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Radioatividade

Profa. Patricia
Radioatividade
Na maiorais vezes a radioatividade é associada a uma situação de risco,
perigosa, que demanda cuidado extremo, e isso acaba levando a uma
percepção de é um fenômeno negativo, que leva a consequências danosas ao
ser humano.

Exemplos que reforçam essa crença são o acidente nuclear ocorrido na usina
de Fukushima, no Japão, onde houve vazamento radioativo após a usina ter
sido atingida por um tsunami, no ano de 2011, e a explosão das bombas
atômicas em Hiroxima e Nagasáqui, no fim da Segunda Guerra Mundial
(1945).
• Na década de 1980, outros dois acidentes envolvendo a radioatividade
mereceram destaque.
• Um deles aconteceu em 1986 na usina nuclear de Chernobyl, na
Ucrânia, quando um dos reatores superaqueceu-se e explodiu.
• O outro, ocorreu na cidade brasileira de Goiânia, em Goiás, quando
catadores de sucata abriram um dispositivo destinado a uso médico,
encontrado por eles num prédio abandonado, e expuseram ao ambiente
alguns gramas de um material radioativo contendo césio-137 (isótopo
do elemento césio com número de massa 137).
O lado positivo...
Apesar de exigir de fato muita cautela em sua utilização, a
radioatividade também pode ser aplicada em técnicas que beneficiam a
sociedade e trazem progresso à ciência.

Exemplos para justificar esse outro lado não faltam, como o avanço nos
tratamentos de doenças, a geração de energia elétrica ou a determinação
da idade de fósseis e artefatos antigos.
Raio X
O físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen (1845-1923) percebeu acidentalmente que o fecho de uma
bolsa tinha sido revelado em um filme fotográfico durante um experimento com os raios catódicos.
O experimento mostrou que, ao se chocarem com metais ou vidro, os raios catódicos eram absorvidos,
e novos raios de alta energia e capazes de sensibilizar um filme fotográfico, eram emitidos.

Esses novos raios não eram desviados quando submetidos a um campo elétrico e, por isso, Röntgen
concluiu que eles não podiam ser raios catódicos ou quaisquer outros raios constituídos de partículas
carregadas. Sendo assim, passou a chamá-los de raios X.

Hoje, podemos utilizar os raios X para visualizar partes internas do corpo de animais (principalmente
de humanos) e, assim, diagnosticar doenças e identificar fraturas ósseas.
https://www.youtube.com/watch?v=FTEX91M-RV4
A descoberta da radioatividade
No ano de 1896, o físico francês Antoine Henri Becquerel (1852-1908) constatou
que um composto contendo urânio (sulfato de potássio e uranilo, K2UO2(SO4)2
conseguia sensibilizar um filme fotográfico, mesmo que este fosse revestido de um
papel preto. Além disso, observou que o fato ocorria ainda que o composto não
fosse exposto à luz solar ou a raios catódicos, fazendo-o concluir que os raios
revelados haviam sido emitidos pelo próprio material contendo urânio.

Assim, passou a chamar essa propriedade observada de radioatividade.


Ela...
Dois anos depois, a química polonesa naturalizada francesa Marie Curie (1867-1934)
comprovou que a intensidade da radiação emitida por um material era proporcional à
quantidade de urânio presente na amostra, o que a fez concluir que esse elemento era o
responsável pela emissão.

Ainda em 1898, Marie Curie e seu marido, Pierre Curie, descobriram outros dois elementos
capazes de emitir radiação: o polônio e o rádio.

