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IM331 - Logística

UFRRJ – Campus Nova Iguaçu


Professora Christiane Aguiar de Andrade
Distribuição Física
• Objetivo da “Distribuição Física”

“Levar os produtos certos para os lugares certos, no momento certo e com o nível de serviço desejado, pelo
menor custo possível.”

• Escopo da “Distribuição Física”

“A DF cobre os segmentos que vão desde a saída do produto na fábrica até a sua entrega final ao
consumidor.”

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Distribuição Física
• Canais de distribuição:
• A visão da Logística: foco nos elementos materiais: depósitos, veículos, estoques,
equipamentos de carga/descarga;

• A visão do Marketing: foco nos aspectos ligados à comercialização dos produtos e


à sua propriedade.

NOVAES (2007)
Distribuição Física

• Canais de distribuição:

• Representam a sequência de organizações que vão transferindo a posse de um


produto desde o fabricante até o consumidor final (Rolnick, 1998);

• Uma cadeia de suprimentos é constituída por canais de distribuição (Stern et al,


1996).

NOVAES (2007)
Distribuição Física

• Canais de distribuição: por que intermediários?

• Os varejistas poderiam fabricar os produtos que comercializam...

Dedicar-se fabricação de variedades de produtos exigiria grande aporte de recursos financeiros e afastaria
o varejista do seu core competence;

• A manufatura poderia se ocupar da distribuição e da venda de seus próprios produtos...

Para atingir um volume de vendas que justificasse todas as instalações e equipes dedicadas na ponta do
varejo, a empresa seria forçada a vender produtos dos concorrentes.

NOVAES (2007)
Distribuição Física

• Definição formal para “Canais de distribuição”:

Conjuntos de organizações interdependentes envolvidas no processo de tornar o produto ou serviço

disponível para uso ou consumo.

(Stern et al, 1996)

NOVAES (2007)
Distribuição Física
Distribuição Física Canal de Distribuição

Depósito da Fabricante
Fábrica
Transporte

Depósito
Atacadista
(CD)
Transporte

Depósito
Consumidor
Varejista

Consumidor Final

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Distribuição Física
• Criando Canais de Distribuição:
1. Definição da estratégia;
2. Planejamento dos canais de distribuição (esquema de distribuição);
3. Definição das atividades logísticas relacionadas à distribuição física.

Definição das atividades


Definição da Planejamento dos canais de
logísticas relacionadas à
estratégia distribuição
distribuição física

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Distribuição Física

• Canais de distribuição:
• Definição de canais de distribuição x estruturação da distribuição física: é
necessário adotar enforque sistêmico:

 Muitas vezes, as soluções colocadas no papel podem se revelar onerosas na prática...

• Em geral, uma vez definido o canal de distribuição, este se mantém fixo por
muito tempo:

 Envolve várias empresas, acordos comerciais etc.

NOVAES (2007)
Distribuição Física

• Objetivos dos Canais de Distribuição

• Garantir a rápida disponibilidade do produto nos segmentos de mercado


identificados como prioritários;

• Intensificar o potencial de vendas do produto em questão (melhor exposição do


produto nos pontos de vendas, demonstração in loco etc.);

• Garantir um fluxo rápido e preciso de informações entre os elementos


participantes;

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Distribuição Física

• Objetivos dos Canais de Distribuição

• Buscar cooperação entre os participantes da cadeia para definição de lote mínimo, uso
ou não de paletização, tamanho de veículos etc.

• Garantir o nível de serviço preestabelecido pelos parceiros da cadeia;

• Buscar, de forma integrada e permanente, a redução de custos, analisando a cadeia de


valor como um todo.

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Distribuição Física

• Funções Básicas dos Canais de Distribuição

• Indução da Demanda;

• Satisfação da Demanda;

• Serviço Pós-Venda;

• Fluxo de informações (Feedback aos fabricantes)

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Distribuição Física

• Tipos de Canais de Distribuição

• Verticais

• Passagem de bastão: produto vendido entre os elos, o elo detentor da mercadoria tem
responsabilidade sobre ela;

• Atendimento ao cliente final (pós-venda): VAREJISTA;

• O fabricante e o atacadista trabalham nos bastidores, desempenhando papéis de apoio, e


não têm contato com o consumidor.

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Distribuição Física
•Canais de distribuição:
• Verticais

G rande Varejo
Manufatura Manufatura Manufatura
Pequeno varejo

Tipo A“ von”
Atacadista Vendas do fabricante Varejo

Consumidor Consumidor
Varejo

Consumidor

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Distribuição Física

• Tipos de Canais de Distribuição

• Híbridos

• Uma parte das funções ao longo do canal de distribuição é executada em paralelo por dois ou mais elementos da cadeia
de distribuição;

• Exemplo: Becton-Dickinson (fabricante norte-americano de seringas, agulhas e acessórios para coleta de sangue)

• Negocia a venda diretamente com os hospitais;

• Entrega aos clientes uma lista de distribuidores autorizados. A empresa escolhida pelo cliente se encarrega da
entrega.

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Distribuição Física
• Canais de distribuição:
• Híbridos
Indústria

Unidades
Setor de vendas Distribuidor
de Serviço
do fabricante Externo
(Externo/Interno)

Geração da demanda Distribuição Física Serviços pós-vendas

Consumidor

NOVAES (2007)
Distribuição Física
• Tipos de Canais de Distribuição

• Múltiplos
• Diversidade de canais;

• Exemplo: Mercado de computadores pessoais


• Venda on-line;
• Venda em lojas especializadas;
• Venda por catálogo.

