue a 42 dinas ou mais.

Privacidade - Termos
Como medir o nível de dinas de um filme ou superfície
Existem alguns métodos para fazer esse teste. Há desde procedimentos laboratoriais, mais
precisos e controlados, até um "teste de campo", realizado em segundos com canetas.

Canetas para teste de tensão superficial

As canetas são compradas em kits, contendo um número de canetas graduadas para cada nível de
tensão superficial (por exemplo, 36, 38, 40, 42 e 44 dinas/cm). O teste consiste em desenhar uma
linha com cada caneta e verificar os resultados. As canetas com tensão maior que a superfície não
farão um risco consistente: a tinta se manterá agrupada em gotículas.

Para exemplo, veja este vídeo do teste em um filme. Nele é possível ver que a caneta com
graduação mais alta que consegue riscar o filme é número 46. A caneta de graduação 48 não
consegue riscar, assim, o nível do filme é de 46 dinas:
How to check dyne level on polymer substrates

Há também um outro tipo de caneta, chamada "Poly-Test. Ela é mais utilizada no controle de
qualidade, quando é preciso despachar o material com um determinado nível da tensão
superficial. Nesse caso, é utilizada uma única caneta: se a linha estiver consistente o material é
aprovado, caso contrário, é rejeitado.

Como saber o nível ideal para o material que estou utilizando?


Isso depende do material, do processo de impressão e da formulação da tinta. Por exemplo, para
flexografia é recomendado que o material tenha, no mínimo, 42 dinas quando usadas tintas à base
d'água. Já para tintas formuladas com solvente o recomendado é 36 dinas e para tintas com
secagem UV, 28 dinas.

No entanto, as formulações das tintas podem variar, e quanto mais próximo do limite da tensão
superficial, maior a possibilidade de problemas de ancoragem na impressão. Por isso buscamos
sempre alguma margem de segurança em relação aos valores mínimos.

Alguns cuidados com o teste e as canetas:

Quando possível, testar em temperatura ambiente de 25ºC, para resultados consistentes.


Cuidado com contaminação nas canetas. Nunca passe um risco por cima do outro para não
contaminar a ponta, e deixe-as o menor tempo possível sem a tampa. Algumas soluções são
mais voláteis, e a energia da solução pode variar com a evaporação de compostos.
Nunca passe a mão, pano ou similar na superfície a ser testada.
É recomendado trocar as canetas a cada seis meses, principalmente se o uso for constante
(semanal, por exemplo).
Caso a tinta tenha mudado de cor, o resultado já não é mais confiável.

Como aumentar a energia da superfície: tratamento Corona e


similares
Gráficas costumam receber os filmes já com o devido tratamento. Nesse caso, os testes são
importantes para aceitar ou rejeitar um material com defeito ou que não foi devidamente tratado.

Há três tratamentos mais comuns para aumentar a energia de superfície:

- Tratamento com chama: mais utilizado para garrafas e peças automotivas.


- Plasma a frio, um processo que utiliza vácuo parcial e gases ativados por radiofrequência:
utilizado apenas para materiais bastante específicos.
- Tratamento Corona: o mais simples no mercado, bastante utilizado por extrusores e no
mercado de filmes.

O tratamento Corona funciona de modo semelhante a um capacitor. Um eletrodo recebe uma


energia de alta voltagem e ioniza o ar, excitando as suas moléculas e gerando um grande número
de radicais livres, que por sua vez bombardeiam a superfície do material. Isso aumenta a sua
polaridade e assim a energia da sua superfície.

Equipamentos para tratamento Corona são amplamente disponíveis no Brasil, podem ser
ajustados para diferentes gramaturas e produzem um tratamento bastante uniforme quando
operados corretamente.

Mas há algumas desvantagens:

O tratamento Corona decai rapidamente. A maioria dos fornecedores garante o tratamento


por no máximo dois anos. Calor e umidade podem diminuir ainda mais esse tempo.
Não é recomendado aumentar mais que 12 dinas para não gerar alterações no material.
O processo produz gás ozônio, que precisa ser neutralizado antes de dispensado ao
ambiente.

Sabendo como funciona o tratamento Corona e as canetas para teste de dinas, é possível
assegurar a qualidade do material que se está recebendo ou despachando para o cliente, e assim
evitar bastante dor de cabeça com problemas de ancoragem de tinta.

Você também pode gostar