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Sistemas Polifásicos

MSC.: Eugênio Pacelli de Oliveira


Alves
• Os alternadores monofásicos não são vantajosos, pois, o número de ranhuras por
polo, reduz em muito o aproveitamento do circuito magnético (estator) dos mesmos.

• Os espaços interpolares, que não são aproveitados, provocam uma baixa potência
por unidade de peso nestes alternadores.

• Com a colocação de enrolamentos (bobinas iguais) nas zonas interpolares, obtêm-se


novas fontes de tensões, ou seja, dois ou três alternadores em um só, acarretando
com isto, um alto rendimento (em torno de 63% com um pequeno aumento de custo)
de potência por unidade de peso.

• Normalmente as tensões são iguais em valores absolutos, e, em consequência da


disposição dos enrolamentos no estator, apresentam defasamento entre si de 90°,
120° e etc.
• O sistema trifásico foi criado em 1890 por Nikola Tesla, cientista de origem
sérvia, e passou a ser utilizado em 1896. Suas vantagens em relação ao sistema
monofásico são as seguintes:
• Entre motores e geradores do mesmo tamanho, os trifásicos têm maior
potência que os monofásicos.

• As linhas de transmissão trifásicas empregam menos material que as


monofásicas para transportarem a mesma potência elétrica.

• Motores trifásicos podem partir sem meio auxiliar, o que não acontece com
os motores monofásicos comuns.

• Circuitos trifásicos proporcionam flexibilidade na escolha das tensões e


podem ser utilizados para alimentar cargas monofásicas.

• No alternador trifásico, as tensões são iguais (em valor absoluto) e defasada de


120° entre si, obedecendo a uma SEQÜÊNCIA DE FASE de acordo com a
disposição dos enrolamentos (bobinas) no induzido e o sentido giratório do
indutor.
SEQuÊNCIA DE FASE

• Os fasores que representam as tensões e correntes trifásicas giram no sentido anti-


horário, como indicam as figuras abaixo.

• Sequência de fase é a ordem de passagem das tensões no sentido de rotação anti-


horário a partir de ponto de referência, geralmente o ponto de valor máximo.
• É de grande importância definir corretamente a ordem da sequência de fase para poder
proceder com os cálculos das tensões e correntes no circuito. Na prática, a ordem da
sequência de fase deve ser devidamente observada para eventuais associações de
geradores, paralelismo (mais de um gerador trabalhando simultaneamente), sentido de
rotação do motor e etc.

• Para definir uma sequência qualquer como direta ou inversa deve-se reescrever a
sequência dada e verificar a presença do termo A B C. Desta forma, se isto ocorrer a
sequência será determinada como direta, caso contrário inversa.
DETERMINANDO OS ÂNGULOS DAS TENSÕES

• Para determinação dos ângulos das tensões em cada fase se faz


necessário conhecer a ordem da sequência de fase e pelo menos
uma das tensões/ângulo no circuito. A partir disto, já é possível
determinar os ângulos das tensões restantes.
• De acordo com a posição dos vetores que representam as tensões abaixo, a tensão de
linha VB neste instante apresenta-se com ângulo zero.

• Sendo assim, para determinar os ângulos das tensões adotaremos VBC /0° como
padrão para referência e a sequência direta ABC, salvo em casos que determinarem o
contrário.
CONFIGURAÇÃO ESTRELA E TRIÂNGULO

• Em um sistema trifásico é possível configurar (agrupar) as cargas do circuito e os


enrolamentos (bobinas) dos geradores de duas maneiras: em estrela (ípsilon) ou em
triângulo (delta).
Equilibrado: um circuito em que cada fase possui cargas com impedâncias iguais é
chamado circuito equilibrado.

Desequilibrado: um circuito em que as fases possuem cargas com impedâncias desiguais


é chamado circuito desequilibrado.
• Vale ressaltar que qualquer equipamento trifásico por natureza constitui uma carga
equilibrada para o circuito. Enquanto que os dispositivos monofásicos são cargas que
podem desequilibrar o circuito e desta forma estas precisam ser distribuídas de maneira
que o circuito permaneça balanceado.
CARACTERÍSTICAS DO CIRCUITO EM DELTA (Δ)

• Nos circuitos trifásicos em triângulo, as tensões de linha (VL) são iguais às tensões de
fase (VF) então, VL = VF . No entanto, a corrente medida na linha é diferente da corrente
medida nos ramos das fases que circulam nas cargas.
ANÁLISE DAS TENSÕES NO CIRCUITO EM ESTRELA (Y)

• Num circuito em estrela a quatro condutores, a tensão medida entre as fases é 1,732
vezes maior que a tensão medida entre fase e neutro.

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