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VEICULAR
1.1 FEAs utilizadas para segurança da cena
• Extintor de incêndio
• É primordial que um dos membros da equipe de salvamento, esteja sempre guarnecido deste
equipamento para execução da vistoria 360º.
• É mais indicado o uso de extintores de PQS que sirvam para as classes A, B e C.
• Cone de sinalização
• Cone de material plástico como borracha e PVC, devendo conter sempre faixas reflexivas para a
sinalização noturna.
• É usado para sinalização de vias e isolamento de áreas, e deve ser empregado conforme a
especificidade de cada cenário, visando sempre à segurança de todos os envolvidos.
• Vassouras e pás
• Vidro estilhaçado e outros detritos, tanto no chão como no interior do veículo.
• A ameaça não está somente na possibilidade de um ferimento cortante, mas também no real
perigo de queda. O simples ato de varrer esses resíduos, seja para recolhimento com pá, ou para
local ermo, elimina tal risco do cenário.
• Importante ressaltar para o uso de máscara (PFF2) durante a varredura do resíduo.
• Mantas absorventes
• Tecido micro fibroso de polipropileno, específicas para absorção de produtos derivados de petróleo.
• São hidro-repelentes e reutilizáveis após prensagem.
• Utilizadas para eliminar riscos inerentes ao vazamento de fluidos dos veículos e de cargas, como
incêndio, queda e dano ambiental.
• Proteções
• a. Escudos rígidos ou maleáveis, normalmente em PVC ou acrílico, transparente.
• Anteparo entre a ferramenta em uso e a vítima ou outro socorrista que esteja próximo,
• podendo ser utilizado também para proteção da quebra de vidros e Pode ser substituído, por exemplo,
por uma prancha rígida.
• b. Proteções de Lona, Tecido grosso ou material plástico,
• são utilizadas para proteção de quinas vivas e arestas, como colunas cortadas e vidros quebrados.
• c. Proteção Maleável Lona de plástico preferencialmente transparente,
• usada para cobrir totalmente a vítima, no intuito de protegê-la de estilhaços que se originam de uma
quebra de vidro de forma controlada ou do uso de serra sabre por exemplo.
• Plataforma de Resgate
• Operações de salvamento visando principalmente veículos pesados, pois a altura normal da
cabine dos caminhões e das carretas dificulta muito o trabalho das equipes, pondo em risco
a segurança dos técnicos.
• Possui um guarda corpo em um dos lados e o piso é antiderrapante.
• Em média suportam acima de 400 kg, atingem alturas não menores que 80 cm, podendo chegar a
mais de 1,60 m. São produzidas em alumínio, pesando em torno de 45 Kg.
• Protetor de Airbag
• Proteção à vítima e ao socorrista em caso de acionamento acidental do Airbag.
• Possui dispositivo que o prende ao volante do veículo, e age anulando a expansão do balão do
Airbag.
• 1.1 FEAs utilizadas para segurança da cena
• Extintor de incêndio
• Cone de sinalização
• Vassouras e pás
• Mantas absorventes
• Proteções
• Escudos rígidos ou maleáveis
• b. Proteções de Lona
• c. Proteção Maleável
• Plataforma de Resgate
• Protetor de Airbag
1.2 FEAs utilizadas para estabilização
• Calços e cunhas
• São materiais bem simples, utilizados para equalização de carga, propiciando estabilidade ao veículo, fornecendo
maior segurança à vítima, para o acesso do militar socorrista e para o uso seguro de ferramentas na criação de
espaço.
• Calços são blocos de estabilização maciços, produzidos geralmente em madeira ou material plástico (normalmente
polietileno), encontrados em formatos e tamanhos bem variados, para atender a demanda do trabalho e adequação do
espaço existente.
• As cunhas Formato único e vários tamanhos. Este formato permite a utilização em frestas, entre veículos, pneus,
etc.
