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Saneamento ambiental e meio ambiente urbano.

Drenagem urbana e manejo de águas pluviais urbanas


Resíduos sólidos: coleta, limpeza pública, tratamento, reciclagem
e destinação final.
Degradação e poluição ambiental e desafios.

Realidades
Municipais

Aula 02

Prof. Natália C.
Ribeiro
Saneamento ambiental e meio ambiente urbano
Saneamento Ambiental no desenvolvimento urbano uma das maiores demandas
de planejamento estratégico. É a gestão do conjunto de infra-estruturas
relacionados aos serviços de:
Esgotamento Sanitário
Resíduos Sólidos 'S Desequilibrio
na oferta
Abastecimento de Água Arranjos
(serviços e regiões)!
Manejo de Águas Pluviais institucionais de Não há uma entidade
gestão municipal que integre a
Objetivos gestão de todos estes serviços
da Política

Realidades
Municipais

Aula 02

Prof. Natália C.
Ribeiro
Saneamento Municipal: Atribuições
Estado Município
(secretarias e (secretarias, empresas públicas
departamentos estaduais) e autoridades municipais)

SMPR
Sabesp DAEE/EMAE SIURB
m
Ma age SMPR/SEHAB
cro
d ren
ren od
age cr
m a
Abasteciment Esgotamento M gem
a Gestão de
o de Água Sanitário d ren
ro Resíduos
Coleta: 86% Manejo de Mic Sólidos
96,1% Tratamento:70%
Fornecimento Águas Pluviais

Monitoração RealidadesMunicipai
CETESB s

São Paulo: Gestão envolve diversas instituições que se Aula 02


complementam em redes complexas de interação. Principal Prof. Natália C.
diferença da maioria dos municípios: município e governo estadual Ribeiro
tem participação ativa e compartilhada na gestão dos serviços.
de drenagem urbana. Quanto ao saneamento, suas atribuições são: a urbanização de fundos de vale e a contenção das margens

de córregos, a fiscalização de projetos e obras de macrodrenagem, a construção de elementos de contenção e transporte de

Saneamento: Estrutura município (secretarias)


águas pluviais, a organização e manutenção dos cadastros das instalações existentes, e prestação de atendimento emergencial

nos eventos de chuvas intensas, por meio da Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE). SPObras encontra-se vinculada à

esta secretaria.

Secretaria Municipal de Habitação - SEHAB: Responsável por executar a política municipal de habitação social e promover a

regularização fundiária e urbanística de assentamentos precários, loteamentos e parcelamentos irregulares (áreas com condições

mais críticas de saneamento do Município). A SEHAB é responsável pela coordenação dos programas relacionados à urbanização

de favelas, provindos de diferentes fundo. Nas intervenções de urbanização que coordena, também é responsável pelo projeto e

obra dos sistemas de drenagem urbana, esgotamento sanitário e abastecimento de água. Órgão presidente do Conselho gestor do

Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura (FMSAI).

Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento - SMUL: Responsável pelas ações de planejamento urbano no Município,

relacionadas ao uso e ocupação do solo. Suas ações estão bastante relacionadas às questões de saneamento, tanto no

enquadramento das edificações dentro das exigências legais, na integração de planos, programas e projetos relacionados ao

desenvolvimento urbano, como na implementação de parques e outras áreas funcionais na cidade. Secretaria onde encontra-se
Realidades
vinculada a SPUrbanismo.
Municipais
Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais - SMPR: É Responsável por coordenar as 32 prefeituras regionais. Entre as
Ainda: Secretaria do Governo Municipal - SGM; Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente - Aula 02
atribuições destas partições estão os serviços de: limpeza urbana, manutenção de canais, galerias e reservatórios de contenção,
SVMA; Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social - SMADS; Secretaria Municipal da
Prof. Natália C.
limpeza de córregos, ações de zeladoria dos fundos de vale, e prestação de atendimento emergencial nos eventos de chuvas
Saúde - SMS; Secretaria Municipal de Segurança Urbana - SMSU. Ribeiro
intensas. Secretaria onde encontra-se vinculada a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (AMLURB).
Saneamento: Estrutura município (secretarias)
SIURB Obras de drenagem urbana (urbanização de fundos de vale
e a contenção das margens de córregos, projetos e obras de
EP
SPObras macrodrenagem)

