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Projecto Final
Autor:
Supervisor:
Co-supervisora:
Ao meu querido pai José Samuel Nhiuane que tudo faz para que eu seja uma pessoa digna e
melhor;
Aos meus irmãos Benícia, Edioclésio, Edinéria Admira, Shélcia Jossefina, Gerucidio, José
Samuel Nhiuane Júnior (Jójó) e Emerson (Dódó) e a minha prima Avertina Chiote.
Dedico!
(Tomas Fuler)
“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura,
para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma”
(Eclesiastes 9:10)
AGRADECIMENTOS
A Deus todo maravilhoso, pela guia e luz divina em todos âmbitos da minha vida.
Aos meus pais José Nhiuane e Perpétua Bombo (in memoriam) pelos ensinamentos, conselhos e
apoio em todas as etapas da minha vida e batalha para minha formação. E aos meus irmãos por
pacificamente aceitarem repartir um pedaço de pão comigo durante a minha formação.
Ao meu supervisor Eng. Cláudio Cuaranhua (MSc) pela prontidão na solução de todas as
adversidades que cruzaram a componente de campo. E pela abertura, paciência, entrega e
colaboração para a efectivação e melhoria do trabalho.
A minha Co-supervisora Prof. Dra. Romana Bandeira por sempre ouvir-me pacificamente e
mostrar-se presente para juntos ultrapassarmos cada limitação deste estudo e pelas valiosas idéias
para melhoria do trabalho.
Ao CTA da FAEF, em especial Sr. Paulo Timóteo, Sr. Francisco Fabião (Sr.Chico), Sra. Adélia,
Sr. Fernando, Sra. Cândida e Sra. Lucrência pela disponibilização dos materiais de campo e de
identificação das famílias dos insectos.
A minha amável namorada Ana Chichava pelo carinho, paciência e apoio durante a formação.
Aos amigos e colegas Edgar Becha, Felizardo Cossa, Maria Amélia Maxlhaieie, Sérgio Simão,
Sheila Cuambe, Paixão Tocota, Muniro Amade, Credêncio Maúnze, Elton Zacaria, Cecília
Malobole, Cácia Cuambe, Constantino Chemane e Inês Mondlane pela calorosa amizade e
incondicional comparticipação na minha vida.
Alastro os agredecimentos a todos que não foram citados, mas que de alguma forma
contribuíram para a realização deste trabalho.
Obrigado
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... II
ÍNDICE DE TABELAS ........................................................................................................... VI
ÍNDICE DE FIGURAS ........................................................................................................... VII
LISTAS DE ABREVIATURAS ............................................................................................... IX
1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................................1
1.1 Antecedentes ....................................................................................................................1
1. 2 Problematização e justificativa do estudo ..........................................................................3
1.3 Objectivos ........................................................................................................................4
1.3.1 Geral .............................................................................................................................4
1.3.2 Específicos ....................................................................................................................4
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..........................................................................................5
2.1 Os insectos e sua Importância ...........................................................................................5
2.1.1 Importância ecológica ...................................................................................................5
2.1.2 Importância económica .................................................................................................7
2.1.3 Importância médica .......................................................................................................7
2. 2 Métodos para inventariação dos insectos ..........................................................................8
2.2.1 Armadilhas de colecta activa .........................................................................................9
2.2.2 Armadilhas de colecta passiva .......................................................................................9
2.2.2.1 Armadilha de solo (pit-fall trap e yellon pan trap) ...................................................9
2.2.2.2 Armadilhas luminosas .......................................................................................... 11
2.2.2.3 Armadilha adesiva (sticky-trap) ........................................................................... 12
2.2.2.4 Armadilha de Shannon (Shannon trap) ................................................................. 13
2.3 Diversidade e distribuição de insectos............................................................................. 13
2.3.1 Riqueza de espécies ............................................................................................. 15
2.3.2 Índices de Riqueza ............................................................................................... 16
2.3.3 Índices de diversidade .......................................................................................... 17
2. 4 Similaridade ................................................................................................................... 20
2.5 Teste Chi-quadrado (X2) ................................................................................................. 22
2.6 Factores que influenciam a diversidade e a distribuição dos insectos .............................. 22
Tabela 1: Equações usadas para o cálculo dos parâmetros de distribuição e diversidade dos
insectos e similaridade. ............................................................................................................. 32
Tabela 2: Distribuição dos insectos por ordem e por altitude .................................................... 34
Tabela 3: Frequência das famílias dos insectos por altitude ...................................................... 35
Tabela 4: Diversidade baseada no número de família e a estimada pelo índice de Margalef para
as diferentes altitudes avaliadas. ................................................................................................ 45
UPGMA Unweighted Pair Group Method using Arithmetic Averages (Análise de Cluster
por agrupamento pareado não ponderado baseado na média aritmética).
1.1 Antecedentes
No entanto, dentre estas variáveis, a altitude constituem-se um gradiente crucial, pois esta,
influencia na maioria das restantes variáveis ambientais (Arnhold, 2013; Barbosa, 2009),
exercendo por isso uma pressão selectiva na estrutura, abundância e diversidade de espécies
(Perillo, 2011; Romero-Alcaraz e Ávila, 2000).
Geralmente ambientes montanhosos são caracterizados por condições ambientais extremas, que
incluem baixas temperaturas, altos índices pluviométricos, altas radiações solares, baixa
produtividade primária, alta humidade do ar, aumento da velocidade do vento, pequena área
disponível para ocupação, redução de recursos alimentares, mudanças na complexidade da
vegetação (Siqueira e Rocha, 2013; Chaladze, 2012; Bergamin, 2010; Barbosa, 2009).
De forma geral verifica-se um declínio nos padrões de distribuição e riqueza de espécies com o
aumento da altitude (Sanyal et al., 2013; Freitas et al., 2007; Shimbori et al., 2003), sendo que
o pico de abundância tem-se verificado em altitudes intermediárias (Sanyal et al., 2013;
Chaladze, 2012). Este cenário deve-se as modificações que ocorrem ao longo da variação da
altitude, desde (i) factores abióticos que envolvem a diminuição da temperatura do ar, aumento
da velocidade do ar e da precipitação (Chaladze, 2012; Peroni e Hernández, 2011) e (ii) factores
bióticos que envolvem a redução da diversidade de recursos, aumento de ambientes
desfavoráveis, mudanças na complexidade da vegetação e redução da área do habitat (Barbosa,
2009; Iserhard, 2003).
