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PLANO BÁSICO AMBIENTAL – PBA

UTE GNA PORTO DO AÇU III

São João da Barra – RJ

JANEIRO 2019
Plano Básico Ambiental - PBA

Referências Cadastrais

IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

UTE GNA II GERAÇÃO DE ENERGIA LTDA

Endereço: Rio de Janeiro/RJ

CNPJ/MF: nº 23.514.652/0001-40

Processo INEA: nº E-07/002.107859/2018

Cadastro Técnico Federal/IBAMA (CTF): nº 7.195.629

RESPONSÁVEL LEGAL PELO EMPREENDIMENTO

Representante Legal: Mariana Schaedler

E-mail: mariana.schaedler@gna.com.br

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Plano Básico Ambiental - PBA

IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

ARCADIS Logos S.A.

Endereço Sede: Rua Libero Badaró, nº 377 – 15º. Andar; CEP 01009-906 - São Paulo/SP –
Telefone: (11) 3226-3465

CNPJ/MF: nº 07.939.296/0001-50

Inscrição Estadual: nº 145.071.983.114

Cadastro Técnico Federal/IBAMA: nº 5.436.386

RESPONSÁVEIS TÉCNICOS E REPRESENTANTES LEGAIS DA EMPRESA

Nome: Sandra Elisa Favorito Raimo (Diretora Executiva)

Endereço eletrônico: sandra.favorito@arcadis.com

CPF: 086.122.968-11

CTF: 521629

Nome: Karin Ferrara Formigoni (Diretora Presidente da Div.Operacional - Meio Ambiente)

Endereço eletrônico: karin.formigoni@arcadis.com

CPF: 176.054.918-59

CTF: 567008

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Plano Básico Ambiental - PBA

Equipe Técnica
A Equipe Técnica para a execução deste documento é composta por profissionais com
experiência e capacitação para tal.

No quadro abaixo é apresentada a equipe técnica deste projeto e suas respectivas


informações.

Nome Função/Cargo Formação


Luis Vasconcellos Gerência/Coordenação Biólogo

Lorétti Portofé de Mello Coordenação técnica Bióloga

Fabio Peres Meio Socioeconômico Sociólogo

Marcelo Botrel Meio Físico Engenheiro Civil

Rozane Nascimento Nogueira Meio Biótico Engenheira Florestal

Caroline B. Nascimento Meio Biótico- fauna Bióloga

Raquel Colombo Oliveira Meio Biótico- fauna Bióloga

Erica Haller Meio Biótico- fauna Bióloga

Tatiana Pavão Meio Biótico- flora Bióloga

Elisangela Silva Coordenação - Arqueologia Arqueóloga

Consultores* Especialistas

* Os Consultores/Especialistas que produziram informações específicas para esse documento estão


listados/indicados nos próprios documentos que são responsáveis.

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Plano Básico Ambiental - PBA

Sumário
1. Plano Básico Ambiental (PBA) ......................................................................................5
1.1 Apresentação .............................................................................................................5
1.2 Objetivos ....................................................................................................................8
2. Programas Ambientais...................................................................................................9
2.1 Programas de Gerenciamento Ambiental .................................................................12
2.1.1 Programa de Gerenciamento Ambiental das Obras (PGAO) ....................................12
2.1.2 Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) ....................................26
2.1.3 Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos (PGEL) ...................................33
2.1.4 Programa de Monitoramento das emissões Atmosféricas ........................................42
2.1.5 Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar (PMQA) .......................................48
2.2 Programas de Manejo do Meio Biótico .....................................................................61
2.2.1 Programas de Manejo de Fauna (PMF) ...................................................................61
2.2.2 Programa de Manejo da Vegetação .........................................................................82
2.3 Programas de Gestão Socioambiental ................................................................... 121
2.3.1 Programa de Comunicação Social (PCS)............................................................... 121
2.3.2 Programa de Educação Ambiental (PEA) .............................................................. 132
2.3.3 Programa de Mobilização e Desmobilização de Mão de Obra ............................... 141
2.3.4 Programa de Controle e Monitoramento do Tráfego (PCMT) ................................. 150
3. Considerações Finais................................................................................................. 156
4. Literaturas Consultadas ............................................................................................. 157
5. Anexos ........................................................................................................................ 159

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Plano Básico Ambiental - PBA

Lista de Anexos
Anexo I - ATA CONDIR da 442ª Reunião Ordinária de Licenciamento Ambiental do dia
08/08/2018

Anexo II - Currículo e ART da Equipe de Fauna

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Plano Básico Ambiental - PBA

1. Plano Básico Ambiental (PBA)


1.1 Apresentação
Este item apresenta o Plano Básico Ambiental (PBA) para as atividades da UTE GNA Porto do
Açu III, sob responsabilidade da UTE GNA II Geração de Energia Ltda., visando a subsidiar a
solicitação da Licença de Instalação (LI) ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA), no âmbito
do Processo E-07/002.00212/2015 e LP Nº IN032607, cujo projeto licenciado, por meio do
EIA/RIMA da UTE Novo Tempo (TETRA TECH, 2015), é constituído por dois blocos geradores
independentes (UTE Novo Tempo GNA I e UTE Novo Tempo GNA II), com capacidade máxima
instalada de 3.100 MW, com configuração de ciclo combinado 3x3x1 por bloco, ou seja, três
turbinas a gás (TG) com gerador; três caldeiras de recuperação de calor, e uma turbina a vapor
(TV) com gerador. Ressalta-se que o Licenciamento Prévio também considerou as estruturas
extramuros dedicadas a cada bloco gerador: gasoduto, emissário, linha de transmissão e
adutora e que atualmente são objeto de licenciamento separado.

Observa-se que:

i. A unidade ou bloco gerador denominado UTE Novo Tempo GNA II, obteve LICENÇA
DE INSTALAÇÃO LI Nº IN044379 em 09 de março de 2018, quando iniciou sua
construção, e em 14/08/2018 obteve uma averbação, LI 046056, para pequenos
ajustes.

ii. Na reunião do CONDIR, conforme ATA (ANEXO) da 442ª Reunião Ordinária de


Licenciamento Ambiental do dia 08/08/2018, o item 6 refere:

“Por solicitação do Diretor da DILAM, o processo E-07/002.11216/17 –


Gás Natural Açu Ltda. foi incluído na pauta. Requerimento: Averbação
da Licença de Instalação (LI IN044379) para alteração de layout e
projetos das utilidades para garantir sinergia entre a UTE Novo Tempo
GNA II e a UTE GNA Porto do Açu III (futuramente instalada), a
supressão de vegetação de restinga em área de 0,35 hectare e
alteração de titularidade da licença. Devido à impossibilidade de
proceder-se à alteração do número do CNPJ no Sistema de
Licenciamento informatizado do INEA, deverá ser emitida uma nova
licença, mantendo o prazo de validade da LI IN044379, com as
seguintes alterações: (i) razão social e CNPJ, que passarão de: “Gás
Natural Açu S.A., CNPJ: 11.472.927/0001-40”, para: “UTE GNA I
Geração de Energia S.A., CNPJ: 23.449.511/0001-90”; (ii) objeto, que
passará de: “implantação da UTE Novo Tempo GNA II, a gás natural,
com capacidade instalada de 1.298,963MW, em ciclo combinado, e
linha de transmissão de 1,6km, com supressão em área de 1,1407
hectares e realizar captura, transporte, resgate e monitoramento de
fauna silvestre”, para: “implantação da UTE GNA I Geração de Energia
S.A., a gás natural, com capacidade instalada de 1.298,963MW em
ciclo combinado e linha de transmissão de 1,6km, contemplando as
alterações de layout, de infraestrutura auxiliar (utilidades, tratamento
de água, prédios administrativos, oficina, contêineres, sala de
estocagem e laboratório) e da infraestrutura temporária para

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Plano Básico Ambiental - PBA

implantação (canteiros de obras), supressão de vegetação de restinga


em área de 1,4907 hectare, realizar captura, transporte, resgate e
monitoramento de fauna silvestre”; (iii) condicionantes de validade: (a)
substituição das condicionantes n° 11 e 12; (b) exclusão das
condicionantes n° 13 e 14; e (c) inclusão das seguintes condicionantes:
recuperar, como compensação pela supressão de vegetação, área de
3,75ha; apresentar, no prazo de 30 dias após a finalização dos plantios,
Relatório de Monitoramento para Certificação da Implantação do
projeto de reflorestamento conforme modelo do Anexo III da Resolução
INEA nº 143/2017; apresentar anualmente Relatório de Monitoramento
dos Plantios realizados como compensação e das atividades de
transplantio das espécies ameaçadas para fins de acompanhamento e
quitação do plantio, conforme Anexo IV da Resolução INEA nº
143/2017. Após a emissão da nova licença, a LI IN044379 deverá ser
revogada. Decisão: Emissão, revogação e alteração aprovadas
conforme considerações da equipe técnica das Gerências de
Licenciamento Agropecuário e Florestal (GELAF/DILAM) e de
Licenciamento de Indústrias (GELIN/DILAM) e Pareceres Técnicos nº
153/2018, da GELAF e de Averbação de Licença de Instalação n°
74/2018, da GELIN”

iii. Para tanto, este PBA será subsídio à solicitação de Licença de Instalação para a UTE
GNA Porto do Açu III.

iv. Como UTE GNA Porto do Açu III é parte integrante do Complexo Logístico e Industrial
do Açu, este PBA é baseado totalmente naquele apresentado pela Gás Natural Açu
Ltda (GNA), para o licenciamento da UTE Novo Tempo GNA II, canteiro de obras e
estruturas extramuros.

Para a adequação e consolidação do PBA, ora apresentado, consideraram-se as diretrizes do


PBA constantes no EIA/RIMA da UTE Novo Tempo (TETRA TECH, 2015), a sinergia com o
PBA apresentado no RSLI1 UTE Novo Tempo GNA II, as solicitações de complementação
expedidas pelo INEA para a emissão da LI da UTE Novo Tempo GNA II e as próprias condições
e restrições da sua LP (UTE Novo Tempo GNA I e UTE Novo Tempo GNA II), parecer do INEA
de averbação da LI Nº IN044379 (UTE NOVO TEMPO GNA II), que subsidiou a emissão da LI
Nº IN046056.

Desta forma, o presente PBA contempla a descrição dos programas ambientais, organizados
conforme Figura 1- 1, Organograma do Planejamento do PBA da UTE GNA Porto do Açu III.

1 Relatório de Solicitação de LI (Tetra Tech, 2017)

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Plano Básico Ambiental - PBA

Figura 1- 1: Organograma do PBA para a UTE GNA PORTO DO AÇU III.

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O escopo dos planos e programas que compõem este PBA segue a itemização apresentada a
seguir:

i. Apresentação e Justificativas

ii. Objetivo Geral

iii. Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

iv. Descrição do Programa

a) Atividades a serem desenvolvidas

b) Procedimentos Metodológicos

v. Público alvo

vi. Relação com outros Programas, e

vii. Cronograma de Execução.

O cronograma executivo dos Programas foi definido em conformidade com o cronograma físico
do empreendimento, que prevê um período de 40 meses de obras a partir da emissão da
Licença de Instalação (LI) pelo órgão ambiental responsável.

Quadro 1- 1: Cronograma Físico da UTE GNA Porto do Açu III.


Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04
ETAPAS
T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4

Engenharia

Suprimentos
Construção

Comissionamento
Operação Comercial

1.2 Objetivos
Consolidar as ações e diretrizes propostas no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) através do
detalhamento dos programas ambientais propostos e do atendimento às condicionantes da LP
Nº IN032607, visando a subsidiar o processo de licenciamento ambiental para a implantação
do empreendimento em análise, bem como atender à necessidade de cumprimento das
exigências legais relativas à implementação de ações construtivas, controle e monitoramento
dos impactos ambientais decorrentes do planejamento, implantação e operação da UTE GNA
Porto do Açu III.

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Plano Básico Ambiental - PBA

2. Programas Ambientais
Uma das funções da avaliação de impacto ambiental é servir como ferramenta para
planejamento e gestão ambiental das ações necessárias à implantação de qualquer atividade.
Desta forma, a gestão ambiental deve estar apoiada na avaliação de impactos ambientais,
especificamente através do direcionamento das propostas de Programas Ambientais
elaborados para a prevenção, mitigação, compensação, potencialização e/ou controle dos
impactos ambientais possíveis ou efetivos.

O detalhamento dos Programas ambientais, organizados no Plano Básico Ambiental-PBA,


contém o conjunto de medidas de ordem técnica e gerencial que objetivam assegurar que o
empreendimento seja implantado e operado em conformidade com a legislação ambiental e
outras diretrizes relevantes, de forma a minimizar os riscos ambientais e os impactos adversos,
além de potencializar os efeitos benéficos.

Os programas de controle e gestão ambiental devem ser articulados em um Sistema de Gestão


Ambiental que possibilite a manutenção da regularidade ambiental do empreendimento e o
respeito às questões socioambientais, sem deixar de promover o desenvolvimento social e
regional. A gestão ambiental responsabiliza-se pelo planejamento, implantação e controle das
medidas, e utiliza a experiência adquirida para promover melhorias gradativas no sistema e
articulado para checar os mecanismos de avaliação das metas.

Através do seu Sistema de Gestão, o empreendedor define a estrutura gerencial que deve ser
composta para permitir e garantir que as técnicas de proteção, manejo e recuperação ambiental
estejam adequadas a cada situação nas diferentes fases do empreendimento (planejamento,
implantação/obra e operação) e que sejam aplicadas, de forma a garantir o controle da obra e
o cumprimento das medidas de proteção ambiental, preconizadas pelos estudos ambientais e
condicionantes dos licenciamentos e as medidas.

Os Programas que compõem o PBA têm por objetivo geral estabelecer as medidas e ações
minimizadoras, compensatórias ou potencializadoras a serem aplicadas e com mecanismos
descritos (indicadores ambientais) que permitam o gerenciamento, acompanhamento e
supervisão da execução dos programas e planos a serem desenvolvidos durante as fases de
planejamento e implantação/obra do empreendimento ou na sua operação.

Por outro lado, os Programas de Monitoramento Ambiental focam no estudo e análise de


possíveis alterações no ambiente, ampliando de forma estruturada e lógica o conhecimento
local e regional, a partir da alimentação dos bancos de dados que agregam informações da
área de influência do empreendimento.

Neste sentido, o PBA assume os seguintes objetivos específicos:

i. Dotar o empreendedor e o empreendimento de procedimentos para as contratações


dos responsáveis pela execução de cada programa.

ii. Verificar o atendimento aos requisitos de qualidade, meio ambiente e segurança, bem
como o atendimento às normas e legislações vigentes.

iii. Proceder com a verificação da eficácia das ações dos programas ambientais.

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Plano Básico Ambiental - PBA

iv. Estabelecer os mecanismos de diálogo entre os envolvidos nas diferentes fases do


empreendimento: empreendedor, órgãos fiscalizadores e/ou licenciadores,
comunidade, técnicos e colaboradores responsáveis pela execução das obras do
empreendimento, e, ainda os responsáveis pela execução dos programas ambientais,
através dos mecanismos de divulgação e comunicação previstos.

v. Observar os sinergismos entre os programas propostos para aqueles em execução no


Complexo Logístico Industrial do Porto do Açu (CLIPA).

vi. Propor mecanismos de gerenciamento da execução dos programas ambientais, com


acompanhamento dos cronogramas físico de cada programa.

O Plano Básico Ambiental-PBA visa ao pleno atendimento das condições/restrições das


licenças ambientais e das exigências legais e normativas vigentes e aplicáveis, de forma a
manter as ações do empreendimento dentro dos parâmetros definidos para sua viabilidade
ambiental.

Os Programas, subprogramas e Projetos Ambientais, que compõe o PBA, são apresentados


por fase do empreendimento (implantação e operação), no Quadro 2- 1 a seguir, e suas
diretrizes e detalhamentos na sequência.

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Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 1: Programas ambientais UTE GNA Porto do Açu III.

FASE
PROGRAMAS AMBIENTAIS
IMPLANTAÇÃO OPERAÇÃO
Programa de Gerenciamento Ambiental
das Obras (PGAO)
Programa de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos (PGRS)
PROGRAMAS DE
Programa de Gerenciamento de
GERENCIAMENTO
Efluentes Líquidos (PGEL)
AMBIENTAL
Programa de Monitoramento das
Emissões Atmosféricas
Programa de Monitoramento da
Qualidade do Ar (PMQA)
Programas de Manejo de Fauna (PMF)
Subprograma de Afugentamento
e Salvamento de Fauna
Subprograma de Monitoramento
da Fauna
Programa de Manejo de Vegetação
Subprograma de Controle da
Supressão de Vegetação
PROGRAMAS DE
MANEJO DO MEIO Subprograma de Resgate de
BIÓTICO Germoplasma e Transplantio

Subprograma de manejo e
conservação das Espécies
Pilosocerus Arrabidae,
Melanopsidium Nigrum, Scutia
Arenicola, Melocactus Violaceus,
Inga maritma e Erythroxylum
ovalifolium

Programa de Compensação de Restinga


Programa de Comunicação Social (PCS)
Programa de Educação Ambiental (PEA)
GESTÃO Programa de Mobilização e
SOCIOAMBIENTAL Desmobilização de Mão de Obra
Programa de Controle e Monitoramento
do Tráfego (PMCT)

A seguir são detalhados as diretrizes, metodologias, ações e procedimentos inerentes a cada


programa que compõe o PBA - Plano Básico Ambiental, conforme organização apresentada
na Figura 1- 1 e Quadro 2- 1, respectivamente.

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Plano Básico Ambiental - PBA

2.1 Programas de Gerenciamento Ambiental


2.1.1 Programa de Gerenciamento Ambiental das Obras (PGAO)

2.1.1.1 Apresentação

O PGAO apresenta as diretrizes e orientações a serem seguidas pelo empreendedor e seus


contratados, durante a fase de implantação (obras) da UTE GNA Porto do Açu III, indicando os
cuidados a serem tomados, com vistas à preservação da qualidade ambiental das áreas que
irão sofrer intervenção e à minimização dos impactos sobre as comunidades do entorno, bem
como dos trabalhadores.

2.1.1.2 Justificativa

O Programa de Gerenciamento Ambiental das Obras é uma ferramenta do licenciamento


ambiental que estabelece metas e princípios a serem seguidos pelo empreendedor/empresa
construtora, obrigando-os ao exercício de métodos construtivos compatíveis com a menor
intervenção ambiental possível e à melhoria da qualidade de vida de seus colaboradores, bem
como a minimização das interferências no entorno durante as obras, cabendo aos executores
destas acrescentar, em seus procedimentos executivos, as práticas necessárias para a
excelência ambiental na implantação do empreendimento.

Para assegurar a manutenção da regularidade ambiental das obras com a consequente


minimização dos impactos gerados, o PGAO elenca uma série de orientações e ações
preventivas e/ou corretivas que serão empregadas nos processos construtivos da UTE GNA
Porto do Açu III, fundamentado em práticas e técnicas ambientais e construtivas capazes de
cumprir esse objetivo.

A execução efetiva do PGAO possibilita que a obra cumpra as condições e restrições das
licenças ambientais e atenda à legislação ambiental vigente, pois, a partir do acompanhamento
constante das obras, permite a pronta correção de possíveis desvios ao longo do processo, de
modo a minimizar as compensações e evitar a geração de passivos.

As diretrizes e critérios ambientais, previstos neste PGAO, deverá ser do conhecimento de


todos os atores envolvidos na obra, de modo a serem adotados com efetividade.

2.1.1.3 Objetivo geral

O Programa de Gestão Ambiental das Obras – PGAO tem como objetivo estabelecer diretrizes
e procedimentos que possibilitem controlar as interferências ambientais, inerentes às
atividades da etapa de implantação, e atender aos requisitos legais pertinentes a
condicionantes expressas no licenciamento ambiental.

As diretrizes traçadas no âmbito deste PGAO serão repassadas às empresas contratadas para
que cumpram os procedimentos ambientais inerentes às diferentes atividades do processo em
todas as fases das obras, de modo que ocorram simultaneamente obras e ações de prevenção,
minimização dos impactos socioambientais potenciais ou efetivos.

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2.1.1.4 Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

Arcadis 13
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 2 : Apresentação dos Objetivos Específicos, Metas e Indicadores.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES

Atender as diretrizes ambientais e caso haja


Estabelecer diretrizes para o Gerenciamento de algum desvio, dar o tratamento adequado das
Risco. Não-Conformidades, dentro do prazo
estabelecido.

Definir as diretrizes ambientais associadas aos Atender, durante a construção os requisitos e


procedimentos executivos de obras. condicionantes ambientais.
Controle do consumo de água, geração de
resíduos e efluentes, com registro mensal de
acompanhamento, incluindo notificações de não
Implantar o plano de saúde e segurança conformidade.
Estabelecer diretrizes do Código de Conduta e
ocupacional nas obras, atingindo 100% dos Controle dos níveis de material particulado
Educação do Trabalhador.
funcionários. durante a fase de implantação do
empreendimento.
Números de registro de desvios e não
conformidade versus ações corretivas atendidas.
Estabelecer diretrizes ambientais para as áreas
de apoio que serão utilizadas durante as obras Implantar o plano de ações de emergência,
(canteiro de obras, acessos provisórios, entre atingindo 100% dos funcionários.
outros).

Estabelecer o registro das ações (desvios e ações


Gerenciar 100% dos aspectos ambientais obras.
corretivas) por parte das contratadas.

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Plano Básico Ambiental - PBA

2.1.1.5 Descrição do Programa

2.1.1.5.1 Atividades a Serem Desenvolvidas

Este programa contempla as diretrizes ambientais para as atividades construtivas, de


transporte das estruturas, equipamentos, materiais e funcionários (todas as categorias
enquadradas nas Normas Regulamentadoras (NR)2 aprovadas por Portaria do Ministério do
Trabalho e Emprego) até a área de implantação do empreendimento. Considera em suas ações
Medidas de prevenção, contenção e controle através de medidas mitigadoras dos impactos
significativos identificados para a fase de implantação do projeto. Especificamente são
descritas as ações listadas a seguir:

i. Ações e Especificações Gerais para Empresas Contratadas

ii. Ações e Atividades de Terraplenagem

iii. Ações para Obras de Drenagem Pluvial

iv. Ações para Canteiro de Obras

v. Ações para Sistema de Abastecimento de Água

vi. Ações para Sistema de Coleta e Tratamento de Efluentes

vii. Ações para Ruídos e Vibrações

viii. Ações para Emissões Atmosféricas

ix. Ações para Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalhador

x. Ações para Treinamento Ambiental do Trabalhador

2.1.1.5.2 Procedimentos Metodológicos

O PGAO trata de atividades, procedimentos e diretrizes que visam ao estabelecimento de:

i. Métodos padronizados de construção, segundo as normas técnicas e ambientais.

ii. Medidas de prevenção, contenção e controle de vazamentos.

iii. Medidas preventivas e/ou mitigadoras para os impactos ambientais significativos


identificados no Estudo de Impacto Ambiental.

2Uso de EPI – NR0-6


PCMSO -NR-07
PPRA – NR-09
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – NR-18
Norma para trabalhos em altura – NR-35, entre outras.

Arcadis 15
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iv. Medidas preventivas e/ou mitigadoras para os impactos significativos identificados


durante as obras de implantação do projeto.

v. Informações a serem repassadas às empresas subcontratadas e a efetiva


fiscalização de seu cumprimento.

vi. Registro das atividades relacionadas à UTE GNA Porto do Açu III feitas pela
supervisão das obras que serão reportadas ao INEA semestralmente ou com a
periodicidade prevista na condicionante da licença.

Ações e Especificações Gerais para Empresas Contratadas

O cumprimento das normas técnicas e legislação ambiental como as normas internas de Meio
Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho assegurado pela GNA e pelas contratadas o igual
cumprimento de todas as obrigações assumidas nos programas ambientais, nas
condicionantes e demais normatizações aplicáveis.

O compromisso das empresas contratadas será garantido por força contratual, de modo a
assegurar o cumprimento da Política, das Normas e dos Procedimentos Internos da Qualidade,
Meio Ambiente, Saúde e Segurança preconizadas pela GNA, a qual tem o direito pleno de
proceder inspeções e auditorias, sistemáticas ou não, relativas ao pessoal alocado, às
instalações ocupadas, bem como aos documentos e registros pertinentes ao cumprimento de
legislações e normas técnicas e ambientais aplicáveis.

Os checklist de verificação, bem como relatórios de supervisão e auditorias serão apresentados


e discutidos em reuniões com os gestores das empresas contratadas para definição de ações
corretivas aplicáveis aos desvios encontrados, determinando os responsáveis pela execução
da medida e os prazos para correção das anotações referidas.

Ações e Atividades de Terraplenagem

Conforme descrito no Memorial Descritivo (40-MDE-1418042-618-P-BCE-002_B - Descritivo


de Terraplenagem), há uma gama de Normas técnicas (especificações técnicas do DNIT e
normas ABNT, pertinentes) a serem cumpridas nas atividades necessárias ao processo de
terraplanagem, as quais devem ser cumpridas como forma de minimizar eventos adversos ao
ambiente objeto da ação, bem como seu entorno.

A execução da terraplanagem deve prever medidas de proteção do terreno, evitando transporte


de sedimentos a cursos d´água no entorno. Os taludes de cortes e aterros, assim como as
áreas de empréstimo, deverão ser protegidos através de revestimentos vegetais, ao final das
obras, dando-lhes condições de resistência à erosão e preservação do meio ambiente.

Para as ações de controle da erosão será indispensável que a área esteja regularizada e
drenada, de modo que as águas pluviais sejam impedidas de escoarem em maior volume ou
velocidade excessiva sobre a superfície tratada carreando material particulado para os
ambientes aquáticos.

O planejamento das atividades de terraplanagem deve delimitar previamente a área de


intervenção, evitando sobreposição de atividades, prevendo a menor exposição possível do
solo descoberto, reduzindo desta forma os impactos sobre o meio físico.

Arcadis 16
Plano Básico Ambiental - PBA

Deve-se atentar também para manutenção dos veículos e equipamentos, de modo a se evitar
contaminação dos solos e cursos hídricos por vazamentos de produtos oleosos.

As ações de execução do projeto executivo de terraplanagem devem ser seguidas em


consonância com as premissas ambientais determinadas.

Ações para Obras de Drenagem Pluvial

Para as ações de corte e aterro de solo com fins de nivelamento, entre outras ações, há que
se verificar o desenvolvimento de processos erosivos e assoreamento de cursos de água. Com
o intuito de evitar ou minimizar esse potencial impacto devem ser adotadas medidas como a
implantação de um sistema de drenagem pluvial que direcione o fluxo hídrico superficial e
possíveis escoamentos decorrentes das obras de terraplenagem.

Entre as principais medidas para manutenção eficiente de um sistema de drenagem durante


as obras, estão as listadas a seguir e que deverão ser consideradas durante as obras da UTE
GNA Porto do Açu III:

▪ Implantação de sistemas de drenagem composto de canais, calhas, canaletas,


caixas de sedimentação, dispositivos de dissipação da energia da água através da
diminuição da velocidade de escoamento.

▪ Prever mecanismos de captação, condução e dissipação de águas pluviais,


evitando a ocorrência de erosão superficial.

▪ Supervisionar e comprovar a eficiência dos sistemas propostos, por meio de


inspeções periódicas das condições de drenagem do terreno, de forma a garantir a
sua eficiência ou correção do sistema proposto no menor tempo possível, para que
o processo erosivo não se intensifique e que não haja carreamento de partículas
para dentro dos recursos hídricos.

▪ Manter em dia a manutenção do sistema de drenagem verificando possíveis


deformações ou imperfeições como rachaduras, dimensionamento inadequado que
possibilite transbordamento, entupimentos causados por falta de manutenção e
limpeza.

▪ Previsão e implantação de bacias de captação e sedimentação com


dimensionamento adequado ao volume de chuvas esperado para o período das
atividades de terraplenagem.

Conforme descrito no Memorial Descritivo (MD), o projeto de terraplenagem será executado


levando-se em consideração a necessidade, para a drenagem adequada, dos seguintes
componentes: valetas de proteção de taludes, descidas d’água, sarjetas, caixas coletoras,
bueiros de grade, camada drenante, drenos rasos longitudinais, sarjetas, bocas de lobo e poços
de visita, os quais serão adequados a cada situação ou necessidade.

Ações para Canteiro de Obras

Arcadis 17
Plano Básico Ambiental - PBA

Acompanhar diariamente as atividades executadas nos canteiros de obras e frentes de serviço,


visando a identificar possíveis não conformidades ou a necessidade de adoção de medidas
preventivas e/ou corretivas dos desvios identificados.

Acompanhar a implantação dos programas ambientais, identificando a necessidade de adoção


de medidas complementares, bem como manter registros fotográficos de todas as ações
ambientais executadas.

Para atendimento das disposições das Normas Regulamentadoras 18 e 24 do Ministério do


Trabalho, serão instalados contêineres sanitários com tanques sépticos estanque. O esgoto
será coletado por empresas licenciadas, em caminhões tanque, a exemplo de outras
instalações do Porto do Açu. Em determinadas frentes de trabalho, também podem ser
instalados banheiros químicos, para os quais está prevista a mesma destinação do esgoto.

Considera-se ainda a possibilidade de tratamento do esgoto sanitário para reuso local, nos
termos da Norma ABNT NBR 13969:1997, especialmente em atividades de umectação de vias,
irrigação de áreas verdes, lavagem de pisos/calçadas e terraplenagem.

Ainda segundo o MD, as atividades de manutenção e de abastecimento de veículos pesados


deverão ser realizadas seguindo as medidas de controle adequadas, incluindo o uso de
bandeja de contenção, e a disponibilização de kits de resposta a emergência ambiental nos
caminhões tanque e nas oficinas do canteiro de obras. O óleo residual será encaminhado para
empresas recuperadoras devidamente licenciadas.

Todos os resíduos gerados na fase de implantação deverão ser descartados por empresa
devidamente credenciada para essa atividade, e em áreas também devidamente licenciadas.

Para operação e manutenção do canteiro serão executados procedimentos de rotinas que


atendam às prescrições básicas de conforto, higiene e segurança dos trabalhadores, como
transtornos que possam ser causados à população vizinha, especialmente ruídos, poeira,
bloqueio de acessos, entre outros.

Ações para Sistema de Abastecimento de Água

O projeto considera que o abastecimento de água para as obras da UTE GNA Porto do Açu III
será realizado pela Águas Industriais do Açu S.A. ou outro fornecedor qualificado e licenciado.
A água fornecida será tratada pela empresa contratada para executar a obra ou outra empresa
apta, que implantará uma ETA – Estação de Tratamento de Água, localizada na área do
Canteiro Fase 1, de forma a gerar água potável para o abastecimento dos reservatórios
(tanques em PVC com capacidade de armazenamento total de 20 m³), sendo estes
identificados, monitorados e limpos, atendendo aos requisitos, critérios e procedimentos
aplicáveis para o controle sanitário de água destinada ao consumo humano. Adicionalmente,
considera-se a possibilidade de aquisição de água por meio de caminhões-pipa de
fornecedores licenciados.

Arcadis 18
Plano Básico Ambiental - PBA

A qualidade requerida para água potável atenderá aos parâmetros da Portaria de Consolidação
5/20173, que estabelece Padrões de potabilidade da água para consumo humano. Serão
previstos pontos de monitoramento para a coleta de amostras de água de acordo com a
periodicidade estabelecida na legislação vigente, ou seja, na origem (ETA) e nos pontos de
uso considerados críticos e de forma aleatória nos demais pontos de distribuição para
consumo.

Todo sistema de abastecimento será implantado em local seguro, com uma construção sólida
provida de estruturas e espaços adequados para as atividades de manutenção, vistorias de
rotina, higienização e limpezas periódicas com dispositivos que impeçam a entrada de vetores
e a ação dos fortes ventos da região.

O sistema hidráulico deve possibilitar o bloqueio da entrada e saída de água dos reservatórios
para facilitar a atividade de higienização e limpeza, previsto com frequência semestral das
caixas d’água, que será realizado por empresa credenciada e/ou por funcionários treinados e
capacitados, com a emissão de certificado, por profissional da área, garantindo a qualidade do
serviço realizado.

Cabe ainda adicionar a possibilidade da utilização de água subterrânea que aflora à superfície,
durante a etapa de rebaixamento do lençol freático. Sua utilização terá como finalidade a
umectação de vias de acesso e no próprio terreno de obras do empreendimento, compactação
do solo, além da limpeza de dependências.

A necessidade de rebaixamento do lençol freático vem da reconhecida existência de aquífero


livre na região do empreendimento, conforme disposto no EIA-RIMA da UTE Novo Tempo
(Tetra Tech, 2015), que subsidiou o processo de licenciamento prévio (LP nº IN032607). Dessa
forma, o simples lançamento de água às imediações do local é inviável, pois rapidamente
retorna à área de execução das fundações da UTE.

Ações para Sistema de Coleta e Tratamento de Efluentes

Segundo o MD, o canteiro de obras possuirá sistema de tratamento dos efluentes gordurosos
composto por caixa coletora com gradeamento e caixa de derivação, caixas de gordura e caixa
de junção, sendo que o efluente produzido será conduzido à rede coletora de efluentes
domésticos.

Os efluentes domésticos previstos na fase de implantação serão provenientes apenas do


refeitório, sanitários e área administrativa, localizada no canteiro de obras da UTE GNA Porto
do Açu III.

Os efluentes domésticos brutos gerados na fase de implantação serão captados e


armazenados em tanques sépticos estanques, com coleta regular do esgoto por caminhões
limpa-fossa de empresas licenciadas.

3
Do controle e da vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade (Origem:
PRT MS/GM 2914/2011)

Arcadis 19
Plano Básico Ambiental - PBA

Ainda segundo MD, o canteiro de obras e as frentes de trabalho terão prioritariamente


contêineres sanitários acoplados a fossas estanque, com coleta periódica do esgoto por
empresa licenciada por meio de caminhão limpa-fossa. Essas instalações sanitárias atenderão
às disposições das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, como a
NR 18 e NR 24. Em complementação, serão instalados banheiros químicos, sendo o efluente
destes encaminhado para sistemas de tratamento de empresas licenciadas.