• Estabilizador de Tração
• São equipamentos produzidos em aço ou alumínio, formados por dois tubos quadrados, correndo um por dentro do
outro, proporcionando um sistema de abertura telescópica, com travas que permitem utilização em alturas variadas.
Possuem uma base móvel quadrada para adaptação ao solo e cabeça serrilhada para facilitar a fixação ao
veículo.
• Possuem uma fita de carga com catraca e gancho, que fixado ao veículo forma um triangulo que equaliza as
forças e o estabiliza.
• Cinta com Catraca
• Ou fita catraca, é uma cinta para amarração de carga,
• catraca móvel com rabicho e gancho na ponta, e cinta de carga, que para os parâmetros adotados pelo CBMERJ,
possui largura não inferior a 50 mm e comprimento superior a 9 metros, suportando cargas acima de 3.000 kg.
• versatilidade e capacidade de carga,
• estabilização veículos encontram-se sobre outros, sobre muretas e anteparos, como forma de uni-los para evitar
escorregamento e quedas.
• prender a suspensão de carros e caminhões, evitando que a força das molas e amortecedores atrapalhe o ganho
de espaço nas operações de separação e de elevação de carga.
• Tirfor
• Trabalha baseado no movimento do cabo de aço, é tracionado continuamente em linha por conjuntos de mordentes
que se regulam automaticamente.
• Dentro do corpo do tirfor, os conjuntos de mordentes deslocam-se de maneira alternada, segurando o cabo
firmemente. Dois braços de alavanca, um de avanço e a outro de reverso, acionam o sistema transferindo a força
exercida pelo operador e comandando o travamento dos mordentes.
• Por segurança, o tracionamento do cabo exercido pelo próprio peso da carga, leva ao travamento do conjunto de
mordentes.
• Almofadas Pneumáticas
• Equipamentos para elevação de cargas, e podem ser utilizadas em acidentes veiculares,
aeronáuticos, ferroviários e com larga aplicação em estruturas colapsadas.
• Normalmente são constituídas por uma mistura de múltiplas camadas de borrachas naturais e
sintéticas, Aramida, podendo vir a ter fios de aço internamente.
• São resistentes a abrasão, intempéries e a muitos produtos químicos.
• Existem três tipos de almofadas: As de baixa e média serão para cargas mais leves, e as de alta
para cargas mais pesadas.
• Podem ser empilhadas para atingir alturas maiores, obedecendo aos limites descritos por cada
fabricante.
• Podem ser abastecidas pelo cilindro de ar comprimido como os utilizados no EPRA, ou de
outra fonte capaz de atender a pressão necessária, como compressores.
• Formado pelo reservatório de ar, por um redutor de pressão, por um módulo de comando,
por mangueiras com engates rápidos e as almofadas.
• 1.2 FEAs utilizadas para estabilização
• Calços e cunhas
• Estabilizador de Tração
• Cinta com Catraca
• Tirfor
• Almofadas Pneumáticas
1.3 FEAs utilizadas para
a abertura de acesso
• Quebra Vidros
• Também conhecido como WINDOW PUNCH TOOL, ferramenta
com ponta metálica, utilizada para quebra segura dos vidros de
veículos.
• Halligan
• Muito utilizada em arrombamentos, possui em uma extremidade
uma ponteira para perfurações e uma cunha que facilita a
criação de espaço em pequenas aberturas e frestas, e na outra
uma garra tipo garfo, como a de um pé de cabra.
• Serra Sabre
• Uso de baterias, Permite cortes extensos, limpos e até em curva, podendo ser usada não só em
metais, como em vidros laminados, madeira, policarbonato e fibras (usando lâminas específicas
para cada material).
• São largamente empregadas em cortes de tetos, para-brisas, colunas (sem reforço), e com
utilização de lâminas maiores, na técnica da terceira porta.
• Machadinha e variações
• Utilizado para arrombamento, pode servir para corte de vidros laminados na falta de
ferramenta específica.
