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Pesquisa

UMA ANÁLISE DAS DESIGUALDADES E CLASSES SOCIAIS NOS ESPAÇOS


RURAIS BRASILEIROS
Aluno: Deyvisson Felipe Batista Rocha
Orientador: Prof. Dr. Adilson Rodrigues Camacho
Ciências Humanas - Sociologia – Brasília

INTRODUÇÃO METODOLOGIA
O objetivo da pesquisa foi analisar a desigualdade social no Brasil • Pesquisa e levantamento bibliográfico para maior capacidade de
com o foco no espaço rural. Com ajuda de dados oficiais e diversos aprofundamento de uma discussão teórico-metodológica.
autores foi possível apontar diferentes possibilidades de se fazer • Pesquisa documental dos movimentos/ organizações/ instituições
esta análise da desigualdade e das classes sociais do espaço rural que representem os interesses destas supostas “classes sociais” do
no Brasil. Dentre estas possibilidades e causas desta desigualdade rural brasileiro objetivando compreender as concepções e posições
destacamos aspectos históricos que perpassa a colonização, dos agentes envolvidos.
escravidão e o nosso modelo de desenvolvimento. Destacam-se • Análise de indicadores estatísticos a partir da consulta às bases de
ainda as peculiaridades de interpretação destas desigualdades que dados oficiais de diversas instituições.
não se podem resumir somente levando em conta a renda familiar, • Agrupamento, sistematização e análise e dados a partir de softwares
mas também a propriedade da terra e os outros capitas das classes adequados.
sociais, bem como a sua conformação em diferentes grupos sociais
de seus interesses.

OBJETIVOS

• Interpretar a desigualdade no rural brasileiro com base em ao


menos três diferentes perspectivas: 1ª a questão dos dados
quantitativos de renda; 2º a questão dos dados da desigualdade
fundiária e, por último em 3º a questão dos sujeitos sociais em si
e suas várias formas de organização na luta pela posse ou
manutenção destes recursos, sobretudo a terra, no rural
brasileiro. CONCLUSÕES
• Enfocar nas interpretações que buscam radicalizar mais estas
análises com a conformação de classes sociais não estritas A pesquisa retomou uma flagrante desigualdade social entre a
apenas a renda em si, bem como autores que buscam na teoria população rural do país, além de, em relação proporcional da
marxista uma análise crítica das contradições estruturais destas totalidade da população brasileira, um imenso contingente de pessoas
classes sociais no rural brasileiro através do seu sistema pobres, extremamente pobres, bem como vulneráveis a entrar na
produtivo. pobreza entre esta população que vive no campo. Outro aspecto que
percebemos com os dados levantados se refere a outra concentração
que é a fundiária. De acordo com o último Censo Agropecuário de
2017, 1% das propriedades agrícolas ocupa quase metade das áreas
rurais do país. Podemos encontrar ainda, uma relação entre
desigualdade social e concentração fundiária, já que são nos
municípios com maior concentração fundiária que se têm os piores
indicadores sociais. Portanto, pode-se concluir que a desigualdade
social no rural brasileiro, quanto em relação estritamente ao seu
espaço e seus habitantes tanto quando comparado às zonas urbanas,
é muito grande. Esta desigualdade social expressas na renda e no
acesso a terra são retrato de um país que se “modernizou” relegando
grande parte da sua população a situações precárias, mesmo no
acesso aos bens mais básicos para sobrevivência. Esta condição
social no meio rural do país faz aumentar a tensão no campo com
conflitos frequentes, sobretudo por terra e água.

Palavras-chave: Desigualdade; Rural; Classes sociais.

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