IM331 - Logística

UFRRJ – Campus Nova Iguaçu

Professora Christiane Aguiar de Andrade
 Logística e vantagem competitiva

“Montar o sistema logístico, com armazéns, rotas de transporte, níveis de estoque e

procedimentos para processar pedidos é o problema do planejamento estratégico.”

BALLOU (1993)
 Logística e vantagem competitiva

• Escopo do planejamento estratégico

• Onde localizar os depósitos?

• Quanto disponibilizar de área física nos depósitos?

• Que regiões atender a partir de cada depósito?

• Quais depósitos abastecer a partir de cada fábrica?

• Que produtos entregar diretamente ao cliente?

• Quando repor os estoques dos CD’s?

• Que tipo de transporte utilizar?

• Que meios de transmissão e processamento de pedidos implantar?

BALLOU (1993)
 Logística e vantagem competitiva

• Problema
Planejamento ESPACIAL
estratégico em
Logística • Problema
TEMPORAL

BALLOU (1993)
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 Logística e vantagem competitiva
• O problema espacial
• A redução do número de armazéns altera a relação entre os custos de TRANSPORTE e manutenção dos
ESTOQUES;

• O tempo de entrega é influenciado pela configuração espacial da rede de distribuição.

• O problema temporal
• Tempo de ciclo de pedidos (fábrica  depósito  ponto de venda);

• Alternativas de transporte;

• Melhor plano para gerenciar estoques;

• Especificação dos meios de transmissão e processamento de pedidos.

BALLOU (1993)
 Logística e vantagem competitiva

• Princípios para um bom planejamento logístico

• Diferenciar a distribuição;

• Estratégias compostas;

• Postergar entregas;

• Compensação de custos;

• Consolidação;

• Padronização.

BALLOU (1993)
 Logística e vantagem competitiva

A cadeia de valor

“Num ambiente competitivo, valor é o montante que os compradores estão dispostos a

pagar por aquilo que uma empresa, ou indivíduo, lhes fornece.”

(PORTER, 1989)

NOVAES (2007)
 Logística e vantagem competitiva

A cadeia de valor

“Produtos e serviços têm pouco ou nenhum valor a menos que eles estejam de posse dos

consumidores quando (tempo) e onde (lugar) eles desejam consumi-los.”

BALLOU (1993)
 Logística e vantagem competitiva

Atores da Cadeia de valor

Desenvolvimento de novos Marketing e
Operações Distribuição Serviço
produtos vendas

1. Desenvolvimento: cria novos produtos e suas especificações;

2. Marketing e vendas: geram a demanda e divulgam as prioridades dos clientes a serem atendidas,
Levam ainda o feedback do consumidor ao Desenvolvimento;
3. Operações: transforma o input em output (produção de mercadorias);
4. Distribuição: leva o produto ao cliente e/ou o cliente ao produto;
5. Serviço: responde às solicitações do cliente na venda e no pós-venda.

CHOPRA e MEINDL (2003)

 Logística e vantagem competitiva

• A cadeia de valor

• Todas as funções da Cadeia de Valor contribuem para o sucesso ou fracasso da empresa;

• Uma única função não é capaz de assegurar o sucesso da cadeia;

• O fracasso de uma única função pode arruinar a cadeia como um todo .

CHOPRA e MEINDL (2003) 10

 Logística e vantagem competitiva

• Exemplos de VALOR

• Valor de lugar (Cerveja no estádio de futebol);

• Valor de tempo (Jornal);

• Valor de qualidade (Produto na cor escolhida);

• Valor de Informação (Acompanhamento on-line de pedidos).

NOVAES (2007) 11
 Logística e vantagem competitiva

• Estratégia Competitiva

• Define o conjunto de necessidades do consumidor que a empresa pretende satisfazer através de seus

produtos e serviços.

• Ex1.: Venda de computadores customizados x computadores de prateleira;

• Ex2.: Loja de conveniência 24 horas x supermercados populares.

CHOPRA e MEINDL (2003)

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 Estratégia da Cadeia de Suprimentos

Obtenção de matérias-primas;
Transporte de materiais de e para a empresa;
Fabricação do produto ou a operação para promover o serviço;
Distribuição do produto acabado ao consumidor;
Serviços pós-venda.

 Contribuição à Cadeia de Valor: a estratégia da SC especifica o que OPERAÇÕES,

DISTRIBUIÇÃO e SERVIÇOS deverão tentar fazer bem feito.

CHOPRA e MEINDL (2003)

 Logística e vantagem competitiva

 Alinhamento estratégico
 Estratégia Competitiva e Estratégia da Cadeia de Suprimentos possuem os mesmos
objetivos;
 É a compatibilidade entre as prioridades do cliente, satisfeitas pela estratégia
competitiva, e as habilidades da SC, criadas pela estratégia da Cadeia de
Suprimentos.

CHOPRA e MEINDL (2003)

 Logística e vantagem competitiva

 Alinhamento estratégico (continuação)

 Estratégia Competitiva + Estratégia Funcional = Estratégia Global Coordenada (ajuda
mútua);
 Os processos de cada função devem ser planejados e estruturados de forma a garantir
a realização das suas estratégias e da estratégia global;
 As estratégias devem ser factíveis, realizáveis.

CHOPRA e MEINDL (2003)

 Logística e vantagem competitiva

 Como atingir o alinhamento estratégico?

 Entender o cliente
 Quantidade de produto/lote;
 Tempo de resposta que o cliente está disposto a tolerar;
 Variedade de produtos necessária;

 Nível de serviço exigido;

 Preço do produto;
 Taxa de inovações do produto.