• Para uso nas operações de salvamento, tem-se acrescentado alguns implementos ao corpo da
machadinha, como cortadores de chapas e cunhas tipo garra ou garfo, tornando-a uma
ferramenta multiuso, recebendo inclusive outros nomes.
• Pé de cabra
• É uma alavanca para arrombamento muito comum, que tem como característica em uma das
pontas possuir uma cunha em forma de um pé de cabra, utilizado comumente para retirar pregos.
• Glas Master
• Uso manual, para o manejo com vidros. Uma ponta para fazer furos nos vidros laminados, que
vão possibilitar o uso de sua lâmina serrilhada, localizada na outra ponta da ferramenta, para o
corte dos vidros. Possui ainda embutido um quebra-vidros (ou Window punch) para quebra de
vidros temperados.
• Cortador a disco
• Moto rebolo e moto cortador, Pode ser operado tanto com discos abrasivos para metais, como
discos para corte de pedra e concreto. Tem motorização dois tempos
• Cortador de Cinto
• São cortadores próprios para o corte de cintos de segurança, que normalmente possuem uma
lâmina bem afiada protegida dentro de uma fresta onde só passa o cinto, uma fita ou um tecido,
muito Comumente encontrado compondo uma única ferramenta conjugada ao quebra vidros.
1.3 FEAs utilizadas para a abertura de
acesso
• Quebra Vidros
• Halligan
• Serra Sabre
• Machadinha e variações
• Pé de cabra
• Glas Master
• Cortador a disco
• Moto rebolo e moto cortador, dois tempos
• Cortador de Cinto
•
1.4 FEAs utilizadas para estabilização da vítima
• MONOBLOCO
CHASSI
• Avaliação 360˚
• Objetivo de busca visual das ameaças e riscos em todas as direções.
• Técnica dos “dois círculos”,sentidos opostos, pela qual o Comandante de Operações, o militar
encarregado logístico e o socorrista líder
• Os demais a circundam em sentido oposto, seguindo um círculo externo ao primeiro, no intuito de
identificar todos os riscos que necessitem mitigação imediata ou urgente, antes do acesso
direto ao veículo.
• O socorrista líder, em particular, deve terminar a avaliação 360˚ diante da vítima mais acessível -
orientações
• Sem tocar ou atuar diretamente sobre a estrutura veicular, o militar buscará as principais ameaças
(riscos):
• - Trânsito de veículos;
• - Vazamento de combustíveis e/ou fluidos (lembre-se que também são produtos perigosos, em
geral classe 2 ou 3);
• - Risco elétrico (rede elétrica/baterias);
• - Instabilidade dos veículos e/ou outros elementos presentes (árvores, postes, etc.);
• - Produtos perigosos (ver adiante);
• - Incêndio;
• - Sistemas de segurança/elementos do veículo (airbags, vidros, elementos cortantes);
• - Presença de outros riscos (deslizamentos, enchentes, animais, violência urbana).
• O socorrista líder deve, através da R.A.M. (avaliação remota rápida), identificar o mecanismo de
trauma, número/posição/orientação dos ocupantes, avaliar a responsividade (AVDI) e o “ABC” sumário,
logo, se responde, se respira e se há evidência de hemorragia - mnemônico “TORA”. Vide POP
CBMERJ/EMG/APH 05, 2018: Extricação veicular.
• Tais informações devem ser transmitidas em alta voz, assim como a estimativa do tipo de
encarceramento e posteriormente, confirmadas pelo acesso do primeiro socorrista.
• É fundamental acalmar a vítima e evitar que mova a coluna.
• Em caso de múltiplas vítimas, pode ser necessária a triagem reversa, (retirar primeiro as vítimas em
melhor condição clínica), já que usualmente, há uma só guarnição de salvamento veicular,
principalmente no que tange aos membros combatentes (ABS). Vide POP CBMERJ/EMG/APH 05, 2018.
