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Lei 11.

343/2006
DROGAS
 Foi sancionada em 23 de agosto
de 2006, vindo a instituir o SISNAD
– Sistema Nacional de Políticas
Públicas sobre Drogas.
 Revogou por completo as
antigas leis 6.368/76 e
10.409/2002.
DOS CRIMES E DAS PENAS.
Art. 28
Há grande discussão sobre o conduta descrita no artigo 28 ainda ser ou não
crime. A postura predominante, inclusive com decisões dos tribunais
superior, é que apesar de não apenada com pena privativa de liberdade, o
art. 28 ainda ser crime.

O artigo em questão visa resguardar a saúde pública, incriminando 5


condutas – ADQUIRIR, TRAZER CONSIGO, GUARDAR, TER EM DEPÓSITO E
TRANSPORTAR.

É, portanto, crime de ação múltipla, em que a realização de mais de uma


conduta caracteriza crime único.

O legislador não tipificou o uso pretérito de droga.


 § 1.º equipara ao caput quem SEMEIA, CULTIVA OU
COLHE plantas destinadas à preparação de pequena
quantidade de substância ou produto capaz de causar
dependência. Contudo, se a “plantação” for visando
fornecer a terceira pessoa, aplica-se o art. 33, § 1.º, II da Lei
em questão.

 O art. 28 exige que a droga seja para consumo próprio,


usando o juiz os parâmetros do § 2.º do artigo. Na dúvida
sobre ser para comércio ou uso pessoal, deve o juiz aplicar
o princípio in dubio pro reo, aplicando o artigo 28.

 Conforme a jurisprudência, o sujeito que tinha a droga


para uso próprio, mas acaba vendendo parte dela,
responde por tráfico, ficando absorvido o porte.
O objeto material em todos os crimes da lei 11.343/06 é a
substância entorpecente ou que determine dependência física
ou psíquica. Necessária a capitulação (em lei ou norma
infralegal) do princípio ativo componente da droga e que sua
existência seja constatada através de exame pericial.

 O porte de drogas para uso próprio é crime de PERIGO


ABSTRATO, não sendo aceito o entendimento de alguns no
sentido de que a incriminação ao mero porte de
entorpecentes para uso próprio seria inconstitucional, sendo
uma ingerência do Estado na vida pessoal do cidadão.

 É crime comum, admitindo a coautoria. Tem como sujeito


passivo o Estado.
Na modalidade ADQUIRIR, consuma-se quando há acordo de vontade entre o
vendedor e o comprador. Os demais núcleos consumam-se quando o agente obtém
a posse da droga, sendo todos crimes permanentes. Nesse caso, inadmissível a
tentativa.

A tentativa na modalidade adquirir suscita discussões. Para alguns, se o comprador


é preso antes de receber a droga, responde por tentativa. Essa corrente é
minoritária.
A lei civil, no que tange a compra e venda, diz estar esta consumada quando
comprador e vendedor chegam a um acordo de vontades, já que se trata de um
contrato consensual. Ex. o comprador entra em contato com o vendedor através da
internet. Acerta o produto e a forma de pagamento. Realiza o pagamento e espera
a droga chegar pelo correio. Ora, nesse caso, o crime esta consumado. Exigir o
recebimento, inviabilizaria o verbo adquirir, já que após a aquisição, o agente passa
a ter em depósito.
Não prevê PPL.

advertência sobre o uso de drogas

prestação de serviços à comunidade

medida educativa de comparecimento a programa ou curso educatico.

Tais medidas podem ser aplicadas isoladas ou cumulativamente, bem como ser substituídas umas pelas outras, a qualquer tempo, ouvido o MP e o defensor.

Os §§ 3.º,4.º e 5.º fixam o tempo e condições para o cumprimento


da pena.

Em caso de descumprimento das medidas aplicadas, o juiz poderá


submetê-lo, sucessivamente, a: I – admoestação verbal; II – Multa.

Se a multa não for paga, não poderá ser convertida em PPL, de


acordo com o art. 51 do CP, sendo transformada em dívida de valor.
 O § 7.º : estabelecimentos de
saúde.

 É crime de ação penal pública


incondicionada e segue o rito
previsto no art. 60 da Lei 9.099/95.
Art. 30 – prescrição
– 2 anos.
Art. 33 - TRÁFICO

Objetividade jurídica


saúde pública.
É crime comum, sendo que a coautoria e a participação são
possíveis em todas as modalidades do crime.

Somente na modalidade prescrever a doutrina entender ser crime próprio,


pois somente médicos e dentistas podem prescrever medicamentos.

A coletividade é o sujeito passivo.

Todas as 18 figuras descritas no artigo são dolosas (a prescrição


culposa de entorpecente – art. 38).
Possui 18 núcleos, o art. 33 é crime de ação múltipla
(de conteúdo variado ou tipo misto alternativo). Não
haverá, contudo, delito único quando as condutas se
referirem a cargas diversas de entorpecente sem
qualquer ligação fática.
 É norma penal em branco. O art. 1.º da lei em
questão explica o que é DROGA: substâncias ou
produtos capazes de causar dependência, assim
especificados em lei ou relacionados em listas
atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da
União.
Comumente são atualizadas através de portarias e
decretos (permitidos pelo § único do art. 1.º).
As listas só precisam indicar o princípio ativo, que
deverá ser comprovado através de exame químico-
toxicológico.

 Se o indivíduo possuir, licença para manuseio, posse,


etc. de entorpecente, não cometerá o crime, pois faltará o
elemento normativo do tipo “sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar”.

 Os crimes do art. 33 consumam-se no momento em


que o agente realiza a conduta típica. Algumas são crimes
instantâneos, como, por exemplo, vender, adquirir, etc. Há
também os crimes permanentes, como transportar,
guardar, etc.
Questão: é possível a prisão em
flagrante do responsável pela
droga quando ela for encontrada
em sua casa mas ele estiver em
outro local?
SIM, POIS A CONDUTA “GUARDAR”
CONSTITUI CRIME PERMANENTE.
Em tese a tentativa é possível.
 Pena: reclusão, de 5 a 15 anos e
pagamento de 500 a 1500 dias-multa.

 O art. 42 se sobrepõe ao art. 59 do CP


quando da fixação da pena. A natureza e
a quantidade da substância ou do
produto, a personalidade e a conduta
social do agente devem ser levadas em
conta.
Substituição por PRD: o § 4.º veda STF (HC 97.256/RS, de 01/09/ 2010), julgou
inconstitucional a vedação à tal substituição ofensa ao princípio constitucional da
individualização da pena (art. 5.º XLVI da CF).


PRD: sempre que a pena APLICADA não ultrapassar 4 anos, e não houver violência
ou grave ameaça.

Prepondera a regra do art. 44, I do CP

O art. 44, caput, estabelece que o crime de tráfico de drogas é insuscetível de sursis,
graça, anistia e indulto. Veda ainda a fiança e a liberdade provisória.

Quanto a LP, após o advento da Lei 11. 464/07, que deixou de proibir a LP para crimes
hediondos, passou a existir entendimento de que também ao tráfico a concessão seria
cabível. Em 2012, o STF decidiu, ainda por maioria, que a LP é possível, já que sua
vedação é inconstitucional.
Parágrafo único do art. 44.  Nos crimes previstos no caput deste
artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de
dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente
específico.
 
 
Art. 43.  Na fixação da multa o juiz, determinará o número de dias-
multa, atribuindo a cada um, segundo as condições econômicas
dos acusados, valor não inferior a um trinta avos nem superior a 5
(cinco) vezes o maior salário-mínimo. No caso de concurso de
crimes serão impostas sempre cumulativamente, podem ser
aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação econômica
do acusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no
máximo.

A ação penal é sempre pública incondicionada.


Figuras equiparadas: § 1.º - LER

§ 1o  Nas mesmas penas incorre quem:

I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece,
fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-
prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;

II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com


determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-
prima para a preparação de drogas;

III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse,
administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
Induzimento, instigação ou auxílio ao uso de droga - § 2.º

É necessário que a conduta seja voltada a pessoa determinada e


que essa pessoa necessariamente faça uso da droga.

A pena é de detenção de 1 a 3 anos.

O § em questão permite o sursis, LP e o PRDs.

É crime afiançável e suscetível de LP

O livramento condicional poderá ser obtido mediante o preenchimento dos


requisitos genéricos do art. 83 do CP (1/3 da pena se primário e ½ de
reincidente).
§ 3.º - figura privilegiada

Requisitos:


Que a oferta da droga seja eventual.

Que seja gratuita.

Que o destinatário seja pessoa do relacionamento de quem a oferece.

Que a droga seja para consumo conjunto.
Art. 34 – maquinismos e objetos destinados ao tráfico
A conduta é referente a máquinas ou objetos em geral destinados à
fabricação ou produção de substância entorpecente. Se não houvesse essa
tipificação e os agentes fossem surpreendidos com um laboratório para
refino de cocaína, por exemplo, mas nenhuma droga fosse apreendida, o
fato não seria ilícito, mas sim preparação para o crime descrito no art. 33.

Se houver o laboratório e também for encontrada droga, o art.


34 fica absorvido pelo art. 33.

Deve haver prova da destinação ilícita das máquinas ou objetos,


haja vista que muitas máquinas e objetos tem uso lícito em
laboratórios, como pipetas, tubo de ensaio, etc.
Ao sentenciar o juiz decretará a perda dos bens
(art. 63).

Ainda, o objeto material desse crime são aqueles


utilizados no processo criativo da droga, não se punindo
a posse de cachimbos, lâminas de barbear, etc.

O art. 44 se aplica ao art. 34, cabendo aqui os


mesmos comentários. O mesmo no que se refere
à liberdade provisória.
Art. 35 – associação ao tráfico
Difere-se do crime de quadrilha ou bando
descrito no art. 288 do CP.

(a) mínimo 2 pessoas (quadrilha – mínimo de 4 pessoas)

(b) a intenção de cometer qualquer um dos crimes previstos no art. 33, caput e § 1.º e 34 da Lei (quadrilha – qualquer outro crime)

(c) que os agentes queiram cometer os crimes de forma reiterada ou não (quadrilha – sempre de forma reiterada).

Exige :

Assim, o crime de quadrilha não se aplica quando


o fim do grupo for realizar tráfico de drogas.
A doutrina exige uma “associação”. A mera reunião
ocasional para a prática do tráfico não configura o delito.

O crime se consuma com a mera união dos envolvidos, mesmo que


não tenham realizado qualquer ação envolvendo drogas. Se após a
associação, ocorrer tráfico, haverá concurso material entre os crimes.

Não admite tentativa.

Aplicação do art. 44 e seus comentários.


Art. 36 – Financiamento ao tráfico

Deve ser financiador contumaz, já que o financiamento


esporádico é causa de aumento de pena prevista no art.
40, VII.

Associação reiterada de duas ou mais pessoas, para o


financiamento ou custeio do tráfico  art. 35, § único em
concurso material com o art. 36, ambos da Lei 11.343/2006.

Aplicação do art. 44 e seus comentários.


Art. 37 – Informante Colaborador

O informante não integra efetivamente o grupo e não toma parte no tráfico, mas
passa informações a seus integrantes. Se o informante recebe dinheiro pelas
informações e for funcionário público, utilizando da função para obter informações,
responde também por corrupção passiva (art. 317 do CP).
Art. 40 – Causas de aumento de pena
Aplicam-se somente aos artigos 33 a 37.

I – refere-se ao tráfico internacional, sendo, neste caso, competência da Justiça


Federal. Não é necessário que o agente consiga entrar ou sair do País com a
droga, bastando demonstrar que era essa a sua finalidade.

II – o dispositivo possui duas partes. A primeira refere-se a quem prevalece de


sua função pública. Serve qualquer função pública.

Na segunda parte do inciso, pune-se de forma mais forte quem tem missão de
educar, poder familiar, guarda ou vigilância.

III – não se admite aplicação por analogia.


IV – xxx
V – xxx
VI – a hipótese abrange, no que se refere a diminuição ou supressão da capacidade
de entendimento e determinação, ao ébrio, ao doente mental, ao dependente de
drogas, etc.
Não é mais causa de aumento a venda de drogas para pessoas idosas, já que o
dispositivo não foi repetido na nova lei.
VII – é o caso do financiador isolado.
Se o juiz reconhecer mais de uma causa de aumento de pena, só poderá aplicar uma
majoração, mas aplicando acima de seu patamar mínimo.
Art. 41 – causa de diminuição de pena

Art. 39 – CONDUÇÃO DE EMBARCAÇÃO OU AERONAVE APÓS O CONSUMO DE DROGA.

É necessário que o agente conduza a embarcação ou aeronave de forma anormal,


expondo a perigo real a incolumidade de outrem, mesmo que pessoa ou pessoas
indeterminada.

Se for veículo automotor – art. 306 do CTB.

O crime se consuma com a condução anormal e a ação é pública incondicionada.


DO PROCEDIMENTO PENAL

Introdução.


A lei prevê procedimento especial para apurar os crimes descritos nos artigos 33 a 39,
sendo que o CPP terá aplicação subsidiária (art. 48).