Ações para Ruídos e Vibrações

A sinalização no entorno da área do empreendimento deverá ser replanejada e os veículos que


possuem altos índices de emissão de ruídos devem ser manejados para horários alternativos
quando forem transitar nas proximidades das comunidades do entorno do empreendimento. O
empreendedor deve verificar a documentação dos terceiros a respeito do atendimento às
normas legais de geração de ruídos e emissões veiculares.

Na fase de implantação da UTE GNA Porto do Açu III, o incremento sonoro e vibratório será
proveniente do tráfego de veículos e maquinário nas vias de acesso e na área de construção
do empreendimento. O tráfego de veículos oriundos das obras será realizado exclusivamente
no período comercial, evitando conflitos no tráfego de veículos no período noturno.

Como forma de controlar e mitigar emissões sonoras e vibrações oriundas das obras medidas
preventivas deverão ser implantadas:

▪ Manter em dia a manutenção de veículos e equipamentos para controle da emissão


de ruído e vibração.

▪ Priorizar, sempre que possível, o uso de equipamentos com baixos índices de ruídos.

▪ Manter as vias internas de acesso em condições adequadas de trafegabilidade para


que a circulação de caminhões e maquinários ocorra sem impactos da suspensão
evitando o incremento de vibração.

▪ Definir e fiscalizar os limites de velocidade nas vias internas do projeto.

▪ Todos os veículos utilizados nas obras deverão enquadrar-se no Programa Nacional


de Controle de Ruído de Veículos (PROCONVE), e os limites máximos de ruído
divulgados pelo fabricante dos veículos automotores poderão ser utilizados para
avaliação e padronização.

Arcadis 20
Plano Básico Ambiental - PBA

Ações para Emissões Atmosféricas

Embora consideradas de baixa significância, as emissões atmosféricas da fase de obras,


medidas preventivas deverão ser adotadas para minimizar os possíveis impactos decorrentes
das atividades listadas no Quadro 2- 3 a seguir.

Quadro 2- 3: Atividades e respectivos tipos de emissões.

ATIVIDADE TIPO DE EMISSÃO

Transferência de cargas entre as áreas de


Poeira
armazenamento
Tráfego de veículos Poeira e gases de exaustão
Geradores Gases de exaustão
Gases (SOx, NOx, COV) e Material
Cabine de Pintura
Particulado
Cabine de Jateamento Material Particulado

Também serão emitidos, em menor escala, gases de combustão provenientes da operação de


veículos e maquinários movidos a diesel, como o dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio
(NOX), monóxido de carbono (CO) e hidrocarbonetos (HC).

Deverão ser fornecidos equipamentos de proteção individual (EPI) adequados aos


trabalhadores, em conformidade com normas regulamentadoras aplicáveis. Como
procedimentos a serem executados pelos responsáveis das obras, seguem:

▪ Umectação das vias de acesso não pavimentadas e áreas com solo exposto.

▪ Proteção de caçambas nos caminhões de transporte de materiais em percursos


internos e externos.

▪ Manutenção de vias de acesso internas pavimentada.

▪ Definição de limites de velocidade dos veículos em vias internas com e sem pavimento.

▪ Controle da circulação de veículos nas áreas envolvidas e Manutenção da frota de


veículos locada para as obras, evitando emissões excessivas de gases e partículas
(fumaça preta) provenientes dos motores de combustão dos veículos e máquinas,
conforme Portaria IBAMA no 85/96 e Conama 418/2009.

▪ Manter a cabine de pintura que será enclausurada (constituída em chapas de aço) e


dotada de sistema de exaustão com elementos filtrantes em dois estágios de forma a
garantir as condições adequadas de exaustão, conforme descrito no MD.

O detalhamento destas atividades é apresentado no âmbito do Programa de Gestão de


Qualidade do Ar, integrante deste Plano Básico Ambiental (PBA).

Arcadis 21
Plano Básico Ambiental - PBA

Ações para Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalhador

Faz-se necessária a existência de um ordenamento que reúna todas as normas e


procedimentos pertinentes as exigências legais. Isso irá propiciar a orientação e efetiva adoção
das medidas de prevenção que promoverão ações de redução de acidentes, controle de
doenças ocupacionais, transmissíveis e/ou endêmicas, bem como o atendimento a vítimas de
acidentes (físicos, químicos, biológicos ou ergonômicos) ou situações, outras, que se
apresentem no ambiente de trabalho e, que de alguma forma, estejam ou possam vir a provocar
danos à saúde e à integridade física dos trabalhadores:

▪ Desenvolver ações de prevenção de doenças, educação em saúde para os


trabalhadores vinculados à obra, de forma a atender todas as Normas
Regulamentadoras (NR) da legislação vigente e demais normas aplicáveis.

▪ Orientar os trabalhadores a desenvolverem hábitos e procedimentos voltados à


higiene relacionada à saúde, inclusive em relação às doenças sexualmente
transmissíveis e níveis de alcoolismo e drogas.

▪ Disponibilizar os serviços de saúde indispensáveis para o bem-estar dos


trabalhadores da obra e prover tratamento das doenças que forem adquiridas.

▪ Realizar a divulgação os prazos para realização dos exames médicos periódicos.

▪ Estabelecer controle efetivo dos meios aplicados na prevenção de acidentes ou


doenças, monitorando e verificando as alterações ou situações dos agentes.

▪ Realizar a comunicação de acidente do trabalho (CAT) através do site da Previdência


Social de maneira a cumprir a Lei nº 8.213/91 que determina no seu artigo n. 22 que
todo acidente do trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela
empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão.

▪ Prevenção e atendimento a vítimas de acidentes com destaque para acidentes de


trânsito, corte, queda ou com animais peçonhentos.

▪ Encaminhamento de portadores de moléstias infectocontagiosas ao sistema público


de saúde para tratamento.

▪ Fornecimento de uniformes e equipamentos de proteção individual (EPI) compatíveis


com a função.

▪ Registros detalhados dos atendimentos médicos ambulatoriais e/ou de emergência,


incluindo o controle de vacinas aplicadas aos empregados da obra.

As construtoras responsáveis pelas obras assumirão a responsabilidade pelas condições de


Segurança e Medicina do Trabalho, que deverão estar em plena conformidade com a Lei nº
6.514/77; Portaria MTE nº 3.214/78 e legislação complementar de seus colaboradores, bem
como as normas e condicionantes dos licenciamentos ambientais. Estas serão responsáveis
pela segurança na execução de seus serviços e pelos atos de seus empregados que resultem
em acidentes no trabalho. Cabe às empresas implementar, conforme legislação, os seguintes
programas:

Arcadis 22
Plano Básico Ambiental - PBA

▪ Programa de Prevenção de Risco Ambientais (PPRA), conforme NR-9.

▪ Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção


(PCMAT) conforme NR-1, e

▪ Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) de seu pessoal e


da(s) sua(s) subcontratada(s), contendo nome do Médico do Trabalho responsável,
empregado ou não da empresa, conforme NR-7.

A GNA e as empreiteiras contratadas, com base nos mapas de riscos, definirão todos os
equipamentos de proteção individual (EPI) necessários a cada tipo de serviço, fornecerão os
equipamentos e efetuarão o controle para garantir a obrigatoriedade do uso conforme a NR-6.

Ações para Treinamento Ambiental do Trabalhador

A prevenção de acidentes será tema durante o treinamento dos trabalhadores, sendo esta
atividade integrante também do Programa de Educação Ambiental. Os cuidados a serem
tomados para evitar acidentes com equipamento, com animais silvestres ou outros, e os
procedimentos necessários quando da eventualidade serão o foco principal das palestras a
serem realizadas.

O objetivo geral desta ação é informar e conscientizar os trabalhadores envolvidos na fase de


implantação da UTE GNA Porto do Açu III sobre a importância a respeito de questões de saúde
e segurança do trabalho e de preservação do meio ambiente.

Entre os temas dos treinamentos serão incluídas orientações sobre ações ambientalmente
corretas no cotidiano e na convivência com a obra.

As atividades de treinamento ambiental dos trabalhadores, sob responsabilidade das empresas


contratadas, contemplarão a realização de palestras, direcionadas para envolvimento e
sensibilização dos trabalhadores, com foco nas atividades diretamente vinculadas à execução
da obra, bem como às características socioambientais da região e os hábitos e costumes
locais.

Esta atividade poderá estar associada também às atividades de Comunicação Social e


Educação Ambiental de forma integrada.

2.1.1.6 Público-alvo

O público-alvo deste programa são as empresas contratadas para construção do


empreendimento, órgãos ambientais e o empreendedor.

2.1.1.7 Relação com Outros Programas

Este programa relaciona-se com os programas de Comunicação Social e Educação Ambiental,


pois ambos permeiam os treinamentos e comunicação das ações da obra, bem como os
Programas de Gerenciamento de resíduos Sólidos, Programa de Mobilização e
Desmobilização de Mão de obra e Programa de Controle e Monitoramento de tráfego.

Arcadis 23
Plano Básico Ambiental - PBA

2.1.1.8 Cronograma de Execução

As atividades foram estruturadas especificamente para serem executadas durante toda a fase
de implantação da UTE GNA Porto do Açu III, prevista para 40 meses, conforme cronograma
Quadro 2- 4, a seguir.

Arcadis 24
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 4: Cronograma de Execução da implantação da UTE GNA Porto do Açu III.

Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04


ETAPAS
T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4

Engenharia

Suprimentos
Construção

Comissionamento
Operação Comercial

Arcadis 25
Plano Básico Ambiental - PBA

2.1.2 Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)

2.1.2.1 Apresentação e Justificativas

A execução de obras civis e a operação de empreendimentos como a UTE GNA Porto do Açu
III geram um volume de resíduos sólidos que, caso não sejam adotados procedimentos
adequados de manejo e destinação, poderão impactar negativamente o meio ambiente,
podendo causar a poluição do solo e da água subterrânea e superficial devido ao lançamento
inadequados de resíduos no ambiente, além de contribuir para o assoreamento de corpos
hídricos.

As atividades desenvolvidas durante a fase de obras civis e as atividades inerentes à operação


do empreendimento acarretarão a geração resíduos de diferentes tipologias e classificações,
sendo fundamental a adoção de um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)
que estabeleça procedimentos para o correto acondicionamento, coleta, transporte,
armazenamento e destinação final durante as fases de implantação e operação da UTE GNA
Porto do Açu III.

2.1.2.2 Objetivo Geral

O objetivo geral deste Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos é o estabelecimento


de diretrizes de manejo e destinação dos resíduos gerados durante as fases de implantação e
operação da UTE GNA Porto do Açu III, dispondo sobre as formas de acondicionamento, locais
de armazenamento, meios de transporte e a destinação final adequada, de forma a garantir a
manutenção da qualidade socioambiental do empreendimento.

2.1.2.3 Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

Os objetivos específicos, metas e indicadores do PGRS são apresentados no Quadro 2- 5 a


seguir.

Quadro 2- 5: Objetivos específicos, metas e indicadores do Programa de Gerenciamento de


Resíduos Sólidos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES


Instalar, em 100% das frentes
Assegurar o gerenciamento de obras e fontes de geração Número de fontes geradoras de
adequado da totalidade de de resíduos, estruturas resíduos X estruturas
resíduos sólidos gerados adequadas para o correto adequadas para
durante as obras de acondicionamento e acondicionamento.
implantação do gerenciamento dos resíduos.
empreendimento e durante a
operação da UTE GNA Porto Comprovantes de
Destinação final adequada de
do Açu III. encaminhamento correto e
100% dos resíduos gerados.
volume/peso total de resíduos.

Arcadis 26
Plano Básico Ambiental - PBA

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES


Identificação de oportunidades
e implementação de
tecnologias de redução da
geração, reutilização e Volume de resíduos gerados X
reciclagem de resíduos, volume de resíduos
implementando instrumentos encaminhados para reciclagem
de coleta seletiva e sistemas de ou para sistemas de logística
logística reversa, visando à reversa.
minimização do volume de
resíduos encaminhado para
tratamento e destinação final.
Realização de treinamentos e
Promover a conscientização palestras quanto aos
ambiental dos trabalhadores procedimentos de Taxa de adesão através de
quanto à importância do gerenciamento de resíduos listas de presença X número de
gerenciamento adequados dos para 100% dos trabalhadores trabalhadores no período.
resíduos sólidos. envolvidos nas obras e
operação do empreendimento.

2.1.2.4 Descrição do Programa

2.1.2.4.1 Atividades a serem desenvolvidas

A implantação do programa deverá ser realizada através da execução das seguintes etapas:

i. Identificação das fontes geradoras.

ii. Gerenciamento dos Resíduos

a) Classificação

b) Segregação e Acondicionamento

c) Armazenamento Temporário

d) Transporte dos Resíduos

e) Destinação Final Adequada

iii. Emissão de Manifesto de Transporte de Resíduos e Inventário de Resíduos.

iv. Certificados de Destinação Final.

v. Realização de Treinamentos com funcionários responsáveis pelo manejo dos


resíduos, demais trabalhadores e terceirizados.

2.1.2.4.2 Procedimentos Metodológicos

Identificação das Fontes Geradoras

Arcadis 27
Plano Básico Ambiental - PBA

Inicialmente, deverão ser identificadas todas as possíveis fontes geradoras de resíduos sólidos
durante a implantação e operação do empreendimento, analisando-se as atividades a serem
desenvolvidas durante as obras e as atividades próprias da operação do empreendimento
sujeitas à geração de resíduos. Esta etapa visa ao dimensionamento adequado das formas de
armazenamento, à quantificação do número de coletores necessários e à localização dos
mesmos, preferencialmente próximo à fonte geradora.

Deverão ser gerados, durante a fase de implantação do empreendimento, resíduos nas frentes
de obras, áreas administrativas, ambulatório e refeitório.

Durante a operação da UTE GNA Porto do Açu III, serão gerados resíduos sólidos e lodo das
estações de tratamento de água, proveniente do processo de clarificação da planta de
dessalinização (objeto do processo administrativo E-07/002.11216/2017 – UTE Novo Tempo
GNA II), resíduos das áreas administrativas e de apoio, e resíduos da troca de catalisador.

Gerenciamento dos Resíduos

A) Classificação dos Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos gerados deverão ser classificados conforme a Norma ABNT NBR
10.004:2004, que estabelece os critérios de classificação e os códigos para a identificação de
acordo com as suas características. Os resíduos da construção civil deverão ser classificados,
também, conforme a Resolução Conama n° 307/2002, que estabelece as diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

Conforme a NBR 10.004:2004, os resíduos sólidos são classificados em:

▪ Classe I – Resíduos perigosos: aqueles que apresentam periculosidade, ou seja, que


podem apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente.

▪ Classe IIA – Resíduos não perigosos não inertes: aqueles que podem ter propriedades
como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água;

▪ Classe IIB – Resíduos não perigosos inertes: são aqueles que, após contato com água,
da forma padronizada pela NBR 10.006:2004 (Solubilização de Resíduos) não tenham
nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores àquelas dos
padrões de potabilidade, excetuando-se os parâmetros de aspecto, cor, turbidez e
sabor.

Segundo as diretrizes estabelecidas pela Resolução CONAMA 307/2002, os resíduos da


construção civil serão classificados em:

▪ Classe A – compreende os resíduos reutilizáveis ou recicláveis na forma de agregados,


tais como:

o Resíduos de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de


outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem.

Arcadis 28
Plano Básico Ambiental - PBA

o Resíduos de construção, demolição, reformas e reparos de edificações:


componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, etc.),
argamassa e concreto.

o Resíduos de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em


concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras.

▪ Classe B – compreende os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:


plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.

▪ Classe C – compreende os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias


ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação,
tais como os produtos oriundos do gesso.

▪ Classe D – compreende os resíduos perigosos oriundos do processo de construção,


tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à
saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações
industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham
amianto ou outros produtos nocivos à saúde.

Deverá ser observada também a classificação dos resíduos conforme Resolução Conama nº
313/02, que dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais, apresentando
no Anexo II a codificação de diversas tipologias de resíduos e no Anexo III os códigos para
armazenamento, tratamento, reutilização, reciclagem e disposição final.

A classificação de resíduos dos serviços de saúde deve ser realizada conforme a NBR
12.808:1993 – Resíduos de Serviços de Saúde; a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC)
Anvisa n° 306/04 e a Resolução Conama n° 358/05.

Durante a fase de implantação do empreendimento, serão gerados resíduos de obras (tijolos,


blocos, telhas e outros), materiais contaminados com óleos e graxas, madeiras, resíduos
recicláveis, resíduos orgânicos, ambulatoriais e de áreas administrativas.

Durante a fase de operação da UTE GNA Porto do Açu III serão gerados resíduos sólidos e
lodo das estações de tratamento de água que corresponderão, predominantemente, a resíduos
sólidos industriais perigosos (Classe I) e não-perigosos (Classe II) gerados pelo processo
industrial. Deverão ser gerados resíduos, também, na troca de catalisador, cuja vida útil
estimada é de três anos. Estes resíduos serão enquadrados como resíduo sólido perigoso
(Classe I) por conter traços de amônia.

O Quadro 2- 6 a seguir sintetiza os tipos de resíduos sólido passíveis de geração nas fases de
implantação e operação da UTE GNA Porto do Açu III e a respectiva classificação, conforme a
legislação vigente.

Arcadis 29
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 6: Tipologia dos resíduos passiveis de serem gerados durante as fases de implantação
e operação do empreendimento e respectiva classificação, conforme NBR 10.004:2004 e
Resolução CONAMA 307/2002.

CLASSIFICAÇÃO (NBR
TIPO FASE DO EMPREENDIMENTO 10.004:2004 / Res. CONAMA
307/2002)

Resíduo hospitalar Implantação e Operação Classe I / Classe D

Resíduos de obras: tijolos,


blocos, telhas, placas de Implantação Classe II B / Classe A
revestimentos, etc
Lodo gerado no tratamento de
Operação Classe II A
água
Resíduos do catalisador do
Operação Classe I
SCR
Resíduo de óleo usado Implantação e Operação Classe I / Classe D
Lâmpadas fluorescentes,
Implantação e Operação Classe I / Classe D
baterias, pneumáticos
Materiais contaminados com
óleo, graxa, tintas, solventes, Implantação e Operação Classe I / Classe D
etc.
Resíduo Orgânico Implantação e Operação Classe II A / Classe B
Madeira Implantação e Operação Classe II B / Classe B
Papel/Papelão Implantação e Operação Classe II B / Classe B
Plástico Implantação e Operação Classe II B / Classe B
Sucata metálica Implantação e Operação Classe II B / Classe B
Vidro Implantação e Operação Classe II B / Classe B

B) Segregação e Acondicionamento

A segregação dos resíduos na fonte geradora é requisito essencial para a implantação de um


sistema efetivo de gerenciamento de resíduos e uma ação primordial para o desenvolvimento
das próximas etapas de manejo dos resíduos.

Assim, a segregação deve considerar as características físicas, químicas e biológicas dos


resíduos gerados, bem como a fonte geradora e a quantidade/ volume de resíduos gerado, de
modo a garantir as etapas de acondicionamento, armazenamento e destinação final sejam as
mais adequadas possíveis para cada tipologia de resíduo.

Os resíduos deverão ser segregados, minimamente, conforme a classificação estabelecida na


Norma ABNT NBR 10.004:2004. No entanto, uma segregação mais detalhada também deverá
ser avaliada, considerando os materiais com possibilidade de reutilização ou reciclagem como,
por exemplo, madeira, papel, plástico, vidro, resíduos metálicos, dentre outros. Também
deverá ser considerada a incompatibilidade química no caso de produtos perigosos, de modo
a evitar a ocorrência de reações adversas como liberação de gases tóxicos e inflamabilidade.

Arcadis 30
Plano Básico Ambiental - PBA

A definição da forma de acondicionamento dos resíduos deve considerar a quantidade de


resíduos estimada, conforme a fonte geradora, características físicas e químicas, bem como o
tipo de transporte a ser utilizado. Podem ser utilizados como coletores bombonas, tonéis,
contêineres ou a granel, dentre outros, conforme o resíduo a ser acondicionado. Os coletores
devem ser locados próximos a fonte geradora do resíduo, possuir identificação especificando
o tipo de resíduo a ser acondicionado e atender ao padrão de cores estabelecido na Resolução
CONAMA 275/2001, qual seja:

▪ Papel, papelão - azul

▪ Plástico – vermelho

▪ Vidro – verde

▪ Metal – amarelo

▪ Madeira – preto

▪ Resíduos perigosos – laranja

▪ Resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde – branco

▪ Resíduos orgânicos – marrom

▪ Resíduos não recicláveis ou misturados – cinza

▪ Resíduos radioativos – lilás.

C) Armazenamento

Se houver a necessidade de armazenamento temporário dos resíduos até a destinação final,


deverá ser implantada uma Central de Armazenamento de Resíduos, constituída de baias
específicas para cada tipologia de resíduo a ser armazenado, tanto para a fase de implantação
como para a fase de operação do empreendimento.

A Central de Armazenamento de Resíduos deve observar os seguintes requisitos:

▪ Acesso restrito.

▪ Identificação das baias de armazenamento.

▪ Base impermeabilizada.

▪ Sistema para contenção de líquidos.

▪ Sistema para contenção de sólidos (baias, paredes, outros).

▪ Vias de acesso adequadas.

▪ Medidas de controle de pragas e vetores patogênicos como insetos, roedores e outros.

Arcadis 31
Plano Básico Ambiental - PBA

▪ Procedimentos em caso de emergência.

O armazenamento dos resíduos deve atender às recomendações das normas da ABNT NBR
11174 (Armazenamento de resíduos Classe IIA - não inertes e Classe IIB – inertes) e NBR
12235 (Armazenamento de resíduos perigosos).

D) Transporte dos Resíduos

O transporte dos resíduos até a disposição final será realizado por meio de empresas
terceirizadas e devidamente licenciadas, ou seja, as transportadoras devem possuir licença ou
autorização ambiental para o tipo de serviço e deve emitir o Manifesto de Transporte de
Resíduos (MTR), que identifica o tipo de resíduo que será transportado, a quantidade, o
gerador, o receptor e a transportadora.

O transporte externo deverá ser realizado em veículos e equipamentos compatíveis ao tipo de


resíduo gerado, visando ao máximo controle dos riscos ambientais e ocupacionais e a
minimização de impactos.

A GNA deverá fiscalizar o atendimento aos requisitos normativos pelas transportadoras e exigir
a comprovação da destinação final dos resíduos.

E) Destinação Final

Os resíduos sólidos gerados durante a implantação e a operação da UTE GNA Porto do Açu
III poderão ser doados para reutilizadores e recicladores, comercializados ou encaminhados
diretamente para disposição final, conforme a tipologia do resíduo. Será utilizada a
infraestrutura de coleta de resíduos sólidos em Campos dos Goytacazes e São João da Barra
para a destinação final de alguns destes resíduos. Outros deverão ser encaminhados para
destinação final externa.

Dentre os resíduos gerados durante a implantação e operação do empreendimento, o lodo


gerado no tratamento de água será adensado em filtro prensa ou centrífuga e encaminhado
para aterro sanitário devidamente licenciado.

Panos, estopas, papéis e outros resíduos contaminados por óleos, solventes e tintas
provenientes da manutenção e operação de veículos e equipamentos, serão encaminhados
para aterro industrial de resíduos perigosos da região, devidamente licenciado.

O resíduo de óleo usado será segregado na fonte e encaminhado para rerrefino.

As lâmpadas fluorescentes, baterias, pneumáticos serão encaminhados para reaproveitamento


por terceiros e/ou reciclagem.

Os resíduos orgânicos serão segregados na fonte e destinados para reprocessamento e/ou


aterro sanitário licenciado.

Os resíduos recicláveis (madeira, papel, papelão, plástico, sucata metálica e vidro) serão
encaminhados para reaproveitamento por terceiros e reciclagem.

Arcadis 32
Plano Básico Ambiental - PBA

Os resíduos do ambulatório serão segregados na fonte e estocados temporariamente, para


posterior destinação final adequada conforme estabelecido na legislação vigente
(autoclavagem, incineração e destinação final conforme Resolução CONAMA nº 358/2005).

A descrição e relação de resíduos a serem geradoras durante a operação da UTE GNA Porto
do Açu III, forma adequada de armazenamento e destinação final a ser adotada é apresentada
no Memorial Descritivo do empreendimento, Anexo III do Volume 1 do Relatório de Solicitação
de Licença de Instalação do empreendimento.

Manifesto e Inventário de Resíduos

Os manifestos de transporte de resíduos e inventários dos resíduos gerados nas áreas


operacionais da UTE GNA Porto do Açu III deverão ser registrados, respectivamente, conforme
DZ-1310.R-7 – Sistema de Manifesto de Resíduos e a Resolução CONAMA nº 313/02 –
Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.

Certificados de Destinação Final

Os receptores de resíduos deverão emitir o Certificado de Destinação Final (CDF),


especialmente para resíduos perigosos e/ou especiais. Caberá à GNA o armazenamento das
evidências de destinação adequada a cada tipologia de resíduo.

Treinamentos

Deverão ser realizados treinamentos periódicos com os funcionários responsáveis pelo manejo
dos resíduos, demais trabalhadores e terceirizados, visando ao conhecimento dos
procedimentos adequados para coleta, acondicionamento, armazenamento e transporte dos
resíduos, bem como dos riscos do manejo inadequado. Devem ser abordados também
assuntos relativos à redução de geração de resíduos e à valorização das ações e dispositivos
que viabilizem a reutilização, reciclagem e reuso de materiais originados durante as obras de
implantação e na operação do empreendimento.

2.1.2.5 Relação com outros programas

O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos possui inter-relação com o Programa de


Gestão Ambiental das Obras (PGAO), Programa de Comunicação Social (PCS) e Programa
de Educação Ambiental (PEA).

2.1.2.6 Cronograma de Execução

O PGRS será contínuo durante toda a fase de implantação e de operação da UTE GNA Porto
do Açu III.

2.1.3 Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos (PGEL)

2.1.3.1 Apresentação e Justificativas

O Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos (PGEL) apresenta os procedimentos


gerais a serem adotados para o gerenciamento dos efluentes durante a fase de operação da
UTE GNA Porto do Açu III, de forma a garantir a qualidade ambiental das áreas de influência

Arcadis 33
Plano Básico Ambiental - PBA

do projeto, controlando assim os riscos de poluição e contaminação da água e do solo, bem


como a minimização dos potenciais impactos sobre os ambientes costeiros.

O PGEL será realizado por meio de ações que envolvem planejamento e monitoramento,
abrangendo tanto os efluentes industriais como os sanitários, visando a avaliar a eficiência de
desempenho dos sistemas de tratamento, permitindo a identificação e aplicação de ações
corretivas, caso necessário.

O gerenciamento dos efluentes justifica-se pela necessidade de conformidade legal dos


efluentes com a Resolução CONAMA n° 430/2011, que dispõe sobre condições e padrões de
lançamento de efluentes, e NT-202.R-10, que estabelece critérios e padrões para lançamento
de efluentes líquidos no estado do Rio de Janeiro.

Observa-se que este programa aborda especificamente os efluentes líquidos gerados durante
a operação da UTE GNA Porto do Açu III, oriundos das descargas das torres de resfriamento,
descargas das caldeiras, das unidades de produção de água desmineralizada e de
separadores de água e óleo, bem como os efluentes dos sistemas de tratamento de esgotos
sanitários, os quais serão tratados em processos específicos na planta industrial do
empreendimento. O lançamento dos efluentes pós-tratamento ocorrerá em um ponto de
interface (tie-in) onde se interconectará à tubulação de descarte de efluentes da UTE Novo
Tempo GNA II para descarte final no mar por meio de emissário, em processo administrativo
de licenciamento independente, processo E-07/002.1589/2018.

2.1.3.2 Objetivo Geral

O objetivo geral deste programa é o gerenciamento da qualidade dos efluentes líquidos


gerados na operação da UTE GNA Porto do Açu III, visando ao atendimento dos padrões de
lançamento estabelecidos na Resolução CONAMA n° 430/11 e na legislação ambiental do
Estado do Rio de Janeiro e a manutenção da qualidade ambiental do corpo receptor.

2.1.3.3 Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

Os objetivos específicos, metas e indicadores do PGEL são apresentados no Quadro 2- 7 a


seguir.

Arcadis 34
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 7: Objetivos específicos, metas e indicadores do Programa de Gerenciamento de


Efluentes Líquidos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES


Número de análises de
Assegurar o tratamento Tratamento adequado de 100
qualidade dos efluentes
adequado dos efluentes % dos efluentes gerados na
realizadas X resultados em
gerados na operação da UTE operação do empreendimento e
conformidade com os padrões
GNA Porto do Açu III, em o atendimento integral aos
de lançamento de efluentes
conformidade com os padrões padrões de lançamento
estabelecidos na Resolução
estabelecidos na legislação estabelecidos na legislação
Conama n° 430/11 e NT-202.R-
ambiental vigente. vigente.
10.

2.1.3.4 Descrição do Programa

Conforme descrito no Estudo de Impacto Ambiental - EIA do empreendimento (TETRA TECH,


2015) e no Memorial Descritivo do Tratamento de Efluentes (GNA, 2018), os efluentes gerados
durante a fase de operação da UTE GNA Porto do Açu III terão origens industriais e sanitárias,
conforme relacionado abaixo:

▪ Efluentes da torre de resfriamento

▪ Efluente sanitário

▪ Efluentes industriais

▪ Efluente do sistema de desmineralização

▪ Efluentes do sistema de dessalinização

▪ Efluentes do sistema do resfriador evaporativo

▪ Efluente resfriador evaporativo.

A Tabela 2- 1 abaixo indica as vazões dos efluentes em cada sistema da UTE GNA Porto do
Açu III, considerando a operação normal em carga base.

Tabela 2- 1: Vazões dos efluentes gerados na operação da UTE GNA Porto do Açu III, em cada
sistema.

SISTEMA VAZÃO (T/H)


Purga da torre de resfriamento 2.330,2
Tratamento de esgoto sanitário 0,40
Efluente industrial 2,0
Efluente tratamento de água desmineralizada 10,6
Efluente da dessalinização 135,4

Arcadis 35
Plano Básico Ambiental - PBA

SISTEMA VAZÃO (T/H)


Efluente tratamento de água para resfriador evaporativo 9,6
Efluente resfriador evaporativo 22,5
Descarte (efluente tratado) 2.510,7

Os padrões de qualidade a serem alcançados após o tratamento dos efluentes são


apresentados na Tabela 2- 2.

Tabela 2- 2: Parâmetros de qualidade dos efluentes da UTE GNA Porto do Açu III, após tratamento.

PARÂMETRO UNIDADE VALOR


pH - 8,0 – 8,2
Salinidade mg/l < 60.000
SST (sólidos suspensos totais) mg/l < 100
STD (sólidos totais dissolvidos) mg/l < 60.000
Cloretos mg/l Cl- 33.000
Sílica mg/l SiO2 < 1,0
Ferro mg/l < 0,1

A seguir, apresenta-se uma breve descrição dos efluentes gerados e a respectiva forma de
tratamento. O detalhamento dos sistemas de tratamento de efluentes da UTE GNA Porto do
Açu III é apresentado no Anexo V do Volume 1 do Relatório de Solicitação de Licença de
Instalação do empreendimento.

Efluentes da torre de resfriamento

O sistema de água de resfriamento é utilizado como fonte fria para resfriamento de trocadores
de calor, sendo seu principal consumidor o condensador da turbina vapor. A torre de
resfriamento possui como fluido de trabalho a água do mar, sendo considerado um ciclo de
concentração igual a 1,5.

Parte do volume de água circulante é perdida no processo de evaporação, o que gera a


necessidade água de reposição. Estas perdas por evaporação, arraste e purga são
compensadas por um igual volume de água de reposição.

A qualidade da água da torre é controlada através da injeção de químicos, sendo,


essencialmente, sanitização com biocida e dispersão de sais para evitar incrustações e
corrosão.

Efluentes sanitários

Arcadis 36
Plano Básico Ambiental - PBA

Os efluentes sanitários serão coletados, tratados e enviados para o tanque de neutralização, e


então encaminhados para o ponto a jusante ao descarte da torre de resfriamento para o seu
descarte final em emissário.

A concepção do sistema de tratamento de efluentes sanitários é baseada em tratamentos


biológicos, que degradam as cargas orgânicas com a correta remoção de nitrogênio e fósforo
garantindo os padrões para reutilização ou descarte em corpo receptor, do material liquido final
recuperado.

O efluente sanitário será bombeado para a estação de tratamento de esgoto sanitário por meio
de biodiscos. O efluente então flui através de um tanque de decantação com lamelas. Após a
saída do decantador lamelar, terá um tanque com agitador com dosagem de cloreto férrico
para precipitação do fósforo. Posteriormente será realizada uma filtração para a retirada dos
sólidos precipitados. O resíduo sólido gerado no tratamento será removido por caminhões limpa
fossa e descartado em local devidamente licenciado.

O sistema de tratamento de esgoto sanitário é compartilhado com a UTE GNA Novo Tempo II,
uma vez que todas as edificações (maior volume de geração de efluentes sanitários) são
compartilhadas, e está localizado dentro da área da UTE GNA Novo Tempo II.

Efluentes industriais

Os efluentes industriais gerados na UTE serão coletados nas seguintes áreas: área do
turbogerador a vapor, áreas dos turbogeradores a gás, área das caldeiras de recuperação,
área do tratamento de efluentes, área de tanques de água, bacias de lava-olhos, chuveiros de
emergência e etc.

Os efluentes industriais serão coletados localmente nas áreas afetadas e encaminhados para
um separador de água e óleo (SAO), em caso de área com esta possibilidade de contaminação,
ou encaminhados diretamente para o tanque de neutralização.