• Importante: nesta fase os resgatistas não devem tocar ou exercer peso sobre a estrutura do veículo
antes que seja finalizada a estabilização primária, a qual será sinalizada pelo líder.
• Caso detectado qualquer elemento estranho à cena quer seja líquido, vapor ou particulado,
suspeitar do vazamento de produtos perigosos, quando deve manter-se entre a origem do vento e
a fonte do vazamento, em local mais alto do que a fonte.
• Procede-se ao isolamento e evacuação do perímetro interno empírico de 100m (³800m em caso de
incêndio) e solicita-se apoio ao GOPP. Se o número de identificação do produto estiver visível a
essa distância, transmita-o ao GOPP. Também é útil, sobretudo se o apoio for difícil, consultar
recomendações para mitigação e proteção em guia de emergências confiáveis.
RESUMO DAS TAREFAS (“A5”)
•
• 1) Avaliar todas as ameaças e riscos;
• 2) Alta voz para denuncia-los à equipe;
• 3) Assegurar a cena: isolar, evacuar e mitigar;
• 4) Analisar a R.A.M. e estimativa de encarceramento;
• 5) Apoio externo solicitado.
• Segurança na cena
• Qualquer ação mitigatória o de desencarceramento, precisa ser comunicada ao comandante
em voz alta, para que todos ouçam e se preparem. O comandante deve emitir de forma clara e
alta sua aprovação ou desaprovação. Este método de comunicação é denominado “alça
fechada” e constitui-se a fundação da segurança da operação.
• A comunicação alta também permite que medidas de proteção à vítima sejam tomadas
previamente a qualquer intervenção na estrutura veicular, como o uso da proteção rígida.
Caso qualquer membro da equipe identifique risco na atuação dos técnicos, deve verbalizar “real,
real, real!”, e todas as ações precisam ser interrompidas. O comandante então executa o controle
da condição de segurança para a equipe e para a vítima, e orienta a forma mais adequada de
continuidade.
• Antes de qualquer ação que envolva o salvamento veicular, a vítima deve ser orientada pelo
socorrista quanto ao que será executado. Este profissional tem a responsabilidade de
protegê-la da operação de ferramentas, de quinas produzidas e da quebra controlada de
vidros.
• Muito importante que estas intervenções de resgate técnico obedeçam à comunicação em alça
fechada, de modo a evitar que o socorrista seja pego desprevenido e isto ponha a vítima em risco
de lesão iatrogênica. Lembrando, caso o militar socorrista que esteja no interior do veículo constate
qualquer operação insegura de equipamentos, deve gritar “real, real, real!”, para que tal operação
seja interrompida e corrigida.
4.4 Zonas de trabalho
• A organização da cena em zonas de trabalho deve ocorrer em todo salvamento veicular, das
operações mais simples às mais complexas. As prioridades são:
• - Isolamento do perímetro interno (2 a 5m);
• - Estabelecimento das zonas quente (2 a 5m) e morna;
• - Palco de ferramentas;
• - Área para destroços.
• Equipamentos ociosos devem ser retornados ao palco de ferramentas, para não pôr obstáculo à
circulação dos resgatistas ou causar tropeço e lesões.
• O comandante deve procurar movimentar-se ao longo da linha imaginária do perímetro interno,
como assinalado no item 5.1, para ter visão panorâmica dos veículos e das ações dos demais
membros, monitorando a eficácia e a segurança das mesmas.
• Figura 75. Zonas de trabalho. O perímetro interno (P.I.) delimita a zona quente. O perímetro
externo (P.E.) exclui a zona fria. A área de tratamento das vítimas deve ficar no perímetro
externo e as viaturas de socorro na zona fria. Ferramentas (FEAs) que não estejam
empregadas devem ser retornadas ao palco, não permanecer na área de circulação da zona
morna. Tanto a delimitação das zonas de trabalho, quanto à gestão de segurança da cena
são responsabilidade do comandante
• Fonte: Modificado de ENB – Sintra - 2005
4.5 Ameaças específicas e sua mitigação
• A equipe de Salvamento Veicular é multiprofissional, possuindo militares da área de saúde e de combatentes. A equipe baseia-se em uma sistematização pautada em funções e
não em pessoas. Dessa forma pode-se modular a quantidade de militares disponíveis, de forma que se acumule uma ou duas funções.
• - Comandante de Operações;
• - Técnico 01;
• - Técnico 02;
• - Encarregado logístico;
• - Socorrista;
• - Auxiliar do socorrista.
• Comandante de Operações
• O Comandante de Operações é o oficial ou praça escalado, em
determinada unidade de bombeiro militar que atua no momento da ocorrência.
À ele cabem diversas ações, como se seguem:
• - Realizar a vistoria externa e interna 360º de forma completa, identificando os
riscos;
• - Indicar quais são as prioridades iniciais que devem ser objetos de ações;
• - Identificar em até 02 (dois) minutos o tipo de aprisionamento (nível de
encarceramento) da vítima;
• - Convocar a reunião tripartite e definir ao final o plano de execução (A e B),
levando em consideração as lesões da vítima;
• - Propiciar a progressão do plano adotado, coordenando as ações de forma
lógica e rápida;
• - Posicionar-se de forma correta e buscar um eficiente controle das ações em
andamento;
• - Determinar à equipe técnica a montagem da área de ferramentas, da área de descarte e da área de
vítimas;
• - Exercer a liderança no local, para que a equipe busque seguir suas ordens;
• - Evitar o comando autoritário, manter uma comunicação clara e eficiente com a equipe com a
presença de feedbacks.
• - Gerenciar os militares pertencentes à equipe, promovendo a rotação dos mesmos conforme a carga
de trabalho;
• - Evitar o excesso de instrução aos militares da equipe de forma desnecessária, o que ocasiona a
perda da visão geral da operação;
• - Buscar motivar a equipe de militares de forma constante de forma que o ritmo de trabalho seja
eficiente;
• - Procurar a interação com a equipe de socorristas (médico, enfermeiro ou técnico de enfermagem) na
busca pelo estado de saúde atualizado da vítima;
• - Promover o uso adequado do EPI destinado à equipe, corrigindo eventuais faltas ou erros na
utilização dos mesmos;
• - Deve manter a área de trabalho de forma organizada e segura durante toda a operação;
• - Atua como um agente de segurança durante as operações, prevenindo eventuais acidentes que
possam ocorrer.
• Técnicos (incluindo o encarregado logístico)
• - Devem sinalizar, junto com o Comandante de Operações, os riscos visualizados, de forma que
possam identificar, controlar e neutralizar o riscos, em um tempo máximo de 02 (dois) minutos;
• - Montar a área de ferramentas, a área de descarte e a área de vítimas, conforme determinação do
Comandante de Operações;
• - Realizar a estabilização inicial (primária) de forma completa e adequada;
• - Propiciar um acesso inicial para o socorrista, seguro, efetivo e sem falhas;
• - Realizar a estabilização final (secundária);
• - Manter a área de trabalho organizada e segura durante toda a operação;
• - Realizar uma boa preparação do veículo (proteção de quinas, manejo de vidros);
• - Executar as ações técnicas utilizando o correto manuseio das ferramentas;
• - Buscar comunicação e o trabalho em equipe, com técnicas sendo executadas de
forma simultânea;
• - Utilização adequada do EPI destinado ao Salvamento Veicular;
• - Promover a proteção de vítimas e dos socorristas no interior do veículo, durante
a execução de técnicas de salvamento veicular;
• - Antes de cada ação técnica, alertar a equipe através de avisos e fornecer
feedback à todos ao fim de cada manobra realizada;
• - Apoiar os socorristas no manejo da vítima, na etapa de extração da mesma;
• - Buscar a criação de espaços internos e externos;
• Socorrista / auxiliar do socorrista
• - Realizar, dentro das limitações conforme competência profissional (médico, enfermeiro, técnico de
enfermagem, socorrista, combatente) o atendimento pré-hospitalar referente à eventos de
salvamento veicular;
• - Deve abordar a vítima antes do primeiro minuto, em casos de vítimas inconscientes, utilizando-
se do apoio dos técnicos em estabilização manual de emergência;
• - Nos primeiros 2 minutos, o socorrista deve acessar o veículo, remover as chaves do veículo,
colocar um freio de emergência, fazer contato físico com a vítima, verificar se há aprisionamento e
visualização de lesões graves.
• - Responsável pela oferta de oxigênio, de preferencialmente nos primeiros 2 (dois) minutos;
• - Informar o real nível de encarceramento da vítima ao Comandante;
• - Controlar os sinais vitais, informando o status e evolução do paciente junto ao Comandante de
Operações;
• - Considerar, de acordo com a condição da vítima, a melhor via de
extração e informar ao Comandante de Operações entre os primeiros
3 (três) minutos;
• - Revisar a estrutura dos bancos, airbags, possibilidade de apoio
reclinável;
• - Gerar o espaço mínimo necessário para acessar a vítima e fornecer
cuidados de saúde e apoio psicológico o mais rápido possível;
• - Ao receber a função de comando temporária, deverá coordenar as
ações de retirada da vítima do veículo, com a colaboração de todos
os membros da equipe, buscando movimentações em bloco e o
mínimo de rotação da coluna cervical possível;
7.2 Fases da operação
• Avaliação do cenário e seus riscos
• Etapa onde é realizado um giro de 360º externamente e internamente ao veículo objetivando a identificação de
riscos como: vazamento de fluidos, objetos deslizantes ao solo, riscos elétricos (poste elétrico), objetos debaixo
do veículo, objetos aderidos estranhos ao veículo (defensa, árvore), identificação do combustível (Flex, GNV,
híbrido, elétrico), inspeção do interior do porta-malas, desligamento da bateria do veículo, chaves na ignição e
airbags deflagrados em um tempo máximo de 01 (um) minuto.
• Os riscos devem ser identificados pelos membros da equipe técnica e pelo comandante, devendo ser sinalizados
verbalmente para todo o conhecimento da equipe.
• A equipe de socorristas deverá estabelecer então contato visual e verbal, iniciando a avaliação remota rápida
(RAM) do AVDI-“ABC”, ao fim da qual estima o tipo de encarceramento e o informa ao comandante. Pode
também adiantar a coleta dos dados da “SAMPLA” (sintomas, alergias, medicações, passado médico, último
horário de ingestão de líquidos e alimentos). É fundamental acalmar a vítima e evitar que mova a coluna em
outra direção que não a do socorrista.
• Estabilização inicial dos veículos
• A equipe deverá, conforme o estado de saúde da vítima, efetuar a estabilização inicial (primária ou de
emergência). Essa estabilização deve fornecer o mínimo de segurança para que o socorrista entre no veículo e
que propicie segurança à equipe de salvamento;
• Criação de acesso inicial e entrada do socorrista
• A premissa principal da equipe de salvamento é propiciar o quanto antes a entrada do
socorrista no interior do veículo, a fim de realizar uma avaliação eficiente do estado de saúde da
vítima. Esse acesso pode ser feito de diversas maneiras como: manejo de vidros, abertura de
portas em geral. Ele deve ser realizado de forma rápida e que forneça o espaço necessário para
que o socorrista entre no veículo.
• Em algumas situações pode ser que seja necessária a criação de espaço externo ou interno para
entrada do socorrista, sendo que ele mesmo pode executar pequenas tarefas no interior do veículo,
se necessário. O socorrista deve, durante a sua avaliação, confirmar o nível de
encarceramento da vítima (tipo físico 1, tipo físico 2, tipo mecânico) e transmitir a
informação ao Comandante.
