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UNIVERSIDADE PAULISTA
VICE-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
INICIAÇÃO CIENTÍFICA
CURSO: Sociologia
SUMÁRIO
· INTRODUÇÃO 04
· MÉTODO 06
· RESULTADOS 07
· DISCUSSÃO 09
· REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 13
· ANEXOS 14
INTRODUÇÃO
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Por isso, é de suma importância os novos referenciais que olham para estas
desigualdades e estas classes sociais tem politizado os conflitos no rural
brasileiro para conhecer mais esta realidade e para quem sabe prever os
próximos capítulos desta história se levarmos em conta as contribuições de
Karl Marx que afirmava que a luta de classe é o seu motor.
Assim como a categoria trabalho, e por causa dela, a dimensão
de classe desempenha um papel central na perspectiva
marxista: é ela que permite construir a unidade a despeito das
diferentes aparências que os movimentos possam assumir e
das categorias distintas que eles mobilizam. (Galvão, 2011, p.
123)
Incorporando os conceitos de classe para si e classe em si deste mesmo
autor para entender quando estas desigualdades não geram conflitos tão
explícitos.
MÉTODO
A pesquisa em questão está utilizando de métodos diversos
buscando uma maior compreensão do tema que se propõe que é uma análise
da desigualdade social do meio rural do país e em que medida estas
desigualdades tem colocado em conflitos grupos sociais. Os métodos
envolvem pesquisa em fontes secundárias e serão articulados em duas
dimensões: pesquisa bibliográfica e documental e análise de estatísticas
oficiais. Abaixo uma organização sequencial e mais sistemática de como isto
se desenvolverá:
RESULTADOS
ocupado por mais de 210 milhões de habitantes, isso não se discute. Como
também não é passível de discussão a extensão do mesmo que tem cerca de
851.600.00 hectares. Porém, as afirmações mais objetivas e sem divergências
praticamente se encerram aí. Este foi o ponto de partida das nossas análises.
José Eli da Veiga apontou diversos fatores que questionam a
classificação rural/urbano no Brasil (2002). Falta de critérios para as
municipalizações, câmara dos municípios como responsável pela classificação
do seu território em urbano ou rural visando o aumento na arrecadação de
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), uso de um decreto lei de 1938,
ainda do Estado Novo em um contexto que urbanização e modernização eram
sinônimos, onde toda área de municípios e sedes distritais como urbanas,
dentre outras explicações são o mote da crítica do autor que seria, segundo o
mesmo, menos urbano do que se calcula se usarmos como base alguns
critérios usados em outros países. (VEIGA, 2002). Enfim, no ano 2000 com
estes critérios questionáveis, segundo Veiga, a população urbana atingiu
81,2%, sendo que em 1991 a população rural era 24,5% da população.
Segundo Veiga, se usados os critérios da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) de densidade demográfica e pressão
antrópica sobre os ecossistemas a população rural seria 30% e não os 18,8%
apontados pelo IBGE no ano de 2000. Porém, hegemonicamente na geografia
este debate não ecoou tanto, e quando o foi, partiu da negação dos
argumentos de Veiga, sobretudo pelo simplismo que acometeria às críticas do
mesmo. (CARLOS, 2003). Fato é que, oficialmente no estado através do IBGE
a população Brasileira estaria divida entre 84,4% urbana e 15,6% rural (IBGE,
2010). Ao que parece estes dados permanecerão assim no próximo censo
demográfico de 2020, estagnando assim grandes mudanças nestes
percentuais observados nas últimas décadas.
Em relação a concentração fundiária, apesar de todas as críticas
que recebe já que calcula somente quem tem terra, o melhor índice para
determina-la segue sendo o coeficiente de GINI . Quanto mais perto de 1 maior
é a concentração, estando o Brasil em 0,867 no censo agropecuário de 2017. A
série histórica mostra o Brasil em aumento gradual desta concentração, sendo
que em 1985 este índice era 0,857 e em 1995 era 0,856. No Brasil, 1% das
propriedades agrícolas ocupa quase metade das áreas rurais do país, este já é
um índice do novo censo agropecuário de 2017. São 51.203 propriedades com
mais de mil hectares que representam 1% das 5.073.324 propriedades
existentes que ocupam 47,6% da área rural, sendo que no censo agropecuário
de 2006 esta participação era de 45%. Por outro lado, as pequenas
propriedades igual ou abaixo de 10 hectares ocupam somente 2,3% da área
rural.
Passando da análise da concentração fundiária, da análise da
divisão geográfica, cabe agora o mais trabalho mais árduo que é a análise das
pessoas que vivem no rural objetivamente. Para iniciar, cabe trazer para o
debate o seguinte dado trazido pelo IBGE (PNAD/IBGE, 2009): no Brasil há
30,7 milhões de pessoas no rural, destas aproximadamente 54%, ou seja, 16,5
milhões são pobres (renda familiar per capita mensal de até 0,5 salários) e 8,1
milhões de pessoas estão ainda na extrema pobreza (renda familiar per capita
de até 0,25 salários mínimos). Este dado retrata como o rural, mesmo com
somente 15% de toda a população brasileira, concentra quase metade de toda
a população nesta situação de extrema pobreza que totalizam 16,27 milhões
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DISCUSSÃO
Não podem esquecer que lutam contra os efeitos e não contra
as causas desses efeitos, que o que fazem é refrear o
movimento descendente, mas não alterar o seu rumo; que
aplicam paliativos, e não a cura da doença. (Marx, 1987, p.85-
86).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS