Você está na página 1de 52

LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS – LGPD

• AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS

1. Direito Comparado;
2. Tramitação legislativa da MP 869;
José Luiz Galvão 3. Natureza Jurídica, atribuições e competência,
sanções e responsabilidade.
Daniela Barreto
Jinny Bitar
I – Breve histórico da reforma sobre a regulação de
proteção de dados
• Alemanha, anos 70, Lei de Hessen
• França, Noruega, Suécia e Áustria também criaram suas leis
• Convenção do Conselho da Europa em 1981 – desenvolvimento do tema
• 1995 Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia criaram a
Diretiva 95/46/CE
• a diretiva já previa uma autoridade responsável pela supervisão
• 2012 proposta de reformulação da diretiva
• Escândalo do caso Cambridge Analytica e Facebook
• GDPR editada em 24 de maio de 2016 – natureza de regulamento
• Regulamento 2018/1725 – reformulação da autoridade supervisora
II – Objetivos e pontos importantes da GDPR
• Regras adequadas a um mercado único digital – harmonização/coesão e
cooperação
• Transnacionalidade (cooperação e extraterritorialidade), Balcão único (one stop
shop), transferência de dados
• Garantia do direito fundamental à proteção de dados (Carta de Direitos
Fundamentais Europeia)
• Instrumentos para a implementação e exercício de direitos – transparência,
direito ao esquecimento, accountability, privacidade desde a concepção (privacy
by design, privacy by default)
• Estrutura de governança eficaz
• Reforço de poderes das autoridades de proteção de dados, independência,
mecanismos de sanções
• Enforcement como instrumento crucial para a efetividade da regulamentação
Atores do sistema de proteção

• Comitê Europeu de Proteção de Dados (European Data Protection


Supervisor – EDPS)
• Organismo central para a promoção de aplicação padronizada da regulação
• Oficial de Proteção de Dados (Data Protection Oficial – DPO)
• Organizações, mesmo publicas, são obrigadas a designar especialista quando
tratam dados sensíveis ou em larga escala
• Autoridades de Proteção de Dados (Data Protection Authority – DPA)
• Autoridades nomeadas em cada Estado membro
Funções do EDPS
• Estabelecer diretrizes gerais para as autoridades dos Estados
• Monitoramento da aplicação do regulamento
• Promover campanhas educativas e informativas
• Função consultiva
• Estabelecer decisões vinculantes as autoridades nacionais
• Estabelecer clausulas contratuais padronizadas
• Expedir recomendações e advertências
• Expedir sanções temporárias ou definitivas de banimento, multa
• Poder de propor ação junto a Corte de Justiça e intervir em ações
Processo de escolha do supervisor

• Chamada pública de candidatos


• Requisitos:
• Independência bem reputada
• Notório conhecimento técnico
• Comissão elabora lista de, no mínimo, 3 nomes
• Parlamento Europeu e o Conselho Europeu escolhem
• Mandato de 5 anos, permitida uma reeleição
Garantias e deveres do supervisor
• Garantias equivalentes a juiz da Corte de Justiça como remuneração,
aposentadoria, e outros benefícios
• Provisão de recursos financeiros e recursos humanos
• Orçamento próprio
• Equipe técnica
• Atuação de forma independente, vedada a influencia exterior
• Vedada qualquer atuação em outra ocupação, mesmo que não
remunerada
• Comportamento integro mesmo após o mandato
• Segredo profissional sobre qualquer informação confidencial, durante e
após o mandato
GDPR determina a previsão legal das condições do
DPA, quanto:
• Escolha por critérios de qualificação
• Mandato de no mínimo 4 anos
• Estruturação suficiente com recursos humanos, técnicos e financeiros
• Garantias e deveres da autoridade
• Previsão de dever de segredo profissional
Funções e poderes do DPA:
• Monitoramento e controle interno da aplicação da regulação em âmbito nacional
• Expedição de recomendações
• Consultoria e prestação de informações a organizações como medida de prevenção
• Promoção de adoção de códigos de condutas
• Promoção de mecanismos de certificação
• Resolução de conflitos
• Aplicação de sanções, como multa de ate 4% da arrecadação anual da empresa ou 20
milhões de euros, o que for maior
• Poderes para litigar na Corte Judicial, como exigir o cumprimento de medidas
• Função de cooperação com o supervisor geral
DPA na Alemanha
• 1 Comissário Federal (Federal Commissioner for Data Protection and
Freedom Information)
• 16 autoridades estaduais (16 Länders)
• agencia federal independente e 16 agencias estaduais, sujeitas a
supervisão do Ministério do Interior
• autoridade federal é indicada pelo Presidente e escolhida pelo
Presidente, tem mandato de 5 anos,
• entidade independente tem orçamento próprio
DPA no Reino Unido
• Gabinete do Comissário de Informação (Information Comissioner Office –
ICO)
• entidade independente do Reino Unido, se reporta diretamente ao
Parlamento
• Comissário é escolhido pela Rainha, de uma lista proposta pelo Primeiro
Ministro (letters patente), de acordo com o Code of Practice for Public
Appointements
• Orçamento composto de receita oriunda de taxa cobrada dos
controladores de dados e gerida em Fundo especifico
• Criado Tribunal de Direitos Informacionais (Information Rigths Tribunal)
para julgar recursos apresentados pelo ICO
DPA na França
• Autoridade é a Comissão CNIL ( Commission Nationale de l'Informatique
et des Libertés )
• Autoridade administrativa de controle independente
• Comissário nomeado por decreto pelo Presidente, dentre os
concorrentes de processo específico de candidatura
• Mandato de 2 anos
• Orçamento próprio votado pelo Parlamento
• Entidade é composta pelo Comitê Restrito, formado por 5 membros e o
presidente, com a função de promover o processo sancionador
Independência do DPA – razões
• Diminuição dos custos do processo decisório estatal
• Relevância da expertise técnica
• Flexibilidade e atualidade no ajuste da regulação
• Processo decisório mais participativo e transparente
• Maior possibilidade de implantação de politicas de longo prazo
• Papel de mediador evitando ou desestimulando o pronto recurso aos
tribunais
• Maior coerência na aplicação técnica dos regramentos, evitando
decisões contraditórias;
• Transnacionalidade das funções – fluxo de dados, extraexecutividade
Independência do DPA – indicativos mínimos

