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022/2008-2
RELATÓRIO
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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 002.022/2008-2
5. No âmbito deste Tribunal, a Secex/MG elaborou a instrução exordial de fls. 183/184, por
meio da qual verificou ser recomendável a imediata citação do senhor Odilon Paiva Carvalho, ex-prefeito,
em razão da não-comprovação da aplicação da integralidade dos recursos no objeto pactuado.
6. Promovida a comunicação processual pertinente, mediante Ofício/SECEX/MG 678/2008
(fl. 186), o responsável, após solicitar, com êxito, dilação do prazo para apresentar suas alegações de
defesa, compareceu aos autos e apresentou as informações de fls. 142/284.
7. Restituídos os autos ao Auditor Federal de Controle Externo – AUFC incumbido da análise
do feito, foi promovido o exame de fls. 285/286 que deu ensejo à seguinte proposta:
“Considerando a especificidade das questões trazidas pelo responsável, cabe propor, com fulcro
no art. 10, §1º, da Lei 8.443/1992 c/c o art. 201, §º, do RI/TCU, o encaminhamento de cópia destas
autos processuais à Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, para
que, em 15 (quinze) dias, realize as medidas necessárias para averiguar a consecução dos objetivos
do Convênio MMA/SBF n.º 2001CV000065 e informe ao TCU sobre a sua regularidade.”
8. Tendo o corpo diretivo da Secex/MG anuído ao proposto, foram os autos submetidos ao
Ministério do Meio Ambiente que, por meio da Nota Informativa 5/2009/DAP/SBF/MMA (fls. 291/296),
datada de 26/2/2009, promoveu a análise demandada por este Tribunal.
9. Ato contínuo, após o Sr. Odilon apresentar novas alegações de defesa (fls. 297/337), o AUFC
incumbido do feito promoveu a derradeira instrução de fls. 340/350, cujos principais excertos, com os
ajustes de forma que julgo pertinentes, transcrevo a seguir:
“14. Sendo assim, cumpre re-examinar as questões impugnadas à luz da defesa apresentada,
das informações encaminhadas pela SBF/MMA e da tréplica trazida pelo responsável.
CARACTERÍSTICAS DO PROJETO E DO CONVÊNIO
15. Antes de analisar as questões impugnadas e respectivas respostas do responsável, uma a
uma, cabe prestar informação geral sobre a impugnação do convênio.
16. O Plano de Trabalho preliminar contém o documento “Projeto para Estruturação e
Consolidação do Parque Municipal Marliére e Recomposição da Cobertura Vegetal do Município de
Muriaé”, com a discriminação das metas que compõem o objeto do convênio e respectivos valores
(fls. 11), conforme reproduzido a seguir:
Parque
19. Treinamento de Equipe de Combate a Incêndio 350,00 - 350,00
20. Aquisição de Automóvel 17.200,00 2.875,00 20.075,00
21. Contratação de Serviços de Terceiros 22.800,00 - 22.800,00
Total 197.857,95 56.339,22 254.197,18
17. Importa notar que tais valores são muito próximos daqueles constantes do Plano de
Trabalho final, de forma resumida, sob o título Plano de Aplicação (fls. 63), integrante do Convênio
MMA/SBF n.º 2001CV000065. Ou seja, os valores para concedente, convenente e total, são,
respectivamente, pelo projeto, R$ 197.857,95, R$ 56.339,22 e R$ 254.197,18; e pelo plano de
aplicação, R$ 197.557,00, R$ 56.340,00 e R$ 253.897,00.
18. A Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, após analisar
a defesa do responsável, conclui (Nota Informativa de 26/02/2009 - fls. 291/296) que, do ponto de
vista técnico, pode-se considerar que cerca de 70% dos objetivos do convênio com a Prefeitura de
Muriaé tenham sido cumpridos, considerando peso idêntico para as diferentes metas. Ao final,
recomenda ao Tribunal: a) proceder ao levantamento e cálculos de quanto representam os objetivos
do convênio não cumpridos, em valores atuais; b) verificar a veracidade da data de elaboração do
Plano de Manejo e respectivo Zoneamento do Parque Municipal, providenciando as medidas legais
cabíveis, em caso de fraude (fls. 296).