Não existem processos na UTE que gerem de forma contínua efluentes oleosos. Tais efluentes
serão gerados essencialmente por atividades de manutenção em certas áreas ou por eventos
excepcionais, tais como vazamento de um determinado sistema.

O SAO consiste em um decantador e flotador para retirada das menores gotículas de óleo em
suspensão livres, as quais são separadas por diferença de densidade. Após a separação, o
óleo deverá ser armazenado em tambores, em local adequado, e enviado para disposição final,
em local devidamente autorizado. A água recuperada no SAO deverá ser encaminhada para
tratamento no tanque de neutralização.

Efluentes do sistema de desmineralização

O sistema de desmineralização consiste em um processo de osmose reversa. De forma geral


a osmose reversa é um sistema de separação através de membranas, sendo que é necessário
o bombeamento do fluido com alta pressão. Dessa forma, todo o volume do material líquido
que retorna da filtragem deve ser destinado ao sistema de efluentes.

Arcadis 37
Plano Básico Ambiental - PBA

O rejeito desse sistema consiste em água com uma concentração de sais maior que água
dessalinizada (3,3 vezes). Todo esse rejeito é enviado diretamente para a bacia de
neutralização, e posteriormente descartado juntamente a água vinda da torre de resfriamento.

Após a osmose reversa a água permeada seguirá para a eletrodeionização (EDI), que é um
processo contínuo e livre de químicos que remove espécies ionizadas e ionizáveis da água,
utilizando uma carga elétrica unidirecional. EDI é frequentemente utilizada como polimento do
permeado da osmose reversa.

A corrente elétrica na EDI é utilizada de forma a regenerar continuamente a resina, eliminando


a necessidade de paradas periódicas. O efluente da EDI será direcionado para entrada do skid
de osmose reversa.

Efluentes do sistema de dessalinização

O sistema de dessalinização consiste em um processo de osmose reversa.

A planta de dessalinização possui basicamente dois tipos diferentes de efluentes líquidos:


contra lavagem dos filtros multimídias e concentrado das membranas de osmose reversa.

A contra lavagem é feita com água limpa (água de serviço), e a função é remover os sólidos
suspensos retidos nos filtros, sendo o rejeito enviado para tanque de neutralização.

O concentrado da osmose reversa consiste de água com concentração de sais um pouco maior
que a água bruta (1,7 vezes), e, normalmente, será destinado para a linha de efluente final
junto com a purga da torre de resfriamento. Caso haja alguma alteração no pH desse rejeito, o
mesmo será desviado para o sistema de neutralização para correção de pH, antes do descarte
final.

Efluentes do sistema do resfriador evaporativo

Cada um dos turbogeradores a gás será projetado com um sistema de resfriamento do ar de


combustão, localizado após o filtro de ar e na entrada do compressor, visando aumentar a
potência e eficiência da planta, baseando-se na tecnologia do resfriamento evaporativo. O
princípio físico do sistema de resfriamento evaporativo consiste na passagem do ar por uma
cortina de água em que há troca térmica entre o ar e a água, causando evaporação de parcela
da água que é incorporada como vapor ao fluxo de ar. Esta evaporação faz com que a
temperatura do ar caia, sendo o total desta queda compatível com o calor latente de
vaporização da água nas condições ambientais da operação. Este processo é mais eficiente
em condições de baixa umidade, em que o ar, ao passar pela cortina de água, aumenta sua
umidade relativa a valores superiores a 90%.

Para a alimentação de água no resfriador evaporativo, parte da água passa por tratamento
adicional para remoção de sais. O tratamento consiste de um processo de osmose reversa,
cujo rejeito, concentrado com concentração de sais maior que a água dessalinizada (3,0 vezes)
é enviado para o sistema de neutralização.

Além da água residual do tratamento prévio, outro efluente do resfriador evaporativo é a purga
de água do sistema. Assim como na torre de resfriamento, a constante evaporação de parte
do volume de água circulante contribui para aumento da concentração de sais minerais,

Arcadis 38
Plano Básico Ambiental - PBA

gerando necessidade da purga de parte dessa água. O ciclo de concentração utilizado no


resfriador evaporativo é de 2.

Sistema de neutralização

O sistema de neutralização de pH consiste essencialmente de um tanque de neutralização


equipado com dosagem química e sistema de mistura e equalização dos efluentes. O tanque
de neutralização é dividido em dois canais, ambos dimensionados para capacidade máxima
requerida da planta, e com seus tratamentos e análises independentes.

Serão enviados ao tanque de neutralização os efluentes industriais contínuos e esporádicos,


para tratamento. Entre eles notam-se, efluentes sanitários após tratamento, drenagens de
áreas de produtos químicos e efluentes gerados no tratamento de água. Após o tratamento o
efluente será encaminhado para descarte final junto com a purga da torre de resfriamento.

2.1.3.4.1 Atividades a serem desenvolvidas

A implantação do Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos considera a execução


das seguintes etapas:

▪ Definição dos Pontos de Monitoramento


▪ Definição dos Parâmetros e Periodicidade de Monitoramento
▪ Realização de Campanhas Periódicas de Coleta e Monitoramento
▪ Compilação e Tratamento dos Dados
▪ Análise Crítica e Proposição de Medidas.

2.1.3.4.2 Procedimentos Metodológicos

Definição dos Pontos de Monitoramento

Para o monitoramento da qualidade dos efluentes da UTE GNA Porto do Açu III, deverão ser
analisados, minimamente, os seguintes pontos:

▪ Saída do Sistema de Tratamento de Efluentes Sanitários

▪ Saída do Separador de Água e Óleo (SAO)

▪ Saída do Tanque de Neutralização

▪ Efluentes na Saída da UTE

▪ Saída do emissário - ponto de lançamento final dos efluentes.

Observa-se que o monitoramento dos efluentes no ponto de lançamento final através do


emissário será realizado no âmbito do programa apresentado no licenciamento ambiental do
Terminal de Regaseificação (Processo E-07/002.1589/2018, LI IN047687).

Definição dos Parâmetros e Periodicidade de Monitoramento

A definição dos parâmetros e a periodicidade de monitoramento dos padrões de qualidade dos


efluentes tratados na UTE GNA Porto do Açu III foi estabelecida conforme a tipologia e

Arcadis 39
Plano Básico Ambiental - PBA

características físico-químicas de cada efluente e os padrões de lançamento estabelecidos na


Resolução CONAMA nº 430/2011 e NT-202.R-10.

Desta forma, os parâmetros a serem analisados e a periodicidade das amostragens deverão


ser realizadas conforme diretrizes apresentadas no Quadro 2- 8 a seguir.

Quadro 2- 8: Parâmetros a serem monitoramento, conforme a tipologia do efluente.

EFLUENTE PARÂMETROS PERIODICIDADE


Condições e Padrões para Efluentes de Sistemas
de Tratamento de Esgotos Sanitários (Seção III da
Resolução CONAMA 430/11):
▪ pH
Efluente Sanitário ▪ Temperatura Mensal
(ETE)
▪ materiais sedimentáveis
▪ DBO 5,20
▪ Substâncias solúveis em hexano (óleos e
graxas)
▪ pH
SAO Mensal
▪ Óleos e graxas
Condições e Padrões de Lançamento de Efluentes
(Seção II da Resolução CONAMA 430/11),
acrescidos de:
▪ salinidade
Tanque de ▪ pH Semanal
Neutralização
▪ Temperatura
▪ Materiais sedimentáveis
▪ Óleos minerais
▪ DBO 5,20
Condições e Padrões de Lançamento de Efluentes Semanal: pH,
(Seção II da Resolução CONAMA 430/11), temperatura e
Efluentes acrescidos de: salinidade
na Saída da UTE ▪ salinidade Mensal: demais
▪ sólidos em suspensão totais parâmetros
*o monitoramento do lançamento final dos efluentes através do emissário será realizado através do programa
apresentado no licenciamento ambiental do Terminal de Regaseificação (Processo E-07/002.1589/2018, LI
IN047687).

Execução de Campanhas Periódicas de Coleta e Monitoramento

As campanhas de coleta e monitoramento deverão ser realizadas conforme a periodicidade


estabelecida neste programa e parâmetros a serem analisados.

As coletas das amostras deverão ser realizadas por equipe especializada, observando-se as
normativas técnicas aplicáveis e procedimentos consagrados em literatura especializada para
a coleta e preservação das amostras.

Arcadis 40
Plano Básico Ambiental - PBA

As técnicas de coleta deverão levar em consideração a matriz a ser amostrada, o tipo de


amostragem e também o tipo de análise a ser realizada (análises físico-químicas,
microbiológicas, etc.). As amostras deverão ser coletadas em volume suficiente para cada
análise, em frascos adequados e devidamente identificados para análise em laboratório
acreditado pelo INMETRO ISO 17.025 e certificados pela INEA.

Compilação e Tratamento dos Dados

Os dados coletados em campo e os resultados das análises laboratoriais deverão ser


compilados em um banco de dados, mantendo-se o registro histórico das análises realizadas,
contendo no mínimo:

▪ Identificação do ponto amostrado (georreferenciamento - UTM-SIRGAS 2000)

▪ Caracterização da amostra

▪ Parâmetros analisados

▪ Resultados obtidos

▪ Valores máximos permitidos de acordo com a legislação pertinente.

Os resultados permitirão uma análise histórica do atendimento aos padrões de qualidade


estabelecidos pela legislação aplicável e a eficiência dos sistemas de tratamento de efluentes
implantados.

Análise Crítica e Proposição de Medidas

Deverão ser elaborados relatórios periódicos de análise crítica dos dados de cada campanha
de monitoramento, descrevendo-se a metodologia de coleta utilizada, resultados obtidos e a
comparação com os padrões estabelecidos na legislação vigente (Resolução CONAMA nº
430/2011 e NT-202.R-10), avaliando-se a necessidade de adoção de medidas complementares
para o adequado tratamento dos efluentes gerados na operação da UTE GNA Porto do Açu III.

A frequência do monitoramento e os parâmetros analisados deverão ser reavaliados após a


execução de um ciclo de monitoramento de um (1) ano, considerando-se os resultados obtidos
neste período.

2.1.3.5 Cronograma de Execução

Este programa será contínuo durante toda a fase de operação da UTE GNA Porto do Açu III.

Arcadis 41
Plano Básico Ambiental - PBA

2.1.4 Programa de Monitoramento das emissões Atmosféricas

2.1.4.1 Apresentação e Justificativas

Durante a implantação e operação da UTE GNA Porto do Açu III serão desenvolvidas
atividades com potencial de geração de emissões atmosféricas, as quais devem ser
devidamente gerenciadas e monitoradas a fim de reduzir os impactos no entorno do
empreendimento e assegurar os padrões de qualidade do ar.

Na etapa de obras, fase de implantação do empreendimento, as principais emissões serão


provenientes de atividades difusas (obras civis), geradores e de fontes móveis, como veículos
e maquinários, sendo constituídas principalmente por fumaça preta.

Na fase de operação, as emissões atmosféricas estarão restritas aos gases de exaustão da


queima do combustível (gás natural) nas turbinas, que serão lançados na atmosfera por três
chaminés (Caso Base: 25.9C/76.4RH com geração líquida de 1.641,6 MW com vazão mássica
total de gases de exaustão igual a 3 x 673 kg/s). A composição dos gases de exaustão é
apresentada no Quadro 2- 9 abaixo.

Quadro 2- 9: Gases de exaustão da UTE GNA Porto do Açu III.

DADOS DOS GASES DE EXAUSTÃO


Composição Volume - %
CO2 (dióxido de carbono) 4,80
N2 (nitrogênio) 72,56
H2O (água) 11,63
O2 (oxigênio) 10,16
Ar (argônio) 0,85
DADOS ADICIONAIS
Propriedade Unidade Valor
Velocidade de saída do gás m/s 15,5
Vazão de gás @condições atuais m3/s 3 x 685
Altura da chaminé M 45
Diâmetro de saída da chaminé M 7,5
Temperatura de saída do gás °C 77,4
Conteúdo de O2 (atual) % 10,16
Umidade (atual) % 11,63
EMISSÕES) (CARGA DE 100% EM CICLO COMBINADO CONTÍNUO)
NOx (mg/Nm³ @15%O2) 50
CO (mg/Nm³ @15%O2) 65
NH3 (ppmvd @15%O2) 9

Arcadis 42
Plano Básico Ambiental - PBA

Desta forma, este programa visa a monitorar as emissões atmosféricas das chaminés (fontes
pontuais) da UTE GNA Porto do Açu III, em sua fase operacional; e as emissões veiculares
(fontes móveis), de geradores e equipamentos durante a fase de implantação, buscando a
conformidade do empreendimento com os limites de emissões atmosféricas estabelecidos pela
Resolução CONAMA n° 382/06, que estabelece os limites máximos de emissão de poluentes
atmosféricos para fontes fixas, e Resolução CONAMA nº 418/2009, que determina os limites
de emissão e procedimento para a avaliação do estado de manutenção de veículos em uso.
Este programa visa também ao atendimento da NOP-INEA-01, que estabelece os
procedimentos gerais para vincular atividades poluidoras ao Programa de Monitoramento de
Emissões de Fontes Fixas para a Atmosfera (PROMON AR), e da Resolução CONEMA nº
58/13, que revisa as diretrizes do Programa de Autocontrole de Emissão de Fumaça Preta no
Estado do Rio de Janeiro.

2.1.4.2 Objetivo Geral

O objetivo geral deste programa é o monitoramento sistemático das fontes de emissões de


poluentes atmosféricos durante as fases de implantação e operação da UTE GNA Porto do
Açu III, visando ao atendimento aos limites máximos e padrões de emissões atmosféricas
estabelecidos na legislação vigente, contribuindo, desta forma, para a manutenção da
qualidade do ar na área de influência do empreendimento.

2.1.4.3 Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

Os objetivos específicos, metas e indicadores deste programa são apresentados Quadro 2- 10


a seguir.

Quadro 2- 10: Objetivos específicos, metas e indicadores do Programa de Gerenciamento de


Emissões atmosféricas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES


Número de análises realizadas
Garantia do atendimento, durante a
X resultados em conformidade
implantação e operação do Atendimento dos padrões
com padrões e limites máximos
empreendimento, dos padrões e e limites máximos de
de emissões atmosféricas
limites máximos de emissões emissões atmosféricas
estabelecidos nas Resoluções
atmosféricas estabelecidos na das análises realizadas
CONAMA nº 382/06 e
legislação vigente.
418/2009.

2.1.4.4 Descrição do Programa

2.1.4.4.1 Atividades a serem desenvolvidas

A implantação do Programa de Monitoramento de Emissões Atmosféricas considera a


execução das seguintes atividades:

▪ Definição da metodologia e da periodicidade de monitoramento

▪ Execução do Monitoramento das Emissões Atmosféricas de Fontes Pontuais

Arcadis 43
Plano Básico Ambiental - PBA

▪ Execução do Monitoramento das Emissões Atmosféricas de Fontes Veiculares

▪ Elaboração de Relatórios de Análise Crítica e Proposição de Medidas.

2.1.4.4.2 Procedimentos Metodológicos

Na sequência, são descritas as metodologias a serem empregadas em cada tipo de fonte a ser
avaliada neste monitoramento: Fontes Pontuais e Fontes Móveis.

Metodologia a ser utilizada e periodicidade de monitoramento

Emissões Atmosféricas (Fontes Pontuais)

Conforme o MDE-1418042-618-BCE-B (Memorial Descritivo), a central de geração de energia


elétrica será composta por três turbogeradores a gás configuração multi-shaft (modelo SGT6-
9000HL), que possui alta eficiência, baixo consumo de combustível e baixas emissões em
combinação com alta disponibilidade e confiabilidade e longos intervalos de inspeção.

A tecnologia ultra baixa NOx (ultra low NOx) suprime a formação de NOx térmico, proveniente
exclusivamente da oxidação do nitrogênio do ar em altas temperaturas, sem a injeção de vapor
ou água. Este sistema de combustão combina todas as vantagens de combustão ideal,
incluindo:

▪ Baixas emissões de NOx e CO

▪ Baixa queda de pressão

▪ Alta flexibilidade de operação

▪ Número e tamanho ideal de queimadores

▪ Projeto compacto com boa acessibilidade.

O projeto não contempla chaminé de by-pass entre o exausto da turbina a gás e a caldeira de
recuperação e, consequentemente, os turbogeradores a gás só podem operar estando o
turbogerador a vapor e respectiva caldeira de recuperação (HRSG) em disponibilidade.

Quando se constatar a presença do contaminante NOx nas emissões dos turbogeradores a


gás fora dos limites da legislação ambiental aplicável ao projeto será adotado o sistema de
reação catalítica seletiva (SCR). Neste sistema, na parte final da caldeira de recuperação
(HRSG), injeta-se amônia (NH3) para reagir com o NOx na presença de um agente catalizador,
de modo a reduzir a emissão de NOx ao valor máximo aceitável para o projeto. Esta reação
produz água e nitrogênio, substâncias totalmente inócuas. A descrição detalhada deste sistema
é apresentada no documento MDE-1418042-618-BCE-B (Memorial Descritivo).

Cada turbogerador a gás possuirá um sistema de monitoramento contínuo de emissões


atmosféricas (CEMS, nas iniciais inglesas), o qual medirá continuamente as concentrações dos
poluentes NOx e CO nas emissões dos turbogeradores, tendo como base o valor real de
oxigênio presente para permitir, posteriormente, o cálculo dentro das premissas exigidas pela
legislação. O projeto e construção destes sistemas seguem a regulamentação europeia

Arcadis 44
Plano Básico Ambiental - PBA

(2010/75/EU e EN14181) e o detalhamento é apresentado no Anexo MDE – 1418042-618-P-


BCE-001_B- Memorial Descritivo.

Este sistema de controle consta das seguintes unidades funcionais:

▪ Sistema de extração de amostra

▪ Sistema de condicionamento de gás

▪ Analisador de gás

▪ Sistema de aquisição e manuseio de dados.

Os resultados do monitoramento contínuo serão enviados em tempo real para a Central de


Dados do INEA, conforme estabelece o item 9.4 da NOP-INEA-01, e consolidados em relatórios
semestrais, observando-se as diretrizes estabelecidas na referida norma para a validação dos
resultados e o atendimento aos limites máximos estabelecidos na Resolução CONAMA 382/06.

Além do monitoramento contínuo e automático previsto (CEMS), deverão ser realizadas, com
periodicidade semestral, medições de Óxidos de Nitrogênio (NOx) e Monóxido de Carbono
(CO) através de métodos manuais e amostragem isocinética para a verificação da
conformidade dos sistemas de medição automatizados instalados. Os dados dessas medições
deverão ser enviados ao INEA na forma de relatórios semestrais, após cada campanha.

Emissões Veiculares (Fontes Móveis)

O monitoramento de fontes veiculares (fontes móveis) deverá ser executado nas fases de
implantação da UTE GNA Porto do Açu III, através da avaliação de emissão de poluentes
(fumaça preta) de veículos movidos a diesel, geradores e equipamentos pelo método do
Opacímetro. Este equipamento possui maior precisão e é mais indicado do que a Escala
Ringelmann.

As medições deverão ser realizadas por empresas ou profissionais habilitados, que possuam
o Certificado de Registro para Medição de Emissão Veicular (CREV), ou pelo Departamento
de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran/RJ), com a utilização de Opacímetro que
atenda à Norma NBR-12897:1993 (Emprego do Opacímetro para Medição do Teor de Fuligem
de Motor Diesel – Procedimento), desde que seja correlacionável com um opacímetro de
amostragem, certificado pelo INMETRO/IPEM.

As medições de poluentes (fumaça preta) deverão ser realizadas com periodicidade


quadrimestral, devendo a primeira medição ser realizada no prazo máximo de 3 (três) meses
após o início das obras de implantação do empreendimento. As medições deverão ser
realizadas nos últimos 45 (quarenta e cinco) dias de cada quadrimestre, conforme prevê a
Resolução Conema nº 58/13, e os resultados deverão ser avaliados conforme o padrão de
opacidade estabelecido pela Resolução CONAMA nº 418/2009.

As medições realizadas junto ao DETRAN/RJ para o licenciamento anual de veículos poderão


ser utilizadas na substituição de uma das amostragens previstas no presente programa, desde
que enquadrada na frequência prevista de monitoramento.

Arcadis 45
Plano Básico Ambiental - PBA

Elaboração de Relatórios de Análise Crítica e Proposição de Medidas

A partir dos monitoramentos realizados (fontes pontuais e fontes veiculares) serão gerados
relatórios semestrais para acompanhamento dos resultados e envio ao INEA.

Será realizada uma análise crítica dos dados obtidos durante o monitoramento contínuo e
monitoramento descontínuo das emissões atmosféricas nas chaminés (fontes pontuais) e das
emissões veiculares (fontes veiculares), em comparação com os padrões de emissão
estabelecidos na legislação vigente, de modo a verificar se foram atendidas as diretrizes
propostas no programa.

Caso sejam identificadas não-conformidades no atendimento das diretrizes e padrões ou


alterações significativas, deverão ser avaliadas as causas das alterações e propostas medidas
preventivas e/ou corretivas, caso sejam necessárias.

As medidas preventivas e/ou corretivas serão específicas para cada caso de não-conformidade
identificada. Estas poderão estar associadas à verificação da eficiência de combustão da UTE,
intensificação da manutenção de equipamentos, reciclagem do treinamento técnico de
colaboradores, manutenção de maquinários e veículos, entre outros.

2.1.4.5 Relacionamento com outros Programas

Este programa tem inter-relacionamento com o Programa de Gerenciamento Ambiental das


Obras (PGAO), Programa de Gestão da Qualidade do Ar (PGQA) e Programa de Controle e
Monitoramento do Tráfego (PCMT).

2.1.4.6 Cronograma de Execução

As atividades de monitoramento das emissões atmosféricas (fontes pontuais) serão


desenvolvidas durante toda a fase de operação da UTE GNA Porto do Açu III, prevista para 25
anos. Já o monitoramento das emissões veiculares será desenvolvido ao longo da fase de
implantação (a qual estima-se que terá duração de 40 meses). O cronograma do Programa de
Monitoramento de Emissões Atmosféricas para as fases de implantação e operação são
apresentados no Quadro 2- 11 e Quadro 2- 12Erro! Fonte de referência não encontrada. a
seguir.

Arcadis 46
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 11: Cronograma de Execução do Programa - Fase de Implantação.

IMPLANTAÇÃO
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4
ATIVIDADES MESES MESES MESES MESES
1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 1 2 3 4
Planejamento
Amostragens Opacímetro
Elaboração de Relatórios e Análise
Crítica

Quadro 2- 12: Cronograma de Execução do Programa - Fase de Operação.

OPERAÇÃO - CICLO ANUAL


ATIVIDADES MESES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Planejamento
Monitoramento Contínuo (CEMS)
Amostragens Descontínuas
Elaboração de Relatórios e Análise Crítica

Arcadis 47
Plano Básico Ambiental - PBA

2.1.5 Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar (PMQA)

2.1.5.1 Apresentação e Justificativas

Conforme abordado no Programa de Monitoramento de Emissões Atmosféricas, durante as


obras de implantação e a operação da UTE GNA Porto do Açu III serão executadas atividade
com potencial de geração de emissões atmosféricas, sendo os poluentes mais relevantes
oriundos da operação do empreendimento o NOx (Óxidos de Nitrogênio) e CO (Monóxido de
Carbono), tornando-se importante o monitoramento da qualidade do ar na área de influência
direta (AID) da UTE, de forma integrada aos demais empreendimentos existentes no entorno.

O monitoramento da qualidade do ar visa promover o acompanhamento sistemático dos níveis


de poluentes presentes na atmosfera, de forma a avaliar o grau de risco aos quais os habitantes
dessas áreas estarão expostos e a permanente verificação do atendimento aos padrões legais
de qualidade do ar estabelecidos pela Resolução CONAMA n° 491/2018.

Este programa, através da rede integrada de monitoramento da qualidade do ar do Porto do


Açu, está previsto para ser aplicado tanto na fase de implantação quanto na fase de operação
da UTE GNA Porto do Açu III, considerando a operação integrada dos demais
empreendimentos existentes no Porto do Açu.

2.1.5.2 Objetivo Geral

O objetivo geral deste programa é a garantia da manutenção da qualidade do ar no entorno do


Porto do Açu, através do monitoramento contínuo por meio da rede integrada atual existente
no Porto, complementada com a instalação de uma nova estação automática.

2.1.5.3 Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

Os objetivos específicos, metas e indicadores do Programa de Monitoramento da Qualidade


do Ar são apresentados no Quadro 2- 13 a seguir.

Quadro 2- 13: Objetivos específicos, metas e indicadores do Programa de Monitoramento da


Qualidade do Ar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES

Realizar o monitoramento
Realização do monitoramento
contínuo durante toda a fase de Número de dias com falhas no
contínuo da qualidade do ar no
implantação e operação do monitoramento contínuo.
entorno do empreendimento.
empreendimento.

Assegurar o atendimento aos Atendimento aos padrões de


Número de eventos de desvios
padrões de qualidade do ar qualidade do ar estabelecidos
no atendimento aos padrões de
estabelecidos na legislação na Resolução CONAMA nº
qualidade do ar.
ambiental vigente. 491/2018.

Arcadis 48
Plano Básico Ambiental - PBA

2.1.5.4 Descrição do Programa

2.1.5.4.1 Atividades a serem desenvolvidas

A implantação do Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar considera a execução das


seguintes atividades:

▪ Planejamento

▪ Definição da localização da nova estação automática de monitoramento da


qualidade do ar

▪ Definição dos parâmetros de monitoramento

▪ Elaboração de Relatórios de Análise Crítica e Proposição de Medidas.

2.1.5.4.2 Procedimentos Metodológicos

Planejamento

O monitoramento da qualidade do ar na área de influência direta da UTE GNA Porto do Açu III
será realizado de forma integrada ao Programa de Gestão da Qualidade do Ar da UTE Novo
Tempo GNA II, visando ao atendimento dos padrões de qualidade do ar estabelecidos pela
Resolução CONAMA nº 491/2018 (Quadro 2- 14).

Quadro 2- 14: Padrões de qualidade do ar - Res. CONAMA Nº 491/2018 (PI-1)(a).

PARÂMETRO PERÍODO CONCENTRAÇÃO

24 horas 120
Material Particulado - MP10 (µg/m³)
Anual(b) 40
24 horas 60
Material Particulado - MP2,5 (µg/m³)
Anual(b) 20
24 horas 125
Dióxido de Enxofre - SO2 (µg/m³)
Anual(b) 40
1 hora(c) 260
Dióxido de Nitrogênio - NO2 (µg/m³)
Anual(b) 60
Ozônio - O3 (µg/m³) 8 horas(d) 140
24 horas 120
Fumaça (µg/m³)
Anual(b) 40
Monóxido de Carbono - CO (ppm) 8 horas(d) 9
24 horas 240
Partículas Totais em Suspensão - PTS (µg/m³)
Anual(e) 80
Chumbo - Pb(f) (µg/m³) Anual(b) 0,5

Arcadis 49
Plano Básico Ambiental - PBA

Notas: (a) PI-1: Padrão de Qualidade do Ar Intermediário, referente à primeira etapa, conforme Art. 4º da Resolução
CONAMA nº 491/2018; (b) Média aritmética anual; (c) média horária; (d) máxima média móvel obtida no dia; (e)
média geométrica anual; (f) medido nas partículas totais em suspensão.

Desta forma, para o desenvolvimento deste programa deverão ser analisados os dados da
atual rede integrada do Porto do Açu, composta por estações automáticas e manuais (AGV -
Amostradores de Grandes Volumes), complementada pela instalação de uma estação
automática de monitoramento da qualidade do ar e meteorologia, licenciada no âmbito do
processo de licenciamento para instalação da UTE Novo Tempo UTE NOVO TEMPO GNA II
(Processo nº E-07/002.11216/2017, LI nº 044379 e LI averbada Nº IN046056).

A atual rede de monitoramento da qualidade do ar e meteorologia do Porto do Açu S.A., a ser


complementada com a instalação de uma nova estação automática, é constituída por estações
de dois tipos:

▪ 6 (seis) estações manuais - AGV (amostradores de grandes volumes), divididas em


quatro pontos de monitoramento; e

▪ 1 (uma) Estação Automática (Estação 1) de monitoramento da qualidade do ar e


meteorologia.

A localização dos pontos de monitoramento, incluindo a estação automática e as estações


manuais, é apresentada no Quadro 2- 15. Nos pontos P02 – Mato Escuro (centro) e P03 –
Barra do Açu, há dois equipamentos em cada ponto: um para monitoramento de PTS –
Partículas Totais em Suspensão e outro para PI – Partículas Inaláveis.

Quadro 2- 15: Descrição e Localização dos Pontos de Monitoramento da Qualidade do Ar do


Porto do Açu.

PARÂMETROS COORDENADAS UTM FUSO 22 (DATUM


PONTO TIPO LOCALIZAÇÃO
AMOSTRADOS SIRGAS 2000)
P01 Manual Água Preta PI 283.469 mE 7.581.851 mS
P02 Manual Mato Escuro PTS 286.748 mE 7.578.292 mS
Mato Escuro
P03 Manual PTS e PI 288.147 mE 7.577.620 mS
(centro)
P04 Manual Barra do Açu PTS e PI 293.791 mE 7.577.541 mS
P05 PTS, PI,
Automática Pátio Prumo 291.093 mE 7.588.275 mS
(EMAQar) meteorologia
Fonte: EnvEx (2017).

A localização da rede atual de monitoramento do Porto do Açu é apresentada na Figura 2- 1,


a seguir. Esta rede deverá ser complementada com a instalação de uma nova estação
automática de monitoramento da qualidade do ar e meteorologia, a qual deverá realizar a
análise de parâmetros adicionais aos atualmente monitorados no Porto do Açu, visando
permitir o monitoramento de possíveis impactos gerados pela implantação e operação do
empreendimento na qualidade do ar na área de influência direta da UTE GNA Porto do Açu III.

Arcadis 50
Plano Básico Ambiental - PBA

Os critérios para alocação da nova estação automática de qualidade do ar são descritos a


seguir.

Figura 2- 1: Localização da Rede Atual de Monitoramento da Qualidade do Ar e Meteorologia do


Porto do Açu.

Critérios para alocação da nova estação automática de qualidade do ar

Arcadis 51
Plano Básico Ambiental - PBA

Conforme já mencionado, este programa de monitoramento da qualidade do ar irá contemplar


dados oriundos da rede de monitoramento existente e em operação pelo Porto do Açu e que
estão disponíveis, além de nova estação automática de monitoramento, a qual irá contemplar
vários parâmetros relevantes para avaliação do impacto do empreendimento, principalmente
os poluentes gasosos (CO, SO2, NOx - NO, NO2, HCT, CH4, e HCnM, O3), que atualmente não
são contemplados na rede de monitoramento.

Entretanto, a efetividade deste monitoramento está vinculada com a seleção criteriosa do local
para instalação desta estação, de forma que este ponto de monitoramento possa representar
um local com a presença da comunidade (residências, equipamentos públicos, etc.), que esteja
sujeito à potencial influência da pluma de poluentes a serem lançados pelo empreendimento,
e que também atenda aos requisitos operacionais.

Desta forma, devem ser levadas em consideração as variáveis meteorológicas que influenciam
na dispersão das emissões atmosféricas lançadas pelo empreendimento. As principais
variáveis são a velocidade e a direção do vento, que são expressas na imagem da rosa-dos-
ventos abaixo. Esta rosa-dos-ventos foi elaborada com base em dados oficiais do INEA para a
estação meteorológica mais próxima da área de estudo (Estação P05).

Figura 2- 2: Rosa-dos-ventos da estação Fazenda Saco Dantas (Dez-2017 a Nov/2018).


Fonte: Elaborada por EnvEx com dados oficiais da base de dados do INEA (2018).

Como pode-se verificar, a rosa-dos-ventos mostra a predominância de vento vindo da direção


Nordeste, com cerca de 33% dos dados. Outras direções também ocorrem, porém com
menores frequências (inferiores a 10% do tempo). Isto significa que o vento vindo desta direção

Arcadis 52
Plano Básico Ambiental - PBA

predominante irá transportar as emissões atmosféricas oriundas do empreendimento para a


direção contrária, ou seja, principalmente para Sudoeste das fontes emissoras. Portanto, a
escolha de local para a instalação da nova estação automática de monitoramento deve priorizar
áreas localizadas a Sudoeste do empreendimento.

Existem outras variáveis que influenciam na dispersão das emissões atmosféricas, bem como
no seu impacto sobre a qualidade do ar, como uso do solo, topografia, tipos e características
das fontes, entre outras. A melhor ferramenta para avaliar as áreas com maior potencial de
serem afetadas com relação à qualidade do ar é a modelagem de dispersão atmosférica.

Na elaboração deste programa de monitoramento da qualidade do ar, foi avaliado o Estudo de


Dispersão Atmosférica (EDA) elaborado para o processo de licenciamento da UTE Novo
Tempo GNA II (TETRATECH, 2017). Apesar de ter sido focado no outro bloco da UTE (UTE
Novo Tempo GNA II, ao invés da UTE GNA Porto do Açu III, objeto deste PBA), o referido
estudo apresentou também a avaliação de um segundo cenário contemplando os demais
empreendimentos que estão em processo de licenciamento na região, incluindo dentre estes a
UTE GNA Porto Açu III, a fim de permitir uma análise integrada entre todos os
empreendimentos.

A Figura 2- 3 apresenta a localização de todos os empreendimentos contemplados no Cenário


2 do referido Estudo de Dispersão Atmosférica (EDA). Mais detalhes sobre os tipos de fontes
(fontes pontuais, fontes em área, fontes móveis) que foram contemplados podem ser
verificados no referido estudo (TETRATECH, 2017).

