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343/2006
DROGAS
Foi sancionada em 23 de agosto
de 2006, vindo a instituir o SISNAD
– Sistema Nacional de Políticas
Públicas sobre Drogas.
Revogou por completo as
antigas leis 6.368/76 e
10.409/2002.
DOS CRIMES E DAS PENAS.
Art. 28
Há grande discussão sobre o conduta descrita no artigo 28 ainda ser ou não
crime. A postura predominante, inclusive com decisões dos tribunais
superior, é que apesar de não apenada com pena privativa de liberdade, o
art. 28 ainda ser crime.
Objetividade jurídica
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saúde pública.
É crime comum, sendo que a coautoria e a participação são
possíveis em todas as modalidades do crime.
●
PRD: sempre que a pena APLICADA não ultrapassar 4 anos, e não houver violência
ou grave ameaça.
O art. 44, caput, estabelece que o crime de tráfico de drogas é insuscetível de sursis,
graça, anistia e indulto. Veda ainda a fiança e a liberdade provisória.
Quanto a LP, após o advento da Lei 11. 464/07, que deixou de proibir a LP para crimes
hediondos, passou a existir entendimento de que também ao tráfico a concessão seria
cabível. Em 2012, o STF decidiu, ainda por maioria, que a LP é possível, já que sua
vedação é inconstitucional.
Parágrafo único do art. 44. Nos crimes previstos no caput deste
artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de
dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente
específico.
Art. 43. Na fixação da multa o juiz, determinará o número de dias-
multa, atribuindo a cada um, segundo as condições econômicas
dos acusados, valor não inferior a um trinta avos nem superior a 5
(cinco) vezes o maior salário-mínimo. No caso de concurso de
crimes serão impostas sempre cumulativamente, podem ser
aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação econômica
do acusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no
máximo.
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece,
fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-
prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse,
administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
Induzimento, instigação ou auxílio ao uso de droga - § 2.º
Requisitos:
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Que a oferta da droga seja eventual.
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Que seja gratuita.
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Que o destinatário seja pessoa do relacionamento de quem a oferece.
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Que a droga seja para consumo conjunto.
Art. 34 – maquinismos e objetos destinados ao tráfico
A conduta é referente a máquinas ou objetos em geral destinados à
fabricação ou produção de substância entorpecente. Se não houvesse essa
tipificação e os agentes fossem surpreendidos com um laboratório para
refino de cocaína, por exemplo, mas nenhuma droga fosse apreendida, o
fato não seria ilícito, mas sim preparação para o crime descrito no art. 33.
Exige :
O informante não integra efetivamente o grupo e não toma parte no tráfico, mas
passa informações a seus integrantes. Se o informante recebe dinheiro pelas
informações e for funcionário público, utilizando da função para obter informações,
responde também por corrupção passiva (art. 317 do CP).
Art. 40 – Causas de aumento de pena
Aplicam-se somente aos artigos 33 a 37.
Na segunda parte do inciso, pune-se de forma mais forte quem tem missão de
educar, poder familiar, guarda ou vigilância.
Introdução.
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A lei prevê procedimento especial para apurar os crimes descritos nos artigos 33 a 39,
sendo que o CPP terá aplicação subsidiária (art. 48).
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A Lei 9.099/95 é aplicada integralmente nos delitos tipificados nos artigos 33, § 3.º e 38,
pois ambos são crimes de menor potencial ofensivo.
Fase policial
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito,
proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da
omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este
apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste
artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento
médico adequado.
A Semi-imputabilidade na Lei Antitóxicos.
Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das
circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou
da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento.
Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em avaliação que ateste a
necessidade de encaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional
de saúde com competência específica na forma da lei, determinará que a tal se proceda,
observado o disposto no art. 26 desta Lei.
Da Apreensão, Arrecadação e Destinação
dos Bens do Acusado.
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o juiz poderá decretar a sua apreensão (arts 125 a 144 do CPP.)
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Decretada a apreensão 5 dias para provar a origem lícita do produto, bem ou valor. Se
lícita, será liberado. Tal pedido, porém, depende da presença do acusado.
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Tais bens poderão ser usados por entidades ou órgãos que atuam na prevenção ou repressão
do tráfico, ou ainda na reinserção de viciados. Para isso, depende de autorização judicial.
Dos bens utilizados para o tráfico – art. 62,
caput
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tudo será apreendido e ficará sob a custódia da autoridade policial, exceto as armas,
que serão recolhidas ao Comando do Exército.
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Os cheques serão compensados, a moeda estrangeira convertida em nacional e tudo,
mais os valores em numerário, serão depositados em conta judicial
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A perda definitiva do produto, bem ou valor apreendido será declarado na sentença.
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A perda limita-se aos bens estejam direta e intencionalmente ligados à prática do crime
e não possam dissociar-se de sua forma de execução.
Desapropriação de terras
utilizadas para o cultivo de
culturas ilegais – art. 243 da
CF
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não haverá indenização.