19. A conclusão do MMA, que arbitra aleatoriamente um percentual para cumprimento do
objeto do convênio, não pode prosperar, por contrariar o art. 1º da IN/TCU n.º 56, de 15/12/2007, o
qual estipula a necessidade de precisa quantificação do dano para a instauração de TCE.
20. O Ministério do Meio Ambiente deverá receber determinação para que elabore suas
propostas de débito aos responsáveis, por descumprimento quanto à consecução do objeto do
convênio, com base em precisa quantificação do dano, conforme dispõe o art. 1º da IN/TCU n.º 56, de
15/12/2007, evitando transferir ao TCU a responsabilidade pelo levantamento e cálculos de quanto
representam os objetivos do convênio não cumpridos.
21. Em face da omissão do MMA, esta instrução processual apresenta o levantamento e
cálculos necessários para o débito ao responsável para os itens descumpridos do convênio, segundo
normativos do TCU.
ALEGAÇÕES DE DEFESA, PARECER DO ÓRGÃO CONCEDENTE, TRÉPLICA DO
RESPONSÁVEL
22. Em sua defesa (fls. 192/204), o responsável ressalta a não-constatação de qualquer
improbidade administrativa e o alcance dos objetivos do convênio (fls. 192); considera como ato
arbitrário a impugnação de 30% do objeto do convênio, por não haver indicação de qualquer
metodologia capaz de lhe dar sustentação (fls. 193); argumenta sobre os atos impugnados
(fls. 193/204), anexa cópia do plano de manejo do Parque Guido Marliere (fls. 205/256), das atas das
reuniões do Conselho Consultivo do Parque Guido Marliere (fls. 257/265), das portarias de
nomeação e exoneração dos membros do Conselho Consultivo do Parque Guido Marliere
(fls. 266/267), dos certificados sobre cursos realizados no parque Guido Marliere (269/275), dos
atestados de atividades realizadas no Parque Guido Marliere (fls. 276/283).
23. Já em sua tréplica (fls. 297/328), o responsável, inicialmente, discorre sobre a Lei
n.º 9.784/1999, referente ao processo administrativo, e sobre a função do TCU; alega que o Tribunal
não assegura a ampla defesa em processo de representação, apenas a garantindo na tomada de
contas especial; desqualifica a conclusão do Ministério do Meio Ambiente; por fim, apresenta sua
defesa quanto aos atos impugnados.
24. Apresentam-se, a seguir, os atos impugnados acompanhados das alegações de defesa, do
parecer conclusivo da Secretaria de Biodiversidade e Florestas –SBF/MMA e da tréplica do
responsável para cada um deles.
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41. A coleta seletiva de lixo foi integralmente implantada com o apoio da autarquia municipal
de limpeza pública. Com o passar do tempo, novos containeres foram instalados em todas as praças e
jardins do município, em face da aceitação da população quanto à importância da coleta seletiva.
Parecer conclusivo do SBF/MMA (fls. 295)
42. A Prefeitura Municipal de Muriaé realmente instalou coleta seletiva e reciclagem de lixo
na área urbana do município, fato que foi constatado na vistoria e que pode ser comprovado pelas
fotos apresentadas pela defesa (fls. 198). “Entretanto, tal ação não tem nenhuma relação com o
convênio celebrado, uma vez que não foi constatada, na vistoria, a existência de container ou de
qualquer outro tipo de lixeira que procedesse à coleta seletiva de lixo no interior do Parque Municipal
Guido Marliére. A defesa, também, não apresenta nenhum fato novo que possa contrariar tal
afirmação. Portanto, tal meta do convênio não foi alcançada.”