É responsável pelo projeto e obra dos sistemas de drenagem


SEHAB urbana, esgotamento sanitário e abastecimento de água nas
intervenções que coordena. É o órgão gestor do FMSAI.
Cuidas ações de planejamento relacionadas ao uso e ocupação
SMUL
do solo. Suas ações estão relacionadas às questões de
SPUrbanismo
saneamento, tanto no enquadramento das edificações, como na
EP
Atividades de Limpeza
implementação urbana,
de parques manutenção
e outras de canais,
áreas funcionais.
Realidades
SMPR galerias e reservatórios de contenção, limpeza de Municipais
córregos, ações de zeladoria dos fundos de vale, e Aula 02
AMLURB A
prestação de atendimento emergencial nos eventos de Pro
f. Natália C.
chuvas intensas. Ribeiro
Saneamento: Estrutura estadual
Sabesp: Empresa de economia mista, com o governo estadual como sócio majoritário. Responsável
pelo abastecimento de água e esgotamento sanitário. Seu modelo de gestão é descentralizado por diretorias
e Unidades de Negócio (UN), que têm autonomia para a aplicação de recursos, desde que seguindo as
diretrizes centrais da Sabesp. No município, porém, as decisões devem ser compartilhadas com o Comitê
Gestor dos Serviços de Água e Esgoto da Capital. No Município, há 5 UN's, cada um responsável por uma
região: Norte, Leste, Sul, Oeste e Centro.

A prestação de serviço da Sabesp no Município se dá por meio de CONVÊNIO/CONTRATO (firmado em 2010 e


aditado em 2014) vigente até 2039. Estabelece que:
• Universalização dos serviços (para todas as áreas atendíves) de abastecimento de água e esgotamento
sanitário da Capital até 2029 , sendo que até 2024 para todas as áreas formais
• Deve garantir a melhoria contínua da qualidade dos serviços prestados, especialmente da salubridade
ambiental
• O convênio acordou que a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo
(Arsesp) é a responsável pela regulação tarifária, controle e fiscalização dos serviços.

Segundo o Plano de Investimentos e Metas, os investimentos nos sistemas provêm da conversão de um


percentual mínimo de 13% da receita bruta da concessionária, obtida na capital. Estes recursos devem ser
revistos e atualizados a cada 4 anos. Adicionalmente, a concessionária deve destinar trimestralmente 7,5% ao
Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura (FMSAI), administrado por Conselho Gestor
Municipal, para ações de urbanização e drenagem.

CETESB: Monitora a qualidade dos corpos hídricos e efluentes tratados


DAEE: Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo. Cuida do manejo de águas
pluviais quando tratam-se da macrodrenagem constituída por bacias compartilhadas com outros Municípios
(i.e. Tiete, Tamandutateí e córregos que fazem divisa)
EMAE: Empresa Metropolitana de Águas e Energia. Cuida do manejo de águas pluviais quando trata-se da
bacia do Rio Pinheiros, da represa Guarapiranga, da usina elevatória da Traição e usina hidrelétrica Henry
Abastecimento de Água
É responsabilidade do governo do estado, por intermédio da Sabesp. Arranjo histórico:
nunca esteve sob os cuidados do município (até séc XIX: empresas privadas).
Sabesp Saneamento e Recursos Hídricos,
Comitê Gestor dos Serviços
Secretarias estaduais: Casa Civil e Habitação
de Água e Esgoto da Capital
Secretarias municipais: SGM, SVMA, SEHAB, SIURB,
SMUL e SMPR
Os mananciais são os responsáveis por reservar água bruta para a tomada de água dos sistemas produtores. São
de importante para garantir a disponibilidade hídrica, mesmo na seca. Cada manancial tem uma capacidade total
de contenção e um volume de segurança, o volume morto. Em condições ótimas de operação desses sistemas,
pressupõe-se tomadas de água correspondentes ao volume de reserva, capacidade de recarga dos a afluentes dos
mananciais e as condições dos períodos de seca. No caso de São Paulo, há uma demanda por um volume diário de
abastecimento enorme. Com a crise hídrica, houve, uma redução no consumo doméstico de água: em 2017, o
consumo foi de 130 litros por habitante dia; em 2013, este valor era de 169. Contudo, a demanda do município
ainda é muito elevada: equivale ao dobro do que a bacia do Alto Tietê, no qual o município está situado.