Arcadis 53
Plano Básico Ambiental - PBA

Figura 2- 3: Delimitação dos empreendimentos em licenciamento contemplados no Cenário 2 do


EDA da UTE Novo Tempo GNA II.
Fonte: Elaborada por EnvEx com base em TETRATECH (2017).

De acordo com este EDA, o poluente mais relevante emitido por ambas as UTEs (UTE Novo
Tempo GNA II e UTE GNA Porto do Açu III) é o NOx, emitido em maior quantidade. Portanto,
para subsidiar a presente análise, foi elaborado um mapa sobrepondo a rede de monitoramento
da qualidade do ar existente, já apresentada na Figura 2- 1, com a pluma da concentração

Arcadis 54
Plano Básico Ambiental - PBA

resultante para o NOx, considerando o período de longo prazo (média anual). O resultado é
apresentado na Figura 2- 4.

Desta forma, considerando os resultados do EDA da UTE Novo Tempo GNA II no cenário que
contempla a operação concomitante da UTE GNA Porto do Açu III e demais empreendimentos,
entende-se que a nova estação automática deve ser instalada na região coberta por esta
pluma, mas que ao mesmo tempo seja próxima a um local habitado, para representar o
potencial impacto sobre a comunidade.

Arcadis 55
Plano Básico Ambiental - PBA

Figura 2- 4: Localização da Rede Atual de Monitoramento da Qualidade do Ar (Porto do Açu) em


conjunto com a pluma da média anual do NOx, resultante do EDA da UTE Novo Tempo GNA II.
Esta pluma considera o cenário de emissão conjunta de todos os empreendimentos mostrados.
Fonte: Elaborada por EnvEx com base em TETRATECH (2017).

Após levantamentos realizados em campo, verificou-se uma sugestão de local viável para a
instalação desta estação, na região localizada entre as estações de monitoramento P01 e P02
do Porto do Açu, conforme mostrado no mapa da Figura 2- 5.

Arcadis 56
Plano Básico Ambiental - PBA

O ponto de localização sugerido para a nova estação automática de monitoramento da


qualidade do ar está a jusante da direção predominante do vento com relação às fontes de
emissão existentes e futuras (Figura 2- 5), e fica dentro da região coberta pela pluma de
dispersão e, portanto, é relevante à implantação do monitoramento nesta região, para permitir
o acompanhamento da qualidade do ar local.

A localização proposta para o novo ponto de monitoramento da qualidade do ar se baseou no


resultado do EDA citado, considerando a análise integrada do impacto cumulativo entre os
vários empreendimentos em processo de licenciamento na região. A justificativa para tal é que
a qualidade do ar futura será influenciada por todas as fontes de emissão que estiverem
operando, independente de qual empreendimento estas pertençam; portanto, deve-se avaliar
o conjunto de fontes. Além disto, foi selecionado o parâmetro mais crítico para a qualidade do
ar local, que é o NOx.

Arcadis 57
Plano Básico Ambiental - PBA

Figura 2- 5: Localização da de Monitoramento da Qualidade do Ar (Porto do Açu) em conjunto


com a pluma da média anual do NOx, resultante do EDA da UTE Novo Tempo GNA II. É
apresentado também o local sugerido para a nova estação automática.
Fonte: Elaborada por EnvEx com base em TETRATECH (2017).

Este novo ponto situa-se à margem da rodovia RJ-240, na Escola Municipal Francisco Alves
Toledo, que é um receptor sensível, por se tratar de instituição de ensino e local onde há

Arcadis 58
Plano Básico Ambiental - PBA

permanência de crianças. No entorno, observa-se a presença de um agrupamento de


habitações. A Figura 2- 6 apresenta o registro fotográfico local.

Figura 2- 6: Fachada da Escola de Ensino Municipal Francisco A. Toledo. Sugere-se a instalação


da nova estação automática de monitoramento da qualidade do ar neste local ou suas
proximidades.
Fonte: Arquivo EnvEx (2017).

A escolha deste local levou em consideração outros fatores, como:

▪ Possibilidade de fomentar interação com o Programa de Comunicação Social


(PCS), para aproveitar e divulgar as ações socioambientais do empreendedor.

▪ Objetivo didático de conscientizar a comunidade escolar sobre a importância da


qualidade do ar.

▪ Requisitos operacionais e de segurança: A escola é um local murado, onde há


maiores condições de segurança do que as residências próximas, além de haver
disponibilidade de energia elétrica.

No entanto, a confirmação do local exato onde a nova estação será instalada dependerá de
análise mais detalhada, bem como de diálogo com a comunidade e autorização da Prefeitura
Municipal ou Secretaria de Educação.

Parâmetros a serem monitorados

Os parâmetros de qualidade do ar e meteorologia a serem monitorados no âmbito do presente


programa, contando com a instalação da nova estação automática, são:

▪ Partículas Totais em Suspensão - PTS

▪ Material Particulado - MP10

Arcadis 59
Plano Básico Ambiental - PBA

▪ Dióxido de Enxofre - SO2

▪ Óxidos de Nitrogênio (NOX, NO, NO2)

▪ Monóxido de Carbono - CO

▪ Hidrocarbonetos (HCT, CH4, e HCnM)

▪ Ozônio - O3

▪ Direção do Vento - DV

▪ Velocidade do Vento - VV

▪ Temperatura do Ar - TA

▪ Umidade Relativa do Ar - UR

▪ Radiação Solar Global - RS

▪ Pressão Atmosférica - PA

▪ Precipitação Pluviométrica - PP.

Os dados de qualidade do ar e meteorologia monitorados na rede automática do Porto do Açu


são processados na forma de médias horárias, no próprio local e em tempo real. Esses dados
são transmitidos para a central de telemetria do INEA. A operação da rede de monitoramento
da qualidade do ar é realizada por empresa especializada terceirizada, que é responsável pelo
armazenados dos registros em um banco de dados, onde são analisados e validados
tecnicamente para posterior disponibilização ao contratante.

Deverão ser observadas as diretrizes para a operação e manutenção dos equipamentos,


incluindo procedimentos de calibrações com frequência anual para os sensores das estações
automáticas, calibrações dos amostradores de grandes volumes dentro da frequência
necessária, validações dos dados, dentre outros procedimentos.

Elaboração de Relatórios de Análise Crítica e Proposição de Medidas

A partir dos monitoramentos realizados, deverão ser elaborados relatórios com periodicidade
anual, os quais deverão contemplar os resultados do monitoramento da qualidade do ar.

Será realizada uma análise crítica dos dados obtidos durante o monitoramento da qualidade
do ar, de modo a verificar se foram atendidas as diretrizes propostas por este programa e os
padrões estabelecidos na legislação vigente. Caso sejam identificadas não-conformidades no
atendimento das diretrizes e padrões ou alterações significativas, deverão ser identificadas as
causas da alteração e avaliada a necessidade de implantação de medidas preventivas e/ou
corretivas.

Arcadis 60
Plano Básico Ambiental - PBA

2.1.5.5 Relacionamento com outros Programas

Este programa possui inter-relacionamento com o Programa de Gerenciamento Ambiental das


Obras (PGAO), Programa de Monitoramento de Emissões Atmosféricas e Programa de
Controle e Monitoramento do Tráfego (PCMT).

2.1.5.6 Cronograma de Execução

As atividades de monitoramento da qualidade do ar serão desenvolvidas durante as fases


implantação e operação da UTE GNA Porto do Açu III, conforme cronograma apresentado no
Quadro 2- 16.

Quadro 2- 16: Cronograma de Execução do Programa.

CICLO ANUAL
AÇÕES MESES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
I Planejamento
II Monitoramento (estações)
III Análise Crítica/ Proposição de Medidas
IV Elaboração de Relatórios Anuais

2.2 Programas de Manejo do Meio Biótico


2.2.1 Programas de Manejo de Fauna (PMF)

2.2.1.1 Subprograma de Afugentamento e Salvamento de Fauna durante as obras

2.2.1.1.1 Apresentação e Justificativas

Os responsáveis pela instalação do empreendimento e da supressão de vegetação serão os


responsáveis pelo afugentamento e/ou resgate da maioria das espécies silvestres que ocupam
sua área de influência direta. O afugentamento ocorre por diversos motivos, entre os quais se
destacam a poluição sonora, a presença do ser humano e a supressão de vegetação.

Diversas atividades rotineiras ou esporádicas para construção se constituem em grandes


fontes de poluição sonora, entre elas a operação de equipamentos (caminhões, escavadeiras
hidráulicas, tratores, motosserras, entre outros). A poluição sonora atuará como um fator
inibidor da ocupação de ambientes pelas espécies silvestres, sendo poucas aquelas que
permanecerão nas áreas perturbadas.

A supressão vegetal para a implantação da UTE GNA Porto do Açu III acarretará em perda de
habitat da fauna terrestre e alada na área de influência do empreendimento. Por esta razão,
esta atividade se justifica, dentro do contexto do licenciamento ambiental do empreendimento,
como uma medida de prevenção de acidentes e morte de animais em decorrência da
supressão vegetal e das atividades rotineiras durante as obras.

Arcadis 61
Plano Básico Ambiental - PBA

Durante a fase de supressão vegetal, assim como nas demais atividades inerentes à
implantação do empreendimento, os animais encontrados deverão ser afugentados ou
resgatados, e neste caso, sua soltura será feita na RPPN Fazenda Caruara.

2.2.1.1.2 Objetivo Geral

O objetivo geral deste Subprograma é minimizar os impactos gerados pelo empreendimento


sobre a fauna silvestre presente na área de influência da UTE GNA Porto do Açu III. As ações
visam evitar as ocorrências de morte ou ferimento de animais silvestres, durante as obras de
implantação, bem como garantir a continuidade das ações após a supressão.

2.2.1.1.3 Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

Arcadis 62
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 17: Apresentação dos Objetivos Específicos, Metas e Indicadores.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES

Resgate, antecedido por intensas atividades de Instigar a fuga orientada de animais silvestres, que
afugentamento, de espécimes da fauna silvestre apresentem capacidade de dispersão e locomoção,
durante as atividades de supressão na área da durante a fase de supressão vegetal.
UTE.
Resgate de animais silvestres durante a fase de
supressão vegetal e implantação da UTE, que se Número de espécimes resgatados, por mês.
Coleta, soltura e/ou afugentamento, de espécimes encontrem incapazes de fugir por meios próprios.
da fauna silvestre durante as atividades de
implantação e operação da UTE. Número de espécimes acidentados, por
Realizar a realocação e soltura de espécimes mês.
resgatados na RPPN Fazenda Caruara.
Realização de procedimentos necessários para Número de espécimes encaminhados à
garantir a integridade dos espécimes resgatados. Aproveitamento científico de espécimes encontrados clínica veterinária, por mês.
mortos na área do empreendimento, para obtenção de
dados quantitativos e qualitativos sobre a fauna local. Número de espécimes soltos, por mês.
Realização de inventário, registro e catalogação
dos espécimes resgatados, assim como seus
dados biológicos, ecológicos, sanitários, de Proteção ou cercamento, durante o período de obras, Número de espécimes mortos
captura e seu destino final. das cavas abertas para as fundações. encaminhados a instituições científicas, por
mês.
Minimizar os impactos causados pela supressão de
Treinamento dos trabalhadores próprios e vegetação na área, sobre a fauna silvestre, de
terceiros referente aos procedimentos no caso de maneira a reduzir e/ou evitar acidentes e mortes de
identificação ou acidentes envolvendo animais espécimes durante esta fase.
silvestres, na fase de implantação do
empreendimento

Arcadis 63
Plano Básico Ambiental - PBA

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES


Levantamento de dados referentes aos parâmetros
populacionais das comunidades faunísticas.

Melhorar o conhecimento sobre a fauna silvestre local,


através do aproveitamento de informações de
Desenvolvimento de ações de aproveitamento importância científica que por acaso venham a ser
científico, processando e destinando o material geradas pela atividade de resgate.
coletado que se encontrar bem preservado
(vítimas de acidentes que vierem a óbito) para Criar procedimento para os casos de identificação,
instituições de pesquisas (ex. museus, resgate e acidentes envolvendo animais silvestres, na
universidades). fase de implantação do empreendimento.

Disponibilizar nos meios de comunicação do


empreendimento os telefones de comunicação de
identificação, incidentes e/ou acidentes envolvendo
animais silvestres

Arcadis 64
Plano Básico Ambiental - PBA

2.2.1.1.4 Descrição do Programa

A) Atividades a serem desenvolvidas

O Programa de Afugentamento e Resgate da Fauna Silvestre consistirá de atividades diárias


de supervisão das atividades relacionadas à supressão vegetal e a implantação do
empreendimento nas áreas de influência direta do empreendimento, de maneira a minimizar
os impactos gerados pela supressão vegetal.

i. A primeira atividade deve ser a contratação da equipe técnica responsável pelo resgate
da fauna, formada por profissionais devidamente habilitados (biólogos e veterinários).

ii. Paralelamente, estabelecer parcerias com clínicas veterinárias para os casos em que
os animais capturados necessitem de tratamento.

iii. Afugentamento, Resgate e Soltura, propriamente dito.

Treinamento da equipe técnica, sob coordenação de profissional experiente com esta


atividade. Nesta etapa deve-se fazer o reconhecimento das áreas, distribuição de EPIs,
esclarecimentos sobre a logística e operação de resgate e recebimento dos equipamentos
adequados (puçás, armadilhas, anestésicos ou mobilização, luvas de couro, gancho, caixa
para transporte, entre outros) necessários (definidos pelo veterinário) deverão ser tomados
durante o manuseio dos animais para reduzir ao mínimo possível o estresse infligido aos
mesmos. As informações obtidas de cada animal resgatado serão inseridas em um banco de
dados específico.

B) Procedimentos Metodológicos

Entre os impactos sobre a fauna silvestre está a perda de habitats e de espécimes da fauna
terrestre, relacionada à supressão de vegetação prevista. A execução dos Programas de
Manejo da Fauna com medidas de controle e mitigação deste impacto pode ter sua significância
sensivelmente reduzida. Assim, torna-se imprescindível a adoção de ações voltadas ao resgate
e salvamento da fauna silvestre de modo a minimizar o impacto de perda de espécimes da
fauna terrestre em decorrência da supressão de cobertura vegetal.

As atividades de supressão de vegetação serão acompanhadas por técnicos capacitados para


o manejo da fauna silvestre. Esses deverão realizar ações de afugentamento prévio destes
animais para as áreas naturais adjacentes e para a verificação da existência de espécies da
fauna passíveis de realocação.

O afugentamento de fauna deverá ser realizado prévio e concomitantemente à atividade de


supressão de cobertura vegetal. Essa atividade quando bem conduzida reduz o número de
resgates e de perdas durante a supressão.

Muitos animais entram em estresse e sofrem frente às ações de captura, transporte,


manutenção em clínicas veterinárias, e aos próprios procedimentos de soltura, por este motivo
a prioridade deve ser a de se evitar contato com os animais, com resgate sendo realizado
apenas quando for confirmada a impossibilidade de determinado animal se locomover ou se
dispersar por meios próprios.

Arcadis 65
Plano Básico Ambiental - PBA

Este programa se baseia em três ações fundamentais: (i) afugentamento, resgate e soltura de
animais; (ii) prevenção de acidentes e (iii) aproveitamento científico de animais encontrados
mortos, conforme detalhamento a seguir.

Afugentamento, resgate e soltura

As atividades de supressão vegetal deverão ser acompanhadas pela equipe de resgate da


fauna silvestre e a atividade deverá ser interrompida sempre que encontrar algum animal para
que seja efetuado o resgate.

Em função das atividades inerentes à supressão vegetal como movimentação de maquinário e


trabalhadores, as espécies que apresentem condições de deslocamento por iniciativa própria
tenderão a abandonar as áreas de supressão.

Já para espécies de hábitos arborícolas e de locomoção lenta, animais fossoriais e aqueles


que não apresentam comportamento de fuga, será necessária a intervenção direta da equipe
de resgate para que possa se realizar o afugentamento ou a captura para posterior soltura na
RPPN Fazenda Caruara.

Os animais que por ventura sejam resgatados serão triados, pesados, medidos, identificados
taxonomicamente, avaliados quanto seu estado de saúde, e se necessário encaminhados para
tratamento veterinário e marcados. Esses procedimentos serão realizados no local de resgate,
e após definido o destino do animal. De modo geral, os seguintes destinos serão dados aos
animais resgatados:

▪ O afugentamento de fauna deve ser executado antes e durante o processo de


supressão de vegetação, remoção do solo e abertura e recobrimento de vala, com
intuito de encontrar e afugentar a fauna para áreas vizinhas, que não serão afetadas
pelas atividades de obras. Para realizar o afugentamento, as áreas deverão ser
vistoriadas sistematicamente, por meio de varredura visual, denominada busca ativa.
As vistorias deverão ser realizadas em árvores, vegetação rasteira e epífitas, além de
pontos críticos, onde há grande probabilidade de existência de tocas, ninhos e
passagens de fauna.

▪ Os indivíduos da fauna deverão ser afugentados preferencialmente sem captura.


Somente quando for confirmada a impossibilidade de algum animal se locomover
sozinho, ou caso o mesmo possa oferecer riscos aos funcionários ou a ele mesmo, é
que deverá ser capturado e liberado o mais rápido possível em área com mesma
fitofisionomia àquela em que foi encontrado, na RPPN Caruara.

▪ Caso algum ninho ocupado seja encontrado, esse será isolado com fita zebrada e
acompanhados pela equipe de biólogos até a desocupação ou até o momento que for
constatado pela equipe de monitoramento a possibilidade de deslocamento do ninho
para áreas seguras sem risco de abandono ou morte do espécime.

▪ A fauna afugentada será identificada e registrada, e os animais que necessitarem de


remoção do local serão registrados, acondicionados adequadamente em caixas de
contenção e encaminhados às áreas de soltura, na RPPN Caruara.

▪ Animais resgatados que necessitem de cuidados veterinários ou filhotes serão

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encaminhados para tratamento em clínica veterinária e após atestado sua melhora será
realizada sua soltura.

▪ Animais porventura encontrados mortos ou que venham a morrer durante as atividades


serão encaminhados para coleções científicas previamente acordadas.

▪ No caso de optar-se pelo resgate, este será feito por, no mínimo, duas pessoas
capacitadas para tal (uma fará a contenção física do animal, a outra estará com objeto
apropriado para transporte).

▪ As informações sobre todos os animais resgatados serão preenchidas nas Fichas de


Registro de Ocorrência de Fauna, nas quais serão indicadas todas as espécies
afugentadas, resgatadas e/ou transportadas.

Captura da Fauna

A captura dos espécimes somente será realizada quando necessário, isto é, quando ocorrerem
as seguintes cenas:

▪ Quando o espécime não fugir naturalmente para as áreas do empreendimento e


entorno; e

▪ Quando o animal estiver ferido ou acidentado.

Ressalta-se que o resgate de fauna configura sua necessidade também como medida de
segurança para os trabalhadores, visto que serão dedicados esforços de detecção e retirada
de animais peçonhentos (ninhos de abelhas, vespas, serpentes, entre outros) durante as
atividades. Os animais capturados nas áreas de supressão serão contidos e acondicionados
em sacos de pano, caixas ou recipientes plásticos conforme o grupo taxonômico.

As equipes de resgate realizarão a captura previamente às atividades dos espécimes que não
puderam ser afugentados através de captura seletiva em árvores mortas, troncos ocados,
bromeliáceas, palmáceas, inclusive ninhos e animais entocados. Durante as atividades de obra
pesada as equipes de resgate deverão acompanhar as máquinas que executam as atividades
de obra mantendo cerca de 15 metros de distância de sua lateral, ao avistar um espécime de
fauna silvestre, a equipe de resgate deverá comunicar o operador da máquina que retenha o
seu avanço para a coleta do animal.

Os espécimes serão capturados com o auxílio de equipamentos adequados sendo que para
cada grupo de fauna serão seguidos os procedimentos descritos a seguir.

Herpetofauna

▪ Anfíbios e pequenos lagartos e quelônios serão capturados manualmente, com luvas.

▪ Serpentes serão capturadas com o auxílio de pinça de serpentes e o gancho


herpetológico e manuseadas com luvas.

▪ Lagartos de porte maior serão capturados com auxílio de cambão e manuseados com
luvas.

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Mastofauna

▪ Mamíferos de médio e grande porte serão capturados com auxílio de cambão e


manuseados com luvas.

▪ Mamíferos de pequeno porte serão capturados manualmente com luvas.

Avifauna

▪ Aves debilitadas serão capturadas manualmente e manuseadas com luvas.

▪ Ninhos serão isolados com fita zebrada até que os ovos eclodam e o filhotes estejam
independentes dos cuidados paternos, ou realocação para áreas seguras sem risco de
abandono ou morte do espécime. A ser avaliado pelos biólogos responsáveis pela
execução das atividades de resgate.

Abelhas e Vespa

▪ No decorrer das atividades, deparando-se com colmeias de abelhas e vespas, será


utilizado um fumigador para auxiliar na retirada destas. Toda a atividade será executada
com vestimenta específica para prezar pela segurança do trabalhador. As colmeias
movidas serão realocadas para RPPN Caruara ou destinadas para criadores locais.
Destaca-se que a atividade deverá ser realizada após planejamento, priorizando
períodos em que os trabalhadores estiverem numa distância segura do local, a fim de
minimizar possíveis acidentes com ataque das espécies.

Os espécimes capturados deverão ser marcados em função do grupo taxonômico a que


pertence, seguindo o especificado a seguir:

▪ Anfíbios: elastômero;

▪ Aves: anilha;

▪ Crocodilianos: cortes na crista simples e duplas da cauda;

▪ Mamíferos de grande porte: tinta nyanzol;

▪ Mamíferos de pequeno porte: brincos;

▪ Quirópteros: anilha;

▪ Serpentes: remoção de escamas ventrais.

Triagem

Os animais capturados ou mortos nas áreas de supressão serão contidos e acondicionados


em sacos de pano, caixas ou recipientes plásticos conforme o grupo taxonômico. Após este
procedimento serão encaminhados para triagem. Os animais afugentados, capturados ou
mortos serão registrados através de fichas individuais de controle, identificados e triados de
acordo com a seguinte sequência de procedimentos:

▪ Data, hora e local (georreferenciado) do afugentamento, captura e soltura ou óbito;

Arcadis 68
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▪ Determinação da espécie ou morfotipo (neste caso, a espécie provável);

▪ Critério de identificação utilizado;

▪ Fitofisionomia do local do registro;

▪ Tipo de atividade da obra em que o animal foi capturado;

▪ Dados biométricos, clínicos (lesões, fraturas) e sanitários (doenças, parasitas) do


momento da captura;

▪ Marcação com metodologia apropriada;

▪ Registro fotográfico;

▪ Para animais encontrados acidentados ou mortos, deve ser apontado o atendimento


veterinário e destinação para instituição depositária (neste caso, será avaliado as
condições dos exemplares para aproveitamento científico);

▪ Conservação em meio adequado;

▪ Eutanásia, quando aplicável;

▪ Encaminhamento para Clínica Veterinária, quando aplicável;

▪ Encaminhamento para Instituição Depositária.

Estas informações serão importantes para composição da base de dados brutos da fauna da
região e análise dos resultados do serviço. Os procedimentos usuais de contenção,
manipulação e determinação das espécies em questão serão observados e repassados ao
órgão ambiental nos relatórios previstos.

Tratamento

Os animais que forem capturados sem sofrer nenhuma injúria serão triados e soltos logo após
a captura, sem a necessidade de manutenção. Caso algum animal seja encontrado debilitado
e com sinais de lesões, o mesmo será encaminhado imediatamente ao médico veterinário que
compõe a equipe responsável pelo resgate para atendimento. Caso verificado que o exemplar
necessite de atendimento específico (internamento, radiografia ou outros), deverá ser
encaminhado ao hospital veterinário, situado na Universidade Estadual do Norte Fluminense -
UENF, equipada com insumos e instrumentos, abrigos e equipamentos para socorro animal. O
veterinário providenciará os cuidados necessários para a reabilitação e posterior realocação
em ambiente natural e seguro, a ser realizada pela equipe responsável pelo resgate.

Prevenção de Acidentes

Um importante fator cooperador com o resgate em frentes de supressão e durante a execução


das obras é o uso dos DDSMS (Diálogo Diário de Segurança, Meio Ambiente e Saúde). Esta
ferramenta será utilizada de maneira a reforçar as informações aos trabalhadores acerca do
trabalho de resgate e a forma como proceder frente a situações onde a equipe deverá atuar.

Arcadis 69
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Associado as atividades de SMS, serão utilizadas as atividades do Programa de Educação


Ambiental como apoio ao público interno, no treinamento e difusão das ações de
comportamento frente a presença de animais silvestre, especialmente aqueles que possam
causar acidentes. Da mesma forma os treinamentos de Comunicação e educação ambiental
servirão de apoio as equipes de sinalização, para que esta seja adequada, especialmente no
sentido de identificar as áreas de afugentamento.

Orientação ao trabalhador na prevenção de acidentes com animais


silvestres/peçonhentos:

▪ Usar luvas de raspa de couro e calçados fechados, entre outros equipamentos de


proteção individual (EPI), durante o manuseio de materiais de construção (tijolos,
pedras, madeiras e sacos de cimento); transporte de lenhas; remoção de vegetação,
entre outras atividades.

▪ Olhar sempre com atenção o local de trabalho e os caminhos a percorrer.

▪ Não colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre
espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Caso seja necessário mexer
nesses lugares, usar um pedaço de madeira, enxada ou foice.

▪ Os trabalhadores do campo devem sempre utilizar os equipamentos de proteção


individual (EPIs), como botas ou perneiras, evitar colocar as mãos em tocas, montes de
lenha, folhas e cupinzeiros, sem equipamento adequado

▪ Se o profissional não for treinado para atividade com animais silvestres deve acionar,
imediatamente, a equipe de meio ambiente da GNA.

Em caso de acidentes o que fazer:

▪ Procure atendimento médico imediatamente.

▪ Informe ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como:


tipo de animal, cor, tamanho, entre outras.

▪ Se não atrasar a ida do paciente ao atendimento médico, lave o local da picada com
água e sabão e mantenha a vítima em repouso até a chegada ao pronto socorro.

▪ Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retire
acessórios que possam estar apertados.

▪ Não amarre (torniquete) o membro acometido e, muito menos, corte e/ou aplique
qualquer tipo de substancia no local da picada, se for o caso.

▪ Não tente “chupar o veneno”, essa ação apenas aumenta as chances de infecção local.

Em caso de atropelamento de animal silvestre, o que fazer:

▪ Acionar a equipe médica, caso o condutor tenha se machucado;

▪ Acionar a equipe de meio ambiente da GNA e a equipe de resgate de fauna para os

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procedimentos adequados com o animal;

▪ Averiguar as causas do acidente e as medidas corretivas para evitar novas ocorrências.

Aproveitamento científico de animais

A partir dos dados obtidos através do Programa de Monitoramento de Fauna e dos animais
encontrados mortos que forem coletados durante o período de supressão vegetal, serão
fornecidos dados sobre aspectos ecológicos e taxonômicos das espécies, contribuindo com
futuras ações conservacionistas e de manejo, em geral e melhorando o conhecimento das
espécies região do empreendimento.

Posteriormente à supressão, durante as atividades de implantação da UTE GNA Porto do Açu


III poderão eventualmente aparecer animais, os quais deverão ser coletados por profissionais
treinados em coleta e captura de animais e destinados as áreas de soltura ou à clínica
veterinária e posteriormente soltura na RPPN Caruara, caso apresentem alguma debilidade.

Caso sejam encontrados espécimes que apresentem maior fragilidade (ex. animais feridos ou
filhotes) durante as atividades de supressão de vegetação, estes deverão ser capturados e
encaminhados à clínica veterinária conveniada. Caso venham a ser capturados animais de
médio e grande porte (carnívoros, grandes roedores, preguiças, cervídeos, primatas e outros),
estes deverão ser anestesiados pelo médico veterinário responsável, de modo a evitar o
estresse causado pela ação de manejo.

Todos os espécimes encontrados feridos deverão permanecer em quarentena. Após o


tratamento deverá ser definido se os mesmos serão soltos em áreas previamente determinadas
ou encaminhados a zoológicos ou criadouros científicos ou conservacionistas.

De forma a avaliar a eficiência das ações de manejo de espécimes da fauna e flora propostas
e adequadas às atividades de supressão de vegetação e promover processos de melhoria
contínua nas mesmas, serão elaborados relatórios de monitoramento das atividades periódicos
conforme Resolução INEA nº 72/13.

Eutanásia humanitária

No decorrer das atividades de resgate os animais poderão ser sacrificados apenas em caso de
necessidade extrema e se enquadrando nos quesitos da Resolução 1000 de 11/05/2012 do
Conselho Federal de Medicina Veterinária, pela qual a eutanásia deve ser indicada quando o
bem-estar do animal estiver comprometido de forma irreversível, sendo um meio de eliminar a
dor ou o sofrimento dos animais, os quais não podem ser controlados por meio de analgésicos,
de sedativos ou de outros tratamentos, ou ainda, quando o animal constituir ameaça à saúde
pública ou risco à fauna nativa ou ao meio ambiente.

O Artigo Décimo desta Resolução rege que a escolha do método dependerá da espécie animal
envolvida, da idade e do estado fisiológico dos animais, bem como dos meios disponíveis para
a contenção dos mesmos, da habilidade técnica do executor e do número de animais, devendo
ainda o método ser:

▪ Compatível com os fins desejados e de acordo como ANEXO I da Resolução 1000 de


11/05/2012;

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▪ Seguro para quem o executa;

▪ Realizado com o maior grau de confiabilidade possível, comprovando-se sempre a


morte do animal, com a declaração do óbito pelo médico veterinário responsável.

Os procedimentos de eutanásia são de exclusiva responsabilidade do médico veterinário e são


considerados métodos inaceitáveis:

▪ Embolia Gasosa;

▪ Traumatismo Craniano;

▪ Incineração in vivo;

▪ Hidrato de Cloral (para pequenos animais);

▪ Clorofórmio ou éter sulfúrico;

▪ Descompressão;

▪ Afogamento;

▪ Exsanguinação sem inconsciência prévia;

▪ Imersão em Formol ou qualquer outra substância fixadora;

▪ Uso isolado de bloqueadores neuromusculares, cloreto de potássio ou sulfato de


magnésio;

▪ Qualquer tipo de substância tóxica, natural ou sintética, que possa causar sofrimento
ao animal e/ou demandar tempo excessivo para morte;

▪ Eletrocussão sem insensibilização ou anestesia prévia;

▪ Qualquer outro método considerado sem embasamento científico.

Destinação

No caso de espécimes eutanasiados, ou caso algum espécime seja encontrado morto durante
as atividades ou vier a óbito durante a manipulação, o mesmo será devidamente preparado (de
acordo com as especificações solicitadas pela instituição) e rotulados com as informações
individuais relativas à localidade de coleta, coordenadas, município, estado de federação, data
de coleta, coletor, medidas externas e demais observações pertinentes, a serem tombados na
coleção do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Animais Selvagens – NEPAS localizado na
Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF (carta de aceite em ANEXOI).

Equipe prevista

Para a execução deste programa serão considerados 03 equipes (02 biólogos +01 médico
veterinário + 03 auxiliares técnico) para atender as frentes de obra durante o período de
supressão de vegetação. Os currículos dos Técnicos e a ART do coordenador são
apresentados em Anexo.

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Quadro 2- 18: Equipe mínima necessária.

Técnico Formação

FABRICIO RESENDE FONSECA Biólogo Coordenador-ART em anexo

2.2.1.1.5 Relação com outros Programas

O Programa deverá interagir com as ações implementadas pelo Programa de Gerenciamento


Ambiental das Obras (PGAO), Programa de Educação Ambiental (PEA), Programa de
Supressão da Vegetação e Programa de Comunicação Social (PCS).

2.2.1.1.6 Cronograma de Execução

As ações integrantes do Programa de Afugentamento e Salvamento de Fauna estão


associadas às atividades de supressão vegetal e implantação do empreendimento e terão
início segundo o cronograma de obras, assim que a Licença de Instalação (LI), a Autorização
de Supressão de Vegetação (ASV) e a Autorização para Resgate de Fauna sejam expedidas.

Deverão ser elaborados relatórios mensais de monitoramento interno, e semestrais para envio
ao órgão ambiental das atividades de Afugentamento e Resgate/salvamento da Fauna
Silvestre.

2.2.1.2 Subprograma de Monitoramento de Fauna

2.2.1.2.1 Apresentação e Justificativas

Este programa visa a atender às questões relacionadas aos impactos diretos e indiretos a fauna
terrestre decorrente da implantação da UTE GNA Porto do Açu III. A ocorrência e intensidade
das alterações poderá ser confirmada, conhecida e controlada, por meio de monitoramentos
contínuos da dinâmica populacional de determinados grupos de fauna, utilizados como
bioindicadores da qualidade ambiental.

Este programa deve ocorrer em consonância com as atividades do mesmo Programa da UTE
NOVO TEMPO GNA II (em andamento) e que visam a atender à Condicionante 6.8 da LP IN
Nº IN032607/15 (“Programa de Monitoramento de Fauna para as espécies ameaçadas de
extinção indicadas no estudo de Impacto Ambiental”). Monitoramentos sistêmicos são
importantes ferramentas para avaliação e minimização de impactos gerados por
empreendimentos de grande porte, bem como para determinação de estratégias de
conservação de espécies, especialmente as endêmicas e aquelas com algum grau de ameaça.

Segundo IBAMA (1995) citado por Tetra Tech (2017), na impossibilidade de monitorar todos
os elementos faunísticos, algumas espécies devem ser selecionadas, embora cada espécie
responda a seu ambiente de forma individual, espécies com ecologias similares possivelmente
reagem de modo similar tornando-se, portanto, bioindicadoras das condições ambientais de
determinados habitats e ou da biodiversidade de ecossistemas.