Em 1903, tanto o casal Curie quanto Becquerel receberam o prêmio Nobel de Física por
seus trabalhos com a radioatividade. Alguns anos mais tarde, em 1911, Marie Curie recebeu
o prêmio Nobel de Química pela descoberta dos novos elementos radioativos.
Rutherford – partículas alfa (α) e beta (β)
• Ainda no ano de 1898, Ernest Rutherford utilizou uma tela fluorescente
para detectar as radiações provenientes de um material radioativo. Com
auxílio de placas metálicas eletricamente carregadas descobriu que havia
dois tipos de partículas, que chamou de alfa (α) e beta (β).
• A α, segundo ele, deveria ser formada por partículas de carga positiva,
uma vez que seu feixe é atraído pela placa negativa (veja o esquema ao
lado).
• Já a β deveria ser formada por partículas negativas, pois seu feixe é
atraído pela placa positiva. Além disso, como as partículas α sofrem um
desvio menor, isso significa que elas devem possuir massa maior do que
as partículas β, pois, quanto maior for a massa de uma partícula, maior
será a sua inércia e, portanto, mais difícil será alterar sua trajetória.
Radiação Gama (γ)
• Em 1900, Paul Villard, na França, descobriu uma outra forma de radioatividade que não
apresenta carga elétrica, chamada de radiação gama (γ).

• Os raios gama, que não eram afetados pela presença do campo elétrico, não possuem nem carga
nem massa, e, por isso, conclui-se que são constituídos por ondas eletromagnéticas.

• O comportamento dessa radiação é semelhante ao dos raios X, porém a radiação gama apresenta
menores comprimentos de onda e, portanto, maior energia.
Conclusões
• Ao comparar o desvio sofrido pelas partículas, Rutherford concluiu que a massa
das partículas alfa era muito maior do que a das partículas beta, e, algum
tempo depois, determinou-se que as partículas alfa eram compostas de dois
prótons e dois nêutrons.
• Em 1900, Becquerel comparou o desvio sofrido pelas partículas beta com o desvio
sofrido por elétrons, quando são submetidos ao mesmo campo elétrico.
• Dessa comparação, concluiu que os desvios eram iguais e, assim, determinou que
as partículas beta são constituídas por elétrons.
• Em 1909, Rutherford mostrou que as partículas α são íons de hélio bipositivos.
Para pensar...
•Radiações são ondas eletromagnéticas ou partículas que se propagam com uma
determinada velocidade. Contêm energia, carga eléctrica e magnética. Podem ser
geradas por fontes naturais ou por dispositivos construídos pelo homem. Possuem
energia variável desde valores pequenos até muito elevados.

•As radiações eletromagnéticas mais conhecidas são: luz, microondas, ondas de rádio,
radar, laser, raios X e radiação gama.

• As radiações sob a forma de partículas, com massa, carga elétrica, carga magnética
mais comuns são os feixes de elétrons, os feixes de prótrons, radiação beta, radiação
alfa.
Tipos de Radiação
Dependendo da quantidade de energia, uma radiação pode ser descrita como não ionizante ou ionizante.

• Radiações não ionizante: possuem relativamente baixa energia. De fato, radiações não ionizantes estão
sempre a nossa volta. Ondas eletromagnéticas como a luz, calor e ondas de rádio são formas comuns de
radiações não ionizantes. Sem radiações não ionizantes, nós não poderíamos apreciar um programa de TV em
nossos lares ou cozinhar em nosso forno de microondas.

• Radiações ionizantes: possuem altos níveis de energia e são originadas do núcleo de átomos, podem alterar o
estado físico de um átomo e causar a perda de elétrons, tornando-os eletricamente carregados. Este processo
chama-se "ionização".
Radioatividade e estrutura atômica
Relembrando...

• Número atômico (Z) é um número que indica quantos prótons há no núcleo de um


átomo e número de massa (A) corresponde à soma dos números de prótons e nêutrons.

• Átomos que possuem mesmo número atômico pertencem ao mesmo elemento


químico.

• Isótopos são átomos com um mesmo número atômico e diferentes números de massa.
Conceituando
• Radioatividade é um fenômeno nuclear.
• As reações nucleares são processos em que o núcleo de um átomo sofre alteração.
• Nuclídeo é o nome dado a um núcleo caracterizado por um número atômico (Z) e um número
de massa (A).
• Radionuclídeo ou radioisótopo é um nuclídeo emissor de radiação.

Perceba a diferença entre uma reação química e uma reação nuclear. As reações químicas estão
relacionadas à eletrosfera. Antes e depois delas, os átomos estão unidos de maneira diferente, e
essa união envolve os elétrons.
Já uma reação nuclear provoca alterações no núcleo do átomo. A palavra isótopo, além desse
significado mais conhecido, pode também ser usada como sinônimo da palavra nuclídeo.
A radioatividade é um fenômeno nuclear, isto é, tem origem no
núcleo do átomo. Ela não é afetada por nenhum fator externo,
como pressão, temperatura etc.
Radiação X Radioatividade

• Radiação: é uma forma de transmissão de energia à distância que acontece de


duas maneiras diferentes: ou por meio de pequenas partículas que se deslocam
com grande velocidade, ou por ondas de natureza eletromagnéticas similares a luz.

• Radioatividade: está ligada diretamente ao núcleo do átomo, na qual ao final do


processo de reação o núcleo sofre alteração. Uma reação nuclear provocará
alterações no núcleo do átomo, fazendo-o com que se transforme em outros
elementos e emita raios alfa, beta e gama. É a habilidade de emitir radiação de
forma espontânea.
Tipos de radiação natural
Radiação Símbolo Natureza Poder de Penetração
Alfa 4
2 α He (2p, 2n) baixo

Beta elétron alto

Gama onda eletromagnética muito alto


Poder de penetração das partículas radioativas

Papel Alumínio Chumbo

Poder de penetração:
αβγ

Pele Músculos Órgãos


Outras partículas nucleares
• Além dos prótons, dos nêutrons e das partículas alfa, beta e gama, alguns núcleos radioativos são capazes de
emitir outras duas partículas que merecem destaque:

Representação: a massa (no canto esquerdo superior) e a carga (no canto esquerdo inferior) de cada uma das
partículas.
Leis da radioatividade
1ª lei: emissão de partículas alfa (lei de Soddy)
• Essa lei diz que um elemento, ao emitir uma partícula alfa de seu núcleo, transforma-se em um novo
elemento com número de massa 4 unidades menor e número atômico 2 unidades menor.

• Podemos tomar como exemplo o radioisótopo polônio-218, que, ao emitir uma partícula alfa, transforma-se
no chumbo-214. A equação referente a esse processo é a seguinte:
2ª lei: emissão de partículas beta (lei de Soddy, Fajans e Russel)
• Essa lei diz que um elemento, quando emite uma partícula beta, tem seu número de massa inalterado, mas seu número atômico
aumenta em 1 unidade.

• Um nêutron, ao se decompor em um núcleo radioativo, transforma-se em um próton, em uma partícula beta e em uma outra
partícula subatômica conhecida como antineutrino (ρ), que apresenta carga zero e massa aproximadamente igual a zero também.

• Assim, o novo próton formado permanece no núcleo, fazendo com que o número atômico do elemento aumente (mas sua massa
permanece a mesma), e a partícula beta é emitida. Em outras palavras, a emissão da partícula beta é fruto da decomposição de um
nêutron. Um exemplo de emissão de partícula beta ocorre quando o radioisótopo carbono-14 transforma-se em nitrogênio-14, como
mostrado a seguir.
A radiação gama
• Mesmo não aparecendo em nenhuma das leis vistas até agora, a radiação gama (γ) é também muito
importante e recorrente em elementos químicos, mesmo que seu efeito seja praticamente nulo: a
radiação gama não altera nem a massa nem o número atômico do átomo que a libera. Trata-se de
uma radiação eletromagnética de alta frequência.
Exemplo 1
Resolução
Exemplo 2
Resolução
Efeitos biológicos da radiação ionizante
• As partículas α e β e os raios γ possuem a propriedade de ionizar as moléculas que
encontram em seu caminho, isto é, arrancar elétrons delas, originando íons.
• Ao atravessar tecidos biológicos, as partículas radioativas provocam a ionização de
moléculas existentes nas células. Essa ionização pode conduzir a reações químicas
anormais e à destruição da célula ou alteração das suas funções. Isso é
particularmente preocupante no caso de lesões no material genético, o que pode
causar uma reprodução celular descontrolada, provocando o câncer.
• Alterações do material genético das células reprodutivas (espermatozóide e óvulo)
podem causar doenças hereditárias nos filhos que o indivíduo possa vir a gerar. Os
raios γ são geralmente os mais perigosos, em virtude de seu elevado poder de
penetração.
Detecção da radiação
• O mais conhecido dos instrumentos detectores de radiação é o contador Geiger (ou Geiger-Müller).

• Seu funcionamento é baseado na capacidade que as radiações têm de ionizar gases. Quando a radiação (alfa, beta ou
gama) ioniza o gás que existe dentro de uma ampola especial, esse gás se torna, momentaneamente, condutor de
corrente elétrica. Isso é detectado pelo aparelho e convertido em um sinal sonoro e em uma medida que aparece num
mostrador.

• Quanto mais radiação atingir o gás da ampola, maior será a condutividade elétrica do gás, o nível de ruído ouvido e o
nível de radiação indicado pelo mostrador.

• Para pessoas que trabalham em locais sujeitos à radiação há outros métodos de medida da radiação recebida. Entre
eles podemos citar os dosímetros (que se parecem com crachás ou bastonetes). Eles são pendurados na roupa e
contêm substâncias especiais que mudam de cor à medida que recebem radiação. Assim, eles informam se a pessoa
recebeu radiação, e também dão uma noção aproximada da dose recebida.
Cinética das desintegrações
• A cinética das desintegrações estuda a velocidade com que os núcleos emitem partículas
radioativas.
• Ao realizar experimentos, constata-se que a velocidade de desintegração é diretamente
proporcional à quantidade de material radioativo disponível, ou seja, quanto maior o número de
átomos radioativos presentes, maior será a rapidez com que eles se desintegrarão.
Tempo de meia-vida
• Quando um radionuclídeo emite partículas alfa ou beta, ele se transforma, como sabemos, em
outro nuclídeo diferente. Assim, à medida que o tempo passa, a quantidade de radionuclídeo vai
diminuindo.

• Assim, o tempo de meia-vida ou período de semidesintegração (representado por t1/2 ou P) é o


tempo necessário para que metade da quantidade de um radionuclídeo presente em uma
amostra sofra decaimento radioativo.

• O tempo de meia-vida é uma característica de cada radionuclídeo e não depende da quantidade


inicial do radionuclídeo nem de fatores como pressão, temperatura e composição química do
material (lembre-se de que radioatividade é um fenômeno nuclear, e não químico).
Decaimento
Séries Radioativas
• Três elementos radioativos, urânio-238, tório-232 e urânio-235, ao emitirem partículas nucleares
naturalmente, dão origem a um novo elemento, que também apresenta um núcleo instável e,
portanto, também libera uma nova partícula, produzindo um terceiro núcleo instável.

• Esse processo se repete sucessivas vezes até que seja formado um isótopo estável do átomo de
chumbo. As sequências de emissões que se encerram com a formação do isótopo estável do
chumbo são chamadas de séries radioativas.

• Família ou série radioativa é o nome dado ao conjunto de nuclídeos relacionados por sucessivos
decaimentos radioativos.
Tempos de meia-vida de alguns átomos radioativos.

• Conhecer a meia-vida de um material é muito importante para que possamos aplicá-lo


adequadamente na vida cotidiana, de forma a beneficiar a sociedade como um todo.
Cotidiano
Carbono-14: determinando a idade de fósseis e alguns objetos antigos
• A datação utilizando o isótopo do carbono com massa 14 é uma técnica muito utilizada para determinar
a idade de um fóssil ou de um objeto antigo encontrado em escavações arqueológicas.
• O carbono-14, radioativo, é formado nas altas camadas da atmosfera a partir da colisão de átomos de
nitrogênio com nêutrons cósmicos:

• Esse carbono-14 é incorporado pelos vegetais sob a forma de CO 2 , pela fotossíntese, e é transferido
aos animais por meio da cadeia alimentar. Quando esses seres morrem, eles deixam de assimilar o
carbono-14 em seu organismo, mas esse isótopo continua sofrendo decaimento, o que leva a uma
diminuição de sua quantidade. O carbono-14 apresenta meia-vida de 5600 anos, e seu decaimento é
representado a seguir.
Imagine...
• Como a velocidade de formação e de decaimento do carbono-14 é a mesma, podemos afirmar
que sua concentração na Terra e nos organismos vivos é constante e gira em torno de 10 ppb
(partes por bilhão), ou seja, existem 10 átomos de C-14 em cada bilhão de átomos de carbono.
• Quando esse organismo morre e seu teor de carbono-14 começa a diminuir, é possível
determinar sua idade, com base na detecção da concentração do radioisótopo no achado
arqueológico.
• Imagine que tenha sido achada uma múmia em uma escavação. Ao realizar análise para detectar
o nível de carbono-14 nessa múmia, obteve-se como resultado 2,5 ppb. Ora, se um organismo
vivo apresenta, em média, uma concentração de 10 ppb de C-14 e a múmia apresenta 2,5 ppb,
isso significa que se passaram dois períodos de meia-vida desde que o ser mumificado morreu.
• Como cada meia-vida desse radioisótopo vale 5600 anos, conclui-se que essa múmia viveu há
11200 anos.
Reações nucleares
• As reações nucleares são aquelas que envolvem, de alguma maneira, a
participação de partículas nucleares.
Transmutação natural ou decaimento
• Uma reação de transmutação natural é aquela na qual determinado átomo
radioativo, com núcleo instável, emite, por si só, partículas nucleares,
transformando-se em outro átomo.

Essa emissão ocorreu espontaneamente, sem a necessidade de nenhum outro


reagente.
Transmutação artificial ou bombardeamento
• A reação de transmutação artificial ocorre quando um núcleo radioativo transforma-se em outro ao
se chocar com alguma partícula. Essa colisão da partícula com o núcleo radioativo é chamada de
bombardeamento e ocorre de forma induzida, não natural, havendo a liberação de uma nova
partícula pelo átomo.

O choque com a partícula alfa fez com que o núcleo de nitrogênio-14 se desestabilizasse e, então,
liberasse o próton, ou seja, trata-se de um processo induzido, que não ocorre na natureza.
Fissão nuclear
• A fissão nuclear ocorre quando um núcleo, ao ser bombardeado por alguma partícula, se rompe e
dá origem a novos núcleos diferentes, liberando grande quantidade de energia.
• O termo “fissão” significa quebra, rompimento; por isso, haverá nessa reação a formação de mais
de um núcleo a partir de um único, que se partiu.
Fissão nuclear
Fissão nuclear é o processo de quebra de núcleos grandes em
núcleos menores, liberando uma grande quantidade de energia.

A energia liberada na reação de fissão do urânio-235 é muito grande, muito maior do


que aquela envolvida em reações químicas como, por exemplo, uma combustão.
1 g de urânio-235 equivale, sob o ponto de vista energético, a cerca de trinta toneladas
do explosivo TNT!
Usina nuclear
• Usinas nucleares são instalações que convertem a energia gerada em uma reação nuclear em
energia elétrica. De forma simplificada, a reação que ocorre na usina é a fissão nuclear do urânio-
235 e o calor gerado por essa fissão é utilizado para vaporizar água. O vapor formado faz uma
turbina girar, produzindo, assim, energia elétrica.
https://www.youtube.com/watch?v=2xdMGNvIoTA
Bomba Atômica
• A bomba atômica é uma arma que foi desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial e utilizada
pelos Estados Unidos no bombardeio às cidades japonesas de Hiroxima e Nagasáqui, causando a
morte de mais de 100 mil pessoas imediatamente. Ao ser acionada, ocorre em seu interior a mesma
reação de fissão nuclear do urânio-235 empregada nas usinas nucleares, mas a energia produzida,
em lugar de energia elétrica, causa destruição e mortes. Mesmo hoje, mais de sessenta anos após a
detonação das bombas, pessoas ainda sofrem com a radiação emitida pela explosão.

