Professor Adriano Francisco Geraldo

seminário de fotografia

Evgen Bavcar
Isabella Cristine Costa
Milena Negre Rocha
Ana Clara De Almeida Nogueira
Juliana Santos Olegario
Shelry Alves Lima 1ºE
 Biografia do fotógrafo:
Evgen Bavcar nasceu em 1946 na Eslovênia. Ficou cego aos
11 anos de idade devido a dois acidentes: um olho ao ser
perfurado por um galho de árvore e o outro durante a
explosão de um detonador de minas com a qual ele brincava,
8 meses após os acidentes perdeu a visão completamente.

Poliglota, fala francês, espanhol, italiano, alemão, esloveno

e servo croata.
É doutor em história filosofia e estética pela universidade de
Sorbonne na França.

Bavcar viaja o mundo mostrando as pessoas que a imagem

não precisa ser explicitamente visual. Seu primeiro contato
com a câmera fotográfica deu-se quatro anos após a perda da visão, quando, na adolescência, quis retratar a
jovem por quem havia se apaixonado. Sua irmã havia comprado uma câmera na época e o ensinou a mexer,
mostrando as mais importantes funções.
 Bavcar, além de fotografo é também um filósofo. Toda
foto tirada é previamente organizada com perfeição em
sua cabeça antes de ser “clicada”.
Para retratos,costuma nivelar a máquina pela altura de
sua boca; para fotografar todas as pessoas com quem
conversa.

O foco automático da máquina ajuda, é claro, mas para ele é

só uma facilidade, pois também costuma fotografar
ajustando manualmente o foco, medindo a distância entre ele
e a pessoa com as mãos, e o resto, diz ele, é feito pelo
“desejo interior” pela imagem. Através do vento ele pode
sentir o cheiro das coisas, ouvir ruídos emitidos, o vento
indica onde as coisas estão, isso é o que faz com que Bavcar
possa “ver”.

O irônico é que ele jamais a verá, apesar de poder ouví-la descrita, será que
na mente de Bavcar as fotos dele são tão impressionantes quanto para nós?
Fotografias do artista
tema escolhido:o cego e a luz
 Verónica e o pato - fotografia de Evgen Bavcar

A mão sobre a pedra, Pompéia - fotografia de Evgen Bavcar

 Um Close Up - fotografia de Evgen Bavcar, 1997

Jogo da cabra-cega - fotografia de Evgen Bavcar, 1997

 Hanna Schygulla - fotografia de Evgen
Bavcar

Imagem da infância - fotografia de Evgen Bavcar, 1997

 Sobre o tema ‘‘o cego e a
luz’’
Como os demais,o fotografo Evgen Bavcar busca captar instantes do “visível” que
nunca mais voltarão a se repetir realmente. Mas como faz, a peculiaridade de seu trabalho
difere-se dos outros profissionalmente. Acima de tudo, o artista é o intermediário, e que
Michelangelo nunca viu a Moisés, é claro.Acima de tudo, o artista é o intermediário, “Eu
prefiro a noite porque os parâmetros noturnos são seguros para mim. Posso controlar
melhor a luz” — usando uma lanterna ou outras fontes de iluminação para a cena, após
escolhidas, Bavcar conforma as cenas, idealizando para si a imagem, reforçando uma
atmosfera de sonho (ou pesadelo) em suas obras. De maneira explícita, há uma afeiçoada
relação entre a ausência de luz, a cegueira e a visão seu trabalho é reunir o "visível ao
invisível“ e refletir sobre a essa relação, entre os “cegos”
 
 Sobre o tema ‘‘o cego e a
luz’’ e assim podem surgir algumas
e a fotografia pode parecer contraditória,
dúvidas. O que nós buscamos ao olhar para as imagens de um fotógrafo cego?
O que mesmo enxergando, não vemos?
Vocês são cegos, porque atualmente, vivemos em um mundo que perdeu a
visão. A televisão nos propõe imagens, imagens prontas, e não sabemos mais
vê-las, não vemos mais nada porque perdemos o olhar interior, perdemos o
distanciamento. Em outras palavras, vivemos em uma espécie de cegueira
generalizada.” A perda da sensibilidade. Com seu trabalho, é esse ideal que
ele tenta reviver, nos provocar, nos trazer um novo olhar para a realidade. 
Relações presentes nas fotografias

A fotografia intitulada "Jogo da cabra cega" está

presente no tema “o cego e a luz", e representa a
relação da imaginação que tem uma criança que é
deficiente visual, e apresenta vários e diferentes
elementos fotográficos como a regra dos terços,luz
dura, ângulo normal e o plano americano.
Relações presentes nas fotografias
A fotografia intitulada "Um close up", está
presente no tema “o cego e a luz" e está representada
em relação ao toque, para as pessoas que são deficientes
visuais, e como o tato é importante para elas, já que as
ajudam a tentar reconhecer o que estão tocando. Esta
imagem também apresenta diferentes elementos
fotográficos como a regra dos terços, luz dura,
primeiríssimo plano e ângulo normal.
 Consideracões finais
Neste trabalho, pudemos conhecer e nos
aprofundar na história de Evgen Bavcar, um
homem cego que além de fotógrafo, é filósofo.
Bavcar nos mostra que a fotografia é mais do que
enxergar; é sua maneira de “mudar”, ou seja,
conceber o mundo. Propriamente, a maneira dele
de existir. “Isso é muito importante. Não
devemos falar a língua dos outros, nem utilizar o
olhar dos outros, porque, nesse caso, existimos
através do outro. É preciso tentar existir por si
mesmo.” Ele nos faz entender que a imagem não
implica ser explicitamente visual. Trata-se de
como ele parece fotografar o “invisível”, o que
nossa sociedade, que se fez cega, não poderia ver
por conta.
Uma coisa que chama muita atenção de quem
vê, é que em muitas de suas fotos,
conseguimos reparar mãos. Essas mãos
pertencem a Bavcar e aparecem porque ele
precisa sentir o que está sendo fotografado e
isso nos faz ter a sensação de como se
estivéssemos dentro da mente do cego. Outra
coisa muito interessante, é a iluminação de
suas fotos. Bavcar prefere fotografar de noite,
pois assim consegue controlar a luz. Muitas
vezes utiliza lanternas ou outras fontes de
iluminação e assim dá à imagem uma
atmosfera de sonho ou pesadelo, além de
conseguir ligar, de maneira declarada, a
cegueira e a visão.
 Consideracões finais
Bavcar é uma figura importante no mundo da fotografia por provar que não é
preciso enxergar para registrar um momento.
Ele também serviu de inspiração e influenciou muitos outros fotógrafos,
incluindo cegos, abrindo discussões, revolucionando e levantando questões na
sociedade que antes eram desvistas.
Trabalhar em equipe, ainda mais na atualidade, foi um verdadeiro desafio,
mas imagino que tenha dado frutos. 
fim!