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Plano Básico Ambiental - PBA

2.2.1.2.2 Objetivo Geral

Como no Programa já em execução para a UTE NOVO TEMPO GNA II, o Programa de
Monitoramento de Fauna objetiva realizar o monitoramento de grupos bioindicadores
ambientais, estimar a eficiência das medidas de salvamento e recomposição, assim como as
alterações decorrentes das interferências nas condições ambientais e mitigar os impactos da
implantação e operação UTE GNA Porto do Açu III, em especial daqueles decorrentes da
remoção da vegetação das formações de restingas.

2.2.1.2.3 Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

Arcadis 74
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 19: Apresentação dos Objetivos Específicos, Metas e Indicadores.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES


Monitorar o maior número de espécies dos
Monitorar grupos da fauna de vertebrados grupos de vertebrados terrestres selecionados
terrestres, que possam atuar como bioindicadores para o Programa.
ambientais.
Buscar monitorar os animais afugentados e
realocados durante o processo de resgate.

Mitigar impactos decorrentes da supressão


Identificar potenciais ambientes a serem
vegetal e da eliminação de habitats sobre a fauna
utilizados como refúgio, sítios de alimentação,
silvestre local.
dessedentação e reprodução pela fauna terrestre
Número de registros de animais, vivos ou mortos,
nas áreas de influência do empreendimento,
machucados, etc.
mapeando e avaliando seus habitats.

Buscar a conservação das espécies endêmicas e Suficiência amostral, curva de acumulação de


Subsidiar a definição de estratégias para o
ameaçadas. espécies e demais indicadores ecológicos.
controle de espécies invasoras/daninhas.

Registro do número e temporalidade de


Enriquecer os bancos de dados acerca da fauna
campanhas de monitoramento realizadas durante
presente na área de influência, mantendo
os períodos de implantação e operação do
atualizadas listas de espécies dos grupos
empreendimento.
faunísticos contemplados.

Obter índices ecológicos para cada campanha de


amostragem e para cada grupo, contemplado
Observar a eventual proliferação de espécies
riqueza e diversidade.
invasoras/daninhas.

Se, constatadas alterações significativas nos


índices ecológicos avaliados, analisar a possível
relação causa/efeito entre o empreendimento e
as discrepâncias registradas.

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Plano Básico Ambiental - PBA

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES


Se, constatada correlação positiva entre
alterações significativas nos índices ecológicos
avaliados que sucedem das atividades do
empreendimento, propor e analisar a viabilidade
de adoção de medidas atenuadoras das fontes de
perturbação.

Identificar e destacar as espécies ameaçadas de


extinção em nível nacional e/ou global,
registradas através deste programa de
monitoramento, incluindo informação acerca de
sua biologia e ecologia.

Avaliar a pertinência da continuidade deste


programa de monitoramento.

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Plano Básico Ambiental - PBA

2.2.1.2.4 Descrição do Programa

A) Atividades a serem desenvolvidas

Os programas de monitoramento de fauna silvestre são considerados ferramentas de grande


valor para a compreensão tanto dos processos impactantes como das medidas mitigadoras
propostas, sendo importantes para estabelecer estratégias para a conservação de espécies e
ambientes, permitindo acompanhar alterações ao longo do tempo, analisando-as frente a uma
ou mais fontes de impacto, já que para a implantação do empreendimento ocorrem perda e/ou
alteração de habitats devido à supressão de vegetação.

Ações de planejamento, ações de monitoramento e ações de análise crítica dos dados


coletados e eficiência do programa são necessárias para proposição de medidas, se
necessário ou readequação do Programa e cronograma de ação.

B) Procedimentos Metodológicos

Planejamento

O planejamento adequado das atividades de campo (primeira ação) é de fundamental


importância para o bom desempenho dos trabalhos, envolvendo as seguintes atividades:

▪ Logística: facilidades de acesso aos locais de monitoramento, tempo necessário de


monitoramento.

▪ Condições especiais: verificação de condições específicas nos locais de monitoramento


que exijam equipamentos ou cuidados especiais.

▪ Listas de verificação: preparação de listas de verificação, conforme plano de trabalho,


contendo o tipo e a quantidade de observações a serem realizadas para permitir o
dimensionamento dos materiais necessários aos trabalhos.

▪ Alocação de pessoal devidamente treinado para os trabalhos a serem desenvolvidos,


incluindo técnicos e auxiliares.

Monitoramento

Os resultados preliminares do Subprograma de Afugentamento e salvamento durante as obras


subsidiarão o presente programa para eventuais reestruturações de cronograma e atividades.
Este programa foi estabelecido para as espécies de vertebrados terrestres, sendo que especial
atenção será destinada às endêmicas, ameaçadas e ou de interesse ecológico.

Como este programa será realizado concomitante e em conformidade com aquele já em


execução para a UTE Novo Tempo GNA II, as metodologias devem ser idênticas para permitir
comparação e análise dos dados.

Monitoramento de fauna de vertebrados terrestres

Os monitoramentos pretéritos executados na região, especialmente na RPPN Fazenda


Caruara, poderão fornecer dados de distribuição e abundância relativa que permitam avaliar
deslocamento das populações e sua realocação, sendo utilizados, a priori, como grupos

Arcadis 77
Plano Básico Ambiental - PBA

bioindicadores de qualidade ambiental: répteis, aves e mamíferos de pequeno e médio porte,


em acordo com o cronograma do Programa.

As amostragens envolverão censos de abundância de espécies de aves e avaliações quali-


quantitativas das comunidades de répteis e mamíferos, por meio de capturas com armadilhas
não-letais (pitfall, trail master, gaiola, dentre outros) e censos de observação.

Com base nos resultados obtidos durante essa fase de monitoramento serão definidas
estratégias para conservação das espécies.

As campanhas de amostragem durante os dois primeiros anos da fase de operação deverão


ter frequência semestral. Após esse período, a periodicidade das campanhas, deverá ser
revisada de acordo com os resultados obtidos, bem como a pertinência da continuidade do
programa.

Metodologia

As metodologias sugeridas para amostragens de fauna encontram-se descrita nos itens a


seguir. Os pontos de amostragem deverão ser, preferencialmente, os mesmos utilizados nos
monitoramentos pretéritos realizados na RPPN Caruara e alguns pontos nos remanescentes
do entorno da UTE GNA Porto do Açu III. Os profissionais responsáveis pela captura de
animais silvestres serão devidamente autorizados pelo Órgão Ambiental para a realização de
suas atividades, através da autorização de Manejo de Fauna Silvestre.

Répteis

O monitoramento da herpetofauna deverá se basear na avaliação da riqueza, abundância,


diversidade e composição de espécies. Serão utilizados os seguintes métodos de amostragem.

Capturas por meio de armadilhas de queda (“pitfall trap”).

Censos de visualização por transecções, em que são realizados deslocamentos durante o dia
para visualização dos indivíduos.

Aves

Os censos da avifauna deverão abranger três períodos do dia: ao amanhecer e no entardecer,


quando deverão ser realizados censos de visualização, e à noite, quando deverá ser realizado
um censo de vocalização para determinar a presença de espécies de hábitos noturnos.

O monitoramento da avifauna se dará por comparações com dados de riqueza, abundância,


diversidade e composição obedecendo aos procedimentos descritos a seguir.

Avaliação da abundância relativa por meio de pontos de escuta em que cada área a ser
amostrada deve ter definido um ponto de escuta de 50m de raio, tendo o ornitólogo ao centro.
Cada ponto deve ser separado por distância mínima de 200m para evitar contagens duplas. As
áreas amostradas deverão se localizar em todos os compartimentos ambientais presentes na
área de influência do empreendimento.

Arcadis 78
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Inventário da riqueza de espécies por meio de censo por caminhamento, em que todas as
espécies observadas durante um período determinado são registradas, anotando-se a
quantidade de indivíduos, o hábito, o comportamento e o tipo de ambiente utilizado.

Consideração das ocorrências de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, espécies


invasoras e surgimento de espécies não registradas previamente à implantação do
empreendimento.

Mamíferos

A mastofauna será monitorada quanto aos parâmetros já descritos por meio de campanhas
sazonais com frequência semestral.

As áreas de soltura dos animais realocados deverão receber armadilhas, como forma de avaliar
a densidade e diversidade da mastofauna, bem como a recaptura de animais marcados no
processo de resgate. Além disso, serão realizados censos de transectos para determinação da
presença de mamíferos de maior porte.

Observa-se que a mastofauna apresenta maior dificuldade para projetos de monitoramento


quando comparado aos grupos anteriores, devido à dificuldade de visualização e ou captura
de algumas espécies. A seguir, são descritos os métodos de monitoramento de alguns grupos:

Morcegos: a fauna de quirópteros será avaliada por meio de capturas com redes de neblina.

Mamíferos de Pequeno Porte: a fauna de marsupiais e roedores murídeos, que fornecem


importantes informações acerca do estado de conservação dos ambientes serão monitorados
pelos métodos de captura e marcação. Na captura serão utilizados métodos não-letais, do tipo
gaiola (Shermann e Tomahawk), A diversidade de pequenos mamíferos é diretamente
proporcional à diversidade vegetal, sobretudo do sub-bosque e estrato médio de florestas.

Mamíferos de Médio e Grande Porte: dados sobre composição e riqueza da mastofauna de


médio porte serão obtidos por meio de censos de transectos, identificando e quantificando
rastros de mamíferos silvestres, em transecções pré-definidas.

Acompanhamento da operação da UTE

Esta atividade refere-se ao alerta permanente da equipe de meio ambiente, durante a


implantação e operação da UTE, à presença de fauna nas áreas do empreendimento e seu
entorno. Os trabalhadores deverão ser treinados e orientados para que, no caso de visualizar
ou se envolver em acidente com animal silvestre nas áreas do empreendimento e seu entorno,
comuniquem imediatamente a equipe de meio ambiente da GNA.

O procedimento básico no caso de visualizar ou se envolver em acidente com animal silvestre


consiste do imediato contato com a equipe de meio ambiente da UTE GNA Porto do Açu III,
que acionará profissional treinado para atividade. Este fará a captura, perícia e após avaliação
dos animais capturados, doentes ou feridos, encaminhará a clínica veterinária para reabilitação
antes da soltura, e aqueles em condições sanitárias boas serão, então, redirecionados às áreas
de soltura imediatamente após a identificação.

Análise Crítica e Proposição de Medidas

Arcadis 79
Plano Básico Ambiental - PBA

Será realizada análise crítica dos dados de cada campanha de monitoramento, de modo a
verificar o atendimento dos padrões estabelecidos na legislação vigente. Caso sejam
identificadas não-conformidades ou alterações significativas no atendimento aos padrões,
serão desencadeadas as seguintes atividades:

▪ Identificação e avaliação da causa da alteração significativa ou não-conformidade.

▪ Proposição e Execução de medidas corretivas, caso sejam necessárias.

▪ Execução de Práticas de Manejo de Fauna.

As informações geradas no monitoramento de espécies da fauna terrestre subsidiarão a


compilação de dados, permitindo análise dos reais impactos do empreendimento nas espécies
de animais. Com esses dados poderão ser elaborados novas ações e estratégias de
conservação. Os grupos previamente admitidos como indicadores ambientais a partir dos
levantamentos realizados no Estudo de Impacto Ambiental, serão:

Répteis: especialmente Tropidurus torquatus (lagarto), e espécies constantes na Lista Oficial


de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção como Liolaemus lutzae (lagartixa-da-
areia) e Cnemidophorus littoralis (lagarto-do-rabo-verde), sendo este endêmico do Estado do
Rio de Janeiro.

Aves: especialmente as espécies endêmicas e migratórias, como o caboclinho ou bico de ferro


(Sporophila bouvreuil crypta), endêmica da Região dos Lagos no Estado do Rio de Janeiro.

Mamíferos: especialmente a ordem dos quirópteros e espécies de mamíferos ameaçados da


região.

2.2.1.2.5 Relação com outros Programas

O Programa deverá interagir com as ações implementadas pelo Programa de Gerenciamento


Ambiental das Obras (PGAO), Programa de Educação Ambiental (PEA), Programa de
Supressão da Vegetação, Programa de Comunicação social (PCS) e Programa de
Afugentamento e Salvamento de Fauna durante as obras.

2.2.1.2.6 Cronograma de Execução

O monitoramento da fauna terrestre terá início imediatamente após o término das ações do
Programa de Afugentamento e Salvamento de fauna na fase de obras que culmina com o fim
das atividades de supressão de vegetação; e será contínuo durante toda a fase de implantação
e operação da UTE GNA Porto do Açu III ou até que os seus resultados possam subsidiar a
inferência sobre os reais impactos do empreendimento sobre a fauna local, justificando seu
encerramento.

Até dois anos após o início deste programa, as atividades do monitoramento de fauna deverão
ser acompanhadas e avaliadas por meio da elaboração de relatórios semestrais. Completados
dois anos de início da execução as ações, parâmetros e periodicidade dos relatórios e
campanhas, bem como a continuidade do programa, deverão ser reavaliados de acordo os
resultados obtidos.

Arcadis 80
Plano Básico Ambiental - PBA

Para esta avaliação deverão ser utilizados também os dados dos monitoramentos (já em
execução) da UTE NOVO TEMPO GNA II e TGNL, que deverão ter os cronogramas
sincronizados.

Arcadis 81
Plano Básico Ambiental - PBA

2.2.2 Programa de Manejo da Vegetação

2.2.2.1 Subprograma de Controle da Supressão de Vegetação

2.2.2.1.1 Apresentação

A supressão de vegetação ocasionará alguns impactos negativos na vegetação, como a


redução na área de cobertura vegetal, a remoção de indivíduos, a fragmentação de áreas de
vegetação nativa, o efeito de borda e as alterações na dinâmica da vegetação.

O Subprograma de Controle da Supressão visa a mitigar estes impactos, implementando


diretrizes e critérios a serem adotados durante a limpeza da área e corte da vegetação.

2.2.2.1.2 Justificativas

Este subprograma subsidia ações que visam a sugerir alternativas para a destinação adequada
do material lenhoso resultante do processo de supressão de vegetação, bem como adotar
procedimentos quanto à orientação do sentido dos trabalhos, de forma gradativa, provocando
a migração induzida da fauna e auxiliar no salvamento da flora de especial interesse, que
devem anteceder e acompanhar o desmatamento.

Neste sentido serão apresentadas etapas que deverão ser seguidas minuciosamente, de modo
a minimizar as interferências geradas pela implantação do empreendimento.

2.2.2.1.3 Objetivos

Estabelecer diretrizes técnicas para a execução da atividade de corte de vegetação e limpeza


das áreas para a implantação da UTE GNA Porto do Açu III.

2.2.2.1.4 Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

Arcadis 82
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 20: Apresentação dos Objetivos Específicos, Metas e Indicadores.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES

Executar a supressão de vegetação em 100%


Mapear e delimitar a área alvo de supressão.
das áreas alvo de corte.

Atender 100% das diretrizes técnicas


Estabelecer as diretrizes técnicas para a execução estabelecidas neste subprograma, executando o
da atividade de corte de vegetação. corte da vegetação em acordo com os
procedimentos.
Área de vegetação efetivamente suprimida em
Mensurar o material lenhoso oriundo das atividades Acompanhar 100% as atividades de supressão, relação aos valores estimados e autorizados pelo
de supressão licenciadas para a instalação do promovendo o máximo aproveitamento do Órgão Ambiental.
empreendimento. material lenhoso cortado.

Acompanhar 100% as atividades de supressão e


Acompanhar e conduzir as atividades de supressão atender plenamente o subprograma sem
de vegetação, de acordo com as normas vigentes. nenhuma não-conformidade ambiental no que
se refere ao atendimento à legislação.
Volume efetivamente suprimido em relação aos
Finalizar as atividades de supressão sem a valores previstos no inventário florestal, e
Subsidiar as atividades de afugentamento e resgate autorizados pelo Órgão Ambiental
ocorrência de nenhum acidente com a fauna
da fauna silvestre
silvestre.

Realizar o salvamento de flora de especial


interesse nas áreas de supressão (Pilosocerus
Realizar coleta de espécies-alvo em 100% das
Arrabidae, Melanopsidium Nigrum, Scutia
supressões vistoria das áreas para verificação.
Arenicola, Melocactus Violaceus, Inga maritma e
Erythroxylum ovalifolium).

Arcadis 83
Plano Básico Ambiental - PBA

2.2.2.1.5 Descrição do programa

A) Atividades a serem desenvolvidas

A elaboração deste subprograma contemplou seis principais etapas para que a supressão seja
conduzida com êxito, tais como:

i. Características da área alvo de supressão.

ii. Demarcação da área alvo de supressão e vegetais de especial interesse.

iii. Orientação da supressão.

iv. Corte e derrubada de árvores.

v. Empilhamento, cubagem e destocamento.

vi. Formação de equipe técnica.

B) Procedimentos Metodológicos

Características da área alvo de supressão

A área de implantação da UTE GNA Porto do Açu III abrange 26,38 ha. Da totalidade da área
de implantação do projeto, 17,93 ha já foram objeto de Licença de Instalação da UTE Novo
Tempo GNA II.

Conforme Inventário Florestal (ipf, 2018) realizado, a área com vegetação é de 8,45 ha, dos
quais 4,18 ha são representados por áreas antropizadas e 4,27 ha são ocupados pela Restinga
Tipo Arbustivo Aberto não Inundado em Estágio Médio, conforme o Decreto Estadual nº
41.612/08

As restingas são ambientes do Bioma Mata Atlântica (IBGE 2004 e 2006), e estão sob a tutela
da Lei nº 11.428/06 (Lei da Mata Atlântica).

Arcadis 84
Plano Básico Ambiental - PBA

Figura 2- 8: Padrão da restinga Tipo Aberto


Figura 2- 7: Padrão das áreas antropizadas. Não Inundado estágio médio da área de
Fonte: Inventário Florestal (ipf, 2018). estudo.
Fonte: Inventário Florestal (ipf, 2018).

Arcadis 85
Plano Básico Ambiental - PBA

Figura 2- 9: Áreas Objeto de Manejo da Vegetação


Fonte: Inventário florestal, ipf, 2018.

Arcadis 86
Plano Básico Ambiental - PBA

O censo florestal realizado na área indicou um quantitativo de 1.743 indivíduos, equivalendo a


um volume de material lenhoso de 15,77 m³ e a área de supressão é de 4,27 ha de Restinga
Tipo Arbustivo Aberto não Inundado (Estágio Médio). A supressão de vegetação se restringirá,
somente, ao terreno proposto para implantação do empreendimento e canteiro de obras,
conforme pode ser visualizado na Figura 2- 9, Áreas de Manejo de Vegetação.

Demarcação da área alvo de supressão e vegetais de especial interesse

Após a emissão da ASV, em toda a extensão da área onde será executada a implantação do
empreendimento, as laterais deverão ser claramente delineadas e sinalizadas, de forma a
manter seus limites devidamente definidos, certificando-se que não irá ocorrer nenhuma
remoção de vegetação além dos limites estabelecidos pelo projeto.

Após a delimitação dos limites da área alvo de supressão deverão ser demarcadas todas as
árvores isoladas ou fragmentos arbóreos de restinga com fita zebrada, bandeirolas e ou
similares.

Eventuais indivíduos de especial interesse descritos no Subprograma de Resgate de


Germoplasma e Transplantio e no Subprograma de Manejo e Conservação das Espécies
Pilosocereus arrabidae, Melanopsidium nigrum, Scutia arenicola, Melocactus violaceus,
Erythroxylum ovalifolium, Inga maritima que não serão objeto de supressão também deverão
ser marcados e cercados, sendo sinalizados devidamente para evitar a sua retirada acidental.
Caso houver outros vegetais além destes seis que sejam indicados para a conservação,
também deverão ser demarcados.

As árvores localizadas fora dos limites não deverão ser em hipótese alguma, cortadas com o
objetivo de fazer madeira ou lenha.

Orientação da supressão

Previamente ao início da supressão, a área deverá ser inspecionada pela equipe de fauna, que
realizará a definição da direção da supressão, o resgate prévio, a demarcação de ninhos,
enxames, tocas, quando for o caso.

A supressão da vegetação deverá ocorrer sempre em sentido único, de forma a não encurralar
os animais que tentarem fugir. O sentido nunca poderá direcionar a fuga dos animais em
direção a locais inadequados, tais como barrancos, rochas, vilarejos, áreas urbanas,
industriais, estradas.

Dois grupos de operários do desmatamento não deverão realizar a supressão um no sentido


do outro com o mesmo propósito de não encurralar os animais.

Corte e derrubada de árvores

As árvores a serem suprimidas deverão passar por uma avaliação prévia quanto à presença
de fatores que possam vir a atrapalhar o seu corte, causar prejuízos à segurança dos
trabalhadores das obras ou implicar em danos à vegetação do entorno.

A avaliação prévia permitirá um planejamento detalhado e alternativas relacionadas às técnicas


adequadas de supressão e equipamentos a serem utilizados no momento do corte para garantir

Arcadis 87
Plano Básico Ambiental - PBA

a minimização dos impactos e contribuir com a redução do risco de acidentes com os


trabalhadores envolvidos.

Em cortes especiais, de acordo com o caso, emprega-se técnicas específicas, sempre tendo
como base a técnica-padrão:

▪ Para árvores com direção natural de queda contrária à desejada, se faz o estaiamento
direcionado da mesma, por meio de cordas, catracas e tiffors em estacas ou piquetes,
alocados no local desejado.

▪ Para as espécies com tendência a apresentar rachaduras durante o corte, procede-se


a um corte nas bordas da dobradiça para reduzir a tensão e, consequentemente, as
chances de rachaduras durante o abate.

▪ Outras características que requerem cortes especiais são: a presença de oco no tronco,
tronco muito inclinado, árvores muito grandes ou com presença de sapopemas basais.

Sugere-se, neste subprograma, que a supressão deverá ser uniforme e contínua, facilitando o
arraste e o baldeio das toras, com o corte realizado de forma semimecanizada (com uso de
motosserras) e manual, quando o diâmetro da árvore ou arbusto for menor que 15 cm.

Será realizada uma limpeza prévia, retirando-se toda a vegetação arbustiva dos locais de corte
de árvores e eliminando a presença de cipós e lianas que, porventura, envolvam a árvore (nesta
situação, o direcionamento da queda é dificultado, aumentando o risco de acidentes com a
equipe de corte, podendo, ainda, danificar outras árvores vizinhas).

A retirada do sub-bosque deve anteceder a derrubada das árvores, propiciando a fuga de parte
da fauna (roçada) nos remanescentes existentes no entorno.

O corte para a derrubada deverá ser executado o mais rente possível do solo e todos os galhos
deverão ser cortados rente ao fuste (tora principal), de modo a não permanecer pontas de
galhos no mesmo.

Destaca-se que as árvores deverão ser tombadas sempre para dentro da área de supressão,
respeitando as dimensões do projeto, e qualquer árvore que cair dentro de cursos de água ou
além do limite deverá ser imediatamente removida. Para a limpeza das áreas fica proibido o
uso de herbicidas, fogo, entre outros.

As motosserras utilizadas deverão estar em conformidade com a legislação aplicável e deverão


ser registradas junto ao IBAMA, conforme Portaria Normativa no 149/92. As ferramentas e
equipamentos devem ser mantidos em condições ideais de uso para propiciarem um melhor
rendimento do trabalho, menor desgaste dos trabalhadores e redução dos riscos de acidentes
em campo, para tanto devem ser feitas manutenções rotineiras.

Para garantir a segurança dos trabalhadores envolvidos é de fundamental importância a


utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para essas atividades.

Empilhamento, cubagem e destocamento

Arcadis 88
Plano Básico Ambiental - PBA

As peças serradas serão agrupadas em pilhas separadas por classes de diâmetro, facilitando
o ordenamento para a medição (cubagem) e carregamento, com altura máxima de 1,5 m. A
mensuração das pilhas fornecerá o volume real da madeira suprimida em metros estéreis. Após
a mensuração das pilhas em metros estéreis, o material lenhoso será para consumo interno.

Em função do uso da lenha ser para consumo interno, não possuindo fins comerciais ou
industriais, não há obrigatoriedade de emissão de DOF de acordo com a Legislação vigente
(Art. 36 da Lei Federal Nº 12.651, de 25 de maio de 2012, intitulado “Novo Código Florestal
Brasileiro)

“[...] Art. 36. O transporte, por qualquer meio, e o armazenamento de madeira,


lenha, carvão e outros produtos ou subprodutos florestais oriundos de florestas
de espécies nativas, para fins comerciais ou industriais, requerem licença do
órgão competente do Sisnama, observado o disposto no art. 35.

§ 1o A licença prevista no caput será formalizada por meio da emissão do DOF,


que deverá acompanhar o material até o beneficiamento final. [...]”

A retirada dos tocos existentes na área de supressão poderá ser realizada com o objetivo de
permitir o livre trânsito de equipamentos e a segurança dos trabalhadores.

O material suprimido deverá ser removido e acomodado em lugar adequado, desprovido de


vegetação nativa, não sendo permitida a abertura de novas áreas e acessos com vegetação
nativa para acomodação ou transporte do material lenhoso. Por esta razão o armazenado
internamento será na Fazenda Papagaio local utilizado para destinação de materiais oriundos
da supressão vegetal, que vem sendo utilizado para descarte de material lenhoso da UTE GNA
Novo Tempo II. A Fazenda Papagaio fica localizada na zona 24 K nas seguintes coordenadas
285.369 m E e 7.585.896 m S. (ver localização no Descritivo de Terraplenagem, Anexo IX do
volume 1 deste RSLI).

No empilhamento, deverão ser deixados intervalos formando áreas livres para passagem da
fauna local.

Os resultados obtidos subsidiarão a elaboração de critérios e fórmulas regionais para estimar


o volume de material lenhoso de espécies de árvores e arbustos que ocorrem nas restingas do
Norte Fluminense. Assim, esta ação pode viabilizar a realização de estudos básicos, para
determinar os modelos matemáticos (geração de equação volumétrica para a restinga) que
possam estimar o volume com medidas de fácil coleta em campo como DAP, DAC e altura dos
indivíduos.

Formação de equipe técnica

A equipe técnica deverá ser composta por profissionais especializados (biólogo, engenheiro
florestal ou engenheiro agrônomo), que será responsável pelo acompanhamento da supressão
dos remanescentes de restinga inseridos na ADA do empreendimento.

O corte e derrubada da vegetação deverá ser executada por equipe técnica experiente em
manuseio de motosserras e conhecimentos em técnicas específicas em abate de árvores, isto
para garantir a eficiência da supressão e o bom andamento das ações executadas, ressaltando
que sempre deverão ser observados os procedimentos previstos na legislação aplicável.

Arcadis 89
Plano Básico Ambiental - PBA

2.2.2.1.6 Relação com outros programas

Programa de Gerenciamento Ambiental das Obras (PGAO), Programa de Resgate de


Germoplasma e Transplantio, Subprograma de Manejo e Conservação das Espécies
Pilosocerus Arrabidae, Melanopsidium Nigrum, Scutia Arenicola, Melocactus Violaceus, Inga
maritma e Erythroxylum ovalifolium. Programa de Reposição Florestal, Programa de
Comunicação Social e Programa de Educação Ambiental.

2.2.2.1.7 Cronograma de Execução

As atividades de supressão deverão ser executadas em acordo com o cronograma geral da


obra de implantação do empreendimento após a autorização de supressão de vegetação
(ASV), integrante da Licença de Instalação (LI) a ser emitida pelo INEA.

2.2.2.2 Subprograma de Resgate de Germoplasma e Transplantio

2.2.2.2.1 Apresentação

Os bancos de germoplasma são coleções de material vivo, em forma de sementes, pólen,


tecidos ou indivíduos cultivados, que visam à conservação da diversidade genética das
espécies de plantas, e que podem ser destinados para o uso imediato ou serem preservados
para uso futuro.

São indicados para espécies que estejam ameaçadas de extinção devido à exploração ou
destruição de seus habitats, bem como para aquelas que demandem ações para o
melhoramento genético. Esses bancos são formados a partir do resgate de germoplasma de
espécies da flora.

O resgate de germoplasma ou resgate de flora, realizado nas formas de coleta de


sementes/frutos e de mudas (plântulas), é um instrumento importante para compensar parte
da perda de biodiversidade vegetal natural causada pela implantação de empreendimentos
causadores de impactos ambientais.

2.2.2.2.2 Justificativa

Anteriormente e durante o processo de supressão, a remoção da cobertura vegetal para a


implantação do empreendimento possibilitará a obtenção de material botânico apto a ser
preservado e propagado, apresentando como foco principal a conservação do patrimônio
genético, em especial das espécies ameaçadas de extinção que terão a supressão prevista.

O resgate de germoplasma é mencionado no Artigo 7º da Instrução Normativa Ibama nº 06/09,


em caso de áreas com desmatamentos previstos e que contenham espécies elencadas em
listas de espécies ameaçadas de extinção, como é o caso da área de implantação da UTE,
onde foram identificados, conforme os estudos ambientais (TETRA TECH, 2015) e inventário
florestal (ipf, 2018), exemplares de: (i) Pilosocerus arrabidae (mandacaru); (ii) Melanopsidium
nigrum (pau-ferro); (iii) Scutia arenicola (quixabinha); (iv) Melocactus violaceus (coroa-de-
frade), (v) Inga maritima e (vi) Erythroxylum ovalifolium.

Arcadis 90
Plano Básico Ambiental - PBA

Através da legislação é implementado este programa que prevê o resgate de Germoplasma e


Transplantio4 como medida para mitigar os impactos gerados na flora nativa através da
supressão da vegetação de restinga5 para a implantação da UTE.

2.2.2.2.3 Objetivos Geral

O Subprograma de Resgate de Germoplasma e Transplantio objetiva minimizar os impactos


da atividade de supressão da vegetação e implantar as medidas mitigadoras propostas, através
do salvamento de flora na área de supressão do empreendimento.

2.2.2.2.4 Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

4
O resgate de germoplasma foi proposto inicialmente no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da UTE GNA Novo
Tempo (TETRA TECH, 2015), como procedimento de compensação e mitigação pelos impactos negativos sobre a
cobertura vegetal pela implantação do empreendimento. Em sua concepção, o programa busca atender ao impacto
“Perda de Cobertura Vegetal”
5 A região de restingas do Norte Fluminense foi elevada à condição de Reserva da Biosfera pela Unesco, assim

como a Portaria MMA no 126/04, passou a considerá-la como alta prioridade para a conservação da biodiversidade

Arcadis 91
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 21: Apresentação dos Objetivos Específicos, Metas e Indicadores.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES

Aproveitamento de 100% das espécies Quantidade e diversidade do material biológico


Realizar o salvamento e o aproveitamento do coletadas com destaque para Coroa-de-frade obtido no resgate de germoplasma.
material botânico disponível na área de supressão (Melocactus violaceus), Quixabinha (Scutia
(frutos, sementes e mudas/plântulas de espécies arenicola), Mandacaru (Pilosocereus arribidae), Quantidade e diversidade das mudas produzidas
de interesse para conservação). Erythroxylum ovalifolium, Inga marítima e 60% no Viveiro Institucional do Porto do Açu.
Pau-ferro (Melanopsidium nigrum).

Formação de banco de germoplasma vivo ex situ e Consolidação do banco de germoplasma vivo Quantidade e diversidade de epífitas e de outras
temporário, com capacidade para produzir e cultivar com a maior quantidade possível de espécies- espécies de interesse produzidas.
as mudas das espécies-alvo resgatadas até o alvo coletadas na ADA da UTE GNA Porto do
momento de sua reintrodução na natureza. Açu III Quantidade de mudas para suprir demais
programas ambientais no Porto do Açu.
Fornecimento de mudas de espécies-alvo para
subsidiar programas de recuperação de áreas Utilizar o maior número possível das mudas em
degradadas, de reposição florestal ou outros programas que envolvam plantios. Repasse de material biológico para outras
programas ambientais colocalizados instituições de ensino e pesquisa.

Execução das atividades de resgate em todas as


Promoção do enriquecimento biológico dos Realizar o salvamento do maior número possível
áreas de supressão de vegetação.
ambientes de restinga remanescentes na Área de de exemplares de espécies de especial
Influência Direta (AID), por meio da reintrodução de interesse para contribuir com o enriquecimento
mudas, epífitas e hemiepífitas resgatadas. biológico dos ambientes de restinga. Capacidade de subsidiar outros programas
ambientais empreendimentos colocalizados.

Arcadis 92
Plano Básico Ambiental - PBA

2.2.2.2.5 Descrição do Programa

A) Atividades a serem desenvolvidas

i. Seleção de áreas e de espécies alvo.

ii. Coleta de mudas, frutos e sementes de espécies alvo.

iii. Destinação dos frutos e sementes.

iv. Formação de equipe técnica.

B) Procedimentos Metodológicos

O projeto de implantação da referida UTE prevê a supressão de cobertura vegetal nativa,


representada pela formação de restinga do tipo arbustivo aberto não inundado, em estágio
médio regeneração em 4,27 ha, na qual será executada a coleta de mudas (plântulas), frutos
e de sementes em matrizes férteis de espécies alvo.

Os procedimentos de resgate de germoplasma e transplantio nas áreas de supressão vegetal


para implantação da UTE GNA Porto do Açu III, são detalhados na sequência.

Seleção de Áreas e de Espécies Alvo

A categorização ou seleção das espécies de interesse para a conservação considerou as


espécies ameaçadas e em risco de extinção, elencadas a partir de listas oficiais de flora
ameaçada de extinção, sendo estas6:

▪ Coroa-de-frade (Melocactus violaceus)

▪ Quixabinha (Scutia arenicola)

▪ Pau-ferro (Melanopsidium nigrum)

▪ Mandacaru (Pilosocereus arribidae)

▪ Erythroxylum ovalifolium

▪ Inga marítima.

As mudas produzidas e coletadas serão reintroduzidas em fitofisionomias semelhantes à


original, em áreas já em processo de restauração, também na RPPN Caruara e podendo ser
destinadas ao Parque Estadual da Lagoa do Açu (PELAG).