• 6 de agosto de 1945, Hiroxima: uma bomba atômica baseada na fissão do urânio-235, batizada de
Little Boy (Pequeno Menino), foi detonada sobre a cidade japonesa.
• 9 de agosto de 1945, Nagasáqui : uma bomba atômica uma outra bomba atômica, dessa vez
baseada na fissão do plutônio-239, batizada de Fat Man (Homem Gordo), explodiria sobre outra a
cidade japonesa.
https://www.youtube.com/watch?v=f18W_ITQGa8
Fusão nuclear
• Fusão é um termo que significa junção, união.
• Em uma fusão nuclear, núcleos atômicos unem-se, fundem-se para
formar um único novo núcleo. Essas reações liberam uma
quantidade imensa de energia, e elas ocorrem com frequência no
Sol. A energia liberada nas reações solares é tão grande que
alcança nosso planeta, aquecendo-nos diariamente.
• Para ocorrer fusão nuclear é necessária uma temperatura muito
elevada, pelo menos da ordem de 10 milhões de graus Celsius. O
Sol é uma imensa bola de hidrogênio onde a temperatura é
suficiente para que ocorra a fusão dos átomos de hidrogênio,
formando átomos mais pesados e liberando a energia que chega
até nós na forma de luz e calor.
Bomba de Hidrogênio
• Fusão nuclear é a reação que ocorre quando uma bomba de hidrogênio (bomba H) explode. No
entanto, para que a fusão ocorra, é necessária uma altíssima temperatura, que é conseguida através
da explosão de uma bomba atômica, que funciona como detonador da bomba H.

• Um dos grandes desafios da ciência na atualidade é conseguir realizar fusões nucleares de forma
controlada, uma vez que a quantidade de energia liberada e que, consequentemente, pode ser
aproveitada é enorme. As dificuldades que se apresentam para esse processo envolvem a busca de
um material que possa suportar temperaturas tão elevadas e o desenvolvimento de uma forma de
escoar rapidamente a energia liberada de modo responsável.
Vamos praticar?
Exercício 1

O tempo de meia vida de um determinado material é de 10 horas. Qual a


% restante do material após 30 horas?
Resolução:

t½= 10 horas = 30 horas = 3 t½

100% ---t½---50% ---t½---25% ---t½---12,5%


10h 10h 10h
Exercício 2

Dada a equação a seguir, determine os valores de x e y

  204 4
𝑊 → 𝑥 𝛼+ 𝑦 0
𝛽+ 192
𝑍
90 2 −1 92
Resolução:

W tem massa = 204 W tem numero atômico = 90

204 = x.4 + y.0 + 192 90 = x.2 + y.(-1) + 92


204 = x.4 + 0 + 192 90 = 3.2 + y.(-1) + 92
x = 204 – 192 / 4 90 = 6 + y.(-1) + 92
x=3 y = 90 – 98 / (-1)
y=8
Exercício 3

(Unioeste-PR) Considere o seguinte decaimento radiativo:

Assinale a sequência correta de partículas emitidas.

a) Radiação alfa, radiação beta, radiação beta, radiação alfa e radiação beta.
b) Emissão de pósitrons, emissão de nêutrons, emissão de nêutrons, emissão de pósitrons e emissão de nêutrons.
c) Radiação gama, radiação beta, radiação beta, radiação gama e radiação beta.
d) Emissão de nêutrons, emissão de pósitrons, radiação alfa, radiação alfa e radiação beta.
e) Radiação beta, radiação alfa, radiação alfa, radiação beta e radiação alfa.
Resolução:

Alternativa A
Exercício 4

(Vunesp-SP) Durante sua visita ao Brasil em 1928, Marie Curie analisou e constatou o valor terapêutico das
águas radioativas da cidade de Águas de Lindoia, SP. Uma amostra de água de uma das fontes apresentou
concentração de urânio igual a 0,16 µg/L. Supondo que o urânio dissolvido nessas águas seja encontrado na
forma de seu isótopo mais abundante, 238U, cuja meia-vida é aproximadamente 5 . 109 anos, o tempo
necessário para que a concentração desse isótopo na amostra seja reduzida para 0,02 µg/L será de:

a) 5 . 109 anos
b) 10 . 109 anos
c) 15 . 109 anos
d) 20 . 109 anos
e) 25 . 109 anos
Resolução:

Alternativa C

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