Por isso, adotou-se a estratégia de buscar água em mananciais cada vez mais distantes para compor o sistema
integrado de abastecimento da RMSP, a fim de elevar sua capacidade de reserva bruta. Essa abordagem, no
entanto, se empregada sem avanços nas práticas de reuso e conservação de recursos hídricos não é sustentável.
Práticas de reuso de água proveniente das ETEs vem crescendo, mas ainda mais esforços neste sentido devem ser
feitos afim de elevar a segurança hídrica no Município.
esforços = $
$$ Tarifas
Abastecimento de Água em São Paulo
1.Cantareira: Composto por 6
represas, que juntas têm capacidade
**4/18:São Lourenço (9) de armazenamento de quase 1
Sistema trilhão de litros de água.
Integrado
99,04%
Metropolita
no de Água 2.Alto Tietê: Composto pelas
0,06%
represas de Ponte Nova, Paraitinga,
Sistema Biritiba, Jundiaí e Taiaçupeba, que
(J. das
Isolado
Fontes) juntas tem uma capacidade de
armazenamento de cerca de 575
bilhões de litros. Atende  4,2 milhões
**São Lourenço de habitantes da zona leste de São
83km de São Paulo Paulo. 

3.Guarapiranga: composto pelas


represas Guarapiranga, Capivari e
 Billings (Braço Taquecetuba).
responsável pelo abastecimento
público de grande parte da zona sul
e sudoeste da Grande São Paulo.).

4. Rio Claro: é composto pela


SISTEMA represa do Ribeirão do Campo e
PRODUTOR ISOLADO
recebe também água proveniente da
Consumo de água: 3.604.614 m3/ dia Fonte: UOL transposição do Rio Guaratuba.
Atende parte da zona leste de São
O sistema Integrado, no município, é dividido em 96 setores de Paulo. (6,5%).
abastecimento (abastecidos por 59 centros de reservação setoriais)
distribuídos pelas 5 unidades de negócio: Norte – 20 setores; Centro –
34 setores; Leste – 16 setores; Sul – 14 setores; Oeste – 12 setores.
Estações de Tratamento de Água (ETA’s)

**4/18:São Lourenço (9)

Sistema Legenda:
ETA Capacidade
Produtor ETA
Guaraú Cantareira 33 m3/s

Eng. Rodolfo José


ETA
da Costa e Silva Guarapiranga 16 m3/s
GUARAÚ
(Alto da Boa Vista)
Taiaçupeba Alto Tietê 15 m3/s
Casa Grande Rio Claro 4 m3/s

ETA ETA
**São Lourenço BAIXO COTIA TAIAÇUPEBA
83km de São Paulo

ETA
RJCS
ETA RIO
ETA RIB.
GRANDE
Fonte: UOL DA ETIVA
SISTEMA
PRODUTOR ISOLADO
Estações de Tratamento de Água (ETA’s)

Processo convencional de tratamento de água (algumas


ETAs têm algumas variações):
pré-cloração;
pré-alcalinização: com adição de cal ou soda para ajuste de
pH; coagulação, com adição de sulfato de alumínio, cloreto
férrico ou outro produto;
floculação: via mistura lenta e formação dos ocos;
decantação; filtração, com mídia composta por pedriscos,
areia e carvão ativado/antracito;
pós-alcalinização: para ajustar pH para a distribuição;
desinfecção via adição de cloro líquido;
fluoretação: para prevenir cáries na população. No entanto,
alguns das ETAs têm algumas variações

As ETA’s se ligam aos centros de


abastecimento para distribuição por
meio do Sistema Adutor
Metropolitano - rede de tubulações
de grande diâmetro (adutoras) e
estações elevatórias.
Esgotamento Sanitário em
São Paulo
ETE São
Miguel
Lei 13.369/2002: obriga os imóveis a
ETE se conectar c/ a rede de esgotos
Barueri ETE desde que não exista um
Parque Novo
impedimento para tal. Apenas em
Mundo
2016, a área considerada rural na
zona sul da cidade entrou no escopo
ETE de atendimento da Sabesp, contando
ABC sistema com sistema descentralizado de
Isolado esgoto (antes área não atendível).

Além das 4 ETE’S, novas estações de


tratamento, com menores áreas de
contribuição estão sendo
implementadas ao Sistema Integrado,
como no caso de: Caieiras,
(S. Barueri) Bandeirantes e Maria
ETE Trindade.
Capacidade
Barueri 16.000 l/s
3,5% dos
sistema
domícilos em ABC 3.000 l/s
Isolado Sistemas
isolados Parque Novo
Mundo
2.600 l/s

São Miguel 1.111 l/s


Em tese, o Esgotamento
sistema de esgotamento é segregado
Sanitário do dePaulo:
em São drenagem de águas. No entanto, há
Desafios
casos que o em esgoto bruto é lançado rede de drenagem, sem tratamento. Nessa
situação, tem-se sistemas combinados de esgotamento e drenagem, não oficiais.
Estima-se que São Paulo gera, por dia, 1.5 milhões de m3 de esgoto. Desse total, a Sabesp
estima que 86% é coletada, e 70% é tratado.
Esses valores retratam as diferentes demandas e que a distribuição dos serviços em São
Paulo é heterogênea: as áreas com maior carência de infraestrutura, a maior parte das
vezes, não têm estrutura oficial de coleta. Hoje, um desafio a se enfrentar é como levar o
serviço às áreas de favelas e regiões menos acessíveis, nas quais o sistema centralizado
convencional tem se mostrado pouco viável de implementar. Propostas como a
Cobrança: é feita
descentralização doa sistema
partir dae conexão dos alternativas
tecnologias domicílios à de
rede
tratamento são cada vez mais
% %
de coleta, mas
tanto paranão
as tem
redes que já estão conectadas UN
às da Sabesp.
difundidas, ainda relevância no quadro de ativos Atendimento Tratado

ETE's, como para as que ainda não estão concluídas. Apesar CENTRO 93 87
SUL 79 74
de 30% do volume coletado ainda não ser tratado. A
NORTE 84 51
definição da tarifa cobrada pela coleta e tratamento do LESTE 85 63
esgoto é baseado no consumo de água. OESTE 80 41
Drenagem urbana e manejo de águas pluviais urbana
O escoamento das águas pluviais acontece existindo ou não um
Sistema de drenagem sistema de drenagem.

(escoamento das águas Ao contrário dos demais sistemas de saneamento, de drenagem


passa a maior parte do tempo ocioso, tendo que estar sempre
pluviais) postos para entrar em operação. A solicitação do sistema de
drenagem tem intensidades de demanda de diferentes graus,
dependendo de cada evento de chuva.

Urbanização Problemas c/ Drenagem


- Crescimento desordenado
- Ocupação não planejada
Urbana
- Rios canalizados
- Solo impermeabilizado (construção (enchentes)
de edifícios, pavimentação de área verde)

Fatores que contribuem para inundação e poluição dos corpos hídricos:


Ocupação de áreas ribeirinhas;
Atividades exercidas na área urbanizada;
Impermeabilização da bacia hidrográfica;
Sistemas convencionais de drenagem urbana. Cerca de30% da poluição provém da
chamada poluição difusa , lançada nos corpos hídricos pelo sistema de drenagem. Em
São Paulo, a situação é agravada porque parte considerável da carga contaminada
provém de ligações cruzadas com o sistema coletor de esgotos e do lixo não
coletado.
Drenagem urbana e manejo de águas pluviais urbana
Macrodrenagem: conjunto ações destinadas a controlar inundações e
suas consequências. Ex: canais; piscinões (T= 25 a 100 anos).É
fundamental para a mobilidade urbana, preservação da integridade do
Sistema de patrimônio, proteção
Microdrenagem: da saúde
sistema e defesa pluviais
de condutos da vida da população.
associados ao sistema
drenagem viário urbano. São as redes de galerias; guias; sarjetas; bocas de lobos
(T= 10 anos): atende às áreas ais altas das bacias urbanas. Tem a
função de manter o sistema viário livre de enxurradas e de
alagamentos que possam interferir com o tráfego ou afetar imóveis.
Prefeitura: é responsável pelos, de modo exclusivo, pelo subsistema de microdrenagem (ex:
manutenção das estruturas é responsabilidade das Prefeituras Regionais ) e pelo subsistema de
macrodrenagem de bacias contidas integralmente no território. As ações de macrodrenagem são
gerenciadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana - SIURB, pela divisão de Projetos de
Águas Pluviais. A SEHAB fica responsável por projetos e obras de drenagem urbana, quando parte
de intervenções de urbanização. As questões de drenagem também fazem parte da rotina da
SVMA, SMUL e Comitê da Bacia do Alto Tietê.
Governo estadual: faz a macrodrenagem das águas pluviais para bacias que banham mais de um
município. Órgãos:
DAEE: Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado. Cuida do manejo das bacias do
Tiete, Tamandutateí e córregos que fazem divisa.
EMAE: Empresa Metropolitana de Águas e Energia. Cuida do manejo de águas da bacia do Rio
Pinheiros, da represa Guarapiranga, da usina elevatória da Traição e usina hidrelétrica Henry
Borden.
Drenagem urbana: Programas
Programa Córrego Limpo: iniciativa do estado, município e Sabesp. É de 2007, retomado
em 2017, após interrupção. À Sabesp cabe mapear, inspecionar e realizar o prolongamento
de redes coletoras, o monitoramento da qualidade das águas e conscientização da
população local. As Prefeituras Regionais, a grosso modo, são responsáveis pela limpeza do
leito e das margens dos córregos e fiscalização de imóveis que não estejam conectados às
redes coletoras e reurbanização de fundos de vale para permitir a implantação da
infraestrutura de esgotamento. Nessa nova etapa, criou-se uma cláusula de obrigatoriedade
de adesão.
Drenagem Urbana e Plano Diretor (PDE (2014) - Quota Ambiental

Como previsto no PDE, em 2016, é introduzido à Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo
(LPUO) a proposta para a Quota Ambiental dos empreendimentos. Esse instrumento tem como
intuito promover a qualificação ambiental, em especial a melhoria da retenção e infiltração da
água nos lotes, a melhoria do microclima e a ampliação da vegetação. Preconiza a unificação das
diretrizes de drenagem, microclima e biodiversidade nas regras de ocupação do solo. Trata-se de
Lei das “Piscininhas” (lei municipal 13.276/2002 ):
um conjunto de regras de ocupação que fazem com que cada lote na cidade contribua com a
Para reduzir prejuízos pelas enchentes, São Paulo
melhoria da qualidade ambiental, sendo que tais regras passam
tornou a incidir quando
obrigatória a execuçãose
de pretender umaas
reservatórios para

nova edificação ou a reforma de um edifício existente. águas coletadas por coberturas e pavimentos nos lotes,

edificados ou não, que tenham área

impermeabilizada superior a 500 m2.


A metodologia segue um sistema de pontuação dos
seguintes pontos:

A) Enquadramento do lote em um Perímetro de


Quota Ambiental Qualificação Ambiental (PQA)

B) Medidas referentes à cobertura vegetal, compiladas


em um indicador de cobertura vegetal
Foram definidos a partir das condicionantes
C) Taxa de permeabilidade do lote em função da área
ambientais existentes na cidade, em especial as
total
relacionadas à drenagem urbana, ilhas de calor e
vegetação.
Os valores da pontuação mínima exigida variam no
território, considerando as condicionantes
ambientais e o potencial de transformação urbana.
Áreas da cidade com baixa qualificação ambiental
(drenagem, microclima e vegetação) em geral,
devem pontuar mais, assim como as áreas que já
apresentam boa qualificação ambiental e que
portanto devem ser preservadas.
Resíduos sólidos: coleta, limpeza pública, tratamento, reciclagem e destinação
São Paulo gera 20,1 mil toneladas/dia de resíduos sólidos.
Desse montante, mais da metade, é proveniente de
estabelecimentos domésticos. A Prefeitura, apoiada pela
AMLURB, é responsável pela gestão do serviço.

O serviço público deve coletar os resíduos domiciliares, de


6% serviços de saúde e da manutenção da cidade. Contudo, não
15% atinge os grandes geradores de resíduos sólidos. Os
estabelecimentos industriais, comerciais, de serviços,
53% institucionais ou públicos, devem ser cadastrados na Amlurb, -
22% além providenciar, por conta, a coleta, o transporte e a
3%
1%
1% destinação final dos seus resíduos -, sempre que gerarem
volume superior a 200 litros/dia (ou 50 kg/dia de entulho), ou
quando se tratar de condomínios comerciais e mistos
(empresariais e residenciais) geradores de volume superior a
1.000 litros/dia

No
âmbito privado, há os serviços destinados ao atendimento
Composição dos Resíduos
de interesses determinados, geralmente indústria e comércio,
Fonte: PGIRS (2014) sendo estes sujeitos à regulamentação, fiscalização e prévia
autorização do Departamento de Limpeza Urbana.
Há, também, serviços em condições especiais, que têm
dinâmicas de operação diferenciadas distribuídas entre público
e privado, assim como coleta seletiva, feiras públicas e
Os serviços de manejo de resíduos sólidos e
LIMPEZA ECOPONTOS
URBANA
+ RCC +
(100 UNIDADES)
limpeza urbana de regime público são realizados
por concessões. O território está dividido em 2
ATERRO
CAIEIRAS agrupamentos, com diferentes concessionarias:

ATERRO Noroeste (13 PR's): opera a estação de


CDR PEDREIRAS
Transbordo Ponte Pequena e usa como
destinação final o Aterro Sanitário privado
PONTE
ATERRO CENTRAL Centro de Tratamento de Resíduos Caieiras, com
PEQUENA DE TRATAMENTO
RESÍDUO LESTE
vida útil estimada em 15 anos. Destina-se 4.500
toneladas/dia de resíduos para o aterro/
VERGUEIRO
Sudeste (18 PR’s): conta com 2 estações
de transbordo - Santo Amaro e Vergueiro -, e
SANTO
AMARO utiliza como o Aterro Sanitário particular central
de Tratamento de Resíduos Leste, localizado e,
LEGENDA: São Matheus. Destina-se 5.600 toneladas/dia. A
ATERRO ATIVO
concessionária implantará novo aterro próximo
ATERRO INATIVO
do São João, já estando com a licença ambiental
TRANSBORDO de instalação. A vida útil estimada do novo
NOVO ATERRO
Fonte: PMSP
PLANEJADO aterro é de 10 anos.

ATERROS INERTES (3): recebem resíduos inertes e da construção civil descartados em


4.500 pontos viciados em vias públicas e também os RCC provenientes de Ecopontos.
Resíduos sólidos: coleta, limpeza pública, tratamento, reciclagem e destinação final.
ATERRO
CAIEIRAS

ATERRO
CDR PEDREIRAS
Coleta domiciliar: usa 351 caminhões
compactadores. Em parte das favelas, a coleta ocorre
porta a porta, com ajuda dos moradores. Em outra
parte, é indireta, apenas com a colocação de
caçambas metálicas ou contêineres.

ATERRO CENTRAL
Em 75 dos 96 distritos, são feitas coleta seletiva
DE TRATAMENTO de resíduos secos, com caminhões compactadores ou
RESÍDUO LESTE
gaiola operados por cooperativas. Os resíduos são
encaminhados pelas concessionárias para galpões de
triagem operados por 22 cooperativas e associações
LEGENDA: de catadores de materiais recicláveis cadastradas
ATERRO ATIVO junto à Amlurb e outras 50 associações não
ATERRO INATIVO cadastradas quando a capacidade das cadastradas
TRANSBORDO está esgotada.
CENTRAL DE TRIAGEM
MECANIZADA
Fonte: PMSP CENTRAL DE TRIAGEM
COOPERATIVA
Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS)

gestão dos resíduos, propondo soluções integradas, fortalecendo dinâmicas de gestão diferenciada
e geram resíduos nas fases de produção, consumo e pós-consumo, comerciantes, distribuidores, imp

dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Na prática, s e trad
vas e de educação ambiental.

lidos: proteção da saúde pública e da qualidade ambiental, o estímulo à adoção de padrões sustent
esíduos sólidos, a regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos se
tegração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabi
Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS)

as pelo poder público e também pelos geradores privados Definiu metas para os anos subsequentes,
blica):

e redução do uso de aterros sanitários, na integração entre as ações das prefeituras regionais, açõe
Fontes

refeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/habitacao/arquivos/PMSB_

p.gov.br/cidade/secretarias/upload/desenvolvimento_urbano/arquivos/m

w.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/servicos/arquivos/PGIR

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