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Folha de Pagamento,

Recursos Humanos e
Contabilização
23/03/2021

Prof. Filipe Martins da Silva


Adicional Noturno
ADICIONAL NOTURNO

O horário noturno urbano é aquele compreendido entre às 22h:00 de


um dia e às 05h:00 do dia seguinte, conforme art. 73 da CLT, em seu §
2°. Por ser considerado mais desgastante, dentro desse período de
tempo é devido o adicional noturno, que equivale a um acréscimo
mínimo de 20% sobre a hora diurna, podendo variar para maior,
conforme Convenções Coletivas de Trabalho ou Acordos Coletivos de
Trabalho.

Seu cálculo é totalmente diferenciado, visto que a hora relógio de 60


minutos, quando realizada à noite, é reduzida para 52 minutos e 30
segundos, conforme § 1° do art. 73, que diz: “A hora do trabalho
noturno será́ computada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30
(trinta) segundos”.

Sendo assim, antes de aplicar o adicional noturno, temos de efetuar as


devidas conversões nos horários realizados.
ADICIONAL NOTURNO
Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno
urbano terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração
terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)

§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois)


minutos e 30 (trinta) segundos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)

§ 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as


22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte.(Redação dada
pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946).

§ 3º - O acréscimo a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que


não mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito
tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante.
Em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades,
o aumento será calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo
devido quando exceder desse limite, já acrescido da percentagem. (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
ADICIONAL NOTURNO
§ 4º - Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e
noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus
parágrafos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)

§ 5º - Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste Capítulo.


(Incluído pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946).

O trabalho noturno rural terá remuneração superior à do diurno e, para esse


efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento), pelo
menos, sobre a hora diurna. A hora do trabalho noturno rural será computada
como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

Considera-se noturno rural, o trabalho executado entre as 21 (vinte e uma) horas


de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. Considera-se noturno na pecuária,
o trabalho executado entre as 20 (vinte) horas de um dia e as 4 (quatro) horas do
dia seguinte.
ADICIONAL NOTURNO
Nas atividades rurais, é considerado noturno o trabalho executado na lavoura
entre 21:00 horas de um dia às 5:00 horas do dia seguinte, e na pecuária,
entre 20:00 horas às 4:00 horas do dia seguinte.

No trabalho noturno também deve haver o intervalo para repouso ou


alimentação, sendo:

- jornada de trabalho de até 4 horas: sem intervalo;

- jornada de trabalho superior a 4 horas e não excedente a 6 horas: intervalo


de 15 minutos;

- jornada de trabalho excedente a 6 horas: intervalo de no mínimo 1 (uma)


hora e no máximo 2 (duas) horas.
Hora Extra Noturna
HORA EXTRA NOTURNA

Da mesma forma que as horas extras normais, a hora extra noturna


é paga
quando o empregado excede sua jornada de trabalho.

Porém, nesse caso, as horas excedentes sã o realizadas dentro do


período compreendido entre à s 22h:00 de um dia e à s 05h:00 do
dia seguinte.

Sendo assim, além do acréscimo de, no mínimo, 50%, a base de


cálculo a ser utilizada será́ a hora normal com o adicional noturno de
20%.
Adicional de Tempo
de Serviço
ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO

Anuênio – Remuneração para cada ano trabalhado;

Biênio – Remuneração para cada dois anos trabalhados;

Triênio – Remuneração para cada três anos


trabalhados;

Quadriênio – Remuneração para cada quatro anos


trabalhados;

Quinquênio – Remuneração para cada cinco anos


trabalhados.
Salário-Família
SALÁRIO-FAMÍLIA
O salá rio-família é um benefício pago aos empregados que possuem filhos
com até 14 (quatorze) anos de idade ou, ainda, inválidos de qualquer faixa
etária.

Para ganharem o direito ao benefício, deverão apresentar ao empregador a


certidão de nascimento dos filhos ou documentos equivalentes, para o caso
de enteados ou menores sob tutela do trabalhador.

Após ganharem o direito ao benefício, deverão ainda apresentar à empresa:

• Anualmente: Cartão da Criança (caderneta de vacinação) dos dependentes


até seis anos de idade (normalmente, no mês de novembro).
• Semestralmente: comprovante de frequência escolar para os filhos a partir
de seis anos (normalmente, nos meses de maio e novembro).
SALÁRIO-FAMÍLIA
Para os inválidos que não frequentem a escola, poderá́ ser apresentado, em
substituição, atestado médico que informe a invalidez do mesmo. Deixando
de entregar essa documentação, o benefício poderá́ ser cessado, até nova
apresentação de documentos atualizados.

Apesar de o salário-família ser pago pela empresa, o seu custeio é


integralmente da Previdência Social, uma vez que o empregador poderá́
abater o total do valor pago deste benefício da contribuição previdenciaria –
INSS – recolhido mensalmente.

O salá rio-família não é estendido aos contribuintes individuais (autônomos e


só cios com retirada de pró-labore), assim como também para trabalhadores
e empregados avulsos que já́ estejam recebendo qualquer outro tipo de
benefício da Previdência Social (tais como aposentadoria, auxílio-doença e
outros).
Férias
FÉRIAS
O direito às férias é previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que,
em seu Artigo 129, diz: “[...] todo empregado terá direito anualmente ao gozo de
um período de férias, sem prejuízo da remuneração”.

Em geral, quando completados doze meses de trabalho – período aquisitivo –, o


empregado possuirá direito a um descanso de férias de trinta dias, ou seja, para
cada mês trabalhado, receberá 1/12 avos de férias. Sobre o valor das férias, a
Constituição Federal de 1988 garante ainda mais 1/3 do total a receber.

Esse prazo para o descanso a título de férias será de até doze meses
subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito – período
aquisitivo –, pois, caso contrário, o empregador deverá pagar dobrado.

O pagamento das férias indenizadas – proporcionais – será também devido nos


casos de rescisão contratual sem justa causa, observando o mesmo cálculo de
1/12 avos por mês, caso no mês de contagem o funcionário tenha trabalhado mais
de quinze dias.
FÉRIAS
Alerta-se ainda que é o empregador que tem a prerrogativa de liberar o funcionário
para o gozo de férias na época que for mais conveniente aos negócios
da empresa, certamente que não deve vencer o segundo período aquisitivo – 24 meses
sem férias. Não obedecendo a data limite, arcará com o pagamento dobrado da
respectiva remuneração, conforme preceitua o Artigo 137 da CLT.

Nem todo trabalhador terá direito a trinta dias de férias. Será considerado para
determinar o gozo ou período de descanso a dedicação de trabalho semanal, sendo
integral ou parcial, conforme abaixo, e a inexistência de alguma disposição na
convenção coletiva de cada categoria:

• Jornada semanal superior a 25 horas, com até 44 horas, o gozo será de 30 dias;
• Jornada semanal superior a 22 horas, com até 25 horas, o gozo será de 18 dias;
• Jornada semanal superior a 20 horas, com até 22 horas, o gozo será de 16 dias;
• Jornada semanal superior a 15 horas, com até 20 horas, o gozo será de 14 dias;
• Jornada semanal superior a 10 horas, com até 15 horas, o gozo será de 12 dias;
• Jornada semanal superior a 5 horas, com até 10 horas, o gozo será de 10 dias;
• Jornada semanal igual ou inferior a 5 horas, o gozo será de 8 dias.
FÉRIAS
O empregado adquire o direito a férias após doze meses de contrato de trabalho
(período aquisitivo), devendo ser concedidas dentro dos 12 meses subsequentes à
aquisição do direito (período concessivo). A concessão de férias deve ser comunicada ao
empregado com 30 dias de antecedência.

Caso o empregado o empregado possua faltas injustificadas, suas férias serão na


seguinte proporção (art. 130 da CLT):

Até 5 faltas injustificada: 30 dias corridos;


De 6 a 14 faltas injustificadas: 24 dias corridos;
De 15 a 23 faltas injustificadas: 18 dias corridos;
De 24 a 32 faltas injustificadas: 12 dias corridos;
Mais de 32 faltas injustificadas – perde o direito (TRT 10ª R. – RO 0000060-
988.2013.5.10.0009 – 3ª T)

Não considera-se os atrasos e faltas no meio do expediente, bem como ausências


injustificadas que foram abonadas pela empresa e ausências justificadas. Deve-se
considerar a quantidade de faltas injustificadas ocorridas dentro do período aquisitivo,
não no ano.
FÉRIAS
O empregado somente terá direito a férias após cada período completo de 12
meses de vigência do contrato de trabalho.

Se o mesmo solicitar dispensa antes deste período, na rescisão receberá suas


férias proporcionais. Se a empresa conceder férias coletivas, o empregado
receberá suas férias proporcionais, desde que tenha trabalhado numa fração igual
ou superior a 15 dias do período aquisitivo.

Somente em situações especiais as férias poderão ser concedidas em dois


períodos, sendo que um dos períodos não pode ser inferior a 10 dias.,

Perde-se o direito de férias:


Permanecer em licença remunerada por mais de 30 dias;
Deixar de trabalhar por mais de 30 dias, recebendo de salário, em decorrência de
paralização total ou parcial dos serviços;
Pedir demissão e não for readmitido dentro de 60 dias subsequentes à sua saúde;
Receber auxílio doença por mais e 180 dias.
FÉRIAS
O valor devido ao empregado será a remuneração que lhe for devida na data de
sua concessão, acrescido sempre de mais 1/3.

O empregado tem o direito de converter um terço de suas férias em abono


pecuniário, isto é, receber em dinheiro. Neste caso, ele tirará apenas 20 dias de
férias, e receberá os outros 10 dias.

O abono deverá ser requerido pelo empregado por escrito, até 15 dias antes do
término do período aquisitivo.

Sempre que as férias forem concedidas após o prazo legal (período concessivo)
serão remuneradas em dobro, ou seja, o empregado terá remuneração referente a
60 dias de férias.
Décimo Terceiro
Salário
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO
O 13° salário, conhecido também como gratificação natalina ou de Natal, está previsto
em nossa Lei maior, a Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 7°, Inciso VIII, em
que foi estabelecido o direito aos trabalhadores em receber um 13° salário, que é
calculado com base na sua remuneração integral ou com base no valor da
aposentadoria.

O 13° salário foi criado pela Lei n.° 4.090/62, que posteriormente foi complementada
pela Lei n.° 4.749/65 e regulamentada pelo Decreto n.° 57.155/65.

O valor dessa gratificação é pago na proporcionalidade de 1/12 avos para cada mês ou
fração superior a 15 dias de registro em Carteira de Trabalho e Previdência Social
(CTPS). Por exemplo, um funcionário admitido em 16 de fevereiro de 2016 que tenha
trabalhado todo o restante do ano de 2016 faz jus a 10/12 avos, pois em janeiro não
era funcionário da empresa e em fevereiro teve menos de 15 dias
de registro.

O pagamento do 13° também é devido nos casos de rescisão contratual sem justa
causa, observando-se o mesmo cálculo de 1/12 avos por mês, caso no mês de
contagem o funcionário tenha trabalhado mais de 15 dias.
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO
Essa gratificação pode ser paga em duas parcelas, sendo a primeira entre 1 de
fevereiro até 30 de novembro de cada ano e representa 50% do total a receber.
Já a segunda parcela até 20 de dezembro de cada ano e representa os outros
50% do total a receber.

A primeira parcela é considerada um adiantamento de 13° salário. Nesse caso não


há incidência – desconto – de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) ou de
tributo ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Portanto, os encargos serão
descontados – retidos – por ocasião do pagamento da segunda parcela, a qual
incidirá toda a tributação devida com o desconto do adiantamento – novamente,
devendo ser paga até 20 de dezembro de cada ano.

O empregador tem a opção de pagar o adiantamento de 13° salário, ou sua


parcela integral, em meses diferenciados para cada empregado, desde que
observadas as datas limites estabelecidas para o pagamento de cada parcela.

No mês de janeiro de cada ano, poderá o trabalhador também solicitar, por


escrito, o adiantamento de seu 13° salário – recebimento da primeira parcela –
por ocasião de suas férias.
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO
É o pagamento referente a remuneração anual de 1/12 avos, devendo ser pago no
mês de dezembro. Ou seja, é o valor de um salário.

A fração superior a 15 dias de trabalho dará o direito a 1/12 avos do 13º salário.

Seu pagamento deverá ser efetuado da seguinte fora: 50% de adiantamento até o
dia 30 de novembro, enquanto ou outros 50% deverão ser pagos até o dia 20 de
dezembro.

Na segunda parcela do adiantamento que todos os seus descontos, levando em


conta a totalidade da gratificação.

Na antecipação será recolhido somente o FGTS. INSS e IRRF serão efetuados


somente na segunda parcela.
Outros Descontos
OUTROS DESCONTOS
Faltas e Atrasos
Faltas e atrasos sã o os períodos de tempo que o trabalhador não cumpriu na da jornada de trabalho. Ao
empregador é vedado efetuar descontos devido ao não comparecimento do empregado ao trabalho nos
seguintes casos previstos no art. 473 da CLT:

Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou
pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica;
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana;
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente
comprovada;
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva.
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra “c” do art.
65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar).
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em
estabelecimento de ensino superior.
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver
participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de
gravidez de sua esposa ou companheira;
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em
consulta médica.
OUTROS DESCONTOS

Existem ainda outras faltas que não poderão ser descontadas do empregado, conforme
prevê o art. 131 da CLT, como segue:

Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a
ausência do empregado:
I - nos casos referidos no art. 473;
Il - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou
aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela
Previdência Social;
III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional
do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133;
IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o
desconto do correspondente salário;
V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de
prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art.
133.
OUTROS DESCONTOS
Contribuição Assistencial
Geralmente é cobrada uma vez por ano, quando é definido o percentual de reajuste da categoria, na data-base.
O valor é determinado em assembleia pelo sindicato. Pode ser um valor fixo ou um porcentual do salário do
trabalhador. Esta contribuição está prevista no art. 513, alínea “e”, da CLT. Seu objetivo principal é custear
gastos gerais da Entidade Sindical. Pode ser estabelecida em Convenção Coletiva de Trabalho, Dissídio Coletivo
ou ainda Acordos Coletivos, que, da mesma forma que a contribuição confederativa, podem possuir valores
diferenciados, conforme opção de cada sindicato. É obrigatória para os trabalhadores sindicalizados, e
facultativa para os não sindicalizados. Assim, aqueles empregados que não quiserem ter esse valor descontado
devem enviar uma carta para o sindicato e para o departamento de pessoal ou de Recursos Humanos da
empresa, manifestando que não querem ter esse valor descontado.

Contribuição Sindical
O artigo 149 da Constituição Federal prevê a Contribuição Sindical, nos seguintes termos: "Art. 149 - Compete
exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o
disposto nos arts. 146, III e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às
contribuições a que alude o dispositivo. A Contribuição Sindical, até outubro/2017, era devida por todos aqueles
que participassem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em
favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão (artigo 583 da CLT). Ninguém é obrigado a
filiar-se a sindicato, mas todas pertencem a uma categoria, tanto que são obrigadas a contribuir anualmente,
em virtude disso fazem jus a todos os direitos dispostos na convenção coletiva, inclusive o dissídio. Algumas
pessoas utilizam-se da terminologia "imposto sindical" para referir-se a esta obrigatoriedade. A Contribuição
Sindical dos empregados será calculada em março, em parcela única, e corresponderá à remuneração de um dia
de trabalho, qualquer que seja a forma de pagamento. A partir de 11.11.2017, por força da Lei da Reforma
Trabalhista, somente poderá ocorrer o desconto sindical na folha de pagamento mediante autorização expressa
(escrita) do empregado.
OUTROS DESCONTOS

DSR sobre Faltas

Assim como nas horas extras, comissões, ou ainda no salário de empregados horistas, o DSR também
poderá́ ser aplicado no caso de faltas dos empregados, uma vez que o art. 6° da Lei n° 605/1949,
disciplinado no Decreto n° 27.048/1949, que trata exclusivamente do DSR, diz: “Não será́ devida a
remuneração quando, sem motivo ou justificativa, o empregado não tiver trabalhado durante toda a
semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho.”

Os motivos justificados de ausência são estabelecidos nessa lei da seguinte forma:


• os previstos no artigo 473 e seu parágrafo único da Consolidação das Leis do Trabalho; (Estudamos
na seção de faltas e atrasos)
• a ausência do empregado devidamente justificada, a critério da administração do estabelecimento;
• a paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do empregador, não tenha havido
trabalho;
• a ausência do empregado, até três dias consecutivos, em virtude do seu casamento;
• a falta ao serviço com fundamento na lei sobre acidente do trabalho;
• a doença do empregado, devidamente comprovada.

Sendo assim, as empresas poderão descontar os domingos e feriados, quando


o empregado, sem qualquer tipo de justificava, faltar ao trabalho, deixando de
cumprir sua jornada de trabalho.
cesuca.edu.br

R. Silvério Manoel da Silva, 160


Bairro Colinas
Cachoeirinha/RS
94940-243
(51) 3396.1000

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