• tempo de mandato – quanto maior o termo, maior a independência;


• procedimentos e critérios objetivos de escolha e de exoneração;
• autonomia financeira e administrativa;
• maior extensão da delegação regulatória;
BREVE HISTÓRICO SOBRE O VETO

• Veto à Autoridade Nacional de Proteção de Dados, na


Lei n. 13.709/2018;
• Esvaziamento do capítulo IX da referida Lei;
• Pessoas naturais com garantias e instrumentos
reduzidos para a tutela de seus dados pessoais e
privacidade;
• Empresas não gozarão de facilidades e orientações que
uma Autoridade poderia lhes proporcionar;
BREVE HISTÓRICO SOBRE O VETO

• A experiência de outros países mostra a relevância da existência de uma


Autoridade nacional específica para a aplicação eficiente de suas
respectivas leis de proteção de dados pessoais;
• Existência de uma Autoridade Nacional independente e com elevada
autonomia é um dos requisitos para que o Brasil e sua legislação sejam
reconhecidos como adequados ao modelo de tratamento de dados
pessoais estabelecido na Europa por meio do GDPR;
MEDIDA PROVISÓRIA 869

• Diante do veto aos artigos da LGPD que tratavam sobre a ANPD, surgiu a
MP 869;
• A MP 869 representa o cumprimento pelo presidente Michel Temer do
compromisso assumido quando da sanção da LPDP, de enviar ao
Congresso um diploma que suprisse os vetos de suposto vício de iniciativa;
MEDIDA PROVISÓRIA 869
• A MP nº 869 de 28 de dezembro de 2018 modifica a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais–LGPD
(13.709/2018), especialmente: na sua abrangência; nas definições de alguns termos; nas hipóteses de
usos compartilhados de dados pessoais sensíveis; no uso compartilhado de dados pessoais de pessoa
jurídica de direito público e sua transferência a pessoa jurídica de direito privado; cria, estabelece
competências e determina a composição e natureza jurídica da Autoridade Nacional de Proteção de
Dados – ANPD;
IMPORTÂNCIA E RELEVÂNCIA
• O Poder Executivo apresenta, ainda, razões de urgência e relevância para a edição de Medida
Provisória que dispõe sobre a proteção de dados pessoais e cria a ANPD. Defende que, não obstante a
ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) estivesse prevista na Lei no 13.709/2018, seu
formato e inclusão ocorreu irregularmente, com vício de iniciativa, resultando em inevitável veto
presidencial. O veto, contudo, segundo o Poder Executivo, “acabou por gerar grande risco de
insegurança jurídica para a Sociedade Civil em face da falta de definição do órgão responsável pela
regulação, controle e fiscalização da aplicação da Lei, o que deve ser definido o quanto antes para
permitir que o órgão criado esteja em pleno funcionamento quando da entrada em vigor desta
proposta, para garantir sua plena e total aplicabilidade. ” Daí, portanto, a urgência e relevância da
matéria.
Tramitação da MP 869
• As normas constitucionais de processo legislativo não impossibilitam a modificação, por meio
de emendas parlamentares, dos projetos de lei enviados pelo chefe do poder executivo no
exercício de sua iniciativa privativa. Essa atribuição do poder legislativo esbarra em duas
limitações:
• A) a impossibilidade de o parlamento veicular matérias diferentes das versadas no projeto de
lei, de modo a desfigurá-lo; e
• B) a impossibilidade de as emendas implicarem aumento de despesa pública (inciso i do art. 63
da CF).

