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Recursos Humanos e
Contabilização
23/03/2021
Esse prazo para o descanso a título de férias será de até doze meses
subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito – período
aquisitivo –, pois, caso contrário, o empregador deverá pagar dobrado.
Nem todo trabalhador terá direito a trinta dias de férias. Será considerado para
determinar o gozo ou período de descanso a dedicação de trabalho semanal, sendo
integral ou parcial, conforme abaixo, e a inexistência de alguma disposição na
convenção coletiva de cada categoria:
• Jornada semanal superior a 25 horas, com até 44 horas, o gozo será de 30 dias;
• Jornada semanal superior a 22 horas, com até 25 horas, o gozo será de 18 dias;
• Jornada semanal superior a 20 horas, com até 22 horas, o gozo será de 16 dias;
• Jornada semanal superior a 15 horas, com até 20 horas, o gozo será de 14 dias;
• Jornada semanal superior a 10 horas, com até 15 horas, o gozo será de 12 dias;
• Jornada semanal superior a 5 horas, com até 10 horas, o gozo será de 10 dias;
• Jornada semanal igual ou inferior a 5 horas, o gozo será de 8 dias.
FÉRIAS
O empregado adquire o direito a férias após doze meses de contrato de trabalho
(período aquisitivo), devendo ser concedidas dentro dos 12 meses subsequentes à
aquisição do direito (período concessivo). A concessão de férias deve ser comunicada ao
empregado com 30 dias de antecedência.
O abono deverá ser requerido pelo empregado por escrito, até 15 dias antes do
término do período aquisitivo.
Sempre que as férias forem concedidas após o prazo legal (período concessivo)
serão remuneradas em dobro, ou seja, o empregado terá remuneração referente a
60 dias de férias.
Décimo Terceiro
Salário
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO
O 13° salário, conhecido também como gratificação natalina ou de Natal, está previsto
em nossa Lei maior, a Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 7°, Inciso VIII, em
que foi estabelecido o direito aos trabalhadores em receber um 13° salário, que é
calculado com base na sua remuneração integral ou com base no valor da
aposentadoria.
O 13° salário foi criado pela Lei n.° 4.090/62, que posteriormente foi complementada
pela Lei n.° 4.749/65 e regulamentada pelo Decreto n.° 57.155/65.
O valor dessa gratificação é pago na proporcionalidade de 1/12 avos para cada mês ou
fração superior a 15 dias de registro em Carteira de Trabalho e Previdência Social
(CTPS). Por exemplo, um funcionário admitido em 16 de fevereiro de 2016 que tenha
trabalhado todo o restante do ano de 2016 faz jus a 10/12 avos, pois em janeiro não
era funcionário da empresa e em fevereiro teve menos de 15 dias
de registro.
O pagamento do 13° também é devido nos casos de rescisão contratual sem justa
causa, observando-se o mesmo cálculo de 1/12 avos por mês, caso no mês de
contagem o funcionário tenha trabalhado mais de 15 dias.
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO
Essa gratificação pode ser paga em duas parcelas, sendo a primeira entre 1 de
fevereiro até 30 de novembro de cada ano e representa 50% do total a receber.
Já a segunda parcela até 20 de dezembro de cada ano e representa os outros
50% do total a receber.
A fração superior a 15 dias de trabalho dará o direito a 1/12 avos do 13º salário.
Seu pagamento deverá ser efetuado da seguinte fora: 50% de adiantamento até o
dia 30 de novembro, enquanto ou outros 50% deverão ser pagos até o dia 20 de
dezembro.
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou
pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica;
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana;
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente
comprovada;
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva.
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra “c” do art.
65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar).
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em
estabelecimento de ensino superior.
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver
participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de
gravidez de sua esposa ou companheira;
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em
consulta médica.
OUTROS DESCONTOS
Existem ainda outras faltas que não poderão ser descontadas do empregado, conforme
prevê o art. 131 da CLT, como segue:
Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a
ausência do empregado:
I - nos casos referidos no art. 473;
Il - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou
aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela
Previdência Social;
III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional
do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133;
IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o
desconto do correspondente salário;
V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de
prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art.
133.
OUTROS DESCONTOS
Contribuição Assistencial
Geralmente é cobrada uma vez por ano, quando é definido o percentual de reajuste da categoria, na data-base.
O valor é determinado em assembleia pelo sindicato. Pode ser um valor fixo ou um porcentual do salário do
trabalhador. Esta contribuição está prevista no art. 513, alínea “e”, da CLT. Seu objetivo principal é custear
gastos gerais da Entidade Sindical. Pode ser estabelecida em Convenção Coletiva de Trabalho, Dissídio Coletivo
ou ainda Acordos Coletivos, que, da mesma forma que a contribuição confederativa, podem possuir valores
diferenciados, conforme opção de cada sindicato. É obrigatória para os trabalhadores sindicalizados, e
facultativa para os não sindicalizados. Assim, aqueles empregados que não quiserem ter esse valor descontado
devem enviar uma carta para o sindicato e para o departamento de pessoal ou de Recursos Humanos da
empresa, manifestando que não querem ter esse valor descontado.
Contribuição Sindical
O artigo 149 da Constituição Federal prevê a Contribuição Sindical, nos seguintes termos: "Art. 149 - Compete
exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o
disposto nos arts. 146, III e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às
contribuições a que alude o dispositivo. A Contribuição Sindical, até outubro/2017, era devida por todos aqueles
que participassem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em
favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão (artigo 583 da CLT). Ninguém é obrigado a
filiar-se a sindicato, mas todas pertencem a uma categoria, tanto que são obrigadas a contribuir anualmente,
em virtude disso fazem jus a todos os direitos dispostos na convenção coletiva, inclusive o dissídio. Algumas
pessoas utilizam-se da terminologia "imposto sindical" para referir-se a esta obrigatoriedade. A Contribuição
Sindical dos empregados será calculada em março, em parcela única, e corresponderá à remuneração de um dia
de trabalho, qualquer que seja a forma de pagamento. A partir de 11.11.2017, por força da Lei da Reforma
Trabalhista, somente poderá ocorrer o desconto sindical na folha de pagamento mediante autorização expressa
(escrita) do empregado.
OUTROS DESCONTOS
Assim como nas horas extras, comissões, ou ainda no salário de empregados horistas, o DSR também
poderá́ ser aplicado no caso de faltas dos empregados, uma vez que o art. 6° da Lei n° 605/1949,
disciplinado no Decreto n° 27.048/1949, que trata exclusivamente do DSR, diz: “Não será́ devida a
remuneração quando, sem motivo ou justificativa, o empregado não tiver trabalhado durante toda a
semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho.”