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TÉCNICO DE APOIO

PSICOSSOCIAL - CRIANÇAS E
JOVENS
0349_Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho – Conceitos Básicos

Formadora: Cláudia Pereira


OBJETIVOS
 Identificar os principais problemas ambientais.
 Promover a aplicação de boas práticas para o meio ambiente.
 Explicar os conceitos relacionados com a segurança, higiene e saúde no trabalho.
 Reconhecer a importância da segurança, higiene e saúde no trabalho.
 Identificar as obrigações do empregador e do trabalhador de acordo com a legislação em vigor.
 Identificar os principais riscos presentes no local de trabalho e na atividade profissional e
aplicar as medidas de prevenção e proteção adequadas.
 Reconhecer a sinalização de segurança e saúde
 Explicar a importância dos equipamentos de proteção coletiva e de proteção individual.
AMBIENTE
 Principais problemas ambientais da atualidade

 Infelizmente o nosso planeta é afetado por vários problemas


ambientais, muitos deles provocados por diversas ações humanas.
Estes problemas afetam a fauna, flora, solo, águas, ar e etc.

 São vários os problemas ambientais atuais apontados por


organizações ambientais como World Wide Fund (WWF) e
Greenpeace, e mesmo por órgãos governamentais, como a
Organização das Nações Unidas (ONU), no entanto, podemos
destacar os seguintes:
AMBIENTE
 Poluição do ar por gases poluentes gerados, principalmente, pelos combustíveis fósseis
(carvão mineral, gasolina e diesel) e indústrias.

 Poluição de rios, lagos, mares e oceanos provocados por despejos de esgotos e lixo, acidentes
ambientais (despejo de petróleo), etc;

 Poluição do solo provocada por contaminação (agrotóxicos, fertilizantes e produtos químicos)


e descarte incorreto de lixo;

 Incêndio em matas e florestas como forma de ampliar áreas para pasto ou agricultura;
AMBIENTE
 Desmatamento com o corte ilegal de árvores para comercialização de madeira;

 Esgotamento do solo (perda da fertilidade para a agricultura), provocado pelo uso incorreto;

 Diminuição e extinção de espécies animais, provocados pela caça predatória e destruição dos
ecossistemas;

 Falta de água para o consumo humano, causado pelo uso irracional (desperdício),
contaminação e poluição dos recursos hídricos
AMBIENTE
 Acidentes nucleares que causam contaminação do solo por centenas de anos. Podemos citar
como exemplos os acidentes nucleares de Chernobyl (1986) e na Usina Nuclear de Fukushima
no Japão (2011);

 Aquecimento global, causado pela grande quantidade de emissão de gases do efeito estufa;

 Diminuição da camada de ozono, provocada pela emissão de determinados gases (CFC, por
exemplo) no meio ambiente.
RESÍDUOS - DEFINIÇÃO E PRODUÇÃO

 Por definição, resíduo é tudo aquilo que não é aproveitado nas atividades humanas,
proveniente das indústrias, comércios e residências.

 Como resíduos encontramos o lixo, produzido de diversas formas, e todo aquele material que
não pode ser deitado ao lixo, por ser altamente tóxico ou prejudicial ao meio ambiente.
Resíduos sólidos e líquidos podem ser de dois tipos, de acordo com a sua composição
química:
RESÍDUOS - DEFINIÇÃO E PRODUÇÃO

 Resíduos orgânicos, provenientes de matéria viva (por exemplo, restos de alimentos, restos
de plantas ornamentais, fezes, etc)

 Resíduos inorgânicos, de origem não viva e derivados especialmente de materiais como o


plástico, o vidro, metais, etc.

 Resíduos sólidos, como o próprio nome indica, são materiais não aproveitados que se
encontram no estado sólido.
RESÍDUOS - DEFINIÇÃO E
PRODUÇÃO

 Dentro dessa categoria encontram-se:

 Resíduos do dia-a-dia de residências, escritórios e indústrias:


papel, papelão, embalagens de diversos tipos, vidros, etc. Este tipo
de lixo, na sua maioria, é reciclável, especialmente se se fizer a
separação seletiva, que separa papel, plástico, vidro e metal.

 Resíduos públicos: são resíduos provenientes das atividades de


limpeza de ruas e de outras formas de limpeza pública. Nessa
categoria enquadra-se também o entulho.
RESÍDUOS - DEFINIÇÃO E PRODUÇÃO

 Resíduos especiais: são todos os resíduos que


necessitam de tratamento especial; não podem e não
devem ser tratados como lixo normal, pois possuem
uma grande capacidade de prejudicar o ambiente e/ou
a população. Nessa categoria encontram-se as pilhas, o
lixo hospitalar, remédios velhos, resíduos radioativos e
alguns tipos de resíduos provenientes de indústrias,
especialmente metais pesados.

 Resíduos líquidos são aqueles materiais não


aproveitados que se encontram no estado líquido.
RESÍDUOS - DEFINIÇÃO E PRODUÇÃO

 Um dos principais tipos de resíduos líquidos é o proveniente da lixiviação dos materiais


encontrados nos lixões e aterros sanitários, conhecido como gordura.

 A água, proveniente do próprio lixo ou da chuva, entra em contacto com os diversos materiais
do lixo e inicia-se um processo de reações químicas em cadeia. No final deste processo, várias
substâncias tóxicas são formadas.

 Estas substâncias podem, por exemplo, infiltrarem-se no solo e contaminar o lençol freático,
que é a fonte de água de uma população próxima.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Na primeira metade da década de 2000 foram criadas diversas entidades gestoras de fluxos
específicos de resíduos, em resultado da transposição da legislação comunitária. Devido às
suas caraterísticas e/ou produção em grande escala, vários tipos de resíduos foram inseridos
em fluxos especiais cuja gestão é delegada a uma ou várias entidades gestoras.

 Estas entidades devem realizar os esforços necessários para dar cumprimento às metas
europeias de recolha, reutilização, reciclagem e valorização de resíduos.

 Os diplomas legais que regulam os fluxos específicos de resíduos responsabilizam todos os


intervenientes no ciclo de vida e gestão do resíduo, desde o produtor do bem ao
consumidor final.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Os produtores do bem são responsáveis pela gestão dos seus produtos quando atingem o fim
de vida, ou seja, quando se tornam resíduos.

 Desta forma, devem assegurar a recolha e o encaminhamento destes resíduos para


instalações de valorização autorizadas, responsabilidade que pode ser assumida pelo próprio
produtor ou delegada a um sistema integrado, mediante o pagamento de um valor monetário
(Ecovalor) por cada produto colocado no mercado. Estes sistemas integrados são geridos por
entidades gestoras próprias que se tratam de associações sem fins lucrativos.

 Pretende-se com este mecanismo estimular a realização de alterações na conceção do produto


que maximizem a poupança de matérias-primas e minimizem a produção de resíduos.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Atualmente existem sistemas integrados de gestão de resíduos de embalagens, pilhas e


acumuladores, óleos lubrificantes usados, pneus usados, resíduos de equipamento elétrico e
eletrónico e veículos em fim de vida.

 No caso dos óleos alimentares e dos resíduos de construção e demolição a


responsabilidade da gestão assenta no produtor/detentor do resíduo e não no produtor
do bem.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Embalagens e resíduos de embalagens

 Segundo a legislação comunitária, todos as


embalagens colocadas no mercado europeu
devem ser reutilizáveis e ou recuperáveis. O
peso, volume e utilização de produtos perigosos
devem ser minimizados até ao máximo possível
sem perder os níveis de segurança, higiene e
aceitação adequados para o consumidor.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Em Portugal como Estado-Membro está sujeito a esta legislação, o que inclui o cumprimento
de metas de recolha e valorização de embalagens têm nenhuma entidade gestora própria.

 Nas embalagens estão normalmente associados dois tipos de sistemas:

 Sistema integrado no qual o consumidor é informado através de um símbolo na embalagem


que deve colocar a embalagem usada em local próprio.
 Sistema de consignação no qual o consumidor da embalagem paga um determinado valor de
depósito no ato da compra, valor que lhe é devolvido quando entrega a embalagem usada.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Para a gestão das embalagens e resíduos de embalagens, encontram-se licenciadas três


entidades gestoras:

 Sociedade Ponto Verde (SPV), responsável pelo Sistema integrado de Gestão de Resíduos de
Embalagens (SIGRE). Este sistema inclui as embalagens de plástico, metal, vidro, papel e
madeira.
 Valormed, responsável pelo sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens de
Medicamentos (SIGREM).
 Sociedade SIGERU (Sistema Integrado de Gestão de Embalagens e Resíduos em
Agricultura), responsável pelo sistema Valorfito que abrande as embalagens primárias dos
produtos fitofarmacêuticos com uma capacidade inferior a 250L/kg.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Veículos em fim de vida (VFV)

 Todos os anos são gerados na União Europeia entre oito a


nove milhões de toneladas de resíduos de VFV.
 De forma a limitar a produção destes resíduos e aumentar a
sua reutilização, reciclagem e outras formas de valorização,
a legislação comunitária obriga os fabricantes a conceber
veículos fáceis de reciclar, a limitar o uso de substâncias
perigosas na sua conceção e a promover a utilização de
materiais reciclados.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 No tratamento dos VFV deve ser privilegiada a reutilização e a valorização (reciclagem,


recuperação e regeneração) dos componentes dos veículos. Os fabricantes devem desenhar
os veículos a pensar na fase de desmantelamento no fim do seu ciclo de vida, por exemplo,
usando uma grande percentagem de materiais potencialmente recicláveis ou recuperáveis.