• O congresso goza da prerrogativa para aperfeiçoar a MP 869 por via de projeto de lei de
conversão. Tanto porque a temática é a aduzida no próprio texto da MP 869 quanto por conta
do artigo 55-a, que determina a criação da ANPD sem aumento de despesa;
DA TRAMITAÇÃO LEGISLATIVA
Data Andamento
Poder Executivo ( EXEC )
28/12/2018
 Publicação da Medida Provisória no Diário Oficial da União. Inteiro teor

CONGRESSO NACIONAL ( CN )
 Prazo para Emendas: 04/02/2019 a 11/02/2019.
Comissão Mista: *
Câmara dos Deputados: até 03/03/2019.
Senado Federal: 04/03/2019 a 17/03/2019.
Retorno à Câmara dos Deputados (se houver): 18/03/2019 a 20/03/2019.
28/12/2018 Sobrestar Pauta: a partir de 21/03/2019.
Congresso Nacional: 04/02/2019 a 04/04/2019.
Prorrogação pelo Congresso Nacional: 03/06/2019.

*Declaração incidental de inconstitucionalidade do art. 5º, caput, art. 6º, §§ 1º e 2º, da


Resolução do Congresso Nacional nº 1/2002, com eficácia ex nunc - Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 4.029 (DOU de 16/3/12).

Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ( MESA )


20/02/2019  Ofício n. 68-CN, de 20/02/19, comunica a constituição da Comissão Mista incumbida de
emitir parecer sobre a matéria e informa o calendário para sua tramitação.
DA TRAMITAÇÃO LEGISLATIVA

Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ( MESA )


20/02/2019  Ofício n. 68-CN, de 20/02/19, comunica a constituição da Comissão Mista
incumbida de emitir parecer sobre a matéria e informa o calendário para sua
tramitação.

Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ( MESA )


27/03/2019  Instalada a Comissão, é eleito Presidente o Senador Eduardo Gomes e designado
Relator o Deputado Orlando Silva.

Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ( MESA )


 Ato Declaratório n. 17, de 27/03/19, do Presidente da Mesa do Congresso Nacional,
28/03/2019 prorroga a vigência da Medida Provisória nº 869, de 27/12/18, pelo período de
sessenta dias. DOU de 28/03/19, Seção 1, Página 3.
 

Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ( MESA )


07/05/2019  Aprovado o Parecer n. 1/2019, da Comissão Mista, que concluiu pela aprovação da
Medida Provisória nos termos do Projeto de Lei de Conversão n. 7/2019.
DA TRAMITAÇÃO LEGISLATIVA

Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ( MESA )


 Recebido o Ofício nº 151/2019, do Congresso Nacional, que encaminha o processado da Medida
Provisória nº 869/2018. Informa, ainda, que à Medida foram oferecidas 176(cento e setenta e seis)
emendas e que a Comissão Mista emitiu o Parecer nº 1, de 2019-CN, que conclui pelo PLV nº 7, de 2019.
Inteiro teor

09/05/2019  Recebida a Mensagem nº 789/2018, do Poder Executivo, que submete à apreciação do Congresso
Nacional o texto da Medida Provisória nº 869/2018. Inteiro teor
 Recebido o Parecer nº 1, de 2019-CN, da Comissão Mista destinada a apreciar a MPV 869/2018, que
conclui pelo PLV nº 7, de 2019. Inteiro teor
 Recebido o PLV nº 7, de 2019, da Comissão Mista da MPV 869/2018, que Altera a Lei nº 13.709, de 14 de
agosto de 2018, para dispor sobre a proteção de dados pessoais e para criar a Autoridade Nacional de
Proteção de Dados, e dá outras providências.. Inteiro teor

Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ( MESA )


10/05/2019
 Ao Plenário, para leitura. Publique-se. Inteiro teor

COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES ( CCP )


13/05/2019
 Encaminhada à publicação. Publicação Inicial em avulso e no DCD de 14/05/2019.

PLENÁRIO ( PLEN )
14/05/2019
 Leitura do recebimento do Ofício nº 151/2019, do Congresso Nacional (CN), que encaminha o processado
da Medida Provisória n° 869/2018 (Sessão Deliberativa Ordinária de 14/05/2019 - 14h - 100ª Sessão).