• Estabilização final
• A estabilização secundária deve ser preferencialmente, realizada após a entrada do socorrista no
veículo, onde os esforços dos técnicos agora serão concentrados no aperfeiçoamento da
segurança, melhorando a estabilização inicial.
• Reunião tripartite (planos)
• Com o feedback do socorrista sobre o estado de saúde da vítima, com o nível de encarceramento já
confirmado e com o pronto da estabilização secundária, o Comandante de Operações já tem
condições de realizar uma reunião com todos os membros da equipe, a fim de definir qual será a
estratégia de criação de espaços internos e externos. Essa reunião deve, preferencialmente, ser
realizada próximo do socorrista que se encontra no interior do veículo e com a presença de
todos os membros possíveis, para que a informação seja passada uma única vez e que todos
estejam cientes da estratégia aplicada.
• O Comandante deve sugerir uma estratégia e os membros devem opinar quanto a
concordância ou não, sugerindo alterações e melhorias na mesma. Esse encontro deve ser rápido
e o Comandante deve se certificar que todos entenderam os planos de ação. O plano “A” é o plano
onde se busca o máximo de espaço interno e externo, onde a vítima possa sair o mais próximo do
“ângulo zero”, indicado nas situações em que a vítima encontra-se estável e não crítica. O Plano
“B” é indicado nas situações em que a vítima encontra-se em situação instável, necessitando de uma
retirada em um tempo menor, dessa forma não necessariamente sendo retirada próximo do “ângulo
zero”, obtendo um espaço mínimo e necessário para que a vítima saia num tempo curto.
• De certo que, em algumas situações, pode ser necessário que os planos sejam alterados, conforme
dificuldades observadas na execução dos planos originalmente planejados. Dessa forma, o
Comandante realizará uma nova reunião tripartite, para informar os novos planos.
• Quando na existência de duas ou mais vítimas, o Comandante, preferencialmente, realizará
reuniões tripartites para cada vítima existente, aplicando os planos de forma individualizada
para cada vítima. Dessa forma, ele deverá identificar o estado de saúde de todas as vítimas
inicialmente, através das informações dos socorristas, e definir a prioridade conforme gravidade
das mesmas.
• Criação de espaços (plano B depois A)
• Nesse momento os técnicos realizarão o plano propriamente dito, utilizando as ferramentas típicas
de criação de espaços (serra-sabre, cortadores, alargadores, puncionadores de vidro, extensores,
halligan, dentre outros) e para proteção da vítima e dos bombeiros no interior do veículo (proteção
rígida e proteção maleável), informando todas as ações a serem tomadas previamente para toda a
equipe de modo que não ocorram ações descoordenadas e surpresas indesejadas para todos no
interior do veículo.
• Mesmo que a vítima esteja estável, o plano “B” deve ser realizado antes do plano “A”. Essa forma é
adotada de modo a garantir, em caso de piora no estado de saúde da vítima, a retirada rápida da
mesma.
• Nas situações em que a vítima esteja instável, deve-se executar, preferencialmente, o plano
“B” somente, conforme gravidade existente.
• Passagem do comando para Socorrista
• Ao final de toda a criação dos espaços necessários para a retirada da vítima, conforme
o plano adotado, o Comandante de Operações deverá passar formalmente o
comando, de forma temporária, para o socorrista líder. Essa transmissão temporária
tem o intuito de fornecer a vítima uma melhor retirada do interior do veículo, pois o
socorrista é o membro da equipe que possui a melhor visão para tal. O socorrista
devolve o comando ao Comandante de Operações ao final da retirada das vítimas.
• Retirada da vítima
• Com a assunção do comando, o socorrista deverá guiar os movimentos em bloco
necessários para a retirada da vítima. Não apenas o auxiliar do socorrista, mas todos
os membros, inclusive o Comandante de Operações (se necessário) deverão ajudar
na retirada da mesma, até a área de vítimas, previamente designada no
estabelecimento do socorro.