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“Na Índia, 400 anos antes de Cristo, todas as formas de uso e atividade
extrativista foram proibidas nas florestas sagradas; 700 anos antes de Cristo,
nobres assírios estabeleceram reservas de caça, similares às reservas de
caça do Império Persa na Ásia Menor, estabelecidas entre 550 e 350 anos
antes de Cristo; na China, foram estabelecidas leis de proteção para
planícies úmidas durante o sexto século depois de Cristo; Veneza criou
reservas de veados e javalis no início do século VIII; na Bretanha foram
promulgadas leis florestais no século XI”. (DAVENPORT E RAO, 2002)
CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS
O autor identifica que a noção de proteção foi influenciada por três idéias básicas
Até o Séc.XIX: controle territorial com conotação gerencial; Até a segunda metade
do Séc.XX: preservação da paisagem como patrimônio coletivo e testemunho da
natureza selvagem; Até o Séc.XXI: proteger para resguardar para as gerações
futuras; Século XXI: Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável (MEDEIROS,
2003) .
A Convenção sobre a Diversidade Biológica foi assinada por 168 Estados e uma organização de
integração econômica regional. Posteriormente, mais países ratificaram a CDB, totalizando 193
signatários.
“Os objetivos dessa Convenção (...) são a conservação da biodiversidade, o uso sustentável de
seus componentes e a divisão eqüitativa e justa dos benefícios gerados com a utilização de
recursos genéticos, através do acesso apropriado a referidos recursos, e através da
transferência apropriada das tecnologias relevantes, levando-se em consideração todos os
direitos sobre tais recursos e sobre as tecnologias, e através de financiamento adequado.”
Convenção das Partes (COP) – A cada 2 anos para avaliar a implementação da CDB
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - CDB
• Primeiras leis a definir a água como bem público e a interferir na gestão florestal em terras
privadas
Considera crime a caça, a pesca em locais ou situações não permitidas por lei, o tráfico de
animais, a destruição de ecossistemas, a derrubada de árvores, a poluição ambiental, a
instalação de atividades poluentes sem autorização, a introdução de espécies exóticas, o
mau trato a animais, entre muitas outras ações.
Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC.
Lei nº 9.985 de 18/07/2000
Principais problemas
Criação de UCs baseado na concepção dos EUA. Porém, enquanto naquele país essas unidades
foram estabelecidas majoritariamente em locais afastados dos principais centros urbanos; no
Brasil, apenas uma parcela das UCs foi estabelecida em áreas distantes com o intuito de garantir
o controle territorial das mesmas. Outra parte das unidades brasileiras foi criada em áreas de uso
humano intenso, com o objetivo de proteger remanescentes de ecossistemas de ameaças
iminentes (VALLEJO, 2002; MEDEIROS, 2004).
I - Área de Proteção Ambiental; II - Área de Relevante Interesse Ecológico; III - Floresta Nacional;
IV - Reserva Extrativista; V - Reserva de Fauna; VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Principais problemas
Art. 9o A exploração eventual, sem propósito comercial direto ou indireto, de espécies da flora
nativa, para consumo nas propriedades ou posses das populações tradicionais ou de pequenos
produtores rurais, independe de autorização dos órgãos competentes, conforme regulamento.
Art. 11. O corte e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de
regeneração do Bioma Mata Atlântica ficam vedados quando: I - a vegetação:
a) abrigar espécies da flora e da fauna silvestres ameaçadas de extinção, em território nacional
ou em âmbito estadual (...)
b) exercer a função de proteção de mananciais ou de prevenção e controle de erosão;
c) formar corredores entre remanescentes de vegetação primária ou secundária em estágio
avançado de regeneração;
d) proteger o entorno das unidades de conservação; ou
e) possuir excepcional valor paisagístico, reconhecido pelos órgãos executivos competentes do
Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA;
ESTATUTO DAS CIDADES (Lei nº. 10.257, 10/07/2001)
A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e da propriedade urbana
Art. 2º A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
IV - planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das
atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e
corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;
VI - ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
g) a poluição e a degradação ambiental;
Art. 4º Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
I - planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento
econômico e social;
II - planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;
III - planejamento municipal, em especial:
a) plano diretor;
b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo;
c) zoneamento ambiental;
Figura 49: Mapa de Áreas com Restrição e Áreas Passíveis de Ocupação.
Lei dos Recursos Hídricos (nº 9.433, de 8/01/1997
Art. 32. Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, com os
seguintes objetivos: I - coordenar a gestão integrada das águas; II - arbitrar
administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hídricos; III - implementar a
Política Nacional de Recursos Hídricos; IV - planejar, regular e controlar o uso, a preservação
e a recuperação dos recursos hídricos; V - promover a cobrança pelo uso de recursos
hídricos.
Art. 40. Os Comitês de Bacia Hidrográfica serão dirigidos por um Presidente e um Secretário,
eleitos dentre seus membros.
Corredores de Biodiversidade
Problemas da conservação em “ilhas” de ecossistemas
• Diversidade dos pequenos fragmentos é elevada e pode ser relevante (SOULÉ &
SIMBERLOFF, 1986) e tende a aumentar a variabilidade genética do conjunto de
populações, aumentando a biodiversidade na escala da paisagem e do bioma (TURNER,
1996).
• Há ainda espécies que se distribuem no conjunto de fragmentos, mas não formam sub-
populações, uma vez que há uma movimentação constante dos indivíduos entre
remanescentes e o conjunto de indivíduos forma apenas uma população
Corredores de Biodiversidade
- Mateo Rodriguez, J.M.; Silva, E. V.; Cavalcanti, A.P.B. – Geoecologia das Paisagens: uma
visão geossistêmica da análise ambiental. UFC edições (2007).
- Blaschke, T.; Lang, S. – Análise da Paidagem com SIG. Oficina de Textos (2009).