PLENÁRIO ( PLEN ) - 14:00 Sessão Deliberativa Ordinária


21/05/2019
 Matéria não apreciada em face do encerramento da Sessão.
PLENÁRIO ( PLEN ) - 09:00 Sessão Deliberativa Extraordinária
22/05/2019
 Retirado de pauta, de ofício.
DA TRAMITAÇÃO LEGISLATIVA

PLENÁRIO ( PLEN ) - 14:00 Sessão Deliberativa Ordinária


 Discussão em turno único.
 Encaminhou a Votação o Dep. Rodrigo de Castro (PSDB-MG).
 Aprovada a Emenda Aglutinativa n° 1
 Prejudicado o destaque da bancada do PSDB, para a votação em separado da Emenda n° 1 -
DTQ 7.
 Prejudicado o destaque da bancada do PSDB, para a votação em separado da Emenda n° 2 -
DTQ 8.
 Retirado o destaque da bancada do PT, para a votação em separado da Emenda n° 176 - DTQ 3.
 Retirado o Requerimento de destaque simples do Dep. Paulo Pimenta (PT-RS), que solicita
28/05/2019 votação em separado da expressão "que levará em consideração a natureza e o porte da
entidade ou o volume de operações de tratamento de dados", contida no §3º do art. 20 da Lei
13709/18, constante do art. 2º do PLV apresentado à MPV 869/18 – DTQ 4.
 Retirado o Requerimento de destaque simples do Dep. Paulo Pimenta (PT-RS), que solicita
votação em separado da Emenda n° 164 - DTQ 5.
 Retirado o Destaque da bancada do CIDADANIA, para votação em separado do art. 58-A da Lei
13709/18, constante do art. 1º da MPV 869/2018, para substituir o art. 58-A constante do art.
1º do PLV nº 7, de 2019 - DTQ 11.
 Votação da Redação Final.
 Aprovada a Redação Final assinada pelo Dep. Orlando Silva (PCdoB-SP), Relator da Comissão
Mista. Inteiro teor
 A matéria vai ao Senado Federal, incluindo o processado (MPV 869-A/2018) - (PLV 7/2019).
DA TRAMITAÇÃO LEGISLATIVA

Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ( MESA )


29/05/2019
 Remessa ao Senado Federal por meio do Of. nº 452/2019/SGM-P. Inteiro teor

Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ( MESA )