Tréplica do responsável (318/319)
43. “Cumpre destacar que, na verdade, a coleta seletiva foi implementada no Parque
Municipal Guido Marliere, na forma do convênio, bem como em toda a cidade de Muriaé, inclusive no
parque, repita-se. Na praça que antecede o parque (inclusive, pode-se ver, pelas fotos anexas, o
parque ao fundo) foram incluídos os recipientes de coleta seletiva, sendo que a do parque foi retirada,
após ter sido colocado fogo no recipiente. Assim, não se pode considerar que não foi implementada a
meta; pelo contrário, foi colocado, e por conveniência e preservação do patrimônio público, foi
retirado.”
Análise
44. Conforme assinala, apropriadamente, o Ministério do Meio Ambiente, em seu parecer de
fls. 295, a meta do convênio não foi alcançada, pois a coleta seletiva de lixo realizada pela Prefeitura
Municipal de Muriaé foi instalada na área urbana do município, e não no parque.
f) palestra para produtores rurais
Alegações de defesa (fls. 198/200)
45. Foram realizadas muitas palestras e cursos, em parceria com outros órgãos e entidades
do Poder Público, sobre medidas preventivas contra incêndio e educação voltada para o meio
ambiente, atingindo público superior a todas as expectativas e resultando no cumprimento da meta.
Parecer conclusivo do SBF/MMA (fls. 295)
46. “Como fato novo, além dos documentos já citados no Parecer n.º 034/2005/SBF/MMA
(fls. 146), a defesa apresenta uma declaração da Emater/MG, citando que participou e elaborou
eventos onde proferiu palestras sobre a preservação do meio ambiente e proteção das nascentes. De
toda forma, novamente nenhuma menção é feita à Unidade de Conservação ou ao Parque Municipal
Guido Marliére, objeto do convênio, fato que nos motivou a considerar a meta apenas parcialmente
cumprida, conclusão que ainda mantemos.”
Tréplica do responsável (319/320)
47. “A questão das palestras foi amplamente demonstrada, através de documentos
comprobatórios para tanto, não procedendo, portanto, as assertivas do MMA”.
Análise
48. O responsável apresentou documentos a fls. 269/283 relativos a cursos e palestras
realizados em parceria com outros órgãos e entidades do Poder Público; já o parecer conclusivo do
SBF/MMA mantém sua posição original de considerar a meta apenas parcialmente cumprida. Tendo
em vista os documentos produzidos pela defesa e sua demonstração quanto ao teor dos cursos (fl.s
198/200) e, ainda, a afirmativa do SBF/MMA de que a meta foi parcialmente cumprida, sem
quantificar o que faltou para sê-lo completamente, cabe considerar esta questão como elidida.
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Análise
56. O responsável afirma, mas não comprova que houve dois engenheiros alocados ao
projeto. Sendo assim, assiste razão ao Ministério do Meio Ambiente, ao impugnar as contas do
responsável, relativamente a esta questão.
OUTRAS QUESTÕES
57. O Parecer n.º 34/2005 da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio
Ambiente considerou que “os objetivos do convênio foram parcialmente alcançados, visto que
algumas das metas estipuladas no projeto especial da Prefeitura apresentado ao MMA e constantes do
plano de trabalho não foram cumpridas.” A partir do descumprimento conclui: “Considerando peso
idêntico a cada uma das metas estipuladas no plano de trabalho, pode-se inferir que cerca de 70% dos
objetivos do convênio com a Prefeitura de Muriaé foram efetivamente cumpridos” (fls. 147).
O Relatório do Tomador de Contas Especial do Ministério do Meio Ambiente ratificou o parecer
daquela secretaria e estimou o dano ao Erário em R$ 59.267,10.
58. Tal metodologia para a quantificação do débito não pode prosperar, tendo em vista o
disposto no art. 1º da IN/TCU n.º 56, de 15/12/2007, que estipula a precisa quantificação do dano
para a imputação de débito aos responsáveis. Sendo assim, cabe propor ao TCU que determine ao
Ministério do Meio Ambiente a adoção das medidas necessárias para a correção de tais
irregularidades.
