A loucura sempre foi um problema? Nem sempre, já foi considerada ligação com outros mundos. Divino e transcendente e trágico. A loucura = condição não eliminável da condição humana. Michel Foucault A História da Loucura Até o Século XVI e XVII - louco vivia “solto, errante, expulso das cidades, entregue aos peregrinos e viajantes” – saber esotérico, saber cósmico, revela verdades secretas. Idade Média e Renascimento – casos raros de internação em hospitais e cuidados específicos. Definição não médica da loucura. Michel Foucault A História da Loucura Final do Séc. XVII Hospital Geral – Paris – “A grande internação” 4 categorias: devassos (doentes venéreos), feiticeiros (profanadores), libertinos e loucos. Instituição assistencial, não médica, não havia tratamento, não eram doentes, mas parte do grupo dos segregados e excluídos por inadequação. Michel Foucault A História da Loucura Segunda metade séc. XVIII – Reflexões médicas: história natural e método classificatório – sem conseguir abarcar a complexidade das maniestações da loucura. Michel Foucault A História da Loucura Final do sex. XVIII e início XIX – Modernidade - loucura como algo que ocorre no interior do homem, perda da natureza humana, alienação. Criação do asilo: pimeira instituição de reclusão do louco. Métodos: religião, medo, culpa, trabalho, vigilância e julgamento. Médico autoridade máxima e hospitais de ação moral e social, voltada para a normatização do louco visto como capaz de se recuperar. Michel Foucault A História da Loucura Processo de medicalização – a cura da doença mental Novo estatuto da loucura Michel Foucault A História da Loucura Séc. XX – surgimento da psiquiatria Fase manicomial Pinel, Esquirol, Charcot – sintomas da psicose = distúrbios mentais = orgânico Medicação controlada, eletrochoques e internação psiquiátrica – indústria farmacêutica Michel Foucault A História da Loucura Diferença entre alienação e psicose (causa endógena) Psiquiatria organicista – DSM-5 Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais Crítica: o aumento de sintomas considerados transtornos acaba por patologizar a vida Ex. Disforia de gênero – travestismo como sintoma – Transtorno de Oposição Desafiante – problemas com autoridade Vídeo Christian Dunker https://www.youtube.com/watch?v=jFPY7V PGGrE MÚLTIPLAS ABORDAGENS PSICANÁLISE Sintomas que são a expressão simbólica de um conflito psíquico. Origem: vida infantil Primazia do discurso do paciente e compromisso com o insconsciente. Falar sobre a função do sintoma para o sujeito. O diagnóstico norteia o analista e pode ser mutável, surge na relação. O diagnosticar tratando. MÚLTIPLAS ABORDAGENS Todos possuímos as mesmas estruturas psíquicas: Neurótica (Obsessiva e histérica) Psicótica (Paranóia, Esquizofrenia, melancolia, hipocondria) perversão MÚLTIPLAS ABORDAGENS Sintomas: desorganização do mundo interno, da subjetividade e pode provocar alteração no seu desenvolvimento. Psicoses – desorganização psíquica do sujeito em sua totalidade – afetividade, pensamento, percepção de si e do mundo. Neuroses – alterações na relação entre o mundo interno com o mundo externo, outras capacidades continuam íntegras. O sofrimento psíquico
“É necessário ter muito cuidado para não
tornar patológico o sofrimento”. (perda de alguém querido, separação, etc.) Apoio de seus grupos – psicoterapia – medicação e médico especialista Critério: próprio indivíduo e o contexto do seu mal-estar Próxima aula... Saúde Mental A psiquiatria social Modelo Psicossocial A reforma psiquiátrica Vídeos Audiobook “história da loucura” https://www.youtube.com/watch?v=Ul15RG DFdPs