18/06/2019 Recebimento do Ofício nº 236/2019 (CN) comunicando remessa à sanção do PLV 7/2019.
Inteiro teor
MEDIDA PROVISÓRIA 869
Deputado Orlando Silva
• Entendeu estar presentes os pressupostos de relevância e urgência, pela necessidade de se
constituir de maneira imediata uma autoridade nacional responsável pela verificação do
cumprimento dos princípios, garantias, direitos e sanções promulgados pela LGPD. Ademais,
porque durante o período de vacatio legis, inicialmente previsto para terminar em fevereiro
de 2020, cabe à Autoridade proceder à sua estruturação interna assim como preparar
regulamentações que possibilitarão o início do processo de transformação e de adaptação
que terão que ser realizados por todos os envolvidos.
• O relator também atestou que a referida Medida Provisória e as emendas a ela apresentadas
possuem Constitucionalidade, Juridicidade e a Técnica Legislativa verificadas.
• O relator entendeu que as disposições da MP e emendas a ela apresentadas encontram-se
de acordo com a legislação que rege o controle das finanças públicas, em especial a Lei de
Responsabilidade Fiscal.
RESUMO RELATÓRIO COMISSÃO MISTA
(DEPUTADO ORLANDO) – APROVADO DIA 07/05
• RESUMO RELATÓRIO COMISSÃO MISTA (DEPUTADO ORLANDO) – APROVADO DIA 07/05
• Sabatina
Segundo o texto do relator, membros do conselho diretor da Autoridade Nacional de Proteção de Dados
(ANPD) devem passar por sabatina no Senado, como ocorre com os integrantes de agências
reguladoras. Os conselheiros só podem ser afastados preventivamente pelo presidente da República
após processo adm inistrativo disciplinar.
• Mandato
O relatório restaura mandato de dois anos para integrantes do Conselho Nacional de Proteção de Dados
Pessoais e da Privacidade. A previsão havia sido abolida no texto original da MP 869, mas estava
prevista em trechos da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais que foram vetados pela Presidência da
República. Na complementação de voto, o deputado Orlando Silva flexibiliza essa regra para os
integrantes nomeados pelo Poder Executivo, que podem ser substituídos pelo presidente da República a
qualquer tempo.
• Composição
O número de membros do conselho cai de 23 previstos na MP original para 21. São cinco
representantes indicados pelo Poder Executivo, três pela sociedade civil, três por instituições científicas,
três pelo setor produtivo, um pelo Senado, um pela Câmara dos Deputados, um pelo Conselho Nacional
de Justiça, um pelo Conselho Nacional do Ministério Público, um pelo Comitê Gestor da Internet, um
por empresários e um por trabalhadores.
RESUMO RELATÓRIO COMISSÃO MISTA
(DEPUTADO ORLANDO) – APROVADO DIA 07/05
• Atribuições
• O relatório recupera atribuições da ANPD que haviam sido suprimidas pelo texto original da MP 869/18, como zelar
pela observância de segredos comerciais e industriais e realizar auditorias sobre o tratamento de dados pessoais. O
relator também mantém competências previstas na medida provisória, como requisitar informações e comunicar às
autoridades sobre infrações penais ou descumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
• Natureza jurídica
• A primeira versão do relatório obrigava a transformação da ANPD em autarquia após dois anos de funcionamento.
Na complementação de voto, o deputado Orlando Silva tira esse caráter mandatório, já que poderia ser vetado por
invadir competência do Poder Executivo. O projeto de lei de conversão indica apenas que a vinculação à Presidência
da República é “transitória” e deve ser reavaliada pelo Poder Executivo.
• Punições
• Pelo texto do relator, a ANPD recupera a competência para aplicar punições, como a suspensão do funcionamento
de banco de dados e a proibição do exercício de atividades relacionadas a tratamento de informações. A primeira
versão do relatório previa a substituição das penalidades de suspensão total e proibição total por intervenções
administrativas.
• No entanto, segundo o deputado Orlando Silva, a medida “imporia um ônus desproporcional sobre o setor
produtivo de tratamento de dados”. Na complementação de voto, ele prevê a pena de suspensão das atividades por
seis meses, prorrogável por igual período em caso de reincidência.
RESUMO RELATÓRIO COMISSÃO MISTA
(DEPUTADO ORLANDO) – APROVADO DIA 07/05
• Multas
O texto aprovado pela comissão restaura fontes de receita para a ANPD, como dotações previstas no Orçamento
Geral da União, doações e valores apurados com a venda de bens ou com aplicações no mercado financeiro. Mas a
autoridade não pode mais ficar com o dinheiro arrecadado com multas. Esses recursos serão repassados ao Fundo
de Defesa de Direitos Difusos.
• Revisão de dados
Segundo o texto, o cidadão que se sentir prejudicado pela análise de dados realizada exclusivamente por
computadores poderá solicitar a revisão dos resultados por pessoas. A regra valerá para os casos em que o
tratamento automatizado for usado para fundamentar decisões que afetem os interesses do usuário, como a
definição de perfis pessoal, profissional, de consumo ou de crédito.
• Na complementação de voto, o deputado Orlando Silva prevê que o regulamento da ANPD, ao disciplinar a revisão,
deve levar em conta a natureza e o porte da entidade, assim como o volume de operações de tratamento de dados.
• Indenizações
Na complementação de voto, Orlando Silva acatou uma sugestão para permitir a negociação e o eventual
pagamento de indenização nos casos em que o usuário seja prejudicado por falhas no tratamento de informações.
Por exemplo: se os dados financeiros de uma pessoa são digitados com erro e isso provoca uma restrição de crédito
no mercado, o usuário pode negociar o pagamento de uma reparação diretamente com a empresa responsável pela
falha. Se houver acordo, o caso não precisa ser comunicado à ANPD.
RESUMO RELATÓRIO COMISSÃO MISTA
(DEPUTADO ORLANDO) – APROVADO DIA 07/05
• Reclamações
O texto permite que o usuário formalize reclamações junto à ANPD por eventuais irregularidades no tratamento de
dados. A medida valerá apenas como um recurso: primeiro, o cidadão deve comprovar que tentou e não conseguiu
resolver o problema junto ao responsável direto pela análise dos dados no prazo legal.
• Na complementação de voto, o deputado Orlando Silva prevê a implantação de mecanismos simplificados, inclusive
por meio eletrônico, para o registro de reclamações sobre o tratamento de dados pessoais.
• Comunicação e compartilhamento
A comunicação ou o uso compartilhado de dados mantidos pelo Poder Público com empresas privadas depende de
consentimento do titular. Mas há algumas exceções: quando os dados sejam “manifestamente públicos”; quando a
coleta de dados pessoais de crianças for necessária para contatar os pais ou responsáveis legais; para cumprir
atribuições legais do serviço público; para a execução de políticas públicas; e para a prevenção de fraudes e
irregularidades.
• Na complementação de voto, o deputado Orlando Silva prevê que a informação à ANPD dependerá de
regulamentação.
• Lei de Acesso à Informação
O texto protege o sigilo dos dados pessoais de cidadãos que requerem informações públicas por meio da Lei de
Acesso à Informação (Lei 12.527/11). Fica proibido o compartilhamento desses dados com órgãos públicos ou
empresas privadas.
RESUMO RELATÓRIO COMISSÃO MISTA
(DEPUTADO ORLANDO) – APROVADO DIA 07/05
• Dados de saúde
Pelo texto, é vedada a comunicação ou o uso compartilhado de dados pessoais sensíveis referentes à saúde com
objetivo de obter vantagem econômica. A intenção é evitar a negação de acesso ou a seleção de risco para seguros
médicos e planos de saúde.
• A primeira versão do relatório só permitia a transferência de informações na hipótese de prestação de serviços de
saúde, incluídos os serviços auxiliares de diagnose e terapia. Na complementação de voto, Orlando Silva incluiu a
possibilidade de compartilhamento para garantir a assistência farmacêutica do usuário.
• O projeto de lei de conversão estabelece critérios para o compartilhamento. A comunicação só pode ocorrer se for
“exclusivamente para a tutela da saúde, em procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde
ou autoridade sanitária”.
• Idosos e microempresários
O relatório prevê atendimento diferenciado para idosos. A ANPD deve garantir que o tratamento de dados dos
maiores de 60 anos seja efetuado “de maneira simples, clara e acessível e adequada ao seu entendimento”.
• A ANPD também deve editar normas, orientações e procedimentos simplificados e diferenciados para atender as
empresas de pequeno porte. Na complementação de voto, o deputado Orlando Silva estendeu o benefício às start
ups – empresas emergentes que têm como objetivo inovar, desenvolver ou aprimorar um modelo de negócio.
AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

• Audiências Públicas: Existiram 4 audiências públicas durante a tramitação.


• 1ª Audiência Pública (09/04/19): Falou sobre o tema: Autoridade Nacional de Proteção
de Dados: desenho institucional e modelos de governança, competências e atribuições
para uma Política Nacional de Proteção de Dados.
• 2ª Audiência Pública (10/04/19): Falou sobre o tema: Tratamento de dados pela
Administração Pública e Proteção de dados relativos à defesa e segurança pública.
• 3ª Audiência Pública (16/04/19): Falou sobre o tema: Tratamento de dados no setor
privado, tratamento automatizado e o Direito à Explicação.
• 4ª Audiência Pública (17/04/19): Falou sobre o tema: Compartilhamento e proteção de
dados na saúde e na pesquisa científica.
Análise crítica da ANPD na forma da Medida Provisória
869/18
• O artigo 55 do PLC 53 dispõe a criação da ANPD como órgão da administração pública federal
indireta; dispõe ainda que a autoridade possui um conselho diretor, sua máxima instância, de
três conselheiros com mandato de quatro anos;
• O artigo 55, parágrafo 3º, estabelece as características da ANPD, a saber: (a) independência
administrativa, (b) ausência de subordinação hierárquica, (c) mandato fixo, (d) estabilidade dos
dirigentes e (f) autonomia financeira. Esse figurino do PLC 53 é congruente com o da
autoridade europeia, conforme artigos 52 a 60 do GDPR;
• A nova ANPD, nos contornos do artigos 55-A da MP 869, é órgão da administração pública
federal, integrante da Presidência da República. A subordinação enseja efeitos jurídicos
inafastáveis, a saber, a prerrogativa de comando do órgão superior e o dever de obediência
dos agentes públicos, sujeição imposta inclusive aos cinco membros do conselho diretor, seu
órgão máximo (artigo 55-D), a despeito da autonomia técnica prevista no artigo 55-B;
• Os efeitos: (i) executar as diretrizes nos termos das decisões superiores; (ii) submeterem-se à
fiscalização e à revisão de seus atos pelo órgão supervisor; e (iii) terem suas atribuições e
competências avocadas pelo chefe superior eis que não há previsão legal em contrário.
Análise crítica da ANPD na forma da Medida Provisória
869/18
• A autonomia funcional tampouco é preservada, em função da dicção do parágrafo 2º do artigo
55-E, que atribui ao chefe do Poder Executivo a prerrogativa de determinar o afastamento
preventivo dos diretores, em que pese a instituição de mandato, artigo 55-D, parágrafo 3º, e a
estabilidade no transcurso do desempenho de suas funções, artigo 55-E;
• Há, assim, um forte vínculo hierárquico com a Presidência da República, em oposição à
noção de independência:
• A) fragiliza o exercício das competências previstas no artigo 55-J, na medida em que torna a
ANPD sujeita a influências e pressões alheias à sua função, com potencial de macular ou até
mesmo reverter suas decisões;
• B) suprime a autonomia financeira e abre espaço para nomeação lastreada em critérios não
objetivos, pondo em risco o grau de especialização requerido para lidar com a complexidade
dos temas;
• C) prejudica sua participação em fóruns de cooperação internacional, tendo em vista seu baixo
grau de independência, em contraste com o da autoridade europeia, equiparada no GDPR,
artigo 54, ao nível de desembargador, e com as agências regulatórias norte-americanas.
I - AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECAO
DE DADOS – ANPD

• Art.5º XIX LGPD.