 Os Estados-Membros devem certificar-se de que os produtores utilizam normas de codificação


de componentes e materiais que permitam a sua identificação por parte dos desmanteladores.
 Para que estas metas sejam cumpridas, devem ser implementados sistemas de recolha dos
resíduos provenientes dos veículos e seu encaminhamento para instalações de tratamento
autorizadas.
 Em Portugal, a Valorcar é a entidade responsável por estes resíduos.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE)


 Os equipamentos elétricos e eletrónicos (EEE) estão divididos em dez categorias:
 Grandes eletrodomésticos,
 Pequenos eletrodomésticos,
 Equipamentos informáticos e de telecomunicações,
 Equipamentos de consumo
 Equipamentos de iluminação
 Ferramentas elétricas e eletrónicas (com exceção de ferramentas industriais fixas e grandes)
 Instrumentos de monitorização e controlo e x) distribuidores automáticos.
 Brinquedos e equipamentos de desporto e lazer;
 Aparelhos médicos (com exceção de todos os produtos implantados e infetados)
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Para cada novo tipo de equipamento elétrico e eletrónico (EEE) colocado no mercado, os
produtores têm que fornecer informação sobre os componentes e materiais presentes no
equipamento e a localização de substâncias e misturas perigosas para os centros de reutilização
e reciclagem. Desta forma, os produtores são encorajados a pensar em todo o ciclo de vida do
produto, logo na fase de conceção.

 A diretiva comunitária também prevê a necessidade de informar a população sobre o


esquema de reciclagem montado, para que os cidadãos enquanto produtores de resíduos
tenham o conhecimento necessário para separar e eliminar de forma correta os seus REEE. Os
consumidores devem conhecer o símbolo que identifica o EEE que devem ser reciclados e que
é obrigatório estar em todos os equipamentos colocados no mercado comunitário.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Portugal está obrigado a manter um registo dos produtores e importadores de equipamentos


elétricos e eletrónicos e das quantidades destes produtos colocados no mercado nacional.

 Para manter este registo foi constituída a Associação Nacional para o Registo de
Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (ANREEE).

 A gestão do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos


(SIGREE) está a cargo de duas entidades gestoras: Amb3E e ERP Portugal.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Resíduos de pilhas e acumuladores (P&A)

 Todos os anos, milhares de toneladas de baterias portáteis e acumuladores são colocados no


mercado comunitário. As pilhas estão divididas em três grupos:

 Pilhas e acumuladores portáteis,


 Pilhas ou acumuladores industriais e
 Pilhas ou acumuladores para veículos automóveis.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Por conterem metais pesados, a eliminação destes resíduos através de incineração polui a
atmosfera e a sua deposição em aterros contamina os solos. Estes metais são valiosos o que faz
com que a recolha seletiva e reciclagem destes resíduos tenham impactes económicos e
ambientais positivos bastante significativos.

 A legislação comunitária prevê a redução da utilização de mercúrio, cádmio e chumbo nas


P&A e os metais que são utilizados devem ser tratados e recuperados.

 Atualmente estão licenciadas três entidades de registo de P&A (ANREEE, Ecopilhas e


Valorcar) e cinco entidades gestoras para este fluxo de resíduos (Amb3E, ERP, Ecopilhas,
GBV, Valorcar).
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS
 Baterias ou acumuladores para veículos
automóveis: Autosil (caso de um produtor que
efetua a recolha e o encaminhamento dos seus
próprios resíduos – designado “sistema
individual”), GVB e Valorcar

 Baterias ou acumuladores industriais:


Autosil, GVB, Valorcar, Ecopilhas, Amb3E e
ERP

 Pilhas e Acumuladores portáteis: Ecopilhas,


Amb3E e ERP
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Óleos lubrificantes usados (OLU)

 Os óleos lubrificantes usados são quaisquer óleos usados de motores de combustão e dos
sistemas de transmissão e os óleos usados para turbinas e sistemas hidráulicos que se tenham
tornado impróprios para o uso a que estavam inicialmente destinados. Estão excluídos deste
fluxo os óleos que contenham PCB (sob regime jurídico próprio).

 Para a gestão destes resíduos foi criado o Sistema Integrado de Gestão de Óleos Usados
(SIGOU) que tem como objetivo prioritário a prevenção da produção de OLU, em
quantidade e toxicidade, seguida pela sua regeneração (operação de reciclagem que permita
produzir óleos de base mediante a refinação de OLU) e de outras formas de reciclagem ou
valorização.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 A SOGILUB – Sociedade de Gestão


Integrada de Óleos Lubrificantes Usados,
Lda é a entidade responsável pelo
Sistema Integrado de Gestão de Óleos
Usados (SIGOU).
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Pneus Usados

 A gestão dos pneus usados não está regulamentada por nenhuma diretiva comunitária específica.
Apenas é referida a proibição de deposição de pneus usados em aterros, expressa na diretiva
que regula estas infraestruturas.

 Para dar cumprimento a esta obrigação, foi publicada em Portugal legislação própria para este
tipo de resíduos o que originou a criação do Sistema Integrado de Gestão de Pneus Usados
(SIGPU) gerido pela Valorpneu.

 Segundo a legislação nacional, deve-se prevenir a produção destes resíduos, a recauchutagem, a


reciclagem e outras formas de valorização com o objetivo final de reduzir a quantidade de
resíduos que são eliminados sem qualquer tipo de valorização.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Resíduos de construção e demolição (RCD)

 Estima-se que na União Europeia sejam produzidos anualmente 100 milhões de toneladas de
RCD o que constitui uma fração significativa da totalidade de resíduos. A gestão dos RCD é
complexa devido à dispersão espacial, carácter temporário da sua produção e à sua
constituição multimaterial, com diferentes níveis de perigosidade.

 A deposição não controlada conduz a situações ambientalmente indesejáveis e incompatíveis


com os objetivos nacionais e comunitários em matéria de desempenho ambiental pelo que foi
necessário preparar legislação específica para o fluxo dos RCD. Estão agora previstos a
prevenção e reutilização destes resíduos assim como as suas operações de recolha, transporte,
armazenagem, tratamento, valorização e eliminação.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Tanto as câmaras municipais, como empreiteiros e donos de obra são responsáveis pela gestão
dos resíduos de construção e demolição. Nas obras é obrigatório a aplicação de um processo
de triagem e/ou encaminhamento para um operador de gestão de resíduos licenciado. Ao
condicionar a deposição de RCD em aterro a uma triagem prévia, pretende-se contribuir para
um aumento da valorização de RCD.

 Também nestes resíduos a sua gestão resulta de uma iniciativa nacional uma vez que a União
Europeia não publicou legislação específica. Contudo estipula que até 2020, 70% destes
resíduos devem ser encaminhados para reutilização, reciclagem e valorização.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Óleos alimentares usados (OAU)

 Em 2005 foi criado o Sistema de Gestão de Óleos Alimentares Usados com caráter
voluntário e em 2009 foi publicado o primeiro diploma que regula este sistema. Neste fluxo
estão incluídos os OAU produzidos pelos setores industrial, hoteleiro, de restauração
(HORECA) e doméstico, excluindo-se do âmbito da sua aplicação os resíduos da utilização
das gorduras alimentares animais e vegetais, das margarinas, dos cremes para barrar e do
azeite.

 Para a recolha de OAU de uso doméstico foi atribuído um papel de relevo aos municípios.
Adicionalmente, os operadores do sector da distribuição responsáveis por grandes superfícies
comerciais também devem disponibilizar locais adequados para a colocação dos pontos de
recolha seletiva de OAU.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 É proibida a deposição destes resíduos em aterro e a sua eliminação através dos sistemas
de drenagem de águas residuais (esgoto). No que respeita à reciclagem destes resíduos é
proibida a introdução de OAU ou de substâncias recuperadas na cadeia alimentar.

 Para além da APA - Agência Portuguesa do Ambiente que apresenta no seu portal online
uma rede de pontos de recolha de OAU, também a AMI - Assistência Médica
Internacional, vários municípios e quartéis dos bombeiros um pouco por todo o país
promovem a sua recolha.
ENTIDADES GESTORAS DE FLUXOS
ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS

 Fluxos emergentes

 Existem ainda outros resíduos, como as fraldas descartáveis e os consumíveis informáticos,


para os quais está a ser estudada a viabilidade de se constituírem fluxos específicos próprios.

 É importante frisar que não é apenas o produtor dos bens quem é responsável pelo bom
funcionamento dos esquemas de reciclagem. A reciclagem de resíduos só é possível se os
cidadãos separarem e depositarem ativamente os seus resíduos nos pontos de recolha
adequados.
SEGURANÇA, HIGIENE E
SAÚDE NO TRABALHO -
CONCEITOS BÁSICOS
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA HST -
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR E DO TRABALHADOR

 A maioria dos diplomas legais de segurança, higiene e saúde no trabalho mencionam que
todos os trabalhadores têm o direito a exercer as suas funções no local de trabalho em
condições de segurança, higiene e saúde.

 É da responsabilidade do empregador mobilizar os meios necessários para garantir tais


condições.