Segundo Silva (2009), em áreas de vegetação nativa a diversidade de espécies de insectos tende
a ser maior que em plantações florestais, pelo facto de a vegetação nativa proporcionar um
ambiente mais estável, rico em diversidade de espécies vegetais, possuir maior disponibilidade
de recursos (Barbieri, 2010). Silva (2009), defende que mesmo em caso de plantações a
diversidade da entomofauna pode variar, em ambientes com maior densidade de árvores, o que
propicia maior abundância de alimento e microclima que pode favorecer alta diversidade de
insectos.
1.3 Objectivos
1.3.1 Geral
1.3.2 Específicos
Os insectos são animais invertebrados caracterizados por possuir corpo dividido em três partes
(cabeça, tórax e abdômen), presença de exoesqueleto, simetria bilateral, circulação sanguínea
livre, sistema respiratório formado por tubos que atingem a parte externa do corpo por orifícios,
um par de antenas, três pares de pernas articuladas, desenvolvimento por metamorfose e asas
geralmente presentes nos adultos (Camargo et al., 2015; Cruz, 2009).
Insectos são artrópodes mais diversos do planeta correspondendo a cerca de 80% dos animais
do globo terrestre, podendo ser encontrados em quase todos os tipos de ambientes, com
excepção das regiões mais profundas do mar (Silva, 2009; Nunes, 2005). O êxito destes
organismos deve-se a sua capacidade de voo, maior adaptabilidade, presença de exoesqueleto,
tamanho reduzido, metamorfose, tipo especializado de reprodução, capacidade de explorar
ambientes heterogéneos, alta capacidade de resposta à variações ambientais (Camargo et al.,
2015; Gullan e Cranston, 2014; Cruz, 2009).
Os insectos são importantes na manutenção das florestas, como polinizadores de cerca de 70%
de plantas com flores e deste modo garantindo a produtividade das culturas agrícolas e
florestais. Para esta função destaca-se a ordem Hymenoptera (abelhas, formigas e vespas)
(Garcia-Pereira et al., 2012; Nunes, 2005).
Os insectos terrestres bioindicadores podem ocupar diversos níves, podendo ser: (i) indicadores
ambientais (perturbações ou mudanças ambientais); (ii) indicadores ecológicos (alterações de
habitats, fragmentação, mudanças climáticas e poluição); e indicadores de biodiversidade
(diversidade biológica) (Wink et al., 2005).
A importância económica dos insectos ressalta-se pelo facto de muitas espécies serem pragas
agrárias, podendo destruir extensas áreas de cultivo (Galho et al., 2002).
Algumas pragas de grande importância para o sector florestal são: a vespa-da-madeira (Sirex
noctilio: família Siricidae: Hymenoptera) que ataca povoamentos de Pinus spp. (Júnior, 1993);
formigas cortadeiras (Atta spp. e Acromyrmex spp.: família Formicidae: Hymenoptera) e vespa-
da-galha (Leptocybe invasa: família Eulophidae: Hymenoptera) com notáveis danos sobre a
eucaliptocultura (Silva et al., 2014).
Os insectos também servem de grandes predadores e parasitóides (Picker et al., 2004), que são
considerados os inimigos naturais de pragas agrícolas e florestais (Gallo et al., 2002) agindo
como agentes de controle biológico de insectos pragas.
Por outro lado, os insectos podem ser usados na produção de cera, mel, seda e ainda alguns
constituem fonte de alimento, podendo ser industrializados e vendidos como produtos
alimentícios industrializados (Khadijah et al., 2013; McGavin, 2007; Nunes, 2005).
Para o sucesso na captura dos insectos, em que se busca uma amostragem significativa da
população, alguns factores como as condições climáticas, época do ano, fase lunar, metodologia
de amostragem e a escolha correcta do tipo de armadilha devem ser levados em consideração
bem como a extensão geográfica e o custo de efectivação do método (Gullan e Cranston, 2014).
Nogueira et al. (2008), releva que, o número de espécies amostradas em uma comunidade
depende do esforço amostral. E quanto mais saliente o esforço amostral, mais próximo será o
valor das espécies amostradas do valor real da comunidade. Contudo, para definir o esforço
amostral deve-se tomar em consideração os recursos financeiros, a disponibilidade de tempo e
acesso a diferentes ambientes da área.
Uma armadilha pode ser definida como um processo mecânico, físico ou químico que captura
um organismo, para fins de controle ou monitoramento de populações desses organismos
(Rafael, 2002). Porém durante a escolha de uma armadilha deve se ter em conta a relação custo-
benefício (Garlet, 2010).
Ainda neste contexto as armadilhas podem classificarem-se: (i) armadilhas de colecta activa e
(ii) armadilhas de colecta passiva.
As armadilhas de colecta activa são aquelas em exigem a presença do operador e são propícios
para estudos com um grupo específico (Júnior, 2007 e Aquino et al., 2006). Alguns exemplos
destas armadilhas temos: rede entomólogica, pano de amostragem, aspirador de tubo e choque
de insecticida.
Esses métodos são simples, económicos, proporcionam menor esforço por parte do colector e
fornecem amostras mais representativas em termos qualitativos e quantitativos, envolvem
menos tempo de trabalho de campo e são poucos dependentes à experiência do colector
(Aquino et al., 2006), com a desvantagem de não permitir a escolha a priori do grupo ou
tamanho de insectos a colectar (Camargo et al., 2015).
Dentre as várias armadilhas, a pit-fall (Figura 1A) é a mais usada para amostragem de artrópodes
terrestres (Aquino et al., 2006).
É uma armadilha especialmente voltada para insectos que caminham sobre o solo por
incapacidade de voo ou por preferência de habitat do solo (McGavin, 2007; Aquino et al., 2006),
que inclui: insectos da ordem Coleoptera (Camargo et al., 2015; Thomazini e Thomazini, 2000);
larvas da ordem Coleoptera e Diptera; insectos adultos sem asas, como Collembola, Protura,
Diplura, Archaeognatha, Zygentomo, Formicídeos; insectos adultos com asas pertecentes as
famílias Sciaridae e Phoridae da ordem Diptera, além de outros artrópodes, como ácaros,
aranhas, diplópodes (Garlet, 2010).
Considerada uma adaptação da armadilha “pit-fall” a “pan trap” é uma armadilha atractiva que
colecta os insectos atraídos por cor e que pousam no meio líquido, onde a tonalidade da cor
pode fazer toda a diferença no sucesso da colecta (Cruz, 2009). Esta armadilha pode ser de cor
branca, amarela ou verde (Júnior, 2007), cores estas, atractivas para vários grupos de insectos
(Penteado et al., 2009). A armadilha deve conter água e algumas gotas de detergente, para
facilitar o afundamento dos insectos que nela caírem (Rafael, 2002). A desvantagem deste tipo
de armadilha é de fácil transborde por chuvas, podendo ser necessário tirá-la todos os dias
(Júnior, 2007; Cruz, 2009). Porém para suprimir a retirada diária do material, recomenda-se
substituir a água pelo etileno glicol (10%) que funciona como líquido fixador, pouco volátil, e
permanece eficiente até mais de um mês (Rafael, 2002; Cruz, 2009).
Este é o método mais utilizado na colecta de insectos em plantios de Eucalyptus sp., pois
permite a captura das principais pragas das ordens Lepidoptera e Coleoptera de hábitos
nocturnos (Garlet, 2010).
Camargo et al. (2015), relatam que, muitas vezes as capturas com base nas armadilhas
luminosas são realizadas com finalidade específica de levantamentos quantitativos. Nesse caso,
o tipo de armadilha a ser usada deve privilegiar a eficiência da captura. Em estudos ecológicos
e taxonómicos, cujo material precisa ser tratado e depositado em uma colecção, o tipo e o
modelo de armadilha devem favorecer a conservação dos insectos. Os modelos mais
conhecidos e utilizados de armadilhas luminosas são do tipo Liiz de Queiroz, Pensilvânia e
New Jersey.
Camargo et al. (2015) e McGavin (2007), mencionam algumas vantagens das armadilhas
luminosas, listadas a seguir: requer mínimo esforço e garante maior produtividade;
possibilidade de manter os espécimes colectados em excelentes condições; atrair grande
diversidade e quantidade de insectos; e permite uma colecta selectiva.
É uma armadilha de interceptação de voo que prende os insectos à uma substância adesiva
(Figura 3). Compreende um septo transparente (de vidro ou folha de acetato) com substância
adesiva em ambos os lados (Júnior, 2007). Destina-se a colecta de pequenos insectos voadores
que ficam colados ao bater no obstáculo e é bastante eficiente na captura de dípteros pequenos
(Cruz, 2009; Rafael, 2002). Usa-se geralmente a cola comercial (tangle-trap) ou óleos de
motores de carro com alta viscosidade. É um método relativamente barato, possibilita grande
número de repetições e recomendável para o estudo de distribuição espacial e de estratificação
(Cruz, 2009).
É um modelo de armadilha útil para captura de insectos atraídos por iscas de origem animal ou
vegetal (Cruz, 2009). Esta armadilha é dotada de uma tenda rectangular ou quadrada fechada
em todas as extremidades excepto a inferior, normalmente montados supensos a uma altura de
10 a 30 cm para permitir a entrada dos insectos (Rafael, 2002) (Figura 4). É mais utilizada para
colecta de insectos hematófagos (Cruz, 2009). Este modelo de armadilha é útil para
amostragem de insectos de variados tamanhos e mostra excelência para a captura de dípteros
que são atraídos por iscas. O tempo de permanência deste tipo de armadilhas no campo é
indeterminado e podem ficar no campo de dia e de noite (Cruz, 2009; Rafael, 2002).
No sentido lato, a diversidade significa variedade. Se esta variedade envolver as formas de vida
na terra considera-se por biodiversidade ou diversidade biológica que é a variedade de formas
de vida (Alho, 2012). A biodiversidade inclui: a variedadede de espécies florísticas e
faunísticas, genes, comunidades; o papel desempenhado por cada organismo nos ecossistemas e
a própria diversidade de ecossistemas, quer terrestres, aquáticos ou marinhos (Pereira et al.,
2013; Brandão, 2010).
Segundo Scolforo et al. (2008), os estudos de diversidade estão relacionados aos padrões de
variação espacial e ambiental. Dessa maneira, áreas com muitas variações ambientais
possibilitam a presença de habitats mais heterogêneos e consequentemente maior diversidade
de espécies na área. Estes autores, ressaltam ainda que a diversidade não está correlacionada à
densidade de indivíduos na população, mas sim ao conjunto de espécies (riqueza) e o seu
número de representantes (equitabilidade).
A distribuição dos indivíduos é a maneira pela qual estes se dispõem na comunidade (Silva et
al., sd.). A frequência é o parâmetro muito usado para determinar a distribuição de indivíduos
numa determinada área.
Para quantificação da diversidade biológica de uma região, ecossistema ou habitat e deste modo
prediçãodo seu funcionamento são usadas as medidas de diversidade (Peroni e Hernández,
2011) determinadas pela riqueza de espécies, pelos índices de riqueza e pelos índices de
diversidade (Magurran, 2004).
Apesar de ser um método muito difundido e de fácil interpretação, na maioria das pesquisas é
muito difícil ou quase impossível amostrar todas as espécies que compõem uma determinada
área ou comunidade (Melo, 2008). Por esta dificuldade ou impossibilidade de amostragem total
das espécies que compõem a área, este método não fornece muita certeza da riqueza de espécies
existentes na área, sobretudo quando se trata de invertebrados como é o caso dos insectos
(Peroni e Hernández, 2011).
Além disso, a riqueza é dependente do esforço amostral, o que significa quanto mais colectas
forem realizadas, maior será a riqueza encontrada na comunidade (Melo, 2008). Por outro lado,
este método não considera a abundância dos indivíduos (Peroni e Hernández, 2011).
Os índices de diversidade são algumas expressões matemáticas usadas para descrever toda a
informação acumulada na comunidade (Peroni e Hernández, 2011).
Os índices comumente usados para medir a diversidade de espécies são: Simpson (S´) “mais
sensível a mudanças nas espécies mais abundantes” e Shannon-Wiener (H´) “mais sensível a
mudanças nas espécies raras da comunidade” (Peroni e Hernández, 2011; Gomide et al., 2006;
Iannuzzi et al., 2003).
O índice de Shannon-Wiener é uma medida da diversidade que mede o grau de incerteza, prevê
a que espécie pertencerá um indivíduo selecionado aleatoriamente, de uma amostra com um
certo número de espécies e um número total de indivíduos (Uramoto et al., 2005). É um índice
muito útil em estudos que pretendem avaliar a diversidade biológica a longo prazo (Magurran,
2004) e é independente do tamanho da amostra (Catanozi, 2011). A diversidade é directamente
proporcional ao valor calculado do índice (Magurran, 2004; Whittaker, 1972), ou seja, quanto
maior o valor do índice, maior será o grau de incerteza, consequentemente a diversidade da
amostra será alta (Uramoto et al., 2005).
Este índice atribui mesmo peso à espécies abundantes e raras (Whittaker, 1972), isto significa
que qualquer alteração na relação entre indivíduos e espécies ocorre uma variação notável no
valor obtido pelo índice (Reis, 2012). Contudo este índice exige comparações entre
comunidades, porque com apenas o valor do índice de uma única comunidade não é possível
estimar a diversidade (Melo, 2008).
O índice de Pielou (J´) é comumente usado para estimar a equitabilidade duma comunidade.
Este índice é derivado do índice de diversidade de Shannon-Wiener, permite avaliar a
uniformidade na distribuição das abundâncias dos indivíduos entre as espécies existentes numa
determinada comunidade (Magurran, 2004). E quando tivermos maior proximidade das
abundâncias das espécies dentro de uma comunidade, maior será a equitabilidade (Reis, 2012).
Similaridade refere-se ao nível de semelhança de espécies entre duas ou mais áreas distintas ou
estratos dentro de uma mesma área amostral (Confalonieri e Neto, 2007).
As análises de similaridade são úteis na comparação directa da fauna de diferentes locais. Como
os índices levam em conta espécies comuns entre as diferentes amostras, eles são um indicativo
directo da semelhança faunística entre diferentes áreas (Freitas et al., 2003).
A similaridade é equivalente a diversidade beta (β), dado que permite a verificação de uma
mudança de espécies ao longo de um gradiente ambiental (Whittaker, 1972).
De acordo com Wolda (1996), a similaridade entre as comunidades tende a ser alta em áreas em
que a composição de espécies é pouco diferenciada. Este mesmo autor, aponta que entre áreas
diferentes a similaridade entre habitats depende da composição faunística e da distância
geográfica entre as áreas. Por exemplo as espécies florísticas tendem a agrupar-se em uma
determinada área, assim como a composição da fauna de um local tende a ser em função das
espécies florísticas que compõem o habitat. Sendo assim, em termos de composição de espécies
florísticas, a fauna de locais diferentes tende a diferir, enquanto a de locais idênticos tende a ser
similar.
De acordo com Freitas et al. (2003), os índices de similaridade podem ser usados para
comparação entre diferentes comunidades ou ambientes, nestes casos, fornecendo resultados
que permitem detectar as diferenciações na estrutura florística e faunística das comunidades.
Estes mesmos autores apontam que existe muitas opções para a representação gráfica de uma
matriz de similaridade, contudo os dendrogramas são os mais usados.
Durante o uso do teste chi-quadrado, regeita-se a hipótese nula em casos em o valor-p gerado
seja inferior ao nível de significância, mas não se regeita a hipótese nula em casos em que o
valor-p gerado pelo teste seja superior que o nível de significância (Pocinho, 2010).
A diversidade de insectos varia entre as áreas, e é muito condicionada pelo tipo de habitat
(Freitas et al., 2002), factores ambientais e influências antrópicas (Shimbori et al., 2003).
Alguns factores abióticos que influenciam a distribuição e diversidade dos insectos são: a
latitude, altitude, temperatura, precipitação, humidade, sazonalidadade, luz e vento (Odum,
2004; Gallo, 2002).
A altitude constitui um importante factor abiótico (Shimbori et al., 2003), pois outros factores
bióticos e abióticos como temperatura, humidade, vento, luminosidade, plantas hospedeiras são
afectados por este factor (Peroni e Hernández, 2011; Freitas et al., 2007).
Segundo Odum (2004), a temperatura juntamente com a luz e humidade controlam largamente
as actividades estacionais e diárias das plantas e dos animais. A variabilidade da temperatura é
extremamente importante sob ponto de vista ecológico. Dado que os organismos são sensíveis
às variações da temperatura. Exercendo assim um efeito limitativo mais severo nos organismos
quando as condições de humidades são extremas.
Os períodos da actividade dos insectos variam em função das estações do ano (sazonalidade).
Apresentando maior pico e abundância na época das chuvas, mas isso não significa que os
insectos são ausentes durante os meses de estiagem (Cruz, 2009).
Souza (2010), fundamenta que em áreas com maior complexidade estrutural como por exemplo,
estratos arbóreos definidos, caracterizado por alta diversidade de plantas e elevado grau de
conservação possuem maior disponibilidade de recursos, mais áreas de nidificação, e
consequentemente maior diversidade de insectos, concretamente da família Formicidae.
A colecta dos insectos para avaliação dos parâmetros ecológicos foi realizada em
remanescentes florestais nativos de Machipanda e na parte nativa da floresta de Inhamacari.
Ambos estão localizados no Posto Administrativo de Machipanda, a Oeste do Distrito de
Manica, Província do mesmo nome, na região central de Moçambique. A floresta de Inhamacari
a Norte e a Oeste delimita-se com a República do Zimbabué, a Sul e a Este pela vila de
Machipanda, estando geograficamente situado entre as latitudes 18°56' Sul e 18°59' Sul e entre
as longitudes 32°43' Este e 32°44' Este (Tuzine, 2011) (Figura 5).
A floresta de Inhamacari insere-se num Distrito marcado por cadeias montanhosas que
compreendem basaltos, riólitos e lavas alcalinas (MAE, 2005). Algumas montanhas do Distrito
chegam a atingir cerca de 2000 metros de altitude (Tuzine, 2011). E na floresta de Inhamacari a
altitude máxima ronda nos 1650 metros (Frechauth, 2011).
3.1.4 Vegetação
A floresta de Inhamacari é caracterizada por possuir uma área com cerca de 496 ha de
plantações de espécies dos géneros Eucalyptus e Pinus e com 498 ha de floresta nativa,
totalizando uma área de 994 ha (Frechauth, 2011). Dentro da área da floresta existem algumas
porções de machambas (Amade, 2014).
A floresta sempre verde de montanha, miombo, vegetação degradada misturada com áreas de
agricultura, e a mistura entre áreas agrícolas e casas são algumas classes que compõem a secção
de mata nativa da floresta de Inhamacari (Tuzine, 2011). Em termos de composição florística a
mata nativa é composta por Brachystegia spiciformis Benth., Brachystegia bohemii Taub,
Acacia sp., Albizia adianthifolia Bonsai, Khaya nyasica Stapf ex Baker F., Julbernardia
globiflora (Benth.) Troupin, Pterocarpus angolensis DC., Pericopsis angolensis (Baker)
Meeuwen, Maytenus acuminata (L.f.) Loes., Uapaca kirkiana Müll. Arg., Ficus sp e
Tabernaemontana elegans Stapf.
Osório Eufrásio José Nhiuane Projecto final Página 26
3.2 Caracterização dos pontos amostrais
Os pontos amostrais deste estudo variam de 850 e 1400 metros de altitude. Apesar de existirem
pontos com altitude inferior a 850 metros na área de estudo, não foram incluídas neste estudo
por situarem-se em áreas intensamente habitadas e preferênciais para a prática de actividades
socio-económicas como: a abertura de machambas, pastagem e procura de combustíveis
lenhosos. Actividades estas, que tornam as altitudes mais baixas sem ou com pequenas áreas
com remanescentes de floresta.
No ponto amostral de 1000 metros, a presença de árvores jovens e em transição para a fase
adulta é pronunciada, portando árvores dos gêneros Brachystegia e Pterocarpus com altura
variável entre 2 a 4 metros de altura. Neste ponto as habitações são inexistentes e as
activididades humanas são reduzidas. A componente arbórea encontra-se misturada com a
componente arbustiva em pequenas proporções.
Aos 1250 metros de altitude, a presença de árvores adultas de Uapaca kirkiana, Brachystegia
spiciformis, Ficus sp. e Julbernardia globiflora é marcante. A altura das árvores variade 2 a 5
metros de altura. No momento em que se realizaram as colectas (Julho), as árvores de Uapaca
kirkiana encontravam-se em frutificação. A mistura de estrato arbustivo de Psidium vulgaris e
Vangueira infausta é notável. A presença de herbáceas neste ponto é reduzida. Este ponto por
estar próximo das instalações de segurança da floresta de Inhamacari, as actividades humanas
como, aberturas de machambas, pastagem, extracção de combustível lenhoso e materiais de
construção são mínimas.
O ponto amostral mais alto deste estudo, com cerca de 1400 metros de altitude é dominado pela
presença de árvores jovens e em transição para a fase adulta de Brachystegia spiciformis com
alturas a variarem em torno de 2 a 4 metros de altura. Este ponto possui mistura do género
Eucalyptus em regeneração e algumas árvores entre muito jovens e adultas do gênero Pinus
com menos de 2 metros e cerca de 10 e 15 metros de altura, respectivamente. Existem algumas
herbáceas, mas em pequenas proporções na área. A segurança da floresta é implacável neste
ponto com vista a evitar actividades que culminam na degradação florestal e desflorestamento.
A colecta de insectos procedeu-se durante o mês de Julho de 2015, em quatro pontos amostrais
com 850, 1000, 1250 e 1400 metros de altitude ao longo de uma faixa de vegetação nativa da
floresta de Inhamacari no Posto Administrativo de Machipanda.
Para iniciar a colecta dos insectos marcaram-se as coordenadas dos quatros pontos de colecta
nas diferentes altitudes com auxílio de GPS. Seguidamente, ao longo de um transecto linear
(Figura 7) foram montadas em cada altitude um total de 16 armadilhas do tipo pan-trap
directamente no solo, distanciadas por cerca de 2 metros. As armadilhas eram caracterizadas
por potes plásticos de cor amarela, contendo uma misturade água e álcool etílico à 70%. A
adição de álcool visou permitir a redução da tensão superficial da água com vista a aumentar a
eficiência de colecta e garantir o armazenamento dos insectos por um período longo (Rafael,
2002).
Figura 8: A- Retirada dos insectos das armadilhas; B – Colocação dos insectos nos
frascos com álcool.
A primeira fase de processamento dos dados consistiu na triagem dos insectos. Onde com
auxílio de uma lupa (de mão com magnitude de ampliação de 10X), pinça e placa de petri
foram triados os insectos conforme as suas características morfológicas externas. Em seguida os
insectos foram preservados em recipientes devidamente etiquetados e contendo álcool. A
etiquetagem dos recipientes incluiu a codificação do grupo taxónomico do insecto, altitude de
colecta, a identificação do colector e o local de colecta.
A fase de identificação dos insectos foi exclusivamente laboratorial e efectuou-se até ao nível
de família, tendo para o efeito sido necessários uma lupa de mesa de marca leica EZ4 com
magnitude de ampliação de 8X – 35 X (Figura 9) para facilitar a descrição e distinção dos
aspectos morfológicos das amostras dos insectos e material bibliográfico (chaves dicotômicas,
livros de entomologia e páginas da internet) para a comparação das características morfológicas
de famílias de insectos já identificadas. As referências usadas para este efeito encontram-se
listadas no Anexo 1.
A identificação das famílias foi acompanhada pela contagem dos indivíduos para posterior
determinação dos parâmetros de distribuição e diversidade dos insectos por altitude. Para
determinar a distribuição dos insectos neste estudo recorreu-se a frequência de insectos
(equação 1).
O teste chi-quadrado foi a análise estatística usada para avaliar o efeito da altitude na
distribuição dos insectos, como forma de contornar a possibilidade de tomar inferências do
efeito da altitude na distribuição dos insectos com base apenas nas abundâncias dos indivíduos.
O teste chi-quadrado foi calculado no programa R (The R Project for Statistical Computing) ao
nível de significância de 5%, partindo da hipótese, que a altitude tem efeito na distribuição dos
insectos, conforme é apontado em diversos estudos do gênero.
Isso porque, existem também famílias que apesar da sua frequência ser inferior a 2,12%, devem
ser tomadas em consideração em termos da sua contribuição naquele ecossistema florestal de
Inhamacari, porque as suas frequências foram moderadamente consideráveis em todas ou em
algumas altitudes. Para tal, far-se-á menção também das famílias: Cynipidae (Hymenoptera),
Ichneumonidae (Hymenoptera), Pompilidae (Hymenoptera), Agromyzidae (Diptera),
Drosophilidae (Diptera), Muscidae (Diptera), Otitidae (Diptera), Anobiidae (Coleoptera),
Coccinellidae (Coleoptera), Melyridae (Coleoptera) e Gryllidae (Orthoptera).
A elevada abundância de formigas nos habitats avaliados não surpreende, dado que estes
insectos fazem parte do grupo de insectos mais abundantes e diversificados dos ecossistemas e
representam o primeiro grupo de insectos sociais predadores que primeiro forrageam o solo e
detritos (Suguituru et al., 2015); os seus ninhos são amplamente diversificados, podendo ser
construídos no chão, sob pedras e árvores, troncos podres, casas, restaurantes, mares e em
grandes altitudes, podendo ainda formar galerias e canais subterrâneos e a sua alimentação
também é diversificada, desde sucos de vegetais, seiva, néctar, substâncias açucaradas, líquidos
adocicados expelidos por outros insectos, carnes, insectos mortos e fungos (Baccaro et al.,
2015; John et al., 2015; Fernández e Palacio, 2006; Gallo et al., 2002); as formigas têm a
capacidade de se moverem constantemente entre habitats à procura de alimento, locais para
acasalamento e/ou para nidificação, constituíndo assim, a presença mais constante em um local
(Freitas et al., 2006).
A abundância das formigas na floresta de Inhamacari pode ser benéfica pelo facto de: (i) serem
muito importantes na manutenção de relacções ecológicas com muitos organismos, podendo
actuar como dispersores de sementes (Baccaro et al., 2015) e predadores de outros insectos
(sobretudo ortópteros) (Freitas et al., 2003); (ii) constituirem um dos principais componentes
biológicos de ambientes estruturalmente complexos como as florestas (Fittkau e Kling, 1973);
(iii) serem fundamentais no fluxo de energia e biomassa dos ecossistemas terrestres e na
estruturação de comunidades desses ecossistemas como um todo (Suguituru et al., 2015); (v)
serem ecologicamente importantes por interagirem com outros organismos em todos os níveis
tróficos (Freitas et al., 2006). A estes benefícios alguma atenção deve ser dada as formigas
herbivóras (formigas cortadeiras - Hymenoptera: Formicidae) que quando existentes e
abundantes são danosas sobre empreendimentos agroflorestais (Fernández e Palacio, 2006).
A família Cynipidae (Hymenoptera) com 192 insectos (2,11%) teve maior frequência na
altitude de 1250 m (1,17%) e menor frequência na altitude de 1400 m (0,18%). Estes
himenópteros induzem a formação de galhas nas plantas, mas também podem viver no interior
de galhas formadas por outros insectos (Constantino et al., 2002). Por este comportamento
podem ser prejudiciais ao ecossistema de Inhamacari, sobretudo quando ocorrerem em
densidades populacionais muito elevadas.
Esta ordem (Diptera) é a segunda mais frequente do estudo (22,1%), representada neste
levantamento pelas 15 famílias (13 identificadas e 2 desconhecidas) seguintes: Cecidomyiidae
(14,73%), Drosophilidae (2,01%), Agromyzidae (1,56), Otitidae (1,12), Anthomyiidae (0,89),
Muscidae (0,86), Chironomidae (0,41), Calliphoridae (0,16), Stratiomyidae (0,11),
Platystomatidae (0,09), Ceratopogonidae (0,01), Scatophagidae (0,01) e Tipulidae (0,01).
Nesta ordem, a família Cecidomyiidae foi a mais frequente (66,75%) e a segunda mais
representada no presente estudo (14,73%). A frequência destes dípteros ao longo do gradiente
altitudinal teve uma tendência equitativa, com 2,30% (210 insectos), 3,81% (347 insectos),
4,41% (402 insectos) e 4,21% (384 insectos) para 850 m, 1000 m, 1250 m e 1400 m,
respectivamente, indicando que esta família é característica da região de Inhamacari, tal
considerando que observou Jamal (2016) maior abundância desta família (30,25%) na floresta
de Inhamacari.
Provavelmente a reduzida abundância de insectos desta família nesta altitude esteja associada a
interacção com seus inimigos naturais, dada a elevada diversidade florística e entomofaunística
(39 famílias de insectos) dos quais 12 famílias actuam como reguladores biológicos de
populações de insectos, nomeadamente: Coccinellidae (Coleoptera); Tettigoniidae (Orthoptera);
Vespidae (Hymenoptera); Cecidomyiidae (Diptera); Melyridae (Coleoptera); Gryllidae
(Orthoptera); Bethylidae (Hymenoptera); Pentatomidae (Hemiptera); Muscidae (Diptera);
Anthomyiidae (Diptera); Pompilidae (Hymenoptera); Ichneumonidae (Hymenoptera).
Na sua maioria, dípteros da família Drosophilidae são pragas importantes de culturas agrícolas
e de um grande número de fruteiras cultivadas e silvestres (Azevedo et al., 2015) e insectos são
geralmente mais abundantes no período chuvoso, embora na presença de hospedeiros possam
ser abundantes ao longo do ano (Azevedo et al., 2015).
A família Otitidae não teve representantes apenas na altitude de 1000 m, entretanto a sua
frequência foi pronunciada apenas na altitude de 1400 m (0,99%) o que pode dever-se a
presença de restolhos vegetais em decomposição resultantes das actividades de exploração
florestal no habitat. Estes insectos abundam principalmente em matéria em decomposição sendo
as suas larvas saprófagas que também atacam tecidos de plantas vivas (Gallo et al., 2002;
Scholtz e Holm, 1986).
A família Coccinellidae (Coleoptera) foi observada em todas altitudes com excepção de 1400
m, sendo mais frequente (0,12%) na altitude de 1000 m e menos frequente (0,02%) na altitude
de 1250 m. Esta família tem como representantes mais conhecidos as joaninhas e que são de
grande importância no controle biológico como prededores de afídeos, cochonilhas e muitas
outras espécies de insectos-pragas (Audino et al., 2007; Constantino et al., 2002; Ormel, 1989).
A ocorrência desta família na maioria das altitudes pode-se justificar pela ampla diversidade
alimentar deste grupo de insectos, que pode actuar como fitófagos (Audino et al., 2007),
fungívoros (Constantino et al., 2002) e carnívoros (Picker et al., 2004; Scholtz e Holm, 1986).
Os insectos da família Melyridae (Coleoptera) são besouros em que a maioria das larvas são
predadoras e algumas são herbívoras (Constantino et al., 2002). Os adultos e as larvas vivem no
solo e são predadores de outros insectos, os adultos alimentam-se de pólen, e são
frequentemente encontrados nas flores (Picker et al., 2004). Esta família ocorreu em todas as
altitudes, com maior frequência na altitude de 1250 m (0,26%) e menor nas altitudes de 850 e
1400 m (0,03%).
A altitude de 1000 m é o segundo ponto amostral com mais famílias exclusivas, com um total
de 6 famílias nomeadamente: Brupestidae (0,01%), Carabidae (0,01%), Bethylidae (0,02%),
Ceratopogonidae (0,01%), Desconhecida 3 (0,01%) e Platystomatidae (0,09%).
A diversidade baseada no número de famílias de insectos por altitude foi equilibrada, tendo a
altitude 1250 m apresentado a maior riqueza (39) e a altitude 850m a menor riqueza de (25)
famílias. As altitudes 1000 m e 1400 m tiveram 28 e 27 famílias, respectivamente (Tabela 4).
Altitude (metros)
Índice
850 1000 1250 1400
Número de famílias 25 28 39 27
Margalef (D) 3,482 3,1664 5,0765 3,6258
Pelo índice de Margalef, a altitude de 1000 m teve a menor riqueza (D= 3,1664), seguida pelas
altitudes de 850, 1400 e 1250 metros com riqueza de 3,482; 3,6258 e 5,0765 respectivamente
(Tabela 4).
Tanto pelo número de famílias dos insectos (39 famílias), assim como pelo índice de Margalef
(5,0765) a altitude de 1250 m apresenta-se como a mais rica. A maior riqueza de insectos
observada na altitude de 1250 m em relação as restantes altitudes, pode justificar-se pela
reduzida intervenção humana e pela estrutura e composição da vegetação neste ponto que
evidencia-se como mais adulta, densa e diversificada em espécies vegetais.
A diversidade estimada pelo índice de Shannon-Wiener (H’) neste estudo variou entre 0,6540 e
1,8282. Este índice aponta maior diversidade para a altitude de 1250 m (H´ = 1,8282) e menor
diversidade para a altitude de 1000 m (H’ = 0,6540).
Por outro lado, os índices de Simpson (S’) e de equitabilidade de Pielou (J’) mostram que a
diversidade é mais elevada na altitude de 1400 m (S’= 0,7408 e J’ = 0,5541) e menor na altitude
de 1000 m (S’= 0,2464 e J’ = 0,1963).
A alta diversidade de insectos observada nas altitudes de 1250 m e 1400 m deve estar associada
a alta diversidade de espécies florísticas e maior densidade de árvores nestas altitudes em
relação as altitudes de 850 m e 1000 m (com baixa diversidade), facto este, que possibilita o
abrigo de uma ampla diversidade de insectos. Dado que ambientes com alta diversidade de
plantas e em altas densidades tendem a ser mais estavéis (menos perturbados), com mais
recurso alimentar e vários microhabitats, facto que permite o abrigo de uma ampla diversidade
de entomofauna (Peroni e Hernández, 2011; Silva, 2009).
1.8 1.8262
1.8282
1.6
1.3665
1.4
1.2
1.0 0.7408
0.8 0.6540 0.7091
0.5643
0.6
0.4 0.2464 0.4990 0.5541
0.2 0.4245
0.1963
0.0
850 1000 1250 1400
Altitude (metros)
Figura 10: Sensibilidade dos índices de diversidade de Shannon-Wiener (H´), Simpson
(S´) e de Pielou (J´) no levantamento de insectos à diferentes altitudes na região de
Inhamacari.
No geral nota-se que os valores de diversidade de Shannon-Wiener (H’) obtidos neste estudo
são baixos, ou seja indicam baixa diversidade quando comparados com o valor de H’
considerado alto (3,1969) por Schmidt et al., 2005. Estes valores baixos de H’ obtidos neste
estudo mostram que os insectos não estão igualmente distribuídas pelas famílias, havendo neste
caso família (s) mais abundante (s) em relação as outras.
Entre as diferentes altitudes amostradas no presente estudo, a maior similaridade pelo índice de
Jaccard (0,4865) verificou-se entre a altitude de 1000 m e 1400 m, enquanto a menor
similaridade (0,4324) foi observada entre a altitude de 850 m e 1000 m (Figura 11).
0.48 0,4667
0,4545 0,4565
0.46
0.44 0,4324
0.42
0.40
850-1000 850-1250 850-1400 1000-1250 1000-1400 1250-1400
Altitude (metros)
De um modo geral a similaridade registada entre as altitudes é baixa. Dado que considera-se
similaridade alta entre comunidades, aquelas que apresentarem valores dos índice de
similaridade iguais ou superiores a 0,5 (Filho, 2014).
A baixa similaridade apontada pelo índice de Jaccard entre as altitudes de 850 m e 1000 m,
pode estar associada ao nível de perturbação e o tipo e a estrutura da vegetação entre os pontos.
Sendo que a intervenção humana no ponto amostral dos 850 m causa a redução e até a
iliminação da vegetação, o principal recurso alimentar e de abrigo para os insectos.
A análise da similaridade com base no dendrograma (Figura 12), mostra maior similaridade
(cerca de 76%) entre as altitudes de 850 m e 1000 m e baixa similaridade (abaixo de 40%) entre
a altitude de 1400 m e as altitudes de 850 m, 1000 m e 1250 m. Enquanto, a similaridade entre a
altitude de 1250 m e as altitudes de 850 e 1000 m é intermédia (entre 52% e 64%).
Figura 12: Dendrograma da similaridade (da distribuição das famílias de insectos) pelo índice
de Jaccard entre as altitudes amostradas na região de Machipanda.
A maior similaridade entre as altitudes de 850 m e 1000 m, em parte pode estar associada a
actuação de condições ambientais muito semelhantes influenciada pela reduzida distância que
separa estas duas altitudes dos povoamentos de Mugoriondo e Chicueia, respectivamente.
No estudo realizado por Idris et al. (2002), sobre diversidade de insectos em diferentes altitudes
na Malásia, no dendrograma gerado a partir do índice de Jaccard, os pontos amostrais próximos
apresentaram maiores similaridades (800 m e 1100 m) e maior dessimilaridade entre as
altitudes muito distanciadas (300 m e 1100 m). Estes autores associaram a isto, a influência da
temperatura, a diversidade de plantas, e a maioria das plantas que se encontram em cada
altitude.
Mesmo registando elevada diversidade a altitude de 1400 m é menos similar que as restantes
altitudes, dada a presença de espécies exóticas. Sendo assim, há muita possibilidade de
ocorrerem nesta altitude espécies entomofanísticas associadas a estas espécies vegetais exóticas
abundantes naquela altitude, pois segundo Wolda (1996) a composição entomofaunística de um
local tende a ser em função das espécies vegetais que compõem o habitat.
Apesar da altitude de 1400 m não mostrar-se propicia para representar a entomofauna nativa da
região de Inhamacari, a elevada diversidade encontrada nesta altitude em relação as altitudes de
850 m e 1000 m remete-nos a propor plantações exóticas como processo inicial de reabilitação
de áreas degradadas (locais de pastagem e de agricultura) e seguido por plantações de
enriquecimento usando espécies nativas como forma de preservar a entomofauna e evitar a
perda de biodiversidade nesta região.
Com um total de 5.049 (55%) e 1.782 (20%) insectos nas altitudes de 1000 m e 1250 m
respectivamente, registaram as maiores abundâncias. Nas altitudes de 1400 m com 1.301 (14%)
insectos e 850 m com cerca de 985 (11%) insectos registaram-se as menores abundâncias.
5049
Quantidade de insectos
1782
1301
985
Segundo Iserhard (2013) e Chima et al. (2013), as condições topográficas e elevada altitude
como as observadas a partir dos 1000 m, caracterizadas por terreno acidentado e de difícil
acesso contribuem para a reduzida acção antrópica, sendo assim, estas áreas mostram-se menos
impactadas e mais preservadas. Áreas preservadas apresentam uma maior estabilidade e
complexidade favorecendo a manutenção de muitas espécies inclusive as espécies endêmicas
(Oliveira et al., 2009). A baixa interferência humana pode contribuir para o aumento da
abundância de insectos (Chima et al., 2013), visto que, acções antrópicas influem
intensivamente na redução da riqueza e abundância de insectos, através da destruição e ou
alteração do habitat natural (Tanque, 2013; Souza, 2010; Iserhard, 2003). As plantas
hospedeiras encontradas nos habitats naturais constituem um dos principais factores que
controlam a distribuição das abundâncias dos insectos (Barbosa, 2009; Oliveira et al., 2009).
A altitude de 850 m é caracterizada por uma vegetação muito jovem, pouco diversificada e
pouco densa. Aspectos estes, que também possam ter contribuído bastante para menor
abundância de insectos nesta altitude em relação as altitudes de 1000, 1250 e 1400 m, isto
porque a vegetação constitui um abrigo e fonte de recurso alimentar para os insectos (Araújo,
2013; Araújo e Santos, 2009).
Kumar et al. (2008) estudando vespas na Costa Rica, encontraram maior riqueza e menor
abundância em altitudes baixas (0-500 m) e contrário para altitudes elevadas (1100-2000 m)
com o pico a ser observado na altitude de 1100 m. Estes autores apontam que as maiores
abundâncias verificadas nas altitudes elavadas estão relacionadas com a interacção entre o
clima em elevada altitude e o papel fisiológico das vespas e ainda com o período de colecta dos
insectos (nas manhãs muito cedo) onde as temperaturas eram baixas e não óptimas para a
locomoção das vespas, facto que reduzia a sua capacidade de fugir e autodefesa. Estes autores
ressaltam ainda que a elevação da altitude tem um grande efeito nas abundâncias, papel e
composição das comunidades de vespas.
O teste Chi-quadrado verificou que a altitude tem efeito significativo na distribuição dos
insectos (X2(0,05) =3.137,2; valor de P =2,2e-16).
Todos os índices de diversidade apontam que a altitude de 1000 m foi a que apresentou menor
diversidades dos insectos (D = 3,1664; H’ = 0,6540; S’ = 0,2464; J’ = 0,1963). Embora há
discrepância entre os estimadores para definir a altitude com maior diversidade, sendo que os
índices de D (5,0765) e de H’(1,8282) apontam maior diversidade para a altitude de 1250 m,
enquanto os índices de S’(0,7408) e de J’ (0,5541) apontam maior diversidade para altitude de
1400 m (Figura 10).
O outro aspecto que dificulta a inferência clara do efeito da altitude na diversidade dos insectos,
é o facto da diversidade dos insectos não ser exclusivamente afectada pela altitude, mas sim,
pela interacção de um conjunto de factores, sendo influenciada também pela vegetação, pela
disponibilidade de recurso alimentar e pela interacção com seus inimigos naturais (predadores e
parasitóides) (Kishimoto-Yamada e Itioka, 2015; Peroni e Hernández, 2011; Barbosa, 2009).
Por exemplo, na altitude de 1250 m onde a maioria dos estimadores de diversidade apontam
como a mais diversificada, a vegetação nesta altitude é a mais diversificada e com estrutura
mais estável. Este factor (vegetação) favorece a maior diversidade e melhor distribuição
espacial de insectos (Idris et al., 2002), dado que habitats com maior diversidade florística
proporcionam diferentes microclimas e maior abundância de alimentos fornecendo assim
condições para albergar diferentes comunidades de organismos (Silva, 2009).
Idris et al. (2002), apontam que a diversidade de espécies numa determinada altitude pode ser
condicionadas pelo efeito de ecótono (ambiente de transição de um gradiente ambiental para o
outro), pela actuação de vegetação e clima tanto de um gradiente assim como do outro (neste
caso, ambiente de baixa altitude assim como de elevada altitude). Este efeito possa também ter
condicionado a alta diversidade (concretamente riqueza) de famílias de insectos encontrada na
altiude de 1250 metros.
Apesar da altitude de 1250 m ter apresentado maior riqueza de famílias em relação as restantes
altitudes, a abundância de insectos é maior na altitude de 1000 m. Este facto, em parte, deve
estar associado a existência de predadores devido a maior diversidade florística em relação as
restantes altitudes, contribuindo assim, com uma ampla variedade de insectos de diversos níveis
tróficos.
As acções antrópicas exercem influência na riqueza dos insectos (Scolforo et al., 2008), porque
estas actividades tendem a alterar a estrutura e/ou a destruir a vegetação num determinado
habitat (Tanque, 2013). Deixando desta maneira os insectos sem recurso alimentar nem abrigo.
Por isso na altitude de 850 m onde a intervenção humana é mais acentuada em relação as outras
altitudes a riqueza dos insectos foi a mais baixa.
Alta diversidade de famílias de insectos foi encontrada na altitude de 1250 metros (39 famílias;
D = 5,0765; H’ = 1,8282; S’ = 0,7091 e J’ = 0,4990) e na altitude de 1400 metros (27 famílias;
D = 3,6258; H’ = 1,8262; S’ = 0,7408 e J’ = 0,5541). Enquanto a baixa diversidade foi
encontrada na altitude de 1000 metros (28 famílias; D = 3,1664; H’ = 0,6540; S’ = 0,2464 e J’ =
0,1963) e de 850 metros (25 famílias; D = 3,482; H’ = 1,3665; S’ = 0,5643 e J’ =0,4245).
A similaridade na distribuição das famílias dos insectos foi alta entre as altitudes de 1000 e
1400 metros (J = 0,4865) e baixa entre as altitudes de 850 e 1000 metros (J = 0,4324).
A altitude tem efeito na distribuição das famílias dos insectos, causando assim um declínio não
linear das frequências e abundâncias dos insectos com o aumento da altitude, com o pico a se
observar nas altitudes intérmedias.
A distribuição e a diversidade de famílias dos insectos não são afectadas exclusivamente pela
altitude, mas pela interacção entre condições ambientais de uma determinada altitude,
vegetação e acções antrópicas.
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da floresta de Inhamacari como áreas de ocorrência de espécies endémicas da região.
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