A Lei 9.099/95 é aplicada integralmente nos delitos tipificados nos artigos 33, § 3.º e 38,
pois ambos são crimes de menor potencial ofensivo.
Fase policial

Art. 50  havendo prisão em flagrante  comunicação ao


juiz imediata  vista ao MP em 24 horas.

Laudo de constatação da natureza e quantidade  Para


estabelecer a materialidade delitiva e para lavrar o flagrante,
(perito oficial ou por pessoa idônea) (art. 50, § 1.º).

Art. 51 prazo para a conclusão do IP  solto, o prazo é de


90 dias. Preso, é de 30 dias.

Findo o prazo para o IP, a autoridade deve elaborar relatório


sobre o fato e encaminhar o IP ao juízo.
Art. 52 – LER

O art. 53 permite, para efeitos de investigação: I – a infiltração da agentes de polícia, em


tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializados pertinentes; II –
flagrante retardado (ver artigo).
INSTRUÇÃO CRIMINAL
COMPETÊNCIA
Os arts. 28, 33, § 3.º e 38  são de competência dos juizados penais especiais,
(art. 48, § 1.º), salvo se houver concurso com crime de tráfico ou outro crime
comum mais grave.

Tráfico internacional – Justiça Federal – art. 109,V da CF e 70 da Lei 11.343/06.

Tráfico doméstico – Justiça Estadual.

Tráfico e crime de competência do júri – prevalece o júri.


COMPETÊNCIA

Tráfico e crime de competência do júri – prevalece o júri.

Tráfico e crime eleitoral – prevalece a Justiça Eleitoral.

Tráfico e crime militar – separação dos processos.

Tráfico internacional e doméstico – Justiça Federal.


Laudo de constatação e toxicológico

Art. 50, § 1.º - laudo de constatação 


provisório, superficial, sem caráter científico.

Art. 50, § 2.º - laudo definitivo  é o laudo que


comprova a materialidade do delito, pois indica a
existência do princípio ativo. Deve ser juntado aos
autos antes da audiência de instrução e
julgamento.
• Art. 50.
• § 3o  Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias,
certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição
das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo
definitivo. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
• § 4o  A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no
prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. 
(Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
• § 5o  O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida
no § 3o, sendo lavrado auto circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se
neste a destruição total delas.  (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
• Art. 50-A.  A destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante
será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contado da data da
apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo,
aplicando-se, no que couber, o procedimento dos §§ 3 o a 5o do art. 50.   
(Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
• Art. 72.  Encerrado o processo penal ou arquivado o inquérito policial, o juiz, de ofício,
mediante representação do delegado de polícia ou a requerimento do Ministério
Público, determinará a destruição das amostras guardadas para contraprova,
certificando isso nos autos.
A Inimputabilidade na Lei Antitóxicos.

Art. 45.  É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito,
proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da
omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Parágrafo único.  Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este
apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste
artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento
médico adequado.
A Semi-imputabilidade na Lei Antitóxicos.

Art. 46.  As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das
circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou
da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento.

Art. 47.  Na sentença condenatória, o juiz, com base em avaliação que ateste a
necessidade de encaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional
de saúde com competência específica na forma da lei, determinará que a tal se proceda,
observado o disposto no art. 26 desta Lei.
Da Apreensão, Arrecadação e Destinação
dos Bens do Acusado.

Dos bens ou valores obtidos com o tráfico


o juiz poderá decretar a sua apreensão (arts 125 a 144 do CPP.)

Decretada a apreensão  5 dias para provar a origem lícita do produto, bem ou valor. Se
lícita, será liberado. Tal pedido, porém, depende da presença do acusado.

Tais bens poderão ser usados por entidades ou órgãos que atuam na prevenção ou repressão
do tráfico, ou ainda na reinserção de viciados. Para isso, depende de autorização judicial.
Dos bens utilizados para o tráfico – art. 62,
caput


tudo será apreendido e ficará sob a custódia da autoridade policial, exceto as armas,
que serão recolhidas ao Comando do Exército.

Os cheques serão compensados, a moeda estrangeira convertida em nacional e tudo,
mais os valores em numerário, serão depositados em conta judicial

A perda definitiva do produto, bem ou valor apreendido será declarado na sentença.

A perda limita-se aos bens estejam direta e intencionalmente ligados à prática do crime
e não possam dissociar-se de sua forma de execução.
Desapropriação de terras
utilizadas para o cultivo de
culturas ilegais – art. 243 da
CF

 não haverá indenização.

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