 As fontes de direito de onde emanam o conjunto de regras reguladoras da segurança, higiene e


saúde no trabalho (SHST) são em grande número, destacando-se, pela sua importância no que
refere à organização dos serviços de SHST:
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA HST -
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR E DO TRABALHADOR

 A Constituição da República Portuguesa (CRP);

 A lei nº 99/2003, de 27 de agosto, que aprovou o Código do Trabalho (CT);

 A lei nº 35/2004, de 29 de julho, que aprova a Regul. do Código do trabalho

 O Dec. Lei nº 441/91, de 14 de novembro, alterado pelo Dec. Lei nº 133/99, de 21 de abril,
que transpõe a Diretiva quadro sobre esta matéria, estabelecendo no seu artigo 13º princípios
básicos que as empresas devem ter em conta a organização das atividades de SHST.
 O Dec. Lei nº 26/94, de 1 de Fevereiro, que veio estabelecer o regime de organização e
funcionamento das atividades de segurança, higiene e saúde no trabalho previstas no art.º 13
do Dec. Lei nº 441/91 (em vigor para a administração publica, apenas).
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA HST -
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR E DO TRABALHADOR

 Porém, o conjunto de normas reguladoras desta importante matéria – SHST – não se esgota
nas normas referentes à organização dos serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho.
Acrescem àquelas mais de duzentos diplomas legais regulando diversos aspetos da segurança,
da higiene e da saúde no trabalho.

 Outros existem que embora não se referindo diretamente à segurança e ou higiene no trabalho,
tem incidência nessas vertentes.
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA HST -
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR E DO TRABALHADOR

 Obrigações dos empregadores e empregados

 A abordagem do tema das obrigações do empregador e do trabalhador no âmbito da segurança


e saúde do trabalho remete-nos, implicitamente, para campo do Direito enquanto sistema de
normas jurídicas de conduta social assistidas da proteção coativa – as sanções previstas pela
lei – e que regula a «atuação ou a conduta de homens em relação com outros homens».

 Tais condutas expressam-se em relações sociais que foram elevadas à condição de relação
jurídica, isto é de relações relativamente às quais a sociedade entendeu, através das suas
instituições de representação política ao mais alto nível, reconhecer relevância bastante para
serem tratadas pela lei, para que sejam conferidos direitos (determinados poderes) e
estabelecidas vinculações (determinados deveres) às pessoas nelas envolvidas.
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA HST -
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR E DO TRABALHADOR

 O princípio constitucionalmente consagrado no artº 59º nº 1 al. c) da CRP segundo o qual


“todos os trabalhadores, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território de origem,
religião, convicções politicas ou ideológicas, têm direito a prestação do trabalho em condições
de higiene, segurança e saúde, encontra-se na Lei nº 99/2003 de 27 de agosto, que aprovou o
código do trabalho, um maior desenvolvimento, referindo nos art.ºs 120º e 273 (a enumeração
dos deveres é extensa pelo que se aconselha a sua leitura), como deveres da entidade
patronal são os seguintes:
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA HST -
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR E DO TRABALHADOR

 Proporcionar boas condições de trabalho, tanto do ponto de vista físico como moral

 Promoção e vigilância da saúde, bem como a organização e manutenção dos registos clínicos e
outros elementos informativos relativos a cada trabalhador;

 Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em conta a proteção da segurança e saúde do


trabalhador, devendo indemnizá-lo dos prejuízos resultantes de acidentes de trabalho;

 Adotar, no que se refere à higiene, segurança e saúde no trabalho, as medidas que decorram,
para a empresa, estabelecimento ou atividade, da aplicação das prescrições legais e
convencionais vigentes;
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA HST -
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR E DO TRABALHADOR

 Fornecer ao trabalhador a informação e a formação adequadas à prevenção de riscos de


acidente e doença (todos do artº 120º)

 Informar os trabalhadores, assim como os seus representantes na empresa, estabelecimento ou


serviço, sobre os riscos para a segurança e saúde, bem como as medidas de proteção de
prevenção e a forma como se aplicam, relativos quer ao posto de trabalho ou função, quer, em
geral, à empresa, estabelecimento ou serviço; (art.º 275 CT), e ainda

 ..…assegurar aos trabalhadores condições de segurança, higiene e saúde em todos os aspetos


relacionados com o trabalho (do artº 273)
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA HST -
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR E DO TRABALHADOR

 Por outro lado, são também impostos aos trabalhadores, nos diplomas supra identificados, artº
121º alíneas h) e i) Código do Trabalho, deveres genéricos que os ”convidam” à obediência à
entidade patronal em tudo o que respeite à matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho,
nomeadamente “cooperar”, na empresa, estabelecimento ou serviço, para a melhoria do
sistema de “segurança, higiene e saúde no trabalho” e “cumprir as prescrições de segurança,
higiene e saúde no trabalho estabelecidas nas disposições legais ou convencionais aplicáveis,
bem como as ordens dadas pelo empregador.
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA HST -
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR E DO TRABALHADOR

 Obrigações gerais do trabalhador – Art. 274.º da Lei n.º 99/2003

1 — Constituem obrigações dos trabalhadores:


 a) Cumprir as prescrições de segurança, higiene e saúde no trabalho estabelecidas nas
disposições legais e em instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho, bem como as
instruções determinadas com esse fim pelo empregador;
 b) Zelar pela sua segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde das outras pessoas que
possam ser afetadas pelas suas ações ou omissões no trabalho;
 c) Utilizar corretamente, e segundo as instruções transmitidas pelo empregador, máquinas,
aparelhos, instrumentos, substâncias perigosas e outros equipamentos e meios postos à sua
disposição, designadamente os equipamentos de proteção coletiva e individual, bem como
cumprir os procedimentos de trabalho estabelecidos;
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA HST -
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR E DO TRABALHADOR

 d) Cooperar, na empresa, estabelecimento ou serviço, para a melhoria do sistema de


segurança, higiene e saúde no trabalho;

 e) Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou, não sendo possível, aos trabalhadores
que tenham sido designados para se ocuparem de todas ou algumas das atividades de
segurança, higiene e saúde no trabalho, as avarias e deficiências por si detetadas que se lhe
afigurem suscetíveis de originar perigo grave e iminente, assim como qualquer defeito
verificado nos sistemas de proteção;

 f) Em caso de perigo grave e iminente, não sendo possível estabelecer contacto imediato com
o superior hierárquico ou com os trabalhadores que desempenhem funções específicas nos
domínios da segurança, higiene e saúde no local de trabalho, adotar as medidas e instruções
estabelecidas para tal situação.
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA HST -
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR E DO TRABALHADOR

 Os trabalhadores não podem ser prejudicados por causa dos procedimentos adotados na
situação referida na alínea f) do número anterior, nomeadamente em virtude de, em caso de
perigo grave e iminente que não possa ser evitado, se afastarem do seu posto de trabalho ou de
uma área perigosa, ou tomarem outras medidas para a sua própria segurança ou a de terceiros.

 Se a conduta do trabalhador tiver contribuído para originar a situação de perigo, o disposto no


número anterior não prejudica a sua responsabilidade, nos termos gerais.

 As medidas e atividades relativas à segurança, higiene e saúde no trabalho não implicam


encargos financeiros para os trabalhadores, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar e civil
emergente do incumprimento culposo das respetivas obrigações.
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA HST -
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR E DO TRABALHADOR

 As obrigações dos trabalhadores no domínio da segurança e saúde nos locais de trabalho não
excluem a responsabilidade do empregador pela segurança e a saúde daqueles em todos os
aspetos relacionados com o trabalho.
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

 Acidente de Trabalho – conceito

1 - É acidente de trabalho aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza direta
ou indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na
capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte.

2 a) - Entende-se por local de trabalho todo o lugar em que o trabalhador se encontra ou deva
dirigir-se em virtude do seu trabalho e em que esteja, direta ou indiretamente, sujeito ao controlo
do empregador.

2 b) - Entende-se por tempo, além do período normal de laboração, o que preceder o seu início, em
atos de preparação ou com ele relacionados, e o que se lhe seguir, em atos também com ele
relacionados, e ainda as interrupções normais ou forçosas de trabalho.
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

Considera-se também acidente de trabalho o ocorrido:

 No trajeto de ida e de regresso para e do local de trabalho, nos termos em que vier a ser
definido em regulamentação posterior;

 Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito


económico para a entidade empregadora.

 No local de trabalho, quando no exercício do direito de reunião ou de atividade de


representante dos trabalhadores, nos termos da lei. - No local de trabalho, quando em
frequência de curso de formação profissional ou, fora do local de trabalho, quando exista
autorização expressa da entidade empregadora para tal frequência.
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

 Em atividade de procura de emprego durante o crédito de horas para tal concedido por lei aos
trabalhadores com processo de cessão de contrato de trabalho em curso;

 Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços


determinados pela entidade empregadora ou por esta consentida;

 No local de pagamento da retribuição, enquanto o trabalhador aí permanecer para tal efeito;

 No local onde o trabalhador deva receber qualquer forma de assistência ou tratamento em


virtude de anterior acidente e enquanto aí permanecer para esse efeito;
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

 Causas dos acidentes de trabalho

 O que pode promover os acidentes de trabalho?


 As condições inseguras e os atos inseguros são as causas básicas de acidentes no trabalho.
Podemos considerar como condições inseguras e atos inseguros:

 Condições inseguras:
 Equipamentos sem proteção, procedimentos arriscados em máquinas ou equipamentos,
armazenamento inseguro, iluminação deficiente, ventilação imprópria, temperatura elevada ou
baixa no local e condições físicas ou mecânicas inseguras que constituem zonas de perigo.
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

 Atos inseguros:
 Carregar materiais pesados de maneira inadequada, trabalhar em velocidades inseguras,
utilizar esquemas de segurança que não funcionam, usar equipamento inseguro ou usá-lo
inadequadamente, não usar procedimentos seguros, assumir posições inseguras, subir escadas
ou degraus depressa, distrair, negligenciar, brincar, arriscar, correr, pular, saltar e abusar.

 E necessário minimizar as condições de insegurança. As causas dos atos inseguros podem ser
atribuídas a certas caraterísticas pessoais que predispõem aos acidentes, como ansiedade,
agressividade, falta de controlo emocional, etc. Essas tendências de comportamentos levam a
atos inseguros, como desatenção e falhas em seguir procedimentos, e aumentam a
probabilidade de acidentes
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

Humanas Diminuição de Idade Fadiga Falha de um órgão Hábitos tóxicos…


fisiológicas funções
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

Humanas Negligência Emotividade Rotina


Psicológicas
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

Técnicas Habilitações literárias Insolubilidade Proteção de máquinas e Heterogeneidade da


ferramentas equipa
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

MATERIAIS Perigos inerentes à Ausência de métodos de Ausência de encargos de


profissão segurança segurança
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

 Como diminuir os acidentes de trabalho?

 Algumas medidas simples ajudariam a diminuir o número de acidentes, alguns exemplos


são:

 Sinalizar toda a empresa


 Empregados novos, usar capacete de cor diferente
 Uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) atuante
 Campanhas de prevenção de acidentes
 Kit de primeiros socorros
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

 Realização periódica da Semana Interna de Acidentes no Trabalho (SIPAT)


 Formação da brigada de incêndio
 Rever periodicamente os extintores
 Chaves de segurança
 Formação para prevenir acidentes
 Apoio da direção e das chefias.
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

 Consequências dos acidentes de trabalho

 Físicas

 Morte
 Incapacidade permanente
 Incapacidade temporária
 Outros casos - acidentes sem incapacidade
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

 Sociais

 O indivíduo
 A família
 A empresa
 A comunidade
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

 Económicas (Avaliação dos custos)

 a)Custos diretos imediatos

 Salários
 Assistência médica
 Medicamentos
 Indemnizações
 Maior procura do seguro
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

 Económicas (Avaliação dos custos)

 b) Custos indiretos imediatos:

 Imagem da empresa;
 Insatisfação individual;
 Absentismo;
 Produtividade;
 Competitividade.
CONCEITO/CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS
ACIDENTES DE TRABALHO

 Económicas (Avaliação dos custos)

 c) Custos indiretos a prazo

 Sofrimento do sinistrado
 Reparação da máquina
 Substituição do acidentado
 Perda de investimento na formação
 Sofrimento da família
CONCEITO E PRINCIPAIS DOENÇAS
PROFISSIONAIS

 Doenças profissionais:

 Doenças por consequência direta do trabalho, e que confere direito a reparação específica. (DL
nº 12/80, de 8.05)

 São as doenças constantes da lista das doenças profissionais e ainda toda a lesão, perturbação
funcional ou doença, que seja consequência necessária e direta da atividade exercida pelos
trabalhadores desde que não representem o normal desgaste do organismo (art.310º CT e 2º L
248/99 de 2 /7).
CONCEITO E PRINCIPAIS DOENÇAS
PROFISSIONAIS

 Doenças profissionais:

 Doenças por consequência direta do trabalho, e que confere direito a reparação específica. (DL
nº 12/80, de 8.05)

 São as doenças constantes da lista das doenças profissionais e ainda toda a lesão, perturbação
funcional ou doença, que seja consequência necessária e direta da atividade exercida pelos
trabalhadores desde que não representem o normal desgaste do organismo (art.310º CT e 2º L
248/99 de 2 /7).
CONCEITO E PRINCIPAIS DOENÇAS
PROFISSIONAIS

 A OMS distingue os dois tipos de doença relacionada com o trabalho:

 Doença ocupacional
 Situação para a qual existe uma relação bem estabelecida entre a alteração de saúde e um ou
mais fatores do trabalho que podem ser bem identificados, quantificados e eventualmente
controlados;

 Doença relacionada com o trabalho:


 Situação onde a relação entre a alteração de saúde e o trabalho é fraca, não é clara e é variável.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS

 Risco:

 Combinação da probabilidade e das consequências da ocorrência de um determinado


acontecimento perigoso. Norma NP 4397:2001

 É a possibilidade de um trabalhador sofrer um dano na sua saúde ou integridade física


provocada pelo trabalho.
CONCEITO E PRINCIPAIS DOENÇAS
PROFISSIONAIS

 Riscos profissionais

 Traduzem as condições inseguras do trabalho capazes de afetar a saúde, a segurança e o bem-


estar dos trabalhadores.

 São fenómenos ligados ao processo produtivo, resultante da interação, a nível de ambiente de


trabalho, de: homem, equipamentos de trabalho, métodos, materiais e formas de organização.
CONCEITO E PRINCIPAIS DOENÇAS
PROFISSIONAIS

 Tipos de riscos profissionais:

 Riscos Materiais
 Riscos de Operação
 Riscos Ambientais
 Riscos Ergonómicos
 Riscos Organizativos
 Riscos Humanos e biológicos
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Riscos e agentes biológicos

 Riscos biológicos são decorrentes da exposição a agentes potencialmente patogênicos que


podem causar infeções graves;
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Formas de veiculação de agentes patogênicos:

 Aerossóis;
 Poeiras;
 Alimentos;
 Instrumentos laboratoriais;
 Água;
 Culturas;
 Amostras biológicas (sangue, urina, escarros, secreções, etc.).
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Os agentes biológicos patogênicos para o homem, animais e plantas são distribuídos em


classes de risco biológico em função de diversos critérios tais como:

 A gravidade da infeção,
 Do nível de sua capacidade de se disseminar no meio ambiente,
 Estabilidade,
 Endemicidade,
 Modo de transmissão,
 Da existência ou não de medidas profiláticas, como vacinas e
 Da existência ou não de tratamentos eficazes;
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Agentes Biológicos – bactérias; fungos; vírus; clamídias; riquétsias; micoplasmas; príons;


parasitas (protozoários e metazoários),linhagens celulares e outros organismos;

 Os agentes biológicos são classificados conforme a sua perigosidade ou índice de risco de


infeção.
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS
DE ENTRADA NO ORGANISMO -
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Classificação do agente biológico de acordo com o


grupo de risco

 Grupo de risco 1: É constituído de microrganismos


que provavelmente não causam doenças no homem
ou nos animais.
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Grupo de risco 2: Inclui germes


patogénicos capazes de causar doenças em
seres humanos ou animais.
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Grupo de risco 3: Inclui germes


patogénicos que costumam causar doença
grave em seres humanos ou animais. Alto
risco individual, baixo risco para a
comunidade.
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Grupo de risco 4: Inclui germes


patogénicos que costumam causar doença
grave em seres humanos ou animais. De
fácil transmissão entre os seres humanos.
Alto risco individual, alto risco
comunitário
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Trabalhadores expostos aos agentes biológicos

 Laboratórios de Investigação;
 Serviços Hospitalares;
 Laboratórios Clínicos;
 Laboratórios de Diagnóstico;
 Matadouros;
 Na recolha e tratamento de lixo;
 Em diversos ramos da indústria
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Fatores necessários para que apareça a doença por ação de agentes biológicos

 O microrganismo deve ser patogénico;

 Existência de número suficiente para ultrapassar defesas do organismo;

 Entrada no organismo por canal específico.


RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Lista indicativas de atividades

 Trabalho em unidades de produção alimentar;


 Trabalho agrícola;
 Atividades em que há contacto com animais e/ou produtos de origem animal;
 Trabalho em unidades de saúde, incluindo unidades de isolamento e de autópsia;
 Trabalho em laboratórios de análises clínicas, veterinários, de diagnóstico e de investigação,
excluindo laboratórios microbiológicos de diagnóstico;
 Trabalho em unidades de recolha, transporte e eliminação de resíduos;
 Trabalho nas estações de tratamento de águas residuais;
 Processos industriais.
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Vias de entrada dos agentes biológicos no organismo

 Inalação do ar ambiente;
 Ingestão de alimentos;
 Contacto cutâneo ou através de ferimentos;
 Mucosas;
 Olhos.
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Medidas de prevenção e proteção

 1ª Avaliação dos riscos de exposição a agentes biológicos:


 Para identificar os agentes causadores de risco.
 A possibilidade da sua propagação na coletividade.
 O tempo de exposição efetiva ou potencial dos trabalhadores.
 Formular orientação para a aplicação de medidas de proteção dos trabalhadores de agentes
biológicos perigosos e de agentes cuja perigosidade ainda não esteja definida.
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 2º. O empregador deve evitar a utilização desses agentes, sempre que a natureza do trabalho
o permita. Se esse procedimento não for tecnicamente viável, o empregador deve reduzir o
risco de exposição até ao nível que for tecnicamente possível para proteger adequadamente os
trabalhadores.

 3º. O empregador deve submeter os trabalhadores a exames de saúde, de modo a


acompanhar a evolução do seu estado de saúde e, se necessário, adotar medidas preventivas
adequadas.
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Uma das medidas técnicas de prevenção poderá ser a substituição de agentes biológicos
perigosos por outros que não causem ou causem menor perigo para a segurança e/ou saúde dos
trabalhadores. Mas esta medida pode não ser tecnicamente viável. E para que o risco de
exposição seja reduzido a um nível tão baixo quanto for tecnicamente possível para proteger
adequadamente a segurança e a saúde dos trabalhadores, sugere-se as seguintes medidas:

 Limitação ao mínimo do n.º de trabalhadores expostos ou com possibilidade de o serem;


 Modificação dos processos de trabalho e das medidas técnicas de controlo para evitar ou
minimizar a disseminação dos agentes biológico no local de trabalho;
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Aplicação de medidas de proteção coletiva e individual, e a exposição não puder ser evitada
por outros meios;
 Aplicação de medidas de higiene compatíveis com os objetivos da prevenção ou redução da
transferência ou disseminação acidental de um agente biológico para fora do local de trabalho;
 Utilização do sinal indicativo de perigo biológico e de outra sinalização apropriada, de acordo
com a sinalização de segurança em vigor;
 Elaboração de planos de ação em casos de acidentes que envolvam agentes biológicos;
 Verificação da presença de agentes biológicos utilizados no trabalho fora do confinamento
físico primário, sempre que for necessário e tecnicamente possível;
RISCOS E AGENTES BIOLÓGICOS - VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Utilização de meios de recolha, armazenagem e evacuação dos resíduos, após tratamento


adequado, incluindo o uso de recipientes seguros e identificáveis sempre que necessário;
 Utilização de processos de trabalhos que permitam manipular e transportar, sem risco, os
agentes biológicos.

 A não existência, a nível mundial, de valores limite de exposição para agentes biológicos,
torna difícil a sua avaliação e, até mesmo, a adoção de medidas preventivas. Assim, a medida
preventiva fundamental, consiste no fomento de uma cultura de prevenção no domínio dos
riscos associados aos agentes biológicos.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 São considerados riscos físicos as diversas formas de energia, tais como:

 Ruídos;
 Temperaturas excessivas;
 Vibrações;
 Pressões anormais;
 Radiações;
 Humidade.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 O ambiente térmico
 O ambiente térmico desempenha um papel importante no melhoramento das condições de
trabalho.

 De acordo com a American Society of Heating Refrigeration and Air Conditions (ASHRAE),
conforto térmico pode ser definido como "o estado de espirito em que o indivíduo expressa
satisfação em relação ao ambiente térmico". Este estado é obtido quando um indivíduo está
numa condição de equilíbrio com o ambiente que o rodeia, o que significa que é possível a
manutenção da temperatura dos tecidos constituintes do corpo, num domínio de variação
estrito, sem que haja um esforço sensível.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 O ambiente térmico

 O ambiente térmico desempenha um papel importante no melhoramento das condições de


trabalho.

 De acordo com a American Society of Heating Refrigeration and Air Conditions (ASHRAE),
conforto térmico pode ser definido como "o estado de espirito em que o indivíduo expressa
satisfação em relação ao ambiente térmico". Este estado é obtido quando um indivíduo está
numa condição de equilíbrio com o ambiente que o rodeia, o que significa que é possível a
manutenção da temperatura dos tecidos constituintes do corpo, num domínio de variação
estrito, sem que haja um esforço sensível.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO,
EFEITOS SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS
DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Esta é a situação ideal, que corresponde a um ambiente neutro ou


confortável. Fora deste ambiente pode haver alterações fisiológicas
no ser humano.

 Em condições normais de saúde e conforto, a temperatura do corpo


humano mantém-se aproximadamente constante próxima de 37 +/-
0,8 º C, graças a um equilíbrio entre a produção interna de calor
devida ao metabolismo e à perda de calor para o meio ambiente -
HOMEOTERMIA.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO,
EFEITOS SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS
DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 A temperatura do ambiente é importante porque determina a


velocidade com que o calor do corpo pode ser transferido para o
ambiente e, assim, a facilidade com que o corpo pode regular e
manter uma temperatura adequada.

 Uma vez que os mecanismos de termorregulação do organismo têm


como finalidade essencial a manutenção de uma temperatura interna
constante, é evidente que tem de existir um equilíbrio entre a
quantidade de calor gerado no corpo e sua transmissão ao meio
ambiente.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 Temperaturas extremas

 Altas temperaturas podem provocar:


 Desidratação;
 Erupção da pele;
 Cãibras;
 Fadiga física;
 Distúrbios psiconeuróticos;
 Problemas cardio circulatórios;
 Insolação.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 Baixas temperaturas podem provocar:
 Feridas;
 Rachaduras e necrose na pele;
 Enregelamento: ficar congelado;
 Agravamento de doenças reumáticas;
 Predisposição para acidentes;
 Predisposição para doenças das vias respiratórias.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 Para o controle das ações nocivas das temperaturas extremas ao trabalhador é necessário
que se tome medidas:

 De proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de retirar o calor e gases dos
ambientes, isolamento das fontes de calor/frio.

 De proteção individual: fornecimento de EPI (Ex: avental, bota, capuz, luvas especiais para
trabalhar no frio).
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 Iluminação

 Uma boa iluminação adequada no local de trabalho é uma condição fundamental para um bom
desempenho das pessoas e contribui para preservar de um modo geral a saúde.
 A iluminação e o uso dos computadores: quando usamos o computador, devemos considerar
um conjunto de parâmetros relacionados com a iluminação:
 Evitar os reflexos provenientes das janelas, luzes e superfícies brilhantes no ecrã.
 Utilizar estores ou persianas para atenuar a luz do dia que atinge o posto de trabalho.
 Colocar o monitor de tal maneira que o ponto central do ecrã esteja um pouco abaixo do nível
dos olhos.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 A iluminação é um fator que influencia diretamente o conforto, a produtividade e a saúde dos
profissionais no ambiente de trabalho. Seguem algumas dicas de iluminação no local de
trabalho.

 Um problema comum nas empresas e nos escritórios é o excesso de luz. Ter muita luz não
significa que seja a adequada. Muita luz pode gerar uma sensação de desconforto, além de
causar problemas de visão. A luz solar deve ser sempre aproveitada mas nunca em excesso
podendo ser controlada com persianas e cortinas.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 Além da iluminação geral, algumas atividades exigem uma iluminação mais direta na mesa de
trabalho.

 Ao longo do dia as pessoas têm necessidades diferentes de iluminação. Ao identificar essa


variação poderá ajudar no rendimento do trabalho.

 Uma iluminação com cores diferentes torna o ambiente de trabalho menos monótono,
causando uma sensação de bem-estar.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 A utilização de recursos de iluminação em paredes tornará o espaço mais aconchegante.

 A luz natural da janela nunca deve refletir diretamente no monitor do computador. O


ofuscamento prejudica a concentração e a visão.

 Remova lâmpadas onde há mais luz do que o necessário, mas certifique -se de manter uma
iluminação boa em locais de trabalho para não prejudicar o seu desempenho ou evitar
acidentes
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 Radiações

 São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das
radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. Podem ser
classificadas em dois grupos:

 Radiações ionizantes - Os operadores de raios-X e radioterapia estão frequentemente


expostos a este tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou manifestar-se nos
descendentes das pessoas expostas.
 Radiações não ionizantes - São radiações não ionizantes a radiação infravermelha,
proveniente de operação em fornos, ou de solda oxiacetilénica, radiação ultravioleta como a
gerada por operações em solda elétrica, ou ainda raios laser, microondas, etc.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS SOBRE
A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO E
PROTEÇÃO
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 Para que haja o controlo da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tome:

 Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (Ex: biombo protetor para
operação em solda), proteção da fonte de radiação (Ex: pisos e paredes revestidas de chumbo
em salas de raio-x).
 Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (Ex: avental, luva,
perneira e mangote de raspa para soldador, óculos para operadores de forno).
 Medidas administrativas: (Ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x).
 Medidas médicas: exames periódicos.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 Ruídos

 As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir
níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios prejuízos à saúde.
Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações
danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente.

 Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS SOBRE
A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO E
PROTEÇÃO
 O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando:

 Fadiga nervosa;

 Alterações mentais:

 Perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar as ideias;

 Hipertensão;

 Modificação do ritmo cardíaco;

 Modificação do calibre dos vasos sanguíneos;

 Modificação do ritmo respiratório;

 Perturbações gastrointestinais;

 Diminuição da visão noturna;

 Dificuldade na perceção de cores.


RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 Ruídos

 As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir
níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios prejuízos à saúde.
Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações
danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente.

 Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 Além destas consequências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a perda
temporária ou definitiva da audição.

 Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem ser
adotadas as seguintes medidas:
 Medidas de proteção coletiva: proteção da máquina produtora de ruído; isolamento de ruído.
 Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI)
(no caso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de eliminar o ruído
ou como medida complementar.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de trabalho,
revezamento.

 Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI, campanha de conscientização.

 Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso.


RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 Vibrações

 Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, as quais


podem ser nocivas ao trabalhador. As vibrações podem ser:
 Localizadas - (em certas partes do corpo). São provocadas por ferramentas manuais, elétricas
e pneumáticas. Consequências: alterações neuro vasculares nas mãos, problemas nas
articulações das mãos e braços; osteoporose (perda de substância óssea).
 Generalizadas - (ou do corpo inteiro). As lesões ocorrem com os operadores de grandes
máquinas, como os motoristas de caminhões, autocarros e tratores. Consequências: Lesões na
coluna vertebral; dores lombares.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 Riscos químicos

 Os riscos químicos presentes nos locais de trabalho são encontrados na forma sólida, líquida e
gasosa e classificam-se em:

 Poeiras, fumos, névoas, gases, vapores, neblinas e substâncias, compostos e produtos


químicos em geral.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
 Tipos de Risco

 Os produtos químicos podem ser analisados de acordo com os diferentes tipos de risco e em
especial das suas consequências:

 Riscos de explosão e de incêndio


 Riscos de irritação e de queimaduras por contacto
 Riscos de intoxicação
 Riscos para o ambiente.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO

 Devido às caraterísticas físico-químicas dos produtos químicos, podem desencadear-se


incêndios e explosões quando da presença de substâncias inflamáveis, explosivas e
comburentes.

 Em consequência de desprendimento de calor e devido à incompatibilidade química de


algumas substâncias pode dar-se a inflamação ou explosão dos reagentes e dos produtos da
reação libertando matérias muito tóxicas.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS
SOBRE A SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO
E PROTEÇÃO
Classificação, rotulagem e armazenagem

 Como podemos identificar os produtos químicos perigosos?

 Os produtos químicos estão presentes em todo o lado, quer em nossas casas, quer nos locais
de trabalho. Mesmo em nossas casas é importante sabermos que a utilização dos produtos
químicos pode comportar perigos e que para os evitar temos que saber interpretar a
informação do rótulo.
 No entanto, é nos locais de trabalho, principalmente na agricultura, na indústria e construção
civil que os produtos químicos perigosos são usados de forma intensiva, com riscos para a
segurança e saúde dos trabalhadores, se não houver cuidados na sua utilização.
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO,
EFEITOS SOBRE A SAÚDE,
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E
PROTEÇÃO
 O rótulo

 No rótulo a informação sobre a


perigosidade é transmitida através de
símbolos, frases de risco (R) e frases de
segurança (S)
RISCOS FÍSICOS - CONCEITO, EFEITOS SOBRE A
SAÚDE, MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO

 Os símbolos

 Trata-se de pictogramas que identificam, de


forma universal, as caraterísticas e perigos
associados aos produtos químicos perigosos.
RISCOS DE INCÊNDIO OU EXPLOSÃO

 O fogo e as explosões estão na origem de grandes danos pessoais e materiais em instalações


onde se desenvolvem atividades económicas. A promoção da segurança contra riscos de
incêndio nos estabelecimentos industriais, comerciais ou de serviços tem como objetivo:

 Reduzir os riscos de eclosão de um incêndio;


 Limitar o risco de propagação do fogo e dos fumos;
 Garantir a evacuação rápida e segura dos ocupantes;
 Facilitar a intervenção eficaz às equipas de 1ª intervenção dos bombeiros.
RISCOS DE INCÊNDIO OU EXPLOSÃO

 Com vista à satisfação destas exigências devem ser tomadas as precauções necessárias nas
instalações (fabris e administrativas), com o objetivo de:

 Providenciar caminhos de evacuação protegidos contra a propagação do fogo e dos fumos;


 Garantir uma estabilidade satisfatória, dos elementos estruturais face ao fogo;
 Garantir um comportamento satisfatório dos elementos de compartimentação face ao fogo;
 Dispor de equipamentos técnicos (instalação elétrica, de gás, de ventilação e outros) que
funcionem em boas condições de segurança com comandos de emergência devidamente
localizados e sinalizados;
RISCOS DE INCÊNDIO OU EXPLOSÃO

 Dispor de sistema de alarme, alerta, iluminação de emergência e sinalização apropriados;


 Dispor de meios de primeira intervenção apropriados;
 Organizar a formação e a instrução de pessoal;
 Assegurar a conservação e manutenção dos equipamentos técnicos, incluindo os de segurança.

Existe regulamentação publicada que apoia os intervenientes na sua atividade como, por
exemplo, as notas técnicas do Serviço Nacional de Bombeiros (SNB) e as regras técnicas do
Instituto de Seguros de Portugal.
RISCOS DE INCÊNDIO OU EXPLOSÃO
 Medidas preventivas e de proteção

 De acordo com a NP 1553, os fogos são classificados, em função da natureza do material de


combustão envolvido, em quatro classes:
 Classe A Fogos de materiais sólidos, geralmente de natureza orgânica, e que ao arder,
normalmente deixam brasas. Ex.: madeira, carvão, papel, plásticos.
 Classe B Fogos de líquidos ou de sólidos liquidificáveis. Ex.: óleo, gasolina, gasóleo, alcatrão,
ceras, tintas, álcool, etc.
 Classe C Fogos de gases. Ex.: gás natural, butano, propano, hidrogénio, acetileno, etileno.
 Classe D Fogos de metais. Ex.: ácido sulfúrico, alumínio, sódio, magnésio, titânio, fósforo.
RISCOS DE INCÊNDIO OU EXPLOSÃO
 Métodos de extinção

A extinção de um fogo está relacionada com os quatro elementos (tetraedro) que são necessários
para que exista combustão. São quatro os métodos:

 Arrefecimento
 O mais utilizado, consistindo em baixar a temperatura do combustível e do meio ambiente,
abaixo do seu ponto de ignição.
 Abafamento
 Consiste no isolamento do combustível e do oxigénio, ou na redução da concentração deste no
ambiente.
RISCOS DE INCÊNDIO OU EXPLOSÃO

 Diluição ou eliminação do combustível


 Consiste na separação do combustível da fonte de calor.

 Inibição da chama ou interrupção da reação em cadeia


 Consiste na alteração da reação química, modificando a libertação dos radicais livres
produzidos e libertados na combustão.
MEIOS DE PRIMEIRA INTERVENÇÃO -
EXTINTORES - CLASSIFICAÇÃO E ESCOLHA

 Os extintores de incêndio, em seu rótulo,


possuem indicação sobre as classes de
incêndio para as quais são adequados.
MEIOS DE PRIMEIRA INTERVENÇÃO -
EXTINTORES - CLASSIFICAÇÃO E ESCOLHA

 Em alguns casos o rótulo


informa também as
classes de incêndio para
as quais o extintor não se
presta, conforme exemplo
abaixo:
MEIOS DE PRIMEIRA INTERVENÇÃO -
EXTINTORES - CLASSIFICAÇÃO E ESCOLHA

 Para classe "A"


 Assim, se a edificação possuir em sua maioria elementos que produzam um incêndio classe
“A”, deverão ser selecionados extintores que extingam tais tipos de incêndio, como os de água
ou espuma.

 Para classe "B"


 Para incêndio classe “B”, usa-se espuma (figura acima), pó comum, também chamado Pó BC,
ou dióxido de carbono, também chamado gás carbônico ou CO².
MEIOS DE PRIMEIRA INTERVENÇÃO -
EXTINTORES - CLASSIFICAÇÃO E ESCOLHA

 Para classe “C” empregam-se os mesmos extintores de pó e o gás carbônico, exemplificados


nas figuras acima.

 Pós Multi Uso ou Pós-ABC


 Os extintores de Pós chamados Multiuso ou ABC são extintores que podem ser usados em
quaisquer classes de incêndio, pois extinguem princípios de incêndio em materiais sólidos, em
líquidos inflamáveis e gases. Também controlam incêndios em que haja a presença da corrente
elétrica, sem transmiti-la, isto é, sem gerar risco ao operador.
RISCOS ELÉTRICOS

 A eletricidade é uma das fontes de energia mais utilizadas no mundo moderno, ela é essencial a
toda hora, sem interrupções e ainda, é considerada como serviço público. Entretanto, pode
comprometer a segurança e a saúde das pessoas que a ela estejam expostas direta ou
indiretamente, porque a eletricidade não é percetiva aos sentidos do homem, ou seja, não é vista
nem sentida, e em virtude disto, as pessoas podem estar expostas a situações de risco ignoradas
ou subestimadas.

 Os riscos à segurança e saúde dos trabalhadores expostos a energia elétrica são por si só muito
elevados, podendo levar a lesões graves e até mesmo à morte. Os riscos são especificados de
acordo com as atividades.
RISCOS ELÉTRICOS

 O risco é a probabilidade de ocorrência de danos sobre as pessoas ou bens, resultantes da


concretização de uma determinada condição perigosa, em função:

 Da probabilidade de ocorrência de uma determinada condição perigosa;


 Grau de gravidade dos danos consequentes, os quais podem ser materiais, ambientais e
humanos.
 Em serviços com eletricidade o trabalhador está exposto a riscos de acidentes com
consequências diretas: choque e arco elétrico e com consequências indiretas: quedas, incêndio,
explosões de origem elétrica, queimaduras etc.
RISCOS ELÉTRICOS

 O choque elétrico é uma perturbação que se manifesta no organismo humano, quando é


percorrido por uma corrente elétrica. Essas perturbações podem provocar: tetanização
(contração muscular tónica contínua), paragem respiratória, fibrilação ventricular do coração e
queimaduras (de origem elétrica e não térmicas).

 Os fatores que determinam a gravidade da lesão ocasionada pelo choque elétrico são: a
intensidade da corrente elétrica circulante, o percurso e as caraterísticas da corrente elétrica (se
corrente alternada ou corrente contínua), e da resistência do corpo humano
RISCOS ELÉTRICOS

 Queimaduras
 Na maioria dos casos de acidentes evolvendo eletricidade, as vítimas apresentam queimaduras,
porque a corrente elétrica atinge o organismo através do revestimento cutâneo. Devido à alta
resistência da pele, a passagem da corrente elétrica produz alterações estruturais no organismo.
As queimaduras provocadas pela eletricidade diferem daquelas causadas por efeitos químicos,
térmicos e biológicos.
RISCOS ELÉTRICOS
A eletricidade pode ocasionar queimaduras de diversas formas
e podem ser classificadas como:
 Queimaduras pelo contato direto, quando se toca uma
superfície condutora energizada;
 Queimaduras pelo arco voltaico, quando o arco elétrico é
caraterizado pelo fluxo de corrente elétrica através do ar;
 Queimaduras por vapor metálico, quando na fusão dos
contactos elétricos há emissão de vapores e derramamento de
metais derretidos.
RISCOS ELÉTRICOS

 Técnicas de avaliação de riscos – Medidas preventivas e de proteção

 Os acidentes ocorrem da execução de atos inseguros ou da existência de condições inseguras,


constituindo estas, as causas determinantes na ocorrência dos riscos.
 As medidas de segurança aplicadas para proteger as pessoas contra os riscos de acidentes são
por intermédio das seguintes alternativas: eliminando-os, isolando-os e ou sinalizando-os.
RISCOS ELÉTRICOS

 Para isso é preciso identificar e avaliar os riscos, através das técnicas de análises de riscos,
avaliando todas as etapas e elementos dos trabalhos, racionalizando e desenvolvendo sequências
de operações, criando assim, uma condição segura para a realização dos trabalhos.

 O processo de avaliação de riscos permite-nos identificar a probabilidade da sua ocorrência e


quantificar as suas consequências. O fator de risco é igual à multiplicação da frequência de um
perigo pela sua gravidade, sendo a frequência uma previsão da quantidade dos acidentes que
possam ocorrer, e a gravidade a intensidade dos danos causados por cada acidente.
RISCOS ELÉTRICOS

 A principal vantagem da análise de riscos é o fornecimento de elementos para tomadas de


decisões que envolvam confiança e segurança, possibilitando assim, apresentar alternativas
claras e objetivas. Através da avaliação de riscos é possível identificar os riscos e com isso
gerenciá-los.

 Para gerenciar riscos é necessário formar uma nova ótica no conceito de segurança industrial,
tanto no aspeto de prevenção como no aspeto da ação. O gerenciamento de riscos visa a
identificação das causas básicas dos acidentes que possam ocorrer ou que tenham acontecido
numa determinada empresa, ou seja, a ênfase está em relatar todos os acidentes que causem ou
que tenham potencial de causar algum tipo de dano.
RISCOS
ELÉTRICOS

 O método para a avaliação dos riscos adotado


pela maioria das empresas do setor elétrico é a
APR (Análise Preliminar de Risco), desta forma,
pode-se realizar a revisão da ocorrência de danos
nas pessoas, processos, equipamentos e meio
ambiente, no exercício de determinada atividade.
RISCOS MECÂNICOS

 Movimentação mecânica de cargas

 A movimentação e o manuseamento de cargas são responsáveis por cerca de 30% dos acidentes
de trabalho nas diferentes fases do processo produtivo, provocados por queda levantamento de
objetos, entaladela entre objetos, etc.. A preocupação com estes números é ainda maior se se
considerar que esta atividade na vida de uma empresa ocupa cerca de 60 a 80% do ciclo de
fabricação e que o peso de materiais normalmente movimentados numa indústria corresponde a
cerca de cinquenta toneladas por cada tonelada de produto acabado.
RISCOS MECÂNICOS

 Componentes em interação:

 Podemos dividir as variáveis envolvidas neste processo em três, cujas causas podem
condicionar a movimentação mecânica de cargas: o material, o deslocamento e o método, cada
uma com riscos inerentes e consequências diferentes;
RISCOS MECÂNICOS

 Equipamentos de manobra

 Existem vários tipos de equipamentos com características muito diferentes. A sua versatilidade
permite uma eficaz adequação à atividade desenvolvida. A melhor estratégia na redução do
risco é escolher antecipadamente o meio mais eficaz e adaptado, capaz de responder às
solicitações. Para efetuar algumas manobras existem equipamentos que exigem do homem só a
condução, outros exigem a condução e a propulsão, e ainda outros exigem a condução, a
propulsão e a elevação parcial.
RISCOS MECÂNICOS
 Equipamentos carros de transporte manual e mecânico:
 De entre os vários equipamentos deste género disponíveis no mercado, os mais conhecidos e
utilizados são:

 Carros de transporte manual


 Os carros de transporte manual mais utilizados são os porta paletes que deverão ser utilizados
tendo em conta a segurança e o tipo de transporte a efetuar.
 As rodas devem ser adequadas aos ambientes e pavimentos.
 Devem ser dotados de um sistema de travagem e não deverão ser utilizados em rampas ou
superfícies inclinadas.
RISCOS MECÂNICOS

 Carros de transporte mecânico


 O empilhador é provavelmente o transporte mecânico mais versátil e mais utilizado. Todos os
empilhadores são fabricados de acordo com normas (ASMEB56.1:1995, NFPA 505:1996,
NFPA 70:1996;etc.) onde se estabelecem as suas proteções, os ambientes de trabalho, os usos,
as operações e a sua manutenção. São fabricados com especificações técnicas para se adaptarem
a vários tipos de cargas. Estas normas permitem escolher o tipo de empilhador a utilizar em
função das necessidades e riscos existentes.
RISCOS MECÂNICOS

 Equipamentos de elevação
 Para a elevação de materiais existem equipamentos tão diversos como gruas, guinchos,
guindastes, etc., que são comandados pelo homem. As gruas são equipamentos com estruturas
pesadas, com capacidade dê carga para várias toneladas. Para além da elevação, têm translação
motorizada em uma ou em duas direções. Em vez de duas direções, algumas têm rotação e
translação radial. Mais sofisticadas são as gruas automóveis, que operam praticamente em todo
o terreno e cujas lanças são extensíveis. As pontes rolantes são também exemplos de gruas.
RISCOS MECÂNICOS

 Equipamentos de elevação
 Para a elevação de materiais existem equipamentos tão diversos como gruas, guinchos,
guindastes, etc., que são comandados pelo homem. As gruas são equipamentos com estruturas
pesadas, com capacidade dê carga para várias toneladas. Para além da elevação, têm translação
motorizada em uma ou em duas direções. Em vez de duas direções, algumas têm rotação e
translação radial. Mais sofisticadas são as gruas automóveis, que operam praticamente em todo
o terreno e cujas lanças são extensíveis. As pontes rolantes são também exemplos de gruas.
RISCOS ERGONÓMICOS –
MOVIMENTAÇÃO
MANUAL DE CARGAS

 O transporte manual de cargas envolve


partes ou todo o corpo, e mesmo que a carga
a movimentar não seja muito pesada ou
volumosa, a baixa eficiência do sistema
muscular humano torna este trabalho pesado,
provocando rapidamente fadiga com
consequências gravosas, nomeadamente
aumentando o risco de ocorrência de
acidentes de trabalho ou de incidência de
doenças profissionais.
RISCOS ERGONÓMICOS – MOVIMENTAÇÃO
MANUAL DE CARGAS

 Os estudos biomecânicos assumem particular importância nas tarefas de transporte e


levantamento de cargas, comuns a um grande número de atividades, responsáveis por várias
lesões, por vezes irreversíveis ou de difícil tratamento, sobretudo ao nível da coluna.

 Quando se levanta a carga na posição o mais ereta possível, o esforço de compressão distribui-
se uniformemente sobre a superfície total de vértebras e discos. Nesta posição consegue-se
reduzir em cerca de 20 % a compressão nos discos, em relação ao levantamento na posição
curvada.
RISCOS ERGONÓMICOS – MOVIMENTAÇÃO
MANUAL DE CARGAS

 Os estudos biomecânicos assumem particular importância nas tarefas de transporte e


levantamento de cargas, comuns a um grande número de atividades, responsáveis por várias
lesões, por vezes irreversíveis ou de difícil tratamento, sobretudo ao nível da coluna.

 Quando se levanta a carga na posição o mais ereta possível, o esforço de compressão distribui-
se uniformemente sobre a superfície total de vértebras e discos. Nesta posição consegue-se
reduzir em cerca de 20 % a compressão nos discos, em relação ao levantamento na posição
curvada.
RISCOS ERGONÓMICOS – MOVIMENTAÇÃO
MANUAL DE CARGAS

 Existem dois tipos de levantamento de cargas no trabalho:

 Levantamento esporádico: relacionado com a capacidade muscular


 Levantamento repetitivo: onde acresce a capacidade energética do trabalhador e a fadiga física.
RISCOS ERGONÓMICOS – MOVIMENTAÇÃO
MANUAL DE CARGAS
 Princípios orientadores
 Deverão ser adotados como princípios orientadores desta atividade:
 Evitar a movimentação manual de cargas;
 Se tal não for possível, utilizar aparelhos auxiliares que substituam o esforço humano, tais como
carros de mão, rolos, ventosas, pinças, etc.;
 Aprender e utilizar métodos e posições corretas de elevação, transporte e descarga de objetos,
para o caso de não ser possível recorrer a nenhuma das situações anteriores;
 Complementar estes métodos e técnicas de movimentação de cargas com equipamentos de
proteção individual adequado ao movimento a executar (ex.: botas com biqueira de aço para
levantamento manual de uma carga pesada, luvas de borracha para o transporte de objetos
escorregadios).
RISCOS ERGONÓMICOS – MOVIMENTAÇÃO
MANUAL DE CARGAS
 Princípios orientadores
 Deverão ser adotados como princípios orientadores desta atividade:
 Evitar a movimentação manual de cargas;
 Se tal não for possível, utilizar aparelhos auxiliares que substituam o esforço humano, tais como
carros de mão, rolos, ventosas, pinças, etc.;
 Aprender e utilizar métodos e posições corretas de elevação, transporte e descarga de objetos,
para o caso de não ser possível recorrer a nenhuma das situações anteriores;
 Complementar estes métodos e técnicas de movimentação de cargas com equipamentos de
proteção individual adequado ao movimento a executar (ex.: botas com biqueira de aço para
levantamento manual de uma carga pesada, luvas de borracha para o transporte de objetos
escorregadios).
RISCOS ERGONÓMICOS – MOVIMENTAÇÃO
MANUAL DE CARGAS

 Princípios a adotar para o levantamento manual de cargas

 Não sendo possível mecanizar o levantamento de cargas, para o levantamento manual, podem
resumir-se algumas recomendações:
 Posto de trabalho (bancadas, prateleiras, equipamentos, etc.) deve ser projetado tendo em conta
a ocorrência de tarefas que obrigam a levantamento de cargas;
 Limitar o levantamento de pesos a 20 Kg, no máximo - (este valor, para levantamentos
frequentes, resulta de estudos efetuados pelo NIOSH-National Institute for Occupacional Safety
and Health, USA), para levantamentos repetitivos em determinadas circunstâncias;
RISCOS ERGONÓMICOS – MOVIMENTAÇÃO
MANUAL DE CARGAS

 A carga deve possuir formas que facilitem pegar-lhe (furos laterais, pegas);
 Manter a carga na vertical;
 Manter os pesos próximos do corpo;
 Evitar torções do tronco;
 Manter os pés e costas numa postura correta;
 Evitar movimentos bruscos que provoquem picos de tensão;
 Alternar posturas e movimentos;
 Trabalhar em equipa.
RISCOS PSICOSSOCIAIS

 Os riscos psicossociais têm a sua origem no âmbito da organização do trabalho e, embora as


suas consequências negativas para a saúde não sejam tão evidentes como as dos acidentes de
trabalho ou as doenças profissionais, também podem ter uma relevância notável, manifestando-
se através de problemas como o absentismo, a rotação de pessoal, os defeitos de qualidade
ou o stress que, em conjunto, representam importantes custos tanto em termos de saúde para as
pessoas como económicos para a empresa.

 Os fatores psicossociais podem ser definidos como aquelas caraterísticas das condições de
trabalho e, sobretudo, da sua organização que afetam a saúde das pessoas através de
mecanismos psicológicos e fisiológicos a que também chamamos de stress.
RISCOS PSICOSSOCIAIS

 Mais ou menos todos nós temos um conceito intuitivo do que seja o stress: uma resposta do
organismo frente a uma situação que exige algum tipo de resposta, que se traduz em
colocar o próprio organismo em situação de alerta para poder atuar. Este processo é
normal e tem permitido o homem sobreviver até aos nossos dias. Face a uma situação de
ameaça, todo o nosso corpo se prepara para fugir ou lutar, quando a ameaça desaparece, o
organismo volta para o seu estado normal.

 O stress como risco aparece quando a situação de alerta se prolonga no tempo, impedindo o
organismo de se relaxar e, portanto, ficando em um estado contínuo de tensão. Esta situação
mantida no tempo pode dar lugar a todo tipo de alterações no organismo.
RISCOS PSICOSSOCIAIS

 Portanto, o stress no trabalho poderia ser definido como o conjunto de reações emocionais,
cognitivas, fisiológicas e do comportamento a certos aspetos adversos ou nocivos do
conteúdo, da organização ou do ambiente de trabalho.

 É um estado caraterizado por altos níveis de excitação e de angústia, com a frequente sensação
de não poder fazer frente à situação.

 Entendendo por saúde um “estado de equilíbrio físico, psíquico e social" (definição da OMS),
resulta evidente a necessidade de considerar os aspetos psicossociais do trabalho não apenas
como fatores de risco em relação aos quais devemos atuar para evitar consequências negativas
na saúde, mas também como via de potenciação das questões positivas para a saúde dos
trabalhadores, tais como o bem-estar e a satisfação no trabalho.
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE –
CONCEITO E TIPOS DE SINALIZAÇÃO

 A sinalização de segurança tem por objetivo


chamar a atenção de forma rápida e sem
dúvidas, para objetos ou situações de risco ou
perigo. Uma sinalização adequada constitui
uma verdadeira medida de prevenção de riscos
profissionais.
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE –
CONCEITO E TIPOS DE SINALIZAÇÃO

 Sinalizadores de segurança

 Cor – Vermelho:
 Significado:
 Proibição; Perigo, alarme; Material e equipamento de combate a incêndios
 Indicações:
 Sistemas de corte de emergência; atitudes perigosas; evacuação; identificação e localização.
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE –
CONCEITO E TIPOS DE SINALIZAÇÃO

 Cor: Amarelo ou amarelo alaranjado


 Significado: Sinal de aviso
 Indicações: Atenção, precaução e verificação.

 Cor: Azul
 Significado: Sinal de obrigação; informação
 Indicações: Comportamentos ou ações específicos – obrigação de usar EPI’s;
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE –
CONCEITO E TIPOS DE SINALIZAÇÃO

 Cor: Verde
 Significado: Sinal de salvamento ou de socorro; Situação de segurança
 Indicações: Identificação e localização; portas, saídas, vias, material, posto o à normalidade.
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE –
CONCEITO E TIPOS DE SINALIZAÇÃO

 Cor: Verde
 Significado: Sinal de salvamento ou de socorro; Situação de segurança
 Indicações: Identificação e localização; portas, saídas, vias, material, posto o à normalidade.
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE –
CONCEITO E TIPOS DE SINALIZAÇÃO

 Toda a sinalização que se pretenda eficaz e que, não fique reduzida a algo apenas decorativo,
deve cumprir como mínimo as seguintes condições:
 Atrair a atenção;
 Dar a conhecer a mensagem;
 Informar sobre a conduta a seguir;
 Deve haver uma possibilidade real de cumprir com o que se indica.
 A sinalização apenas marca ou mostra um risco, nunca o elimina e, portanto, nunca dá uma
segurança efetiva ou real. Em consequência disso, deve-se usar como uma técnica de prevenção
que complementa o resto de medidas a tomar
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL – PRINCIPAIS TIPOS

 Equipamentos de proteção coletiva (EPCs):


 Equipamentos de proteção coletiva, ou EPC, são equipamentos utilizados para proteção de
segurança enquanto um grupo de pessoas realiza determinada tarefa ou atividade.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL – PRINCIPAIS TIPOS

 Como exemplos de EPC podem ser citados:


 Redes de proteção (nylon);
 Sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência, ou fitas zebradas);
 Extintores de incêndio;
 Lava-olhos;
 Chuveiros de segurança;
 Exaustores;
 Kit de primeiros socorros.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL – PRINCIPAIS TIPOS

 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)


 Equipamentos de proteção individual ou EPIs são quaisquer meios ou dispositivos destinados a
ser utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança
durante o exercício de uma determinada atividade. Um equipamento de proteção individual
pode ser constituído por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu
utilizador contra um ou vários riscos simultâneos. O uso deste tipo de equipamentos só deverá
ser contemplado quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do
ambiente em que se desenvolve a atividade.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL – PRINCIPAIS TIPOS
 Tipos de EPIs

 Os EPIs podem dividir-se em termos da zona corporal a proteger:


 Proteção da cabeça; Proteção do corpo;
 Proteção auditiva; Proteção respiratória;
 Proteção ocular e facial;
 Proteção de mãos e braços;
 Proteção de pés e pernas;
 Proteção contra quedas.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL – PRINCIPAIS TIPOS
 Tipos de EPIs

 Os EPIs podem dividir-se em termos da zona corporal a proteger:


 Proteção da cabeça; Proteção do corpo;
 Proteção auditiva; Proteção respiratória;
 Proteção ocular e facial;
 Proteção de mãos e braços;
 Proteção de pés e pernas;
 Proteção contra quedas.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA E DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL – PRINCIPAIS TIPOS

 Tipos de proteção para a cabeça


EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA E DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL – PRINCIPAIS TIPOS

 Tipos de proteção para a cabeça


EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA E DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL – PRINCIPAIS TIPOS

 Proteção para o corpo


EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA E DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL – PRINCIPAIS TIPOS

 Proteção auditiva
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA E DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL – PRINCIPAIS TIPOS

 Proteção respiratória
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA E DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL – PRINCIPAIS TIPOS

 Proteção facial ocular


EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA E DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL – PRINCIPAIS TIPOS

 Proteção de mãos e braços


EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA E DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL – PRINCIPAIS TIPOS

 Proteção de pés
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA E DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL – PRINCIPAIS
TIPOS

 Proteção de pernas
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA E DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL – PRINCIPAIS TIPOS

 Proteção contra queda


EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL – PRINCIPAIS TIPOS

 Um empregador responsável é aquele que fornece todo o equipamento de proteção individual


indispensável e adequado ao trabalho a realizar.

 Um trabalhador responsável é aquele que utiliza o equipamento de proteção individual


adequado às tarefas que vai desempenhar e que trata da sua manutenção.

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