CHOPRA e MEINDL (2003)

 Logística e vantagem competitiva
 Como atingir o alinhamento estratégico? (cont.)
 Entender a Cadeia de Suprimentos
 Responder à amplitude de quantidades demandadas;
 Responder com lead times curtos;
 Manejar grande variedade de produtos;
 Produzir produtos altamente inovadores;
 Atender a um nível de serviço muito alto.

 RESPONSIVIDADE

CHOPRA e MEINDL (2003)

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 Como atingir o alinhamento estratégico? (cont.)

 Entender a Cadeia de Suprimentos
 Eficiência
 Custo de fabricação;
 Custo de entrega ao cliente.

 Grau de Responsividade
 Custos
 Eficiência

CHOPRA e MEINDL (2003)

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Supply Chain Eficiente x Responsiva
SC Eficiente
Objetivo principal Suprir a demanda c/menor custo
Estratégia de criação do Max desempenho c/custo
produto mínimo/produto
Estratégia de preço Margens baixas, pois o preço é o
impulsionador do cliente
Estratégia de fabricação Reduzir os custos através de alta
utilização
CHOPRA e MEINDL (2003)
SC responsiva
Atender à demanda rapidamente
Criar modularidade que permita um
adiamento da diferenciação do
produto
Margens mais altas, já que o preço
não é o impulsionador do cliente
Manter flexibilidade na capacidade
para atender à demanda inesperada
 Logística e vantagem competitiva
 Supply Chain Eficiente x Responsiva (cont.)
SC Eficiente SC responsiva
Estratégia de estoques Minimizar os estoques para reduzir Manter estoques reguladores para
custos atender à demanda inesperada

Estratégia de Lead Time Reduzir sem sacrificar custos Reduzir agressivamente mesmo que
os custos sejam altos

Estratégia para fornecedores Selecioná-los baseando-se em custo Selecioná-los baseando-se na

e qualidade velocidade, flexibilidade e qualidade

Estratégia de transportes Contar com meios de transporte Contar com meios de transporte
mais baratos responsivos

CHOPRA e MEINDL (2003)

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 Fatores chave de sucesso da SC

 Estoques
 Inadequação entre suprimento e demanda (intencional):
 Economia de escala: é mais econômico fabricar grandes quantidades – Ex.: Siderurgia;
 Disponibilidade: antecipação à demanda futura – Ex.: Varejo.
 É o principal fato gerador de custos da Cadeia de Suprimentos;
 Exerce forte impacto sobre a responsividade.

08/09/2010 CHOPRA e MEINDL (2003) 21

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 Fatores chave de sucesso da SC

 Estoques (cont.)
 Afeta o tempo de fluxo do produto: da entrada à saída da SC;
 Afeta a taxa de saída: frequência com que ocorrem as vendas ao consumidor
final.

 
𝑰 = 𝑹𝑻 (Lei de Little)

I = ESTOQUE / R = TAXA DE SAÍDA / T = TEMPO DE FLUXO

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 Fatores chave de sucesso da SC
 Decisões sobre Estoques
 Estoque cíclico:
 Quantidade média para satisfazer a demanda entre os recebimentos dos
fornecedores;
 Estoque de segurança:
 É mantido como precaução, no caso da demanda superar as expectativas;
 Estoque sazonal:

 É mantido para combater a variação previsível da demanda.

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 Fatores chave de sucesso da SC

 Transporte
 Modais:
 Aéreo: o mais caro e mais rápido;
 Rodoviário: o mais flexível;
 Ferroviário: aplicável a grandes volumes;
 Marítimo: o mais lento, porém, às vezes, o único viável para grandes volumes/transp.
internacional;
 Dutoviário: principalmente para óleo e gás;
 Transporte eletrônico: músicas, softwares etc..

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 Fatores chave de sucesso da SC

 Transporte (cont.)
 Seleção de rotas
 Caminho pelo qual o produto é transportado;
 Seleção de redes
 Grupo de locais e rotas por onde o produto é transportado;
 In house x terceirização
 Frota própria x terceirizada

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 Fatores chave de sucesso da SC

 Instalações
 Localização
 Centralizar (economia de escala) x descentralizar (responsividade);
 Capacidade
 Ociosa x enxuta;

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 Fatores chave de sucesso da SC
 Instalações (Cont.)
 Metodologia de fabricação
 Foco no produto (várias funções) x foco na função (vários produtos);
 Metodologia de armazenagem
 Unidade de manutenção de estoque (armazenagem tradicional);
 Armazenagem de lote de produção (vários tipos de produtos são armazenados em conjunto a fim de
satisfazer demandas específicas);
 Crossdocking (caminhões de fornecedores entregam seus produtos em um CD, onde são criados
lotes menores, multiproduto, que são rapidamente enviados aos clientes.

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 Fatores chave de sucesso da SC

 Informação (Cont.)
 Previsão e planejamento agregado
 O Planejamento agregado transforma as previsões em planos de ação para satisfazer a
demanda;
 Tecnologias disponíveis
 EDI;
 Internet;
 ERP - que esta acontecendo;
 SCM (Software de gerenciamento da Cadeia de Suprimentos) – o que deve ser feito.

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 Obstáculos da SC
 Aumento na variedade de produtos;
 Redução dos ciclos de vida do produto;
 Clientes cada vez mais exigentes;
 Fragmentação da propriedade da cadeia de suprimentos;
 Globalização;
 Dificuldade para executar novas estratégias.

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 Logística e vantagem competitiva

 Leitura complementar
1. ROCHA, Wellington e BORINELLI, Luiz. Análise estratégica de cadeia de valor:
um estudo exploratório do segmento indústria-varejo. USP. São Paulo (..).
2. Influência das práticas da Gestão da Cadeia de Suprimentos na Gestão da
Demanda (TROQUE e PIRES - ENEGEP 2003).

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