6
Embora as Espécies Pilosocerus Arrabidae e Melocactus Violaceus não tenham aparecido na área inventariada,
em 2018, mantiveram-se as espécies, pois são de ocorrência na ADA, conforme estudos realizados para UTE NOVO
TEMPO GNA II.

Arcadis 93
Plano Básico Ambiental - PBA

Ressalta-se que novas espécies-alvo poderão ser adicionadas ao programa, conforme análise
do INEA, como por exemplo, a Clusia sp. (clusia); e epífitas.

Coleta de frutos, sementes e mudas de Espécies Alvo

Na área-alvo de supressão deverão ser coletados propágulos das espécies de especial


interesse para conservação (sementes e frutos) que estiverem frutificando para produção de
mudas. Esta coleta será realizada anteriormente à supressão da vegetação e no momento
desta, proporcionando que se possam coletar propágulos de espécies frutificando em
diferentes épocas do ano.

Na impossibilidade da coleta ser realizada na localidade de supressão, para o caso de não


ocorrer produção de frutos de alguma das espécies ameaçadas, ou se a fenologia não
corresponder ao tempo disponível para as coletas, deve-se, então, estender a busca pelos
propágulos em áreas próximas, observando o quantitativo de indivíduos maduros e saudáveis
suprimidos.

As sementes e frutos devem ser coletados quando atingem sua maturidade fisiológica, pois é
nesta época que as sementes apresentam maior vigor e porcentagem de germinação mais
alta.

Deve ser evitada a coleta de frutos atacados por doenças ou herbívoros e também a coleta de
sementes de indivíduos muito próximos, que sejam da mesma espécie, devido à possibilidade
de serem aparentadas, diminuindo a diversidade genética.

A coleta será realizada prioritariamente na árvore em pé, subindo na árvore ou utilizando podão
extensível.

Se necessário subir em árvore, o coletor sobe na árvore e coleta os frutos com auxílio de objeto
cortante (tesoura de poda, facão). Pode utilizar escada extensível, ou subir diretamente pelo
tronco, sempre com cinta e cordas de segurança, além de pares de esporas (do tipo usado
para subir em postes). Deve-se estender uma lona no pé da árvore, para facilitar a coleta dos
frutos.

Ao serem coletados, os frutos e sementes devem ser colocados em sacos de plástico ou de


aniagem, a fim de reduzir ao mínimo o processo de deterioração, com etiqueta de identificação
(nome da planta, data e local de coleta); além de informações adicionais como aspecto geral e
tipo de ambiente. As sementes devem ser colocadas em um saco separado com identificação
própria.

Os sacos com os frutos e sementes coletados devem ser acondicionados em local sombreado,
fresco e em temperatura ambiente até o momento de serem levados para a
triagem/beneficiamento. Frutos carnosos maduros, que são mais facilmente destruídos no
transporte, necessitam de refrigeração e acondicionamento em embalagem reforçada.

Arcadis 94
Plano Básico Ambiental - PBA

Quanto à coleta de mudas7 (plântulas) deverá ser realizada com o auxílio de pá de corte,
arrancando-se a muda e cuidando para não danificar as raízes, sendo posteriormente
transplantadas para locais preferencialmente adjacentes aos de supressão, na mesma
fitofisionomia, como forma de se evitar o transplante a longas distâncias, que poderia causar
prejuízos por estresse hídrico. Para o transplante, as covas deverão possuir dimensões
proporcionais ao sistema radicular das mudas.

Nas mudas de espécies lenhosas deve-se realizar uma poda, procurando-se eliminar os ramos
secos, mal localizados e mais fracos, bem como uma poda geral da copa, de modo a deixá-la
com 1/2 a 2/3 de seu volume inicial.

Se, no momento das coletas das mudas, sementes e frutos, se constatar a ocorrência de outras
espécies ameaçadas de extinção (reconhecimento dos profissionais em campo) que não
haviam sido diagnosticadas durante a execução do Inventário Florestal e estudos já realizados
na área, estas deverão ser coletadas/resgatadas.

Caso haja, durante a inspeção de campo, espécies epífitas (eg. bromélias e orquídeas) e
hemiepifitas indicadas para a conservação, a coleta deve ser manual, com o mesmo critério de
manutenção das raízes. Embora essas plantas sejam resistentes a transplantes, é
aconselhável que o plantio ocorra imediatamente ao resgate, a fim de minimizar o estresse
causado pela retirada dos indivíduos de seu ambiente natural. As epífitas devem ser amarradas
em seus novos forófitos com fitas/cordas de origem orgânica (algodão, sisal) pelo efeito
biodegradável. Quando possível aconselha-se a manutenção entre as espécies de epífita e
seu forófito do local de resgate, pois normalmente existe uma relação positiva entre essas duas
formas de vida.

Destinação dos Frutos e Sementes

Sugere-se que os diásporos das 6 espécies de especial interesse sejam confiados ao Viveiro
Institucional do Porto do Açu, localizado na RPPN Caruara (90% do peso líquido total); e se
possível ao Banco de Sementes da Diretoria de Pesquisa Científicas do Jardim Botânico do
Rio de Janeiro – DIPEQ/JBRJ (10% do peso líquido total).

O Viveiro Institucional do Porto do Açu apresenta atualmente adequada infraestrutura e


capacidade de recebimento deste material e de produção de mudas.

Em laboratórios os frutos e sementes necessitam ser beneficiados conforme especificidades


de cada espécie em relação ao tipo de armazenamento (ortodoxas, intermediárias ou
recalcitrantes) (BRASIL, 2009). A equipe de laboratório do Viveiro Institucional da RPPN
Caruara ficará responsável pelo beneficiamento, armazenamento e germinação dos diásporos,
além do transporte até o Banco de Sementes do JBRJ. Os diásporos beneficiados deverão
serão catalogados.

As mudas geradas a partir das sementes vindas da área a ser convertida garantirão a
variabilidade genética das subpopulações das seis espécies afetadas pelo empreendimento.
Esta medida vem em conformidade com o 9º artigo da Convenção sobre a Diversidade

7
Indica-se que o tamanho das mudas seja até 1 metro de altura.

Arcadis 95
Plano Básico Ambiental - PBA

Biológica – CDB (BRASIL, 2000) que compreende várias ações associadas ao estabelecimento
e manejo de bancos de germoplasma, zoológicos, jardins botânicos, entre outros, tendo como
princípio a conservação de componentes da diversidade biológica fora de seus habitas naturais.

É importante salientar que o Viveiro Institucional do Porto do Açu, mantido pela Prumo, para
apoiar as ações de manejo e conservação dos empreendimentos do Porto do Açu, dentro e
fora da RPPN Caruara, garante a variabilidade genética e o enriquecimento populacional, com
a produção altamente eficiente e organizada e o foco nas espécies ameaçadas de extinção
(espécies alvo).

As mudas e sementes coletadas também poderão ser utilizadas como subsídio nos programas
de reposição florestal e ou de recuperação de áreas degradadas e, eventualmente, em ações
de educação ambiental. Ainda, o material resgatado e as mudas produzidas poderão ser
destinados a instituições de pesquisa da região e ou a outros bancos de germoplasma.

Formação de equipe técnica

Este programa contará com equipe de pessoal capacitada e dimensionada para o resgate de
germoplasma vegetal antes e durante a supressão da vegetação nativa, formada por um
coordenador (biólogo, agrônomo ou engenheiro florestal) com experiência em supervisão de
desmatamento, salvamento e armazenamento de germoplasma vegetal.

2.2.2.2.6 Inter-Relação com Outros Programas

Programa de Gerenciamento das Obras (PGO), Subprograma de Controle da Supressão de


Vegetação, Subprograma de Manejo e Conservação das Espécies Pilosocerus Arrabidae,
Melanopsidium Nigrum, Scutia Arenicola, Melocactus Violaceus, Inga maritma e Erythroxylum
ovalifolium, Programa de Compensação de Restinga, Programa de Comunicação Social e
Programa de Educação Ambiental.

2.2.2.2.7 Cronograma de Execução

As atividades de resgate de germoplasma serão iniciadas imediatamente antes do início das


obras de implantação da UTE, até o termino das atividades de supressão de vegetação nas
áreas de intervenção autorizadas (áreas alvo). Serão elaborados relatórios semestrais acerca
do andamento das atividades e dos indicadores de desempenho do programa, para protocolo
no INEA.

2.2.2.3 Subprograma de manejo e conservação das Espécies Pilosocerus


arrabidae, Melanopsidium nigrum, Scutia arenicola, Melocactus
Violaceus, Inga maritma e Erythroxylum ovalifolium

2.2.2.3.1 Apresentação

Para que os impactos provenientes da supressão vegetal sejam mitigados, transplantar tem
sido uma importante alternativa e uma prática útil para se preservar uma determinada espécie,
quando não é possível mantê-la no local de sua origem.

Arcadis 96
Plano Básico Ambiental - PBA

Este programa dedica-se às questões relativas à flora, com ênfase na conservação dos
indivíduos das espécies8: Pilosocerus Arrabidae, Melanopsidium Nigrum, Scutia Arenicola,
Melocactus Violaceus, Inga maritma e Erythroxylum ovalifolium, que se encontram em situação
de ameaça de extinção e/ou endêmica da região.

Tais espécies encontram-se imunes ao corte, conforme o Art. 2º da Portaria MMA nº 443/14,
perante isso, este subprograma visa a garantir a preservação destas espécies através de
técnicas habituais de transplantes, bem como a preservá-las em seu local de origem, quando
possível.

2.2.2.3.2 Justificativa

Este subprograma se justifica em função do Programa Nacional de Conservação das Espécies


Ameaças de Extinção, o Pró-Espécies, subsidiando-o na medida em que adota ações de
prevenção, conservação, manejo e gestão para minimizar ameaças e o risco de extinção de
espécies.

O Pró-Espécies é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, por intermédio da Secretaria


de Biodiversidades e Florestas. Entre suas prioridades consta o apoio, institucional e técnico,
ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), na consecução dos
objetivos do programa, além de contribuir com os esforços do ICMBio na captação e
mobilização de recursos financeiros para sua implementação.

O programa governamental supracitado estabelece a elaboração de Planos de Ação para


espécies enquadradas no Art. 2º da Portaria MMA nº 443/17:

“Art. 2º As espécies constantes da Lista classificadas nas categorias


Extintas na Natureza (EW), Criticamente em Perigo (CR), Em Perigo
(EN) e Vulnerável (VU) ficam protegidas de modo integral, incluindo
a proibição de coleta, corte, transporte, armazenamento, manejo,
beneficiamento e comercialização, dentre outras.

§ 3º A coleta, o transporte, o beneficiamento, o armazenamento e o


manejo para finalidades de pesquisa científica ou de conservação
das espécies de que trata o caput são permitidos desde que
autorizados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade – Instituto Chico Mendes, em conformidade com os
PAN, quando existentes.

Art. 7º A não observância desta Portaria constitui infração sujeita às


penalidades previstas na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998,
sem prejuízo dos dispositivos previstos no Código Penal e demais
leis vigentes, com as penalidades nelas consideradas”. (MMA 2014).

8
As espécies Pilosocerus Arrabidae e Melocactus Violaceus não foram observadas na área inventariada, em 2018,
porém estas foram mantidas neste subprograma, pois são de ocorrência na ADA, conforme estudos realizados para
UTE NOVO TEMPO GNA II.

Arcadis 97
Plano Básico Ambiental - PBA

Em atendimento à Portaria supracitada. este subprograma indica métodos que contribuem para
a eficácia do transplante dos indivíduos adultos de espécies de especial interesse, quando a
intervenção na área de implantação do empreendimento for inevitável, assim como medidas
necessárias para preservação destes vegetais, quando for possível mantê-los nos seus locais
de origem.

2.2.2.3.3 Objetivos gerais

Este programa tem como objetivo principal resgatar e transplantar exemplares adultos das
espécies de Pilosocerus Arrabidae, Melanopsidium Nigrum, Scutia Arenicola, Melocactus
Violaceus, Inga maritma e Erythroxylum ovalifolium, bem como preservá-los no local de origem
quando for possível, contribuindo com a conservação dos indivíduos destas espécies em
escalas local e regional. Objetiva também contribuir com o programa Pró-Espécies e Planos
de Ação Nacional.

2.2.2.3.4 Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

Arcadis 98
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 22: Apresentação dos Objetivos Específicos, Metas e Indicadores.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES

Registrar, mapear e marcar os indivíduos adultos


de Pilosocerus Arrabidae, Melanopsidium Nigrum, Registrar, mapear e marcar o maior número
Scutia Arenicola, Melocactus Violaceus, Inga possível de indivíduos adultos das espécies de Quantidade total de espécimes mapeados nas
maritma e Erythroxylum ovalifolium ocorrentes na especial interesse. áreas de intervenção vs quantidade de espécimes
ADA. transplantados e que se mantiveram viáveis.

Transplantar 60% dos indivíduos de


Melanopsidium Nigrum e 100% dos indivíduos
Realizar e acompanhar o transplante das espécies
de Scutia Arenicola, Inga maritma e
de especial interesse adorando técnicas previstas Para os espécimes preservados na ADA:
Erythroxylum ovalifolium, Pilosocerus Arrabidae
neste subprograma quantidade preservada antes do início da
existentes na ADA, quando a preservação não
for possível. implantação do empreendimento vs quantidade
de espécimes que permaneceram viáveis ao
longo do monitoramento.
Monitorar os espécimes preservados na ADA e Adotar sempre medidas corretivas para a
também daqueles que vierem a ser transplantados. sobrevivência dos exemplares

Arcadis 99
Plano Básico Ambiental - PBA

2.2.2.3.5 Descrição do programa

A) Atividades a serem desenvolvidas

As atividades que envolvem este programa têm como principais ações:

i. Planejamento

ii. Seleção de espécies indicadas para o transplante e preservação

iii. Definição de técnicas de transplante

iv. Demarcação das áreas de ocorrência dos espécimes a serem preservados

v. Formação de equipe técnica e Materiais

B) Procedimentos Metodológicos

Planejamento

A primeira ação a ser desenvolvida é registrar, mapear, marcar o maior número possível das
espécies adultas de especial interesse que serão transplantadas e preservadas, envolvendo
as atividades:

▪ Listas de verificação: preparação de listas contendo o tipo e a quantidade de atividades


a serem efetuadas, para possibilitar o dimensionamento dos materiais necessários aos
trabalhos.

▪ Contato e alinhamento com as equipes envolvidas nos trabalhos de supressão de


vegetação, buscando garantir a preservação dos espécimes da ADA que não serão
removidos e a antecipação do transplante daqueles localizados nas áreas de
intervenção.

▪ Alocação de pessoal devidamente treinado para os trabalhos a serem desenvolvidos,


incluindo supervisor e auxiliares.

Espécies indicadas para o transplante e preservação

As espécies de especial interesse9 indicadas para o transplante e preservação no local de


origem são: Melanopsidium nigrum (pau-ferro), Melocactus violaceus (coroa-de-frade), Scutia
arenicola (quixabinha), Inga marítima, Erythroxylum ovalifolium e. Pilosocereus arrabidae
(mandacaru). As quatro primeiras espécies estão inseridas na lista nacional de espécies
ameaçadas de extinção. Já a espécie Erythroxylum ovalifolium encontra-se inserida na lista
estadual de espécies endêmicas ameaçadas de extinção e o Pilosocereus arrabidae é indicado
por ser uma espécie endêmica com potencial para transplante. O quadro abaixo consta as
principais características das espécies alvo.

9
Salienta-se que o resgate e o transplante poderão não se restringir a estas espécies.

Arcadis 100
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 23: caracterização das espécies a serem transplantadas/preservadas.

LISTA DE
FORMA DE ENDEMIS
ESPÉCIE FAMÍLIA SUBSTRATO ESPÉCIES
VIDA MO
AMEAÇADAS
Vulnerável
Melanopsidium Endêmica
Rubiaceae Arbusto/árvore Terrícola (Portaria MMA
nigrum do Brasil
443/2014)
Vulnerável
Melocactus Subarbusto/suc
Cactaceae Terícola - (Portaria MMA
violaceus ulenta
443/2014)
Em perigo
Scutia Rhamnacea Vulnerável
Arbusto Terrícola -
arenicola e (Portaria MMA
443/2014)
Vulnerável
Endêmica
Inga marítima Fabaceae Arbusto/árvore Terrícola (Portaria MMA
do Brasil
443/2014)
Vulnerável
Erythroxylum Erythroxyla Endêmica (Resolução
Arbusto Terrícola
ovalifolium ceae do Brasil CONEMA No.
80/2018)
Pilosocereus Rupícola/terríc Endêmica
Cactaceae Arbusto -
arrabidae ola do Brasil

Técnicas de transplante

Procedimentos prévios ao transplante

Antes de iniciar qualquer procedimento voltado ao transplante dos exemplares, o responsável


pela execução e acompanhamento do transplante deverá promover:

▪ Obtenção da autorização do órgão ambiental competente para as realizações das


ações de resgate e transplante.

▪ Vistoria, seleção e marcação dos espécimes adultos e saudáveis das espécies de


interesse a serem transplantadas.

▪ Identificação dos exemplares por seus nomes científicos e local.

▪ Estabelecimento, se possível, da época (meses do ano) mais propícia para o


transplante e programa-los para os períodos de menor circulação da seiva e menor taxa
de transpiração das folhas.

▪ Reconhecimento de áreas no entorno com fisionomias similares aos habitats afetados,


a fim de transplantar os espécimes.

Arcadis 101
Plano Básico Ambiental - PBA

Etapas metodológicas para o transplante

Antes de executar o transplante, recomenda-se marcar o norte magnético. Esta marcação pode
ser feita com tinta ou outro material que possa identificar a orientação. Esta prática visa a
manter o vegetal na mesma posição em que se encontrava originalmente, proporcionando à
planta, as mesmas condições de insolação e ventos oferecidos no local de origem.

Indica-se nas árvores a realização de poda, permitindo a redução da copa original da árvore,
por meio de corte selecionado das galhadas, reduzindo a copa em 50%, preservando sua forma
natural 30 dias antes do transplante, já nos arbustos permanecem com 100% da galhada.

Deve-se eliminar os ramos secos, mal localizados, mais fracos, porém nunca se deve rebaixar
a copa.

As raízes mais grossas (diâmetro maior ou igual a 5 cm) deverão ser cortadas com ferramentas
adequadas.

Para o transplante, deverá ser feito um torrão com dimensões adequadas e as covas deverão
possuir dimensões proporcionais ao tamanho do torrão.

O torrão deve ser trabalhado manualmente de modo a apresentar-se em forma de funil,


estreitando-se o diâmetro de acordo com sua profundidade; o tamanho do torrão dependerá
da espécie e porte da árvore/arbusto.

As covas de destino dos exemplares transplantados deverão ser abertas previamente, com
forma retangular e profundidade mínima de 2,0 a 2,5 m e deverão ser providas de adubo
orgânico e irrigadas antes do plantio.

A árvore/arbusto deve ser colocada cuidadosamente na cova, observando a manutenção de


sua posição em relação ao norte magnético, devendo ficar bem firme e seu colo devidamente
nivelado com o solo observando a perpendicularidade do tronco.

Após o transplante, preferencialmente as árvores deverão ser amarradas com cintas ligadas a
cabos igualmente fixados no solo em três pontos, no mínimo.

As plantas carnosas (cactos) devem ser coletadas inteiras e transportadas em sacos ou cestos
para não danificar estruturas vegetativas/reprodutivas.

Seleção de áreas

Como principais áreas de destino dos transplantes são indicadas a RPPN Fazenda Caruara e
o Parque Estadual da Lagoa do Açu (PELAG); bem como outras áreas protegidas na condição
de unidades de conservação de proteção integral, áreas de preservação permanente e ou
reservas legais; e áreas com fisionomias similares aos habitats afetados e áreas prioritárias
para a conservação.

Manutenção e monitoramento

Após o plantio dos vegetais transplantados, terá início ao período de manutenção e


monitoramento que consiste na irrigação, a revisão das escoras, o controle de formigas, cupins

Arcadis 102
Plano Básico Ambiental - PBA

e ameaças de ordem antrópica, tais como pisoteio, fogo ou lixo e coroamento. Esta etapa requer
que sejam tomadas medidas corretivas, quando necessário, para o perfeito pegamento dos
vegetais.

Todos os exemplares transplantados deverão ser localizados em mapa, com coordenadas


geográficas, a fim de auxiliar nos monitoramentos. Os indivíduos deverão ter ordem sequencial
para que sejam descritas individualmente as condições fitossanitárias, desenvolvimento em
campo e ações de manutenção que deverão ser executadas. Estes dados servirão para a
confecção dos relatórios semestrais de monitoramento.

Demarcação das áreas de ocorrência dos espécimes a serem preservados

Sempre que possível os exemplares das espécies indicadas neste subprograma localizados
na ADA serão preservados em seus locais de ocorrência. Para tal, será realizada a demarcação
das áreas, por exemplo com faixas sinalizadoras. Estas faixas servirão de guia durante toda a
fase de obras, evitando assim a ocorrência de intervenções indevidas e não previstas e
contribuindo com a preservação dos indivíduos em análise.

Para os indivíduos da ADA que forem preservados em seus locais de ocorrência, deverão ser
implementadas ações e atividades de monitoramento, buscando garantir a sua preservação e
a composição de um banco de dados capaz de revelar, p.ex., eventuais relações do
empreendimento com a ecologia destas espécies.

Deverão ser propostas e executadas medidas preventivas e/ou corretivas, caso algum vegetal
esteja necessitando e elaboração de relatórios semestrais de monitoramento.

Formação de equipe técnica e Materiais

Este programa contará com equipe de pessoal capacitada e dimensionada para o


resgate/transplante da flora antes e durante a supressão da vegetação nativa, formada por um
coordenador (biólogo, agrônomo ou engenheiro florestal) com experiência em supervisão de
desmatamento, salvamento, bem como em atividades de transplante. A equipe deve estar
dotada dos materiais compatíveis com a função e os EPIs, determinados pela equipe de SSMA.

2.2.2.3.6 Relação com Outros Programas

O programa possui interface com os seguintes programas ambientais no âmbito do PBA da


UTE GNA Porto do Açu III:

▪ Programa de Gerenciamento das Obras (PGO), Programa de Resgate de


Germoplasma e Transplantio, Subprograma de Controle da Supressão de
Vegetação, Programa de Reposição Florestal, Programa de Comunicação Social e
Programa de Educação Ambiental.

2.2.2.3.7 Cronograma de Execução

Para a maioria das ações previstas as atividades acontecem anteriormente ao início das
atividades de obras. Já o monitoramento deverá se estender ao longo das fases de implantação
e operação do empreendimento, contemplando campanhas semestrais, com elaboração de
relatórios tanto para os vegetais transplantados, quanto para os preservados.

Arcadis 103
Plano Básico Ambiental - PBA

Observa-se que as campanhas serão em conjunto com as já realizadas para GNA I, as quais
serão inclusos o monitoramento das novas espécies transplantadas da área do Porto do Açu
III, coincidindo os cronogramas e a sua continuidade, podendo-se unificar os relatórios de forma
a se obter os resultados de forma integrada

Após o primeiro ano do monitoramento poderão ser reavaliados a periodicidade e os


parâmetros a serem analisados.

Arcadis 104
Plano Básico Ambiental - PBA

2.2.2.4 Programa de Compensação de Restinga

2.2.2.4.1 Apresentação

A Lei 12.651/2012 (novo Código Florestal brasileiro) estabelece, em seu Art. 33 § 1º, que são
obrigadas à recomposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que utilizam matéria-prima
florestal oriunda de supressão de vegetação nativa ou que detenham autorização para
supressão de vegetação nativa.

Segundo RSLI da UTE Novo Tempo GNA II (TETRA TECH, 2017), a demanda de
recomposição de restinga estipulada pelo órgão licenciador (INEA), no contexto dos processos
de licenciamento das empresas atreladas ao Porto do Açu, criou a necessidade de uma
organização interna entre as empresas e materializou-se em um programa executivo integrado
para os plantios de restinga a serem realizados na região do Açu, prioritariamente, dentro da
RPPN Fazenda Caruara.

Esse programa segue as diretrizes dos programas de recomposição de restinga, associados


ao Complexo Logístico e Industrial do Porto do Açu, submetidos ao INEA, e baseia-se nas
experiências, medições e ensaios realizados durante os plantios de restinga realizado pela
própria Porto do Açu Operações S.A. e outras empresas na RPPN Fazenda Caruara no período
de dezembro de 2011 aos dias atuais, pois a aprendizagem nessas formações vegetais
litorâneas é dinâmica.

Baseado nessas premissas e no que dispõe a Resolução INEA Nº 89 de 03 de junho de 2014,


propõe-se o plantio de compensação ambiental em 12,81 hectares de restinga (fator 3:1) na
RPPN Fazenda Caruara, referente à supressão de tipologias de vegetação existentes nas
áreas de estudo enquadradas como Restinga Tipo Arbustivo Aberto não Inundado (Estágio
Médio) (4,27 ha). O censo florestal realizado na área indicou um quantitativo de 1.743
indivíduos e um total de 3.908 fustes, equivalente a um volume de material lenhoso de 15,77m³.

Assim, a necessidade de se estabelecerem programas ambientais com o objetivo de adequar


as atividades impactantes aos requisitos legais vigentes em função do licenciamento ambiental
direciona a implantação deste Programa, atuando como instrumento compensatório aos
impactos causados pela supressão para a implantação do empreendimento.

2.2.2.4.2 Justificativas

A forte pressão antrópica vem modificando as características originais das formações naturais,
alterando sua composição florística, seus aspectos fisionômicos, estruturais e ecológicos.
Atualmente, os habitats naturais vêm sendo suprimidos ou substituídos por outros ambientes
(e.g. áreas cultivadas, pastagens, núcleos urbanos, reservatórios, indústrias, entre outros),
ocasionando sua fragmentação e/ou isolamento.

Frente a este cenário, considera-se fundamental, como forma de contribuir com a preservação
dos ambientes naturais, a elaboração e implantação de programas de restauração
/recomposição ambiental, onde o plantio de mudas nativas buscaria promover um incremento
no percentual de espécies e de indivíduos de vegetais na área alvo de plantio.

Assim, a necessidade de se estabelecerem programas ambientais com o objetivo de adequar


as atividades impactantes aos requisitos legais vigentes em função do licenciamento ambiental,

Arcadis 105
Plano Básico Ambiental - PBA

direciona a implantação deste Programa, atuando como instrumento compensatório aos


impactos causados pela supressão da cobertura vegetal para a implantação do
empreendimento.

2.2.2.4.3 Objetivos

O presente programa tem por objetivo fornecer a metodologia executiva necessária para
recuperação e manutenção ambiental em 12,81 ha hectares de Restinga nos limites da RPPN
Fazenda Caruara em compensação pela área suprimida.

2.2.2.4.4 Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

Arcadis 106
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 24: Apresentação dos Objetivos Específicos, Metas e Indicadores.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES

Tornar o local de plantio o mais similar possível


Auxiliar na recomposição de ambientes naturais das áreas naturais de vegetação de restinga Formação de Serrapilheira.
alterados na RPPN Fazenda Caruara Sucesso no plantio de mudas, com pelo menos Abundância e frequência de espécies vegetais.
70% de pega
Regeneração (presença quantitativa e qualitativa
de plântulas).
Qualidade e quantidade dos principais animais
dispersores de sementes observados no local.
Proporcionar que área recomposta através do Desenvolvimento do plantio (Altura; DAS, Copa).
desenvolvimento das mudas plantadas atraia Relação do conjunto de espécies existentes na
Minimizar os impactos sobre a flora e fauna novas espécies de fauna e flora. área em recuperação e sua relação com a área
regional. de referência.
Proporcionar alimentos para fauna, refugio, local
de abrigo e de reprodução entre outros. Ameaças potenciais e controle de espécies
invasoras.
Indicadores de resiliência (visitação de fauna;
aumento de diversidade vegetal; fertilidade do
Selecionar as espécies a serem empregadas a solo).
partir dos dados registrados no Inventário Maior diversidade possível de espécies de mudas
Florestal e levantamentos fitossociológicos já plantadas.
realizados na região

Arcadis 107
Plano Básico Ambiental - PBA

2.2.2.4.5 Descrição do Programa

A) Atividades a serem desenvolvidas

i. Caracterização da Área

ii. Implantação

iii. Recomposição Florestal

iv. Manutenção

v. Proteção

vi. Monitoramento da Recuperação

B) Procedimentos Metodológicos

Caracterização da Área

Conforme projeto já em curso, a área proposta para implantação do Programa de


Compensação de Restinga será localizado dentro da RPPN Fazenda Caruara, entre as lagoas
de Grussaí e Iquiparí no município de São João da Barra, Região Norte Fluminense. A área em
questão, assim como toda a região do entorno, enquadra-se nas formações vegetais litorâneas,
denominadas como restinga (comunidades vegetais que ocorrem em região litorânea sobre
planícies arenosas).

Segundo o projeto citado, parte da área selecionada encontra-se descaracterizada e ocupada


por pastagens, o que dificulta o enquadramento dos estágios sucessionais propostos para as
restingas do Rio de Janeiro, conforme Resolução CONAMA nº 417/2009. Porém, alguns pontos
podem ser enquadrados no estágio inicial de regeneração, onde serão priorizadas ações de
enriquecimento. A área em questão insere-se na Região Norte Fluminense do Estado do Rio de
Janeiro e, de acordo com IBGE (2006), nos domínios do Bioma Continental Mata Atlântica.

Conforme descrito no Inventário Florestal (2018) realizado para subsidiar este processo de
solicitação de LI e de ASV:

“...a fitofisionomia predominante na costa norte fluminense é caracterizada por


vegetação de restinga. Uma característica desse bioma é alta instabilidade, sujeita
a alterações rápidas e dinâmicas de seus habitats. Segundo Lamego (1974), a
vegetação de restinga é marcada por um raro fenômeno geo-botânico, que é o
resultado de regressões do mar seguida da posterior ocupação da área pela
vegetação circundante. Ressalta-se a influência do rio Paraíba do Sul na
construção desta paisagem, através de grande influência na geomorfologia
costeira da região.

O Decreto Estadual nº 41.612/08, que dispõe sobre as restingas do Estado do Rio


de Janeiro, considera que a vegetação ora discutida abrange grande
complexidade de formações vegetais, mais condicionadas pelas características
do solo do que pelo clima local, com distintos tipos fitofisionômicos que variam

Arcadis 108
Plano Básico Ambiental - PBA

desde os campestres até os florestais, definindo-as como planícies arenosas


costeiras de origem marinha, abrangendo praias, cordões arenosos, dunas,
depressões entre cordões e depressões entre dunas com respectivos brejos,
charcos, alagados e lagoas, cuja vegetação e fauna estão adaptadas às
condições ambientais locais.

Visando compatibilizar as tipologias de restinga presentes na região de São


João da Barra foi elaborado um quadro com base no referido Decreto Estadual e
trabalho científico de referência (ASSUMPÇÃO, 1998)

Segundo o Decreto Estadual nº 41.612/2008, as fitofisionomias atingidas pela propriedade


objeto de recomposição enquadram-se nas tipologias Tipo Arbórea Não Inundada, Tipo
Arbustivo Aberto Inundável, Tipo Arbustivo Aberto Não Inundado e Tipo Herbáceo Inundável.
O Quadro 2- 25 apresenta as classificações apresentadas acima. Observa-se que a área de
supressão a ser compensada insere-se na tipologia Tipo Arbustivo Aberto Não Inundado.

Quadro 2- 25: Compatibilização das unidades fitofisionômicas da restinga de São João da Barra e
segundo o Decreto Estadual 41.612 23/12/2008.

CLASSIFICAÇÃO
FITOFISIONÔMICA
DESCRIÇÃO FISIONÔMICA
DECRETO ESTADUAL
41.612/ 2008
Ocorre entre os cordões arenosos, em geral paralelos entre si, onde estão
intercaladas depressões de largura variável formadas pelo assoreamento de
antigas lagoas estreitas ou braços de lagoas, abrangendo brejos, charcos e
áreas inundadas. Nessas extensas faixas, eventualmente associadas a
áreas maiores resultantes do processo de assoreamento de lagoas, existem
substratos de solos distintos daqueles das feições de praia e de cordão
Tipo Herbáceo
arenoso. Encontram-se níveis de inundação variáveis, podendo a lâmina de
Inundável
água atingir mais de 40 cm ou estar totalmente seca, conforme a época do
ano. Vegetação herbácea ocorre nas depressões intercaladas às cristas de
praia, nos cordões arenosos ou nas margens das lagoas. Dependendo do
grau de saturação hídrica do solo orgânico, a composição florística varia
desde populações densas em áreas inundadas até à cobertura densa de
gramíneas e ciperáceas, podendo apresentar espécies lenhosas.
Ocorre, ao contrário da formação aberta descrita acima, em áreas
topograficamente mais baixas, cujo substrato é inundado após fortes chuvas,
sendo que o lençol freático está sempre próximo à superfície. São
características as moitas de diferentes dimensões e formas. No espaço entre Tipo Arbustivo Aberto
as moitas, o solo é coberto por uma densa camada de gramíneas e de Inundável
pequenos arbustos, sendo comum a presença de liquens terrestres nos
trechos mais úmidos e sombrios. Uma variação desta fisionomia é formação
mais fechada, onde o solo pode estar inundado quase todo ano.
Ocorre em nível topográfico mais elevado, onde o substrato arenoso não é
inundado. O dossel arbóreo dominado por mirtáceas e leguminosas pode
exceder quinze metros de altura, com algumas árvores emergentes Tipo Arbóreo Não
alcançando cerca de vinte metros de altura. Não existem estratos bem Inundado
definidos no sub-bosque. Em certos casos é possível se encontrar uma mata
xerofítica, com árvores que podem alcançar até vinte metros de altura e, em
outros, esta mata apresenta uma comunidade arbórea baixa, fechada e

Arcadis 109
Plano Básico Ambiental - PBA

CLASSIFICAÇÃO
FITOFISIONÔMICA
DESCRIÇÃO FISIONÔMICA
DECRETO ESTADUAL
41.612/ 2008
dominada por mirtáceas. Os galhos estão, em geral, ocupados por epífitas e
no estrato inferior é comum a ocorrência de bromeliáceas.