59. Outro fato digno de realce refere-se à questão apontada pelo Ministério do Meio
Ambiente, quanto à possibilidade de fraude na data de elaboração do plano de manejo do Parque
Municipal Marliére, nos seguintes termos (fls. 292/293): “Há indício de fraude na data de elaboração
do Plano de Manejo e Zoneamento, visto apresentar o Centro de Educação Ambiental como
construído, no item 10.5 e na figura 43 (fls. 243 e 244 do processo de tomada de contas especial –
TCU-SECEX-MG), sendo que o mesmo foi efetivado somente com recursos do convênio e inaugurado
somente em 31 de agosto de 2002 (foto da placa de inauguração – fls. 107 do processo). Se a data dos
documentos é verídica, infere-se que o Plano de Manejo, que certamente implicou estudos e
campanhas de campo ainda anteriores, foi elaborado antes da celebração do convênio. Parece-nos,
entretanto, que o documento foi recém elaborado, fato que implicaria em fraude técnica, além do não
cumprimento do objeto do convênio.”
60. Tendo se configurado débito e havendo indícios de fraude, cabe propor ao TCU que
autorize à SECEX-MG a imediata remessa de cópia da documentação pertinente a este processo ao
Ministério Público da União, para ajuizamento das ações civis e penais cabíveis, em cumprimento ao
§ 3º do art. 16 da Lei n.º 8.443/1992.
CONCLUSÃO
61. O ex-Prefeito de Muriaé/MG, Sr. Odilon Paiva Carvalho, conseguiu elidir apenas
parcialmente o débito que lhe fora imputado pelo Ministério do Meio Ambiente e ratificado pela
Controladoria-Geral da União, relativamente ao Convênio MMA/SBF n.º 2001CV000065, tendo por
objeto apoiar o Projeto para Estruturação e Consolidação do Parque Municipal Marliére e
Recomposição da Cobertura Vegetal da área de entorno do Parque, no referido município.
62. A imputação do débito decorre da falta de comprovação dos recursos repassados pela
União nas metas descritas a seguir:
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63. Importa destacar que a defesa apresentada mais recentemente pelo responsável
(fls. 297/337) não acrescentou nada em relação às alegações proferidas anteriormente (fls. 192/283).
Enfim, ele não conseguiu comprovar a aplicação dos recursos que lhe foram repassados pela União
por conta do convênio supracitado.
64. O ônus da prova, vale lembrar, cabe, exclusivamente, a quem tem o dever de prestar
contas, a teor do que estipulam o art. 70, parágrafo único, da Constituição Federal, o art. 93 do
Decreto-lei 200/67, o art. 8º da Lei n.º 8.443/92 e os arts. 66 e 145 do Decreto n.º 93.872/86.
65. Não compete ao órgão concedente do convênio, à CGU ou ao TCU laborar na produção
de provas em favor do alegado pelo responsável em sua defesa.
PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO
66. Diante do exposto, submetem-se os autos à consideração superior, propondo ao Tribunal:
66.1 julgar as presentes contas irregulares, nos termos dos arts. 1º, inc. I, 16, inc. III, b, 19,
caput, 23, inc. III, e 25 da Lei n.º 8.443/1992, c/c os arts. 1º, inc. I, 209, inc. II, 210, 214, inc. III, e 216
do RI/TCU, condenando-se o Sr. Odilon Paiva Carvalho, ex-Prefeito de Muriaé/MG, a comprovar
perante este Tribunal (art. 214, inc. III, alínea a, do Regimento Interno), no prazo de 15 (quinze) dias,
a contar da notificação, o recolhimento ao Tesouro Nacional da importância de R$ 20.255,15,
atualizada monetariamente e acrescida de juros de mora, calculada a partir de 21/11/2001 até a data
do efetivo recolhimento, na forma da legislação em vigor, por não ter cumprido integralmente o
objeto do Convênio MMA/SBF n.º 2001CV000065 (apoiar o Projeto para Estruturação e
Consolidação do Parque Municipal Marliére e Recomposição da Cobertura Vegetal da área de
entorno do Parque, no citado município), com relação às seguintes metas:
66.2 determinar ao Ministério do Meio Ambiente, com fulcro no art. 12, inc. IV, da Lei
n.º 8.443/1992, que tome as medidas necessárias para elaborar suas propostas de débito aos
responsáveis com base em precisa quantificação do dano, atendendo ao disposto no art. 1º da IN/TCU
n.º 56, de 15/12/2007.