• Experiência em outros países:
• Reino Unido, França, Itália, Argentina e Uruguai
II - VETO PRESIDENCIAL

• houve várias manifestações reivindicando a criação da Autoridade


• Uma delas juntou 42 entidades.
II - VETO PRESIDENCIAL

• Fenapro – Federação Nacional das Agências de Propaganda


• ITS-Rio – Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro
• Laura Schertel Mendes – Doutora em Direito Civil, Professora da Faculdade de
Direito da UnB
III- NATUREZA JURÍDICA:

• Após o período de dois anos, a recomendação da comissão é pela


transformação da ANPD em formato de autarquia com orçamento público
próprio, além de uma estrutura totalmente independente da presidência. O
projeto de lei de conversão indica apenas que a vinculação à Presidência da
República é “transitória” e deve ser reavaliada pelo Poder Executivo.
• Esse rearranjo não é o ideal, mas foi a solução jurídica mais célere para a
criação da ANPD, segundo palavras de um porta voz do governo que esteve
em uma das audiências públicas. Isso ocorre porque a criação de um modelo
ideal dependeria de previsão orçamentária, uma estruturação que
dependeria de implementação e a inclusão da autoridade na lei orçamentária
para o próximo ano.
III- NATUREZA JURÍDICA:
• Sua natureza é mantida como órgão da administração pública federal.

• Se trata de uma agencia reguladora?


• A estrutura e organização são parecidos com a de uma agência, porém ela será
submetida às ordens da Presidência da República.
 
• Na prática:
• dos 120 países que aprovaram uma lei de proteção de dados:
• - 80% possuem uma autoridade de proteção em formato de agência reguladora e são
totalmente independentes.
• - 10% que não possuem a autoridade.
• - 10% que tem uma autoridade, mas elas não possuem uma independência
administrativa. Há quem diga que o Brasil estaria nesse último grupo.
III- NATUREZA JURÍDICA:
• Para Ilustrar melhor:

• Proteção de dados VS Defesa da Concorrência


• ( ANPD e CADE)

• A entidade central que reúne os representantes de todas as autoridades de


proteção de dados da Europa – EDPB (Comité Europeu de Proteção de
Dados), órgão que tem por função garantir a aplicação uniforme do
regulamento europeu sobre proteção de dados – GDPR, emitiu um
comunicado público em que defendeu a sua participação ativa na
investigação da Comissão Europeia sobre os impactos para a concorrência no
mercado europeu decorrentes da aquisição da Shazam pela Apple.
III- NATUREZA JURÍDICA:
• Como não poderia ser diferente, a operação Apple/Shazam foi devidamente
aprovada sem restrições, em 6/9/18, pela Comissão Europeia, que não fez
um registro público da participação da EDPB no processo.
• No Brasil, a ANPD será o órgão responsável pela fiscalização do
cumprimento da LGPD, integrará a presidência da República e será
assessorada pelo Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da
Privacidade. a LGPD terá impacto importante nas operações de tratamento
de dados pessoais por empresas que atuam no Brasil e considerando as
preocupações que têm sido levantadas com a concentração de dados
pessoais para uso comercial, é de se esperar que haja não só interação mas
coordenação entre ANPD e o CADE (Conselho Administrativo de Defesa
Econômica), que tem por função aplicar a Lei de Defesa da Concorrência (
lei 12.529/11).
III- NATUREZA JURÍDICA:

• Ainda que esteja claro que a ANPD não é, pelos termos da MP 869/18, uma
agência reguladora, sob o ponto de vista da aplicação da Lei de Defesa da
Concorrência por parte do CADE, faz sentido que a ANPD interaja de forma
sistemática como as Agências Reguladoras (ANATEL, ANEEL, ANP, ANTT,
ANCINE) emitindo pareceres e notas técnicas para análise de fusões como
para as práticas anti competitivas. tendendo a gerar mais previsibilidade e
segurança jurídica.
IV - ORGANIZAÇÃO

• Órgão do governo abrigaria a ANPD:


• Oficialmente, o Ministério da Justiça manifestou o desejo de abrigar a
autoridade, pois conta, entre outros argumentos, com o bem sucedido
exemplo do CADE ou Conselho Administrativo de Defesa Econômica – que
surgiu no MJ e hoje possui total independência.

• Ministério da Economia.
 
• ANPD ficará na presidência da República, mesmo após ganhar a sua
independência. 
V - ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS

• Zelar pela observância de segredos comerciais e industriais e realizar


auditorias sobre o tratamento de dados pessoais.
• O relator também mantém competências previstas na medida provisória,
como requisitar informações e comunicar às autoridades sobre infrações
penais ou descumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD).
• revisão das decisões automatizadas que afetem os interesses do titular dos
dados.
V - ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS

• Dentre as modificações na competência da Autoridade Nacional,


importante destacar que a sua atuação compreenderá a fiscalização quanto
ao cumprimento do Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003), na medida em
que impõe a necessidade de que as informações com relação ao tratamento
de dados pessoais dos idosos deve ser fornecida de forma simples, clara,
acessível e adequada ao entendimento dos idosos.
• Deverá editar normas estabelecer procedimentos simplificados para
microempresas, empresas de pequeno porte e startups com iniciativas de
caráter disruptivo.
VI- ORGANIZAÇÃO DA AUTORIDADE –
COMPOSIÇÃO
• Encarregado – Deve ter conhecimento jurídico regulatório.
• Conselho-diretor - que será responsável pela autoridade;
• Conselho Nacional de Proteção de Dados e Privacidade - que será composta
por integrantes da sociedade e, entre outras funções, levará as demandas
da Lei Geral de Proteção de Dados.

• Dentro do Conselho-diretor:
• cinco diretores,
• uma ouvidoria,
• uma corregedoria,
• órgão de assessoramento jurídico próprio e unidades administrativas necessárias à aplicação da
lei.
VI- ORGANIZAÇÃO DA AUTORIDADE –
COMPOSIÇÃO
• Os membros serão escolhidos e nomeados pelo presidente da República,
mas os seus nomes precisarão ser submetidos a uma sabatina no Senado
Federal – assim como já acontece com os ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF). Aliás, o  presidente terá o poder de afastar um diretor desde
que exista uma recomendação dos demais diretores.
• Por fim, o mandato dessas pessoas será de quatro anos e os cargos em
comissão e as funções de confiança da ANPD virão de outros órgãos e
entidades do Poder Executivo federal.
VI- ORGANIZAÇÃO DA AUTORIDADE –
COMPOSIÇÃO
• Conselho Nacional de Proteção de Dados e da Privacidade, formado por:
• representantes do governo,
• setores da economia
• setores da sociedade civil organizada, terá 21 membros.
• Ao todo, serão cinco pessoas do governo:
• um do Senado;
• um da Câmara dos Deputados;
• um do Conselho Nacional de Justiça;
• um do Ministério Público;
• um do Comitê Gestor da Internet no Brasil;
• três de entidades da sociedade civil com atuação relacionada à proteção de dados pessoais;
• três de instituições científicas, tecnológicas e de inovação;
• três de confederações nacionais representativas do setor produtivo comercial ou de serviços;
• um de entidades representativas do setor empresarial relacionado à área de tratamento de dados
VI- ORGANIZAÇÃO DA AUTORIDADE –
COMPOSIÇÃO

• Os representantes também serão indicados pelo presidente da República


ou uma outra pessoa designada pela presidência para fazer a nomeação.
Nesse caso, o mandato desses conselheiros será de dois anos.
• e um de entidade representativa do setor laboral.
VII- FINANCIAMENTO

• • Argumento da baixa autonomia e independência:


• De acordo com Laura Schertel, os diretores da autoridade seriam incluídos
em uma categoria de cargos comissionados da União de nível DAS-5. Isso
significa dizer que eles estarão abaixo do DAS-6, justamente a posição mais
alta dentro do governo.
• (DAS-5 É uma definição para cargos de Direção e Assessoramento Superior nas condições de titular, interino ou
substituto – Dec.8.932/16)

• • Segundo especialistas, virá de fontes como o próprio governo por meio


do orçamento, de doações, acordos feitos com instituições nacionais e
internacionais, entre outras fontes.
VII- FINANCIAMENTO

• Multas:
• O texto aprovado pela comissão restaura fontes de receita para a ANPD,
como dotações previstas no Orçamento Geral da União, doações e valores
apurados com a venda de bens ou com aplicações no mercado financeiro.
Mas a autoridade não pode mais ficar com o dinheiro arrecadado com
multas. Esses recursos serão repassados ao Fundo de Defesa de Direitos
Difusos.
SANÇÕES APLICÁVEIS E
RESPONSABILIDADES ADMINISTRATIVAS.
• O novo texto da LGPD também trouxe modificação importantíssima ao incluir três novas
sanções administrativas, em caso de violação da lei
• I- a suspensão parcial do funcionamento do banco de dados a que se refere a violação;
• II-  a suspensão do exercício da atividade do tratamento de dados pessoais a que se
refere a infração; e
• III- a proibição parcial ou total do exercício das atividades relacionadas a tratamento de
dados.

• No entanto, em razão da gravidade dessas sanções, as mesmas somente serão aplicadas


em caso de reincidência, configurada com aplicação de pelo menos uma das demais
sanções previstas na lei para o mesmo caso concreto.
• O novo texto também prevê uma fase de conciliação entre o controlador de dados e o
titular de dados pessoais antes da aplicação das penalidades administrativas, se as
partes não chegarem a um consenso.
Obrigado!

José Luiz Galvão


Daniela Barreto
Jinny Bitar

Você também pode gostar