Ocorre em áreas não inundadas, cujo lençol freático está, em geral, a dois
metros abaixo da superfície do solo, mas podendo chegar a sete metros em
algumas restingas, dependendo da topografia e da época do ano. É
característica marcante a presença de areia branca exposta. A vegetação
Tipo Arbustivo Aberto
apresenta moitas de diferentes tamanhos e formas, com até 8 metros de
Não Inundado
altura, intercaladas por espaços onde a cobertura vegetal é esparsa.
Algumas moitas são dominadas por indivíduos de porte e arquitetura
arbórea, enquanto outras moitas são constituídas por arbustos de ampla
ramificação, formando um emaranhado vegetal de difícil penetração.
Fonte: Ecologus, 2011.

Implantação

As ações a serem desenvolvidas seguem os projetos já em andamento nos trabalhos de


recomposição de vegetação de restinga em andamento na RPPN Fazenda Caruara, que
possuem as suas bases conceituais nos aspectos fitofisionômicos das restingas da região.

Em função dos estudos já realizados, as áreas de recuperação respeitam os estágios de


conservação da área, de modo a recuperar as funções ecológicas no processo de
desflorestamento.

Baseando-se no mapeamento fitofisionômico da RPPN Fazenda Caruara nas versões


anteriores do projeto foram definidos tratamentos metodológicos que visassem ao sucesso dos
projetos de recomposição florestal, passando as áreas dos plantios a receber tratamento
metodológico conforme seu grau de conservação.

Para a recomposição da compensação relativa à supressão de 4,27 hectares de Restinga para


a instalação da UTE GNA Porto do Açu III, serão necessários 12,81 hectares de área para
plantio de espécies oriundas da região suprimida, podendo-se utilizar as espécies listadas na
Tabela 2- 3, a seguir.

Tabela 2- 3: Lista de espécies arbustivas/arbóreas encontradas na área de supressão da UTE


GNA Porto do Açu III.

FAMÍLIA ESPÉCIE
Fabaceae Andira fraxinifolia Benth.
Malpighiaceae Byrsonima sericea DC.
Myrtaceae Calyptranthes brasiliensis Spreng.
Clusiaceae Clusia hilariana Schltdl.
Polygonaceae Coccoloba alnifolia Casar.

Arcadis 110
Plano Básico Ambiental - PBA

FAMÍLIA ESPÉCIE
Sapindaceae Cupania emarginata Cambess.
Capparaceae Cynophalla flexuosa (L.) J.Presl
Erythroxylaceae Erythroxylum ovalifolium Peyr.
Myrtaceae Eugenia astringens Cambess.
Myrtaceae Eugenia punicifolia (Kunth) DC.
Myrtaceae Eugenia selloi (O. Berg) B.D. Jacks.
Myrtaceae Eugenia uniflora L.
Clusiaceae Garcinia brasiliensis Mart.
Nyctaginaceae Guapira pernambucensis (Casar.) Lundell
Fabaceae Inga laurina (Sw.) Willd.
Sapotaceae Manilkara subsericea (Mart.) Dubard
Celastraceae Maytenus obtusifolia Mart.
Rubiaceae Melanopsidium nigrum Colla
Primulaceae Myrsine parvifolia A.DC.
Primulaceae Myrsine umbellata Mart.
Peraceae Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill.
Burseraceae Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand
Myrtaceae Psidium cattleianum Sabine
Anacardiaceae Schinus terebinthifolia Raddi
Anacardiaceae Tapirira guianensis Aubl.
Melastomataceae Tibouchina clavata (Pers.) Wurdack
Rubiaceae Tocoyena bullata (Vell.) Mart.
Fonte: Inventário florestal, 2018.

Arcadis 111
Plano Básico Ambiental - PBA

Recomposição Florestal

O processo metodológico de recomposição florestal seguirá a mesmo processo já em execução


pelo demais projetos de compensação pelas supressões devido à instalação de
empreendimentos junto ao Porto de Açu, e pode ser dividido em fases que serão descritas a
seguir. As fases e ações são iguais as apresentadas para a UTE Novo Tempo GNA II.

Planejamento

Primeira etapa do plantio florestal, nesta fase todos os itens previstos deverão ser
cuidadosamente organizados, a fim de não haver imprevistos quando da execução do
programa. Em outras palavras, esta fase deverá ser destinada à contratação de pessoal,
compra de equipamentos e insumos, organização das frentes de trabalho, treinamento das
equipes e verificação das estratégias adotadas e demarcação/mapeamento das áreas/lotes de
plantio.

Decapeamento e Estocagem da Camada Orgânica Superficial

Em projetos de recuperação de áreas degradadas, quando implantados para compensar áreas


suprimidas de vegetação nativa, é prática comum a utilização da camada orgânica do solo,
também conhecida como top soil. Desta forma, é muito importante, quando da implantação de
empreendimentos em áreas cobertas por vegetação nativa, que se execute a remoção e estoque
deste horizonte superficial (orgânico). Essa prática foi orientada pelo INEA e executada pelas
empresas associadas ao Porto do Açu, quando esse material se encontrava presente na área
de intervenção.

Limpeza da Área e Preparo do Solo

O método selecionado para trabalhar o solo nas áreas destinadas à recuperação será o de
cultivo mínimo, sendo somente trabalhadas aquelas áreas destinadas à implantação das
unidades de plantio ou anéis hexagonais.

O preparo do solo será feito com a limpeza da área para o coveamento e também para reduzir
a competição estabelecida pelas gramíneas e ciperáceas locais.

Obtenção de Mudas

A Porto do Açu Operações S.A., em parceria com outras empresas, instalou um viveiro
institucional de restinga. Esse viveiro possui a capacidade produtiva de mais de 500 mil
mudas/ano. As espécies que são produzidas no viveiro e passaram a compor os projetos de
recomposição distribuem-se em diferentes tipos fitofisionômicos e em condições edáficas
distintas, seja em áreas alagadas/alagáveis ou secas. Além disso, a seleção das espécies
priorizou a afinidade com a fauna local.

As mudas que compõem os projetos são, obrigatoriamente, do ecossistema de restinga e com


procedência local. A produção se dá em substrato organo-argilo-arenoso em recipiente tipo
tubetes com dimensão mínima de 280 cm³. Antes do plantio, as mudas passam por um
processo de rustificação para suportar as fortes condições oferecidas pelo ambiente local.

Arcadis 112
Plano Básico Ambiental - PBA

Atualmente, o Viveiro Institucional de produção de mudas de restinga encontra-se instalado


junto ao Centro de Visitantes do Porto do Açu (CEVISPA) e maneja mais de 80 espécies, as quais
são de interesse para a fauna local como: abaneiro, aperta, araçá, azeitona, bacupari,
camboinha, cambucazinho, coco guriri, quixaba entre outras que são prioritárias nos plantios
de enriquecimento.

Combate às Formigas Cortadeiras

Nas áreas de plantio o controle será realizado antes, durante e após o plantio, com uso de
iscas granuladas. Nos dois primeiros meses após o plantio, o controle será realizado através
de rondas em dias alternados, e nos outros meses, uma vez por semana. As rondas ocorrerão
sempre no final da tarde ou de manhã bem cedo, conforme o ciclo circadiano das formigas.
Estima-se que, por hectare, 6 saquinhos de 500 gramas sejam suficientes para o controle.

Cabe ressaltar que esta atividade será realizada apenas em áreas mais antropizadas, onde há
menor probabilidade de ocorrência da espécie Atta Robusta, ameaçada de extinção.

O Combate Inicial de formigas, consiste em realizar o controle em toda a área a ser plantada
bem como em reservas de mata nativa do entorno e numa faixa de 100 (cem) metros de largura
ao redor de toda área do plantio.

O Repasse visa a combater os formigueiros que resistiram e não foram totalmente extintos no
combate inicial, bem como aqueles que não foram localizados na primeira operação. O repasse
é feito no mínimo 30 (trinta) dias após o combate inicial até o término das atividades antes do
plantio, inclusive na faixa ao redor.

A Ronda é a operação feita ao longo de todo o período de formação do povoamento florestal.


Após o plantio, a ronda é uma operação constante até os primeiros 4 meses e deverá ser
realizada dentro das campanhas de manutenção previstas. Destaca-se ainda que esta etapa
deva preferencialmente ocorrer, nos períodos de final de tarde ou pela manhã bem cedo.

Para o combate propriamente dito, dependendo do grau de infestação da área, poderá se optar
por uma das três formas de combate disponíveis no mercado:

▪ Iscas granuladas com dois tipos de princípio ativo, fipronil ou sulfuramida, as iscas são
aplicadas próximo aos olheiros, ao lado do carreiro, distantes cerca de 15 centímetros
do mesmo, dentro do porta-isca.

▪ Pós-secos com dois princípios ativos encontrados no mercado são deltrametrina e


clorpirifós, estes são recomendados apenas para formigueiros com pequenas
dimensões, sendo aplicado por bombas manuais no interior dos mesmos, na proporção
de 10 gramas por metro quadrado de formigueiro. Seu uso em solos úmidos é altamente
desaconselhável, pois reduz substancialmente sua eficácia.

▪ Líquidos termonebulizáveis com alguns dos princípios ativos atualmente utilizados, a


base de clorpirifós ou de extratos vegetais, são aplicados através bombas
termonebulizáveis dentro dos canais dos formigueiros. Seu uso é feito principalmente
em locais com alta incidência de sauveiros (Atta sexdens).

Dos três métodos recomendados acima, o mais utilizado é o de iscas granuladas.

Arcadis 113
Plano Básico Ambiental - PBA

Coveamento e Espaçamento

Em virtude das diferentes fitofisionomias encontradas no ecossistema de restinga, esta etapa


deverá ser estabelecida respeitando a peculiaridade de cada uma, de acordo com a distribuição
espacial, intrínseca a este tipo de vegetação.

Para o plantio, o desenho esquemático a ser utilizado é a conformação em anéis hexagonais,


no qual preconiza a utilização de 31 indivíduos por anel em 36 anéis por hectare, totalizando
1.116 mudas por hectare o que determina o plantio de 14.296 mudas. Os anéis deverão ser
distribuídos estrategicamente pela área de acordo com a peculiaridade de cada hectare
trabalhado e as covas deverão possuir 30 x 30 x 30 centímetros cada. Destaca-se a
necessidade de utilizar, em áreas mais altas (secas), espécies do gênero Clusia em função
das suas características facilitadoras, no entanto, esta poderá ser eventualmente substituída
desde que por espécies nativas.

O grupo de espécies distribuído dentro destes anéis hexagonais varia de acordo com o relevo
do terreno trabalhado. Portanto, as mudas plantadas em cordões arenosos alagáveis não são,
necessariamente, as mesmas selecionadas para integrar a composição de anéis instalados
cordões arenosos secos.

Adubação

A adubação será feita com adubo químico e orgânico. Os adubos deverão ser incorporados
manualmente (enxada) ao solo retirado da cova no ato do plantio. Por cova, recomenda-se
aplicar 2 litros de esterco bovino mais 100 gramas de NPK 04:31:04.

A adubação orgânica é requerida pelo fato de disponibilizar ao plantio o nitrogênio contido neste
material. O insumo sugerido para o plantio é o esterco bovino, que por apresentar maior oferta
no mercado, é mais barato que outros adubos orgânicos. Porém, pode ser utilizado também o
bagaço de cana que é facilmente disponibilizado na região. Outro papel deste material orgânico
é percebido na reestruturação do solo, onde uma composição organo-arenosa possibilita maior
retenção de água. Portanto, com o objetivo de fornecer à muda níveis de nitrogênio suficiente
e, também, de melhorar a estrutura e microclima do solo, serão aplicados, em todo o plantio, 2
litros por cova de esterco bovino curtido.

Aplicação de condicionador hídrico

A utilização deste polímero que quando misturado em água muda seu estado físico, de sólido
para gel. Este “gel”, que tem como principal função a retenção da água procedente tanto de
eventuais precipitações quanto da própria irrigação, é aplicado na proporção de um litro por
cova. O efeito esperado deste gel é a disponibilização de água para a planta em uma escala de
tempo muito superior ao período de infiltração natural da água no solo puro.

Este produto será aplicado em todas as mudas plantadas sobre cordões arenosos que não
sofrem alagamentos sazonais e que possuem uma maior distância entre a superfície do solo e
o lençol freático. Entende-se que nas áreas de baixios alagadiços não haverá a necessidade
de aplicação deste produto, devido à disponibilidade natural de água encontrada nestes
ambientes.

Transporte das Mudas para o Local do Plantio

Arcadis 114
Plano Básico Ambiental - PBA

O transporte das mudas para o local do plantio será realizado em caminhão fechado,
protegendo as mudas da ação danosa do vento. Porém, dentro da área de plantio as mudas
deverão ser transportadas dentro de recipientes adequados com auxílio de tratores agrícolas.

É recomendado que o transporte seja realizado de preferência em dias nublados ou com


possibilidade de chuvas. Caso seja necessária a montagem de uma estrutura provisória para
recuperar as mudas que sofrem com o transporte, esta deverá receber uma irrigação diária
realizada através de pequenos carros pipa, puxados por tratores agrícolas, ou por poços
distribuídos ao longo do local de plantio.

Plantio das Mudas

Esta etapa é realizada em conformidade com o modelo de anéis hexagonais descritos acima
com as mudas selecionadas para cada cova predefinidas na fase de planejamento. Essas
mudas serão produzidas no Viveiro Institucional, e meses antes de iniciar as atividades de
campo serão selecionadas de acordo com sua aptidão e com o desenho esquemático já
descrito. As mudas serão levadas para campo gradativamente de acordo com a necessidade
de plantio, este processo será facilitado pela curta distância entre o viveiro fornecedor e a área
do plantio.

Como dito anteriormente, as mudas recém-chegadas a campo, quando não seguirem


imediatamente para o seu destino final, aguardarão em viveiro provisório a ser instalado na
própria área de plantio. Neste local as mudas receberão regas diárias, e tratamentos
semelhantes aos aplicados no viveiro de produção.

No momento exato do plantio o encarregado de campo, fazendo uso de uma relação de mudas,
selecionará as espécies exigidas para cada anel hexagonal. A viagem realizada entre o viveiro
provisório e o local do plantio também acontecerá através de pick-ups 4x4. Um cauteloso
embarque e desembarque das mudas é imprescindível para evitar-se que sejam danificadas.

As covas já devem se encontrar com os insumos relativos aos seus tratamentos depositados ao
lado, restando ao auxiliar de campo incumbido de plantar, apenas o trabalho de retirar a muda
com o torrão inteiro de seu recipiente (tubetes) e executar o plantio. Esta atividade deverá
ocorrer, de preferência, em dias nublados e com possibilidade de chuvas, mas se necessário
deverá ser utilizado caminhão pipa para irrigação, mesmo se obedecendo o período de
precipitações abundantes entre os meses de outubro a março.

Caso a opção seja por fazer o plantio fora da época de chuva, terá que haver um programa de
irrigação, que garanta condições semelhantes às que as mudas encontrariam caso fossem
plantadas na estação chuvosa, caso contrário haverá grande perda de mudas.

A cova que receberá a muda deverá estar bem úmida e atenção especial deve ser tomada para
manter o colo da muda perpendicular ao solo, evitando sua inclinação. Após o plantio, todas as
sacolas plásticas ou tubetes devem ser recolhidas.

Cobertura com Material Seco

Visando a amenizar os efeitos causados pela ação direta do sol sobre o solo em consequência
da exposição promovida pela atividade de coroamento, sugere-se que após a conclusão do
plantio, seja aplicada no pé da muda uma porção de material composto de gramíneas secas,

Arcadis 115
Plano Básico Ambiental - PBA

derivado do processo de limpeza da área, ou formado por madeira picada, originadas do


material suprimido na área do empreendimento.

Esta técnica tem a finalidade de conservar a temperatura do solo, evitando que o microclima
do solo se desfaça e sujeite as mudas plantadas a um processo de murcha devido à queima
de seu sistema radicular.

Tutoramento

A região onde será realizada a implantação é caracterizada pela a ocorrência de ventos fortes
e incessantes. Graças a este fenômeno, a arquitetura dos indivíduos arbóreos encontrados
nesta região é marcada pela baixa estatura e também pela inclinação de seus caules, formando
assim, um desenho semelhante ao encontrado em ecossistemas de savanas.

Os ventos que incidem diretamente sobre as mudas plantadas além de elevarem as taxas de
evapotranspiração, o que torna mais lento o crescimento das mudas, também as fazem sofrer
com quebras e tombamentos, o que, em um processo natural, levaria as mudas a alcançarem
a estética apresentada no parágrafo anterior.

Com o intuito de acelerar a dinâmica de crescimento dos indivíduos implantados, sem


contratempos com eventuais quebras e tombamentos, deve-se aplicar neste projeto a técnica
do tutoramento. Esta medida resume-se pela projeção de duas varas de bambu, a menos de
30 cm da muda, nas quais as mudas ficam presas por uma linha evitando que os efeitos
indesejáveis causados pelos ventos possam interferir no desenvolvimento do plantio.

Transposição de Solo

A transposição de pequenas porções (núcleos) de solo não degradado representa grandes


probabilidades de recolonização da área, com micro-organismos, sementes e propágulos de
espécies vegetais pioneiras. Esta ação reintroduz populações de diversas espécies da micro,
meso e macro fauna/flora do solo (micro-organismos decompositores, fungos micorrízicos,
bactérias nitrificantes, minhocas, algas, etc.), importantes na ciclagem de nutrientes,
reestruturação e fertilização do solo. Esta transposição pode ser através do top soil, de uma
área com sucessão mais avançada. Esta atividade somente será realizada se houver top soil
disponível em frentes de trabalho em andamento.

O material deverá ser transportado em caminhões de caçamba e distribuído nas unidades de


plantio manualmente. Esta etapa deverá ser realizada ao final de todas as outras, uma vez que
este material possui fontes de propágulo que não devem ser pisoteadas, caso contrário sua
germinação e a consequente eficácia poderão ser prejudicadas.

Manejo e Plantio Direto de Plântulas

As plântulas utilizadas nesta etapa deverão ser oriundas de resgate de flora conforme descrito
Subprograma de Resgate de Germoplasma e Transplantio. O ideal é que o plantio destes
indivíduos aconteça em dias chuvosos e que estas plântulas sejam plantadas em locais
protegidos, como fragmentos, poleiros artificiais ou próximos a espécies facilitadoras
resgatadas. Seu plantio deve ser executado com kit de jardinagem e com muito cuidado para
não danificar as plântulas.

Arcadis 116
Plano Básico Ambiental - PBA

Compreendida como uma técnica adicional de recomposição, o resgate e manejo de plântulas


pode ser uma alternativa viável para complementar a recuperação ambiental de uma área.
Porém, esta atividade só será realizada quando houver frente de supressão vegetal e aplicada
a algumas espécies especificas, como as indicadas no Subprograma de Resgate de
Germoplasma e Transplantio.

Criação de Poleiros Artificiais

Aves e morcegos são os animais mais efetivos na dispersão de sementes, principalmente


quando se trata de transporte entre fragmentos de vegetação. Propiciar ambientes para que
estes animais possam pousar, constitui uma das formas mais eficientes para aumentar o aporte
de sementes em áreas degradadas.

Recomenda-se, portanto, a implantação de poleiros artificiais para descanso e abrigo de aves


e mamíferos dispersores de sementes (morcegos) como técnica de nucleação para a
restauração de grandes áreas abertas. Esta técnica resulta em núcleos de diversidade ao redor
dos poleiros que, com o tempo, irradiam-se por toda a área degradada.

Os poleiros artificiais deverão ser construídos dentro das unidades de plantio em áreas mais
degradadas, sendo que o material lenhoso para sua construção deve ser aproveitado das
frentes de supressão. Adicionalmente, devem cumprir com a proposta de servir como um
atrativo para a fauna potencial dispersora de sementes.

Transposição de Galharia

As leiras de galharia no campo constituem, além de incorporação de matéria orgânica no solo


e potencial de rebrota e germinação, abrigos e microclima adequados para diversos animais,
como roedores, cobras e avifauna, pois são locais para ninhos e alimentação. Estas leiras
normalmente são ambientes propícios para o desenvolvimento de larvas de coleópteros
decompositores da madeira, cupins e outros insetos.

Esta etapa consiste em aproveitar nas unidades de plantio o material picado e galharia gerados
pela supressão vegetal, caso ocorra. Para isto é necessário distribuir este material sobre o solo
em conjunto com top soil resgatado, para que haja a preservação da umidade nestes locais, bem
como um aporte mínimo de material orgânico pela decomposição destes materiais. Esta
atividade deverá ser realizada por último, com vistas a preservar a microbiota do solo, bem
como todo o banco de germoplasma trazido.

No caso da RPPN Fazenda Caruara, além do material oriundo de supressão vegetal de áreas do
empreendimento e deve-se aproveitar a madeira gerada futuro pelo controle de espécies
invasoras a ser implantado na unidade. Espécies como Jamelão (Syzygium cuminie), Eucalipto
(Eucalyptus spp.), Casuarina (Casuarina equisetifolia) e a Gaiolinha (Euphorbia tirucalli) serão
apontadas no plano de manejo da unidade.

Manutenção

Conforme MARTINS, 2001, descrito no RSLI da UTE Novo Tempo GNA II, o sucesso de um
projeto de reflorestamento depende essencialmente da boa execução das etapas de
implantação, bem como da aplicação correta das técnicas de manutenção. Plantios
abandonados podem apresentar taxas significativas de mortalidade, resultado da competição

Arcadis 117
Plano Básico Ambiental - PBA

agressiva de plantas invasoras, formigas cortadeiras, deficiência de nutrientes, infestação por


trepadeiras e deficiência hídrica.

As práticas de manutenção devem ser adotadas sempre que o monitoramento do plantio indicar
necessidade, devendo ser mantida por no mínimo 48 meses após plantio ou até seu pleno
estabelecimento, com a descrição dos índices a serem utilizados como indicadores de
estabilização do plantio e relatórios de monitoramento (conforme determina a Resolução INEA
Nº 89 de 03 de junho de 2014). A necessidade da manutenção reduz com o passar do tempo,
à medida que o reflorestamento atinge uma estrutura de floresta de restinga, pois, a cobertura
formada inibe o surgimento de invasoras, adquire mais resistência ao ataque de pragas. As
seguintes atividades deverão ser contempladas pela manutenção:

▪ Controle de formigas cortadeiras

▪ Capina de manutenção

▪ Adubação de cobertura

▪ Replantio

Proteção

A proteção do plantio será feita através do cercamento de todo o perímetro do terreno, para
evitar a entrada de animais (gado) e populares, e pela construção de aceiros, com vistas a
proteger o povoamento contra as ações nocivas do fogo. No caso da RPPN Fazenda Caruara,
a área já se encontra totalmente cercada, impedindo o acesso de animais e gerando forte
restrição a circulação de populares.

Monitoramento da Recuperação

O monitoramento das áreas objeto do presente é se a área em recuperação retomou suas


funções ecológicas iniciais, bem como o fluxo gênico das espécies vegetais ali existentes e suas
interrelações com a fauna local. Para isto, é necessário acompanhar o projeto por meio de
ações que forneçam informações sobre o status do povoamento implantado, através da
avaliação do processo de recuperação e que sejam capazes de detectar os sucessos ou
insucessos das estratégias utilizadas, bem como os fatos que conduziram aos resultados
obtidos. O monitoramento deverá ser efetuado, por amostragem, através de constatações
visuais in loco, marcação das mudas monitoradas, por fotografias e, caso seja necessário, por
intermédio de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento.

Acompanhamento

Para o acompanhamento das atividades do programa, serão elaborados, relatórios anuais das
atividades realizadas, conforme Resolução INEA Nº143 de 14 de junho de 2017. Os relatórios
elaborados deverão ser compostos das seguintes informações:

▪ Todas as informações referentes às atividades desenvolvidas durante o processo


de recuperação.

Arcadis 118
Plano Básico Ambiental - PBA

▪ Qualidade do plantio (plantas espontâneas, sem plantas daninhas e baixa incidência


de formigas cortadeiras).

▪ Percentual de perdas do período, motivo e ação mitigadora.

▪ Lista de espécies que foram utilizadas.

▪ Cronograma de atividades com o início e término de cada operação.

▪ Quantidades e evolução dos serviços.

▪ Planejamento das atividades seguintes.

▪ Registro fotográfico.

2.2.2.4.6 Relação com Outros Programas

O programa possui interface com os seguintes programas ambientais no âmbito deste PBA:

▪ Programa de Gerenciamento Ambiental das Obras (PGAO), Programa de Resgate


de Germoplasma e Transplantio, Subprograma de Controle da Supressão de
Vegetação, Programa de Conservação de Espécies, Programa de Comunicação
Social e Programa de Educação Ambiental.

2.2.2.4.7 Cronograma de Execução

O cronograma de atividades ordena os períodos do ano nos quais deve-se executar


determinada atividade, dentro do programa de recomposição. Como a atividade de plantio é
dependente das variações climáticas, o cronograma é apresentado em períodos.

Como pode ser observado no cronograma de atividades (Quadro 2- 26) o plantio é planejado
para ocorrer na estação chuvosa (outubro a março). Nos meses mais secos, serão realizadas
as atividades como a manutenção de plantio.

Arcadis 119
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 26: Cronograma de Atividades de Compensação de Restinga.


Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Atividades de Recomposição
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

Produção de mudas

Pré-Plantio (Preparo de solo, marcação, etc.)


Plantio de mudas

Nucleação
Planejamento

Manutenção do plantio

Arcadis 120
Plano Básico Ambiental - PBA

2.3 Programas de Gestão Socioambiental


2.3.1 Programa de Comunicação Social (PCS)

2.3.1.1 Apresentação e Justificativas

O Programa de Comunicação Social -PCS é um dos instrumentos de gestão ambiental com


abrangência nas áreas de influência indireta e direta do empreendimento, especialmente no
período de obras.

O PCS é o principal canal de informação e comunicação entre o empreendedor e os diferentes


grupos e segmentos sociais presentes nas áreas de influência. Este programa propõe em suas
ações a possibilidade de evitar que as informações sobre o empreendimento e suas respectivas
demandas socioambientais e estruturais cheguem, deturpadas, aos interessados através de
terceiros.

Ao mesmo tempo em que o programa visa a uma circulação adequada das informações,
também busca contribuir com a qualidade das ações planejadas nos demais programas
ambientais de forma a promover e fortalecer a potencialização dos impactos positivos como
geração de empregos, dinamização das atividades econômicas e aumento da arrecadação
tributária. Busca ainda, ações para minimizar o efeito dos impactos negativos como aumento
da pressão sobre infraestrutura e serviços públicos e interferências no tráfego.

O Programa de Comunicação Social (PCS) constitui-se no estabelecimento de estratégias e


ações de comunicação que viabilizem a consolidação de um relacionamento positivo entre
empreendedor e população, e que sejam capazes de fornecer informações atualizadas, claras
e qualificadas sobre a UTE GNA Porto do Açu III. Dessa forma, o PCS possui caráter
transversal e dialoga com demais programas do PBA, e até mesmo com ações de comunicação
de outros empreendimentos. Vale, ainda, ressaltar que as ações deste PCS foram
desenvolvidas em estreito alinhamento com as atividades dos programas de comunicação da
UTE Novo Tempo GNA II, já em curso, e cuja área de influência é correspondente à do
empreendimento em tela e, portanto, são direcionadas aos mesmos grupos sociais.

Empreendimentos de grande porte, caso da UTE GNA Porto do Açu III, podem provocar
opiniões e reações dos diversos públicos de interesse. De forma geral, raramente os membros
da comunidade impactada mantêm-se alheios ou desinteressados ao projeto. No período de
obras intensificam-se os transtornos na rotina das comunidades e aumenta o surgimento de
dúvidas e questionamentos. Essa interação, quando não tratadas de forma adequada, traz
respostas equivocadas ou distorcidas, que acabam por formar as opiniões da população acerca
do projeto, podendo gerar ruídos e até mesmo conflitos.

Através do PCS, as informações mais relevantes ou demandadas sobre o empreendimento,


em seus aspectos ambientais, econômicos, cronogramas para a sua implementação e
operação serão compartilhadas com o público envolvido. Assim, o PCS vai informar, através
de ações corporativas ou específicas, possibilitar o diálogo e o relacionamento com os grupos
de interesse.

O estudo de percepção realizado no âmbito do EIA, em 2015, havia identificado dúvidas e


anseios da população em relação à UTE, especialmente no que se refere ao potencial impacto
à qualidade do ar. Essas percepções devem ser averiguadas, no sentido de assegurar ações

Arcadis 121
Plano Básico Ambiental - PBA

contextualizadas de comunicação, bem como dos demais programas deste PBA. Destaca-se,
ainda, que as ações de comunicação são fundamentais para garantir uma relação positiva de
interação entre o empreendimento e a comunidade.

Além disso, esse PCS se faz necessário para estabelecer a diretriz de posicionamento
institucional frente aos grupos de interesse, adotando uma postura proativa, atuando com
antecipação suficiente para esclarecer adequadamente aos públicos e fomentar uma
participação democrática nos processos.

Destaca-se que ações de comunicação social se iniciam na fase de planejamento, e, como


possuem sinergia com a UTE Novo Tempo GNA II, devem dar sequência às ações já em
implantação. Ademais, considerando-se que na área de influência do empreendimento são
realizadas diversas ações de comunicação social de outros empreendimentos existentes no
Complexo Logístico Industrial do Porto do Açu (CLIPA), e outras deverão entrar em prática no
futuro próximo, torna-se necessária, para potencializar o efeito destas ações, a integração dos
canais de comunicação.

O PCS visa a estabelecer um canal de comunicação com os trabalhadores da UTE GNA Porto
do Açu III, estabelecendo as diretrizes de posicionamento institucional frente aos colaboradores
das demais subsidiárias da Prumo, clientes do Porto do Açu e de empresas prestadoras de
serviços, com uma postura proativa, atuando com antecipação suficiente para esclarecer
adequadamente aos públicos e fomentar uma participação democrática nos processos.

Além disso, as ações de comunicação são cruciais para garantir uma relação positiva de
interação entre o empreendimento, a comunidade e os trabalhadores; e auxiliam na
potencialização dos impactos positivos e minimização dos impactos adversos

2.3.1.2 Objetivo Geral

O PCS ora proposto tem como objetivo geral a criação de estratégias e produtos de
comunicação entre o empreendedor, as comunidades, os grupos institucionais e os
trabalhadores da UTE GNA Porto do Açu III, de forma a informar sobre impactos
socioambientais e medidas mitigadoras/compensatórias e potencializadoras dos impactos
positivos planejados no âmbito do PBA para manter a sustentabilidade máxima do
empreendimento.

2.3.1.3 Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

Arcadis 122
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 27: Apresentação dos Objetivos Específicos, Metas e Indicadores.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES


Informar as comunidades, os trabalhadores e o Estabelecer procedimentos de comunicação com Número de participantes locais e regionais com
público institucional (poder público, terceiro setor) 100% dos trabalhadores diretos e indiretos do participação nos eventos do programa.
sobre os diferentes aspectos/fases do empreendimento. Efetividade do canal de comunicação, incluindo
empreendimento, bem como o andamento dos Registrar e responder 100% das ligações e contabilização de ligações, análise das queixas e
projetos ambientais resultantes de condicionantes registros do canal de ouvidoria, desde que dúvidas, categorizando-as conforme o assunto,
e compensações socioambientais, fazendo a identificadas. resolução ou não de problemas e causas
interface entre os programas do PBA. prováveis.
Distribuir material informativo exclusivos do PCS
Divulgar a relevância estratégica e econômica do (jornal e materiais de divulgação do sistema de Grau de satisfação do público com o
empreendimento para o desenvolvimento local e ouvidoria) em instituições públicas municipais, esclarecimento prestado através de pesquisa
regional (potencialização dos impactos positivos) e organizações sociais locais das comunidades da aplicada com o público alvo, em especial
sua importância para o sistema de geração de AID. vizinhança da região.
energia regional e nacional. Realizar interações face a face com os moradores A análise dos dados apresentados nos relatórios
das comunidades da AID (localizadas no quinto de acompanhamento poderá, ainda, sugerir novos
distrito de São João da Barra) com periodicidade indicadores, com base nas possíveis
Dar suporte à implementação dos programas do mensal. transformações em curso.
Plano Básico Ambiental, difundindo informações,
rotinas, procedimentos e orientando os Atualizar semestralmente o mapeamento de partes
trabalhadores sobre o acesso aos serviços ou interessadas.
benefícios resultantes dos Programas.

Estabelecer e divulgar um canal de diálogo


receptivo e gratuito com as partes interessadas, de
forma a manter uma agenda de diálogo com os
trabalhadores e comunidade.

Buscar reduzir conflitos por meio da identificação


imediata de temas contenciosos e garantir a
veiculação de informações esclarecedoras sobre o
empreendimento.

Arcadis 123
Plano Básico Ambiental - PBA

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES


Promover a integração de trabalhadores, visando à
uniformização do nível de informação sobre o
empreendimento, bem como possibilitar aos
trabalhadores, em consonância com os demais
programas ambientais, conhecimentos gerais e
específicos sobre as diferentes fases e demandas
da obra.

Arcadis 124
Plano Básico Ambiental - PBA

2.3.1.4 Descrição do Programa

2.3.1.4.1 Atividades a serem desenvolvidas

Com Público Interno:

i. Jornal

ii. Canal para Ouvidoria / Caixa de Sugestão

iii. Desenvolvimento de Material

iv. Integração para Trabalhadores

v. Reuniões Setoriais

Com Público Externo:

i. Mapeamento de Partes Interessadas

ii. Distribuição de Material Informativo

iii. Interações com a Comunidade

iv. Canal de Comunicação Gratuito

v. Pesquisa de Percepção

vi. Divulgação de Notas para a Imprensa, Produção de Spots, Informes para Jornal
Impresso, Televisão e de Aviso por Carro de Som.