66.3 autorizar à SECEX/MG a adoção das seguintes medidas:
a) efetuar a imediata remessa de cópia da documentação pertinente a este processo ao
Ministério Público da União, para ajuizamento das ações civis e penais cabíveis, por se ter
configurado débito e haver indícios de fraude na data de elaboração do Plano de Manejo, em
cumprimento ao § 3º do art. 16 da Lei n.º 8.443/92;
b) proceder à cobrança judicial da dívida, caso as notificações não sejam atendidas, nos termos
do art. 28, inc. II, da Lei n.º 8.443/92.
66.4 arquivar o presente processo.” (grifos do original)
10. Tendo o corpo diretivo da Secex/MG anuído ao proposto, foram os autos submetidos ao
MP/TCU que, por intermédio da cota de fl. 354, da lavra do Subprocuradora-Geral Maria Alzira Ferreira,
manifestou-se, no essencial, de acordo. Sugeriu, no entanto, o que se segue:
“a) inclusão da alínea c do inciso III do art. 16 da Lei 8.443/1992 como base legal para julgar
irregulares as presentes contas, ante a presença de dano ao erário decorrente de ato de gestão
antieconômico;
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b) a aplicação de multa prevista no art. 57 da Lei 8.443/1992 ao ex-prefeito, vez que esse é o
tratamento dado pela jurisprudência do TCU em casos análogos ao que ora se examina.”
É o relatório.
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VOTO
11. De igual modo, no pertinente à criação de um conselho consultivo, vejo que a singela análise
da Secex/MG não abordou o mérito da questão. Não obstante, a documentação apresentada pelo
ex-Prefeito (fls. 257/268), composta de atas das reuniões realizadas e pelos atos de nomeação dos
conselheiros, conduz à conclusão de que o referido conselho, mesmo que com falhas, foi constituído.
12. No que toca às demais impropriedades verificadas nestes autos, anuo ao exame empreendido
pela unidade técnica, o qual incorporo às minhas razões de decidir, com os ajustes sugeridos pelo
Ministério Público junto ao TCU.
Isso posto, discordando, em parte, do exame empreendido pela unidade técnica, VOTO por
que o Tribunal adote o acórdão que ora submeto à apreciação da 2ª Câmara.
TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, em 23 de fevereiro de 2010.
JOSÉ JORGE
Relator
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9.3. aplicar ao Sr. Odilon Paiva Carvalho (236.842.406-72) a multa prevista no art. 57, da Lei
n.º 8.443, de 16 de julho de 1992, no valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), com a fixação do prazo de
quinze dias, a contar da notificação, para comprovar, perante o Tribunal (art. 214, inciso III, alínea “a”,
do Regimento Interno), o recolhimento da(s) dívida(s) ao Tesouro Nacional, atualizada(s)
monetariamente desde a data do presente Acórdão até a do(s) efetivo(s) recolhimento(s), se for(em)
paga(s) após o vencimento, na forma da legislação em vigor;
9.4. autorizar, desde logo, nos termos do art. 28, inciso II, da Lei n.º 8.443, de 1992, a
cobrança judicial das dívidas, caso não atendidas às notificações; e
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9.5. Remeter cópia deste acórdão, acompanhado do relatório e voto que o fundamentam, ao
Procurador-Chefe da Procuradoria da República no Estado de Minas Gerais, para as providências que
entender cabíveis, nos termos do art. 16, § 3º, do Regimento Interno/TCU.
Fui presente: