É uma forma de solução de conflitos na qual uma terceira
pessoa, neutra e imparcial, facilita o diálogo entre as partes, para que elas construam, com autonomia e solidariedade, a melhor solução para o problema.
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Nogueira Em regra, é utilizada em conflitos multidimensionais, ou complexos. A Mediação é um procedimento estruturado, não tem um prazo definido, e pode terminar ou não em acordo, pois as partes têm autonomia para buscar soluções que compatibilizem seus interesses e necessidades Conselho Nacional de Justiça • Criado pela Emenda Constitucional 45 de 2004, com a inclusão da letra B ao artigo 103 da Constituição Federal. Criado no contexto da Reforma do Judiciário. • • Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:
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Nogueira • § 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: • I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; • II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União; Artigo 37- Constituição Federal • A administração pública indireta e direta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. • “o princípio da eficiência impõe à Administração Pública direta e indireta a obrigação de realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, além, por certo, de observar outras regras, a exemplo do princípio da
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Nogueira legalidade”. • A administração pública indireta e direta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. • “o princípio da eficiência impõe à Administração Pública direta e indireta a obrigação de realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, além, por certo, de observar outras regras, a exemplo do princípio da legalidade”. (Gasparini, Diógenes. Direito Administrativo. 10ª edição, Editora Saraiva, São Pau, 2005, pág. 21). Emenda Constitucional 45/2004 • A partir da Emenda Constitucional 45/2004 a eficiência passou a ser um direito com sede constitucional, pois, no título II, Dos Direitos e Garantias fundamentais, inseriu no artigo 5º, o inciso LXXVIII, que assegura a todos, no âmbito judicial e administrativo, a razoável duração do processo e os meios que
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Nogueira garantam a celeridade de sua tramitação”. • Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 37ª Edição, Malheiros Editores, pag. 98/99. Resolução 125/2010 • Dispõe sobre a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário e dá outra providências. • Capítulo II – Das Atribuições do Conselho Nacional de Justiça • Art. 4º Compete ao Conselho Nacional de Justiça organizar
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Nogueira programa com o objetivo de promover ações de incentivo à auto composição de litígios e à pacificação social por meio da conciliação. • Capítulo III – Seção I – Dos Núcleos Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos • Art. 7º Os tribunais deverão criar no prazo de 30 dias , Núcleos Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Núcleos),... MEDIAÇÃO LEI 13.140/2015 • PRINCÍPIOS • I - imparcialidade do mediador; • II - isonomia entre as partes; • II - oralidade;
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Nogueira • IV - informalidade; • V - autonomia da vontade das partes; • VI - busca do consenso; • VII - confidencialidade; * • VIII - boa-fé. CONFIDENCIALIDADE • Art. 30. Toda e qualquer informação relativa ao procedimento de mediação será confidencial em relação a terceiros, não podendo ser revelada sequer em processo arbitral ou judicial salvo se as partes expressamente decidirem de forma diversa ou quando sua divulgação for exigida por lei ou necessária
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Nogueira para cumprimento de acordo obtido pela mediação. Parágrafo 1º • § 1o O dever de confidencialidade aplica-se ao mediador, às partes, a seus prepostos, advogados, assessores técnicos e a outras pessoas de sua confiança que tenham, direta ou indiretamente, participado do procedimento de mediação, alcançando:
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Nogueira • [...] documento preparado unicamente para os fins do procedimento de mediação. • § 2o A prova apresentada em desacordo com o disposto neste artigo não será admitida em processo arbitral ou judicial. • § 3o Não está abrigada pela regra de confidencialidade a informação relativa à ocorrência de crime de ação pública. • § 4o A regra da confidencialidade não afasta o dever de as pessoas discriminadas no caput prestarem informações à administração tributária após o termo final da mediação, aplicando-se aos seus servidores a obrigação de manterem sigilo das informações compartilhadas nos termos do art. 198
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Nogueira da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional. • Art. 31. Será confidencial a informação prestada por uma parte em sessão privada, não podendo o mediador revelá-la às demais, exceto se expressamente autorizado. APLICABILIDADE – Art. 3º • Pode ser objeto de mediação: • Direitos disponíveis; • Direitos indisponíveis que admitam transação; • Exemplo: direito relativo a menores e incapazes
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Nogueira • Neste caso dependerá de homologação judicial; • A mediação pode versar sobre todo o conflito ou parte dele. MODIFICAÇÕ ES DO CPC/2015 SOBRE MEDIAÇÃ O E CONCILIAÇÃ O • O novo Código de Processo Civil traz algumas modificações a respeito dos métodos alternativos à Justiça que merecem reflexão. Inicialmente, em seu art. 3º, §3º, ao tratar do princípio da inafastabilidade da jurisdição, o CPC ressalva que: • “A conciliação, a mediação e outros métodos de solução
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Nogueira consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.” • Ainda, em seu art. 139, V, afirma que: “Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: [...] V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais;” MEDIADORES • Conceito: O mediador deve ser alguém treinado a propiciar o • restabelecimento da comunicação entre as partes. Para tanto deve ser alguém paciente, sensível, sem preconceitos e com habilidades de formular as perguntas certas às partes.
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Nogueira Limitadores à atuação • Art. 5o Aplicam-se ao mediador as mesmas hipóteses legais de impedimento e suspeição do juiz. • Art. 6o O mediador fica impedido, pelo prazo de um ano, contado do término da última audiência em que atuou, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes. • Art. 7o O mediador não poderá atuar como árbitro nem funcionar como
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Nogueira testemunha em processos judiciais ou arbitrais pertinentes a conflito em que tenha atuado como mediador. • CPC - Art. 167. Os conciliadores, os mediadores e as câmaras privadas de conciliação e mediação serão inscritos em cadastro nacional e em cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, que manterá registro de profissionais habilitados, com indicação de sua área profissional. • § 5o Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na forma do caput, se advogados, estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que desempenhem suas funções. • Art. 8o O mediador e todos aqueles que o assessoram no procedimento de mediação, quando no exercício de suas funções ou em razão delas, são equiparados a servidor público, para os efeitos da legislação penal
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Nogueira MEDIADORES EXTRAJUDICIAIS • Art. 9o • Poderá funcionar como mediador extrajudicial qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou
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Nogueira associação, ou nele inscrever-se. • Art. 10. As partes poderão ser assistidas por advogados ou defensores públicos. • Parágrafo único. Comparecendo uma das partes acompanhada de advogado ou defensor público, o mediador suspenderá o procedimento, até que todas estejam devidamente assistidas. • No caso da mediação extrajudicial, deverão ser aplicadas as regras previstas contratualmente pelas partes, seja pela aplicação de regulamento de instituição que preste serviços de mediação, seja pela definição de: • prazos mínimo e máximo, e local para realização da primeira
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Nogueira reunião de mediação; • critérios para escolha do mediador; e penalidade no caso de não comparecimento da parte convidada à mediação. • Na hipótese de o contrato simplesmente fazer referência à mediação, porém sem nada estabelecer a respeito, serão aplicadas as disposições previstas na lei sobre os tópicos acima. IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÃ O • LEI 13.140/2015
• Art. 5o Aplicam-se ao mediador as mesmas hipóteses legais de impedimento e suspeição
do juiz. • Parágrafo único. A pessoa designada para atuar como mediador tem o dever de revelar às partes, antes da aceitação da função, qualquer fato ou circunstância que possa suscitar
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Nogueira dúvida justificada em relação à sua imparcialidade para mediar o conflito, oportunidade em que poderá ser recusado por qualquer delas. • Art. 6o O mediador fica impedido, pelo prazo de um ano, contado do término da última audiência em que atuou, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes. • Art. 7o O mediador não poderá atuar como árbitro nem funcionar como testemunha em processos judiciais ou arbitrais pertinentes a conflito em que tenha atuado como mediador. CÓ DIGO DE PROCESSO CIVIL • Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: • I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; • II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; • III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou
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Nogueira afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; • IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; • V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; • VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; • VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; • VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; • IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. • Art. 145. Há suspeição do juiz: • I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; • II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; • III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge
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Nogueira ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; • IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. • § 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões. • § 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando: • I - houver sido provocada por quem a alega; • II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.