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Distribuição Física
• Canais de distribuição:
• Múltiplos

Indústria

Atacadista A Varejista B

Grande Consumidor Pequeno Consumidor

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Distribuição Física
• Propriedades dos canais de distribuição:
• Extensão: atores envolvidos
• Nível Zero: Tipo Avon;
• Um Nível: Fabricante + varejista, por exemplo;
• Dois Níveis: Fabricante + atacadista + varejista.
• Amplitude:
• Com relação ao tipo de venda ao consumidor final
• Exclusiva (amplitude unitária – PDV exclusivo);
• Seletiva (amplitude múltipla/controlada – poucos PDV’s);
• Intensiva (amplitude múltipla/aberta – muitos PDV’s).
• Com relação aos tipos de produtos
• Exclusiva: especiais, muito customizados e caros;
• Seletiva: existe pesquisa anterior à compra;
• Intensiva: consumo frequente (produto de prateleira).

NOVAES (2007)
Distribuição Física

• Componentes do Sistema de Distribuição


• Instalações fixas (centros de distribuição, armazéns etc.);
• Estoques de produtos;
• Veículos;
• Informações diversas;
• Hardware e software diversos;
• Custos;
• Pessoal.

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Distribuição Física
• Sistemas de distribuição física:
• Um para um (lotação completa): veículo totalmente carregado no depósito da
fábrica ou num CD do varejista e transporta a carga para um outro ponto de destino
(outro CD, uma loja etc.);
• Um para muitos (distribuição compartilhada): veículo é carregado no CD do
varejista com mercadorias destinadas a diversas lojas ou clientes e executa um
roteiro de entregas predeterminado.

NOVAES (2007)
Distribuição Física
• Fatores que influenciam o sistema de distribuição “Um para um”:

1. Distancia entre origem e destino; 1. Dimensões e morfologia dos itens;


2. Velocidade operacional; 2. Valor unitário;
3. Tempo de carga/descarga; 3. Acondicionamento (carga solta, paletizada, a
4. Tempo door to door; granel etc.;
5. Quantidade/volume de transferência; 4. Grau de fragilidade;
6. Disponibilidade de carga de retorno; 5. Grau de periculosidade;
7. Densidade da carga (volume x peso); 6. Compatibilidade entre produtos de natureza
diversa;
7. Custo total.

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Distribuição Física
• Fatores que influenciam o sistema de distribuição “Um para muitos”:

1. Divisão da região a ser atendida em zonas ou bolsões 1. Dimensões e morfologia;


de entrega (em geral, cada bolsão é alocado a um 2. Valor unitário;
veículo); 3. Acondicionamento;
2. Distância entre o CD e o bolsão de entrega; 4. Grau de fragilidade;
3. Velocidades operacionais médias (entre o CD e o 5. Grau de periculosidade;
bolsão e entre os pontos de entrega do bolsão); 6. Compatibilidade entre produtos de natureza diversa;
4. Tempo de parada em cada cliente; 7. Custo global.
5. Tempo de ciclo (para completar o roteiro e voltar ao
ponto de origem);
6. Frequencia de visitas aos clientes;
7. Quantidade de mercadoria;
8. Densidade da carga;

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Distribuição Física
• Sistemas de distribuição física:
• Milk Run: um fornecedor entrega diretamente a diversos varejistas em um único
caminhão ou um caminhão coleta os produtos de diversos fornecedores para um
único varejista.
• Ex.: Toyota:

• Japão = milk run de um fornecedor para várias fábricas próximas;

• Kentucky (EUA) = milk run de vários fornecedores para uma única fábrica.

CHOPRA e MEINDL (2003)


Distribuição Física
• Sistemas de distribuição física:
• Cross-Docking: transferência das mercadorias do ponto de recebimento
diretamente para o ponto de entrega, com tempo de estocagem limitado ou, se
possível, nulo.
• Para uma operação ser classificada como Cross Docking, o produto não pode
permanecer mais que 72 horas parado no centro de distribuição. (Sisko, citado por
Aichlmayr, 2001)

OLIVEIRA E PIZZOLATO (2003)


Distribuição Física
• Sistemas de distribuição física:
• Ex.: Wal-Mart:
• Produtos importados em grande quantidade = estoques
• O lote de entrada (import.) é muito maior que a soma dos lotes de saída (distribuição);
• Produtos nacionais (volume de ressuprimento menor) = cross-docking
• Não há necessidade de estoques, pois o volume de saída (distribuição) é compatível com o volume de
ressuprimento (entradas constantes).

CHOPRA e MEINDL (2003)


Distribuição Física
•Sistemas de distribuição física:

MERGE IN TRANSIT
 Merge in Transit: é considerado uma
extensão do cross-docking, com o Fornecedor A Fornecedor B

diferencial de agregar valor ao produto,


através da montagem de componentes,
vindos de diversas partes do país ou do Montagem de
mundo. produtos

Cliente A Cliente B Cliente C

Ex.: Montagem dos kits de telefonia celular da OI no CD da Rapidão Cometa

Adaptado de Barros (2005)


Distribuição Física

• Sistemas de distribuição física:


• Break Bulk: as mercadorias são recebidas de diversos fabricantes (carga
consolidada) e são separadas em pedidos individuais, destinados a um mercado
consumidor próximo.

Bowersox & Closs (2001) e Wanke (2000)

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