2.3.1.4.2 Procedimentos Metodológicos

As atividades previstas no âmbito do Programa de Comunicação Social (PCS) da UTE GNA


Porto do Açu III são apresentadas em sequência, divididas conforme o público: (a) interno; (b)
externo. Ressalta-se que as ações previstas contemplam as solicitações constantes nos
Condicionantes 6.22 e 6.23 da LP IN No 032607/2015, que tratam especificamente do
Programa de Comunicação Social.

As ações que constituem este programa utilizam recursos e estratégias de comunicação


capazes de garantir a divulgação permanente de informações sobre o empreendimento,
visando minimizar os possíveis impactos gerados durante as obras. Destaca-se que o processo
de Comunicação Social é focado nas relações que irão se estabelecer entre os públicos
envolvidos no processo de instalação da UTE e possui dinâmica complexa, natural aos
processos de comunicação. Desta forma, existe a possibilidade do surgimento de novas
demandas ou rearranjo das atividades propostas para o bom andamento e atendimento aos
objetivos deste programa.

O PCS irá também fomentar canais de comunicação, estabelecendo e exercendo a integração


das demais ações relacionadas ao processo de Gestão Institucional empreendimento.

Arcadis 125
Plano Básico Ambiental - PBA

Público Interno

Jornal

Sendo o PCS a principal estratégia de comunicação do empreendedor com os trabalhadores,


a utilização de jornal constitui-se de uma ferramenta prática, uma vez que proporciona
veiculação das informações e principais notícias relevantes às atividades do empreendimento
de forma rotineira em todos os níveis da organização.

O conteúdo desses jornais será elaborado pela equipe do PCS, em conjunto com as equipes
dos demais programas e áreas do empreendimento e sua divulgação poderá ser realizada via
e-mail interno e afixação de cópias impressas nos murais e áreas comuns dos canteiros de
obras. Cópias impressas do jornal poderão também ser disponibilizadas na portaria do
empreendimento para os interessados.

As edições do jornal tratarão de assuntos relacionados aos programas socioambientais


executados, divulgação de campanhas e ações, resultados obtidos, assuntos de segurança e
saúde do trabalhador, além de outros temas considerados relevantes. Essa peça de
comunicação poderá ser a mesma utilizada para o público externo.

Canal para Ouvidoria / Caixa de Sugestão

Visando à manutenção de um canal interno de comunicação direta entre o empreendedor e os


stakeholders da UTE GNA Porto do Açu III, será disponibilizado sistema de ouvidoria telefônica
e caixas de sugestão em determinados pontos do canteiro e das comunidades locais, para o
recebimento de sugestões, dúvidas e críticas.

A equipe do PCS deverá criar rotina para recolhimento das comunicações depositadas nas
caixas de sugestão, seu tratamento e resposta. Para tanto, deverá ser criado formulário padrão,
o qual será disponibilizado em cópias impressas junto às caixas, que serão utilizados pelos
trabalhadores para a realização das comunicações.

Além disso, a equipe de comunicação também deverá se colocar à disposição daqueles que,
porventura, optem por fazer essas intervenções de modo direto.

Desenvolvimento de Material

Assim como para o público externo, o PCS será o ponto focal da comunicação entre os
programas socioambientais e os trabalhadores. Dessa forma, sempre que identificado pela
equipe do PCS ou pelas equipes responsáveis pelos demais programas, deverão ser
desenvolvidos materiais de apoio, voltados para o público de interesse.

Dessa forma, a equipe do PCS deverá manter uma rotina de comunicação com os Programas,
por meio da qual serão repassadas essas demandas.

Integração para Trabalhadores

A integração para trabalhadores será destinada ao público interno envolvido nas atividades do
empreendimento e terá como foco transmitir informações a respeito da empresa e do

Arcadis 126
Plano Básico Ambiental - PBA

empreendimento, dos programas ambientais em andamento, os procedimentos de segurança,


saúde e meio ambiente, apresentar os responsáveis por cada área e sanar eventuais dúvidas.

As ações deverão contar com a presença de representantes de áreas como Recursos


Humanos, Saúde, Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e relacionamento com
comunidades, e serão direcionadas a todos aos empregados diretos e terceiros da GNA na
UTE.

A Integração para trabalhadores diretos da GNA será coordenada por profissionais das áreas
de Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente da GNA. Para os empregados das
contratadas, a integração será de responsabilidade de suas respectivas equipes, cabendo à
GNA a disponibilização do material, conteúdo e a verificação da sua realização, por meio das
inspeções periódicas realizadas nos canteiros, durante as quais poderão ser solicitados as
listas de presença desses treinamentos.

Reuniões Setoriais

A equipe responsável pelo PCS deverá prever a possibilidade de realizar reuniões ou encontros
com representantes dos demais empreendimentos do CLIPA visando a alinhar informações a
respeito das etapas dos empreendimentos, das ações socioambientais realizadas e seus
resultados, bem como para discussão e identificação de potenciais pontos críticos do ponto de
vista da comunicação e da execução dos programas.

Público Externo

Mapeamento de Partes Interessadas

A equipe do PCS deverá manter o mapeamento de partes interessadas atualizado,


identificando de forma sistematizada informações a respeito dos mesmos.

Este é um trabalho que deve ser feito ao longo de todo o Programa, pois, constantemente
podem haver alterações na dinâmica social, como a entrada de novos atores e mudanças de
posicionamento.

Distribuição de Material Informativo

O material informativo compõe-se de folders, cartilhas e cartazes explicativos em linguagem


clara e objetiva, com baixo teor técnico, utilizando-se de recursos gráficos sempre que
necessário para facilitar a comunicação com o público.

Esses materiais deverão ser utilizados para divulgação de informações sobre os


empreendimentos, os programas ambientais que serão implementados e demais temas
avaliados como importantes por parte da equipe, além dos contatos com canais de
comunicação, e poderá ser utilizado para realização das ações de comunicações realizada
pelo empreendedor, seja interna ou externa.

Interações com a Comunidade

Esta atividade direcionada a ofertar ações de informação e comunicação, com visitas


periódicas aos moradores da AID, especialmente das comunidades do quinto distrito de São

Arcadis 127
Plano Básico Ambiental - PBA

João da Barra, com foco na informação da população sobre características gerais e demandas
específicas do empreendimento. Informar e escutar a população sobre questões que
perpassam impactos socioambientais, gestão da obra, bem como disponibilizar os
contatos/canais de comunicação diretos.

Nestas visitas pode-se apresentar os materiais de divulgação do empreendimento (cartilha,


folders, cartazes, outros), para ilustrar e facilitar a comunicação com a população.

Pode-se também, nessas ocasiões, colher através de percepção, as dúvidas e incertezas da


comunidade sobre o projeto de forma a usar essas como tema das próximas visitas, desta
forma manter o fluxo de informação entre o empreendedor e a população das áreas de
influência, de modo a garantir a interações e interesses de ambas as partes.

Arcadis 128
Plano Básico Ambiental - PBA

Canal de Comunicação Gratuito

Para o estreitamento da relação entre o público alvo e o empreendedor, será implantado canal
de comunicação gratuito, por meio de telefone 0800, o qual estará disponível durante dias úteis
e horário administrativo. Além desse canal, serão disponibilizados endereço de e-mail e espaço
de comunicação no endereço eletrônico do empreendimento, além da distribuição de caixas
de ouvidoria nas comunidades vizinhas à UTE GNA Porto do Açu III, com preferência para
aquelas localizadas no quinto distrito do município de São João da Barra.

Tais canais de comunicação serão utilizados para esclarecimento da população de forma que
reclamações, reivindicações e denúncias possam ser direcionadas para o empreendedor e
prontamente respondidas.

Pesquisa de Percepção

Durante a fase de implantação, anualmente, será realizada pesquisa de percepção junto ao


público externo, visando a avaliar:

▪ Nível de conhecimento sobre o empreendimento e sobre o empreendedor.

▪ Nível de conhecimento sobre os programas ambientais do empreendimento.

▪ Nível de participação em atividades realizadas por outros programas ambientais.

Essa pesquisa deverá ser realizada por meio de entrevistas diretas com a população, com a
aplicação de questionário semiestruturado, elaborado a partir da definição das perguntas
(atributos) de interesse. Os resultados dessas pesquisas serão consolidados em relatórios e
confrontados com resultados pretéritos e resultados obtidos por pesquisas realizadas por
outros empreendimentos, disponibilizadas para o público, visando a identificar variações e
tendências.

Essa atividade deverá promover a aproximação do público alvo, o aprofundamento e


atualização sobre as realidades locais identificando temas de interesse. Essa atividade permite
o levantamento de lideranças e possíveis parcerias institucionais com a identificação dos
canais e instrumentos de comunicação para maior eficiência do programa.

Divulgação de Notas para a Imprensa, Produção de Spots, Informes para Jornal Impresso,
Televisão e de Aviso por Carro de Som

Caso a equipe do PCS seja demandada para prestar esclarecimentos para a imprensa, essa
poderá atuar no sentido de articular o contato entre a empresa e os meios de comunicação
demandantes, bem como elaborar informes a serem publicados ou veiculados em jornais,
rádios e televisões locais.

Identificada a necessidade pela divulgação de informação específica dos programas


ambientais em implementação ou algum detalhe sobre o empreendimento, o PCS poderá
providenciar a produção de spots e a divulgação por meio de carro de som. Destaca-se neste
sentido, a divulgação das vagas de emprego que serão geradas, bem como os cursos de
capacitação que serão fornecidos.

Arcadis 129
Plano Básico Ambiental - PBA

2.3.1.5 Relação com Outros Programas

O PCS deverá contemplar, durante a sua execução, recursos para apoio aos Programas do
PBA, conforme demandas identificadas em cada um, funcionando, dessa forma, como ponto
focal da comunicação institucional com as partes interessadas, e dessas com os programas
ambientais.

O PCS também deve prestar apoio a todos os programas que necessitem interagir com as
partes interessadas (internas e externas), desde a concepção de materiais informativos, até a
divulgação de informações, alinhando os programas ambientais nos termos da definição de
procedimentos institucionais comuns que utilizem a mesma linguagem e abordagem no contato
com a população. A viabilização destas ações se dará a partir da troca de informações entre
as equipes técnicas responsáveis pelos demais programas a partir da realização de reuniões
técnicas.

2.3.1.6 Cronograma de Execução

As atividades do Programa de Comunicação Social (PCS) desenvolvidas durante a fase de


implantação deverão continuar com a mesma periodicidade durante a fase de operação,
conforme apresentado no Quadro 2- 28, em sequência.

Arcadis 130
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 28: Cronograma de Execução do Programa de Comunicação Social.


IMPLANTAÇÃO OPERAÇÃO
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 1
ATIVIDADES
MESES MESES MESES MESES MESES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Jornal
Canal para ouvidoria
Desenvolvimento de Material
Integração para trabalhadores
Reuniões Setoriais
Mapeamento de Partes Interessadas
Distribuição de Material Informativo
Interações com a Comunidade
Canal de Comunicação Gratuito
Pesquisas de Percepção
Midias/Imprensa
Sítio Eletrônico
Obs. Este cronograma físico não esta atrelado aos meses do ano.

Arcadis 131
Plano Básico Ambiental - PBA

2.3.2 Programa de Educação Ambiental (PEA)

2.3.2.1 Apresentação e Justificativas

O PEA busca integrar ações de educação ambiental por meio de atividades junto aos
trabalhadores e prestadores de serviço da UTE GNA Porto do Açu III, bem como a população
do município de São João da Barra (AID), durante as fases de implantação e de operação do
empreendimento.

A abordagem adotada está alinhada com a Instrução Normativa 02/2012, e estabelece, em seu
artigo 2º, que o Programa de Educação Ambiental deverá estruturar-se em dois Componentes:

i. Componente I: Programa de Educação Ambiental - PEA, direcionado aos grupos


sociais da área de influência da atividade em processo de licenciamento;

ii. Componente II: Programa de Educação Ambiental dos Trabalhadores - PEAT,


direcionado aos trabalhadores envolvidos no empreendimento objeto do licenciamento.

De modo geral, em processos de licenciamento ambiental a realização de ações de Educação


Ambiental (EA) possibilita para a população residente nas áreas de influência e para os
trabalhadores da obra o acesso aos resultados obtidos com os estudos ambientais e das
diretrizes de gestão ambiental necessárias à sustentabilidade das diferentes atividades e fases
do empreendimento.

Essas informações - originalmente revestidas de um caráter instrumental e informativo – devem


incorporar, no Programa de Educação Ambiental, um olhar pedagógico capaz de produzir nos
sujeitos a compreensão entre a realidade socioambiental diagnosticada e os impactos gerados
pelo empreendimento. Estas ações/informações também demonstram a responsabilidade do
empreendedor, com base no processo de licenciamento e compromisso ético com as questões
socioambientais, o que será feito para mitigar os impactos negativos e potencializar impactos
positivos.

As atividades previstas neste programa são, assim, de fundamental importância educativa,


visando a esclarecer os trabalhadores da instalação e operação sobre as relações do
empreendimento com o ambiente e a comunidade, abarcando também fatores sociais, culturais
e econômicos relacionados específicos da região e de forma participativa, em acordo com as
disposições da Instrução Normativa IBAMA no 02/12.

A realização do PEA alinha-se com a Política Nacional de Educação Ambiental a qual, entre
outros, tem como objetivo incluir no processo de desenvolvimento socioeconômicos nacional a
questão da sustentabilidade como uma questão permanente, desde o planejamento até as
ações concretas do processo de desenvolvimento.

Assim, o PEA, por meio de ações educativas e de conscientização, permitirá que os


trabalhadores e a população da área de influência direta da UTE GNA Porto do Açu III tenham
um melhor conhecimento dessa nova situação que irá se formar, considerando o
empreendimento e todas as transformações decorrentes do conjunto de empreendimentos do
Complexo Logístico Industrial do Porto do Açu (CLIPA).

Arcadis 132
Plano Básico Ambiental - PBA

Deverá estimular um envolvimento maior dos diversos segmentos da sociedade na gestão


ambiental das medidas que interferirão na relação do homem com os recursos naturais e, desta
forma, desenvolver, valorizar e estimular costumes e práticas sociais e ambientais
sustentáveis. Desta forma, o programa ora proposto, além de abordar os temas clássicos de
educação ambiental, deverá necessariamente trazer informações sobre o empreendimento em
pauta e seus impactos na vida e cotidiano das pessoas, em linguagem acessível.

As ações previstas neste programa lançarão um olhar educativo e uma abordagem pedagógica
sobre as questões socioambientais da região e do cotidiano das obras. Estas ações deverão
estimular a adoção e mudança de atitudes e hábitos sustentáveis. O PEA se justifica por
contribuir para a interação do público alvo (trabalhadores e comunidades) com as questões
ambientais, sociais, econômicas e culturais da região em que está inserido, promovendo a
sensibilização em relação às questões que permeiam suas atividades cotidianas. A
sensibilização é um primeiro passo para o desenvolvimento de um senso analítico, crítico e
propositivo diante das questões de caráter social e ambiental.

No Brasil, desde de 1999, com a promulgação da Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui
a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), com o Decreto n° 4.281, de 25 de junho
de 2002, que regulamenta a Lei no 9.795, e com as diretrizes da Instrução Normativa IBAMA
n° 02, de 27 de março de 2012, especialmente no que se refere aos Artigos 30 e 50 e seus
respectivos parágrafos, que estabelece a participação social e o diagnóstico participativo como
meio para o protagonismo social dos diferentes grupos sociais aos quais direcionam-se os
programas ou ações de EA, tem-se um arcabouço legal que prima pela articulação da
diversidade de experiências desenvolvidas com vista a uma EA participativa.

2.3.2.2 Objetivo Geral

O objetivo do PEA, em consonância com a Instrução Normativa nº 02, de 27 de março 2012 e


com base nos resultados do EIA/RIMA do empreendimento, é implementar ações educativas
que permitam o exercício da cidadania e, em particular, em relação aos direitos
socioambientais, promovendo um processo de conscientização dos diversos atores sociais, a
fim de incentivar a adoção de práticas compatíveis com a proteção do meio ambiente. Dessa
forma, promovendo a participação social no processo de licenciamento trabalhando temas
ligados aos impactos e medidas previstos para as áreas de influência do empreendimento.

O PEA deverá promover, desenvolver, valorizar e estimular costumes e práticas social e


ambientalmente sustentáveis e, desta forma, contribuir para a formação de cidadãos
conscientes e agentes de mudança.

2.3.2.3 Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

Arcadis 133
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 29: Apresentação dos Objetivos Específicos, Metas e Indicadores.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES

Promover a sensibilização ambiental dos


colaboradores das obras sobre procedimentos Número total de atividades do PEA realizados
ambientalmente indicados envolvendo saúde por público alvo.
ambiental, meio ambiente e relações com Gerar compreensão sobre os aspectos e
comunidades vizinhas. impactos do empreendimento, bem como a Número de temas trabalhados no PEA por
educação ambiental no trabalho e na melhoria da público alvo.
qualidade de vida. Instruir e instrumentalizar
Aproximar os conceitos do PEA à realidade das 100% dos trabalhadores (diretos e terceirizados)
comunidades, possibilitando que elas passem a sobre procedimentos ambientalmente indicados Número total de participantes por atividade do
perceber o meio ambiente como algo próximo e envolvendo saúde ambiental, meio ambiente. PEA.
importante nas suas vidas (sensibilização),
fortalecendo o exercício da cidadania.
Sensibilizar as comunidades – especialmente as Nível de satisfação dos agentes multiplicadores
lideranças - e demais grupos sociais da AID para em relação ao processo formativo (público
Corroborar para a diminuição do uso de recursos a sua importância enquanto gestores ambientais interno e externo).
naturais e a diminuição da geração de resíduos do território.
sólidos.
Número de oficinas e demais eventos
Trabalhar temas associados à gestão de recursos participativos realizados durante a execução do
Estimular a preservação e divulgação do naturais, preservação ambiental, patrimônio programa.
patrimônio natural e cultural, a fim de valorizar a natural e cultural de forma transversal nas ações
cultura local e a diversidade existente. com trabalhadores e comunidades. Total de instituições locais parceiras,
Fomentar processo participativo junto às colaborando na implementação do programa.
comunidades da AID.
Promover participação e engajamento dos Total de representantes comunitários envolvidos
envolvidos nas ações que serão implantadas. na formação de multiplicadores.

Arcadis 134
Plano Básico Ambiental - PBA

2.3.2.4 Descrição do Programa

2.3.2.4.1 Atividades a serem desenvolvidas

Componente I: Público Interno (PEAT)

iii. Formação de agentes multiplicadores para os Trabalhadores

iv. Elaboração de materiais e divulgação

v. Treinamento ambiental dos trabalhadores

Componente II: Público Externo – PEA Comunidades

i. Identificação de agentes multiplicadores

ii. Formação de Agentes Multiplicadores e Discussão Participativa

iii. Elaboração de Projetos-Piloto de Educação Ambiental

iv. Realização dos Projetos-Piloto de Educação Ambiental

v. Elaboração do Relatório

2.3.2.4.2 Procedimentos Metodológicos

As atividades a serem desenvolvidas no âmbito deste PEA dividem-se em dois componentes:


Público interno, formado por trabalhadores e prestadores de serviço da UTE GNA Porto do Açu
III e Público externo, formado pela população do município de São João da Barra, com maior
ênfase em comunidades próximas ao CLIPA.

Importante mencionar que a estrutura do Programa, dividida em dois componentes (público


interno e externo), a utilização de metodologias socio-participativas e a abordagem direcionada
a questões com interface com o empreendimento em tela e dinâmica socioterritorial local,
dialogam com o disposto na Instrução Normativa IBAMA No 02/12.

As atividades focarão na aproximação entre os envolvidos e seu cotidiano socioambiental,


abordando os aspectos do meio físico, biótico e socioeconômico; as interações do homem com
o meio ambiente e as práticas culturais cotidianas. Deve-se trabalhar quais são e como se
manifestam os impactos gerados na relação homem-natureza no cotidiano local, regional e
formas sustentáveis dos usos dos recursos naturais.

Com base na metodologia de ensino, a partir das ações empíricas e práticas, busca-se o
fomento da participação nas atividades educativas propostas em relação às questões
ambientais e socioambientais que circundam sua realidade.

Uma das formas para estabelecer o processo de geração de aprendizados, com base em
trocas de experiências e saberes, são os temas geradores a partir da vivência da própria
comunidade a receber ações do programa.

Arcadis 135
Plano Básico Ambiental - PBA

Componente I: Público Interno

Formação de agentes multiplicadores para os Trabalhadores

Deverão ser selecionados agentes multiplicadores com perfis diferentes, seja em relação aos
setores onde trabalham na empresa, ao grau de formação e nível hierárquico, para que o
programa atinja os diferentes públicos existentes entre os colaboradores da UTE GNA Porto
do Açu III. Tais agentes receberão maior conteúdo de educação ambiental, com o objetivo de
disseminar os conceitos e boas práticas para o restante dos trabalhadores.

Essas ações serão realizadas por meio de encontros de educação ambiental compostos por
módulos de até 16 horas de formação.

Elaboração de materiais e divulgação

Serão elaborados materiais de divulgação para as atividades previstas pelo programa. Esta
atividade deverá ser feita em conjunto com o Programa de Comunicação Social, para o qual
está prevista a contratação de profissionais com perfis de criação e produção de veículos de
informação, abrangendo estratégias de Gestão Integrada, de forma a criar um diálogo
esclarecedor que potencialize os impactos positivos e minimize os adversos. Adicionalmente,
o site eletrônico do empreendimento também deverá ser utilizado como instrumento de
educação ambiental.

Treinamento ambiental dos trabalhadores

O treinamento ambiental dos trabalhadores deverá ocorrer para todos aqueles que venham a
trabalhar na UTE GNA Porto do Açu III, incluindo prestadores de serviço e terceirizados, na
fase de implantação. O treinamento ambiental deverá ser realizado quando da integração do
colaborador, antes do início de suas atividades profissionais. Além disso, a temática ambiental
deverá ser permanentemente reforçada por meio de materiais de divulgação, campanhas
educativas e diálogos diários.

Os diálogos diários buscam inserir na rotina dos trabalhadores instruções sobre aspectos de
segurança, meio ambiente e saúde, relacionados às atividades por eles desempenhadas.

Uma das atividades do treinamento pode ser, por exemplo, “prevenção de acidentes” tema
abordado durante o treinamento dos trabalhadores. Os cuidados a serem tomados para evitar
acidentes com animais silvestres e os procedimentos necessários quando do encontro com
esses animais, também serão foco das palestras. Outro tema que poderá ser abordado é
segregação de material a ser descartado, já na sua origem.

Componente II: Público Externo - Comunidade

Na fase de implantação do empreendimento será elaborado e executado um conjunto de


atividades de Educação Ambiental para a comunidade, contemplando ações de educação
formal e não-formal, de modo a estimular a mudança de hábito ou adoção de atitudes
sustentáveis e ambientalmente responsáveis, em diferentes ambientes da sociedade.

O objetivo central dos Projetos de Educação Ambiental será a reflexão sobre as relações entre
o homem e o meio ambiente local (apropriação e dependência), incluindo temas sociais,

Arcadis 136
Plano Básico Ambiental - PBA

ambientais e de saúde. Assim, serão realizadas atividades que estimulem uma percepção
crítica sobre o desenvolvimento atual das principais atividades econômicas, a utilização e o
grau de consumo dos recursos naturais, as transformações em curso e as formas de gestão
atuais e futuras; bem como sobre a integração da comunidade local aos trabalhadores
migrantes, abordando temas de convivência saudável.

Moradores e lideranças das comunidades da AID; Escolas públicas da AID, moradores; Poder
público municipal e parceiros institucionais; Trabalhadores próprios e terceiros do
empreendimento são receptores potencial das atividades deste programa.

Identificação de agentes multiplicadores

A primeira tarefa a ser realizada no âmbito da formação de agentes multiplicadores será o


levantamento e validação dos líderes identificados no Programa de Comunicação Social (PCS),
especificamente aqueles com aptidão, interesse ou envolvimento em questões socioambientais
locais. A identificação destas pessoas/instituições poderá contar com o apoio do poder público
local, que já possui conhecimento prévio das organizações sociais locais.

Formação de Agentes Multiplicadores e Discussão Participativa

Através de reuniões, de maneira participativa, será iniciado o planejamento de ações para as


comunidades da área de influência direta do empreendimento.

O planejamento participativo é uma ferramenta de distribuição de poder em sociedades


organizadas de forma assimétrica e se relaciona com o conceito de "Empowerment"
(empoderamento). Havendo planejamento participativo das ações de educação ambiental a
serem tomadas para cada grupo identificado, comunidade em geral, comunidade pesqueira e
agrícola abre-se espaço para que a comunidade influencie na construção das linhas de ação
de seu interesse, definindo “o porquê”, “o como” e o “para que”, de cada linha de ação/temática
escolhida.

Nota-se que, para cada grupo a ser envolvido serão abordados temas específicos, dentro do
âmbito do Programa de Educação Ambiental. Assim, sugere-se que temas relacionados à
demanda dos grupos devam ser desenvolvidos.

Elaboração de Projetos-Piloto de Educação Ambiental

No âmbito do processo de discussão participativa surgirão projetos-piloto de educação


ambiental, para cada público alvo em específico a serem cumpridos pela equipe executora do
presente programa. Nestes projetos-piloto, os agentes multiplicadores terão, assim, função
ímpar no apontamento de temas considerados, pela comunidade, como relevantes ao bem-
estar da população, considerando a chegada dos empreendimentos e os impactos ambientais
associados.

A elaboração de projetos-piloto de educação ambiental em conjunto com os agentes


multiplicadores poderá contar com a participação do poder público local, que auxiliará a equipe
no que tange à articulação institucional necessária, como o apoio para o envolvimento das
escolas, fornecimento de espaços para a realização das palestras/oficinas, outros.

Arcadis 137
Plano Básico Ambiental - PBA

Importante destacar que os projetos-piloto, além de absorverem as demandas da comunidade


quanto às temáticas a serem trabalhadas, deverão incorporar as seguintes temáticas, previstas
no presente Programa de Educação Ambiental:

▪ Percepção e conceitos do grupo e da comunidade sobre meio ambiente, qualidade de


vida e cidadania.

▪ Exercícios de reflexão sobre o meio ambiente (problemas e potencialidades locais,


atuais e futuros).

▪ Legislação ambiental aplicável às questões locais e regionais.

▪ Reconstrução de conceitos básicos de meio ambiente, qualidade de vida e cidadania,


dando destaque, de acordo com o grupo envolvido, para as questões de saúde,
segurança e educação para o trânsito. educação sexual e drogas.

▪ Cidadania e Participação Comunitária: práticas de gestão pública, do exercício da


solidariedade e de valorização da sociedade local.

▪ Cidadão e Políticas Públicas: compromissos para o bem comum, práticas de


conservação ambiental e qualidade de vida, respeito ao espaço público e formas de
organização social.

▪ Discussão sobre o papel do indivíduo e da coletividade nos programas de saúde pública


e as ações de prevenção contra epidemias.

As premissas para a realização dos projetos-piloto são:

▪ Integração do grupo de trabalho.

▪ Definição de calendário de atividades.

▪ Avaliação das linhas de ação.

▪ Revalidação das linhas de ação, considerando as demandas e sugestões que venham


a surgir durante as execuções dos projetos.

Realização dos Projetos-Piloto de Educação Ambiental

Os projetos-piloto elaborados de forma participativa deverão ser realizados na medida em que


ficarem prontos e forem aprovados pela coordenação do presente programa, ou ainda, se
aproveitando as experiencias colocadas em prática no âmbito da UTE Novo Tempo GNA II.

A finalização dos Projetos de Educação Ambiental para Comunidade está prevista com o
término da obra.

Elaboração do Relatório

Deverão ser elaborados relatórios mensais para acompanhamento do programa, nos quais
deverão ser descritas as atividades realizadas no período. Também serão elaborados relatórios

Arcadis 138
Plano Básico Ambiental - PBA

consolidados, apresentando os resultados alcançados, a ser encaminhado ao INEA, com a


periodicidade definida pelo órgão.

2.3.2.5 Relação com Outros Programas

O PEA possui inter-relação com os demais programas socioambientais e especialmente com


o Programa de Comunicação Social (PCS), que possui mecanismos e recursos para divulgação
de ações e elaboração de material pedagógico e recebe subsídios dos outros programas para
desenvolver suas temáticas.

2.3.2.6 Cronograma de Execução

A execução deste programa ocorrerá durante toda a fase de implantação da UTE GNA Porto
do Açu III, considerando-se 40 meses de obras (Quadro 2- 30).

Arcadis 139
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 30: Cronograma de execução do Programa de Educação Ambiental.

IMPLANTAÇÃO OPERAÇÃO
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 1
ATIVIDADES
MESES MESES MESES MESES MESES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Identificação de Agentes
Multiplicadores
Formação de Agentes
Multiplicadores
Elaboração de Materiais de
divulgação
Treinamento Ambiental dos
Trabalhadores

Elaboração do Projetos -
Piloto EA
Realização de Projetos -
Piloto EA

Elaboração do Relatório

Nota: Como a abordagem e conteúdo dos Projeto-Piloto de Educação Ambiental serão definidos pela própria Comunidade, a duração dos mesmos poderá variar.

Arcadis 140
Plano Básico Ambiental - PBA

2.3.3 Programa de Mobilização e Desmobilização de Mão de Obra

2.3.3.1 Apresentação e Justificativas

Segundo o EIA, a implantação da UTE GNA Porto do Açu III, bem como dos demais
empreendimentos que poderão se implantar no Complexo Logístico Industrial do Porto do Açu
(CLIPA), podem provocar alterações na base produtiva e mercado de trabalho regional e mais
especificamente no município de São João da Barra. Em outras palavras, o empreendimento
está incluído num processo em andamento de transição da base econômica, com o aumento
da participação do setor industrial e portuário.

Ressalta-se que tal programa visa a contribuir para o desenvolvimento local, sobretudo do
município de São João da Barra, criando mecanismos para que as oportunidades de trabalho
geradas pelo empreendimento continuem buscando mão de obra local. Além disso, o
aproveitamento de mão de obra local para a construção da UTE GNA Porto do Açu III contribui
para a atenuação de alguns desdobramentos negativos comuns a obras de grande porte, como
a migração de pessoas de outras localidades em busca de empregos e o consequente aumento
populacional e pressão sobre a infraestrutura. Na experiência recente da UTE Novo Tempo
GNA II cerca de 70% da mão de obra, segundo o empreendedor, foi contratada localmente
minimizando os efeitos advindo da migração, prevista no EIA.

Nesse sentido, este programa fundamenta-se no fato de que deve também atuar para que não
seja criada expectativa externa de geração, o que pode desencadear o efeito migratório,
fazendo com que apenas o efeito positivo de geração de emprego e renda se manifeste no
município.

Especificamente na fase de implantação da UTE GNA Porto do Açu III é prevista a geração de
2.258 empregos, com o pico de obras (momento com maior número de profissionais atuando)
ocorrendo no 30° mês, ficando em média nesta fase em 906 empregos. Na fase de operação
prevê-se a contratação de 71 funcionários.

2.3.3.2 Objetivos e Metas

O Programa de Mobilização e Desmobilização de Mão-de-Obra objetiva, de maneira geral,


incentivar a contratação de mão de obra local, nas fases de implantação e operação do
empreendimento, de forma a promover a (re)inserção da mão de obra local, atualmente em
situação sobrante ou vulnerável no mercado de trabalho, minimizando, ainda, potenciais
impactos sociais negativos e para aquela equipes, eventualmente, contratadas de fora do
município deve ser assegurada o apoio ao retorno as suas cidades de origem se for de sua
opção.

2.3.3.3 Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

Arcadis 141
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 31: Apresentação dos Objetivos Específicos, Metas e Indicadores.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES

Contribuir e apoiar para que o maior número


possível de mão de obra nas fases de
implantação e operação da UTE GNA Porto do
Açu III seja oriunda da AID.

Contribuir para o maior aproveitamento possível


da mão de obra da fase de implantação para a
fase de operação.

Realizar as atividades de seleção, formação e


capacitação profissional, através da divulgação Percentual de profissionais residentes em São
das oportunidades de trabalho, treinamentos e João da Barra contratados.
cursos especializados aos diferentes grupos de Capacitar a maior quantidade de pessoas Frequência dos alunos nos programas de
trabalhadores requeridos. possíveis nas comunidades afetadas nas áreas formação.
em que a obra possa necessitar.
Número de alunos capacitados.
Contratar o máximo de pessoas possíveis para
Utilizar instituições oficiais (como SINE, por Número de profissionais qualificados atuando em
atender às necessidades da obra e que já
exemplo) para buscar e disponibilizar as vagas áreas afins às formações ofertadas.
residem na AID.
para seleção, de modo a evitar expectativas Número de profissionais na fase de implantação
externas e migrações. aproveitados na operação.

Contribuir para reinserção dos trabalhadores


desmobilizados no mercado de trabalho.

Apoiar os trabalhadores de outras regiões a


retornarem a suas cidades de origem, quando de
sua vontade.

Arcadis 142
Plano Básico Ambiental - PBA

2.3.3.4 Descrição do programa

2.3.3.4.1 Atividades a serem desenvolvidas

Entre as atividades a serem realizadas há que se dar importância ao treinamento de


qualificação da mão de obra contrata para as obras de implantação do empreendimento e ao
término buscar promover a integração dos trabalhadores dispensados das obras com o
mercado de trabalho após a desmobilização da força de trabalho mobilizada para a implantação
do empreendimento. Dessa forma as principais atividades previstas são:

i. Divulgação das Oportunidades de Trabalho

ii. Cadastramento de Profissionais e Formação de Banco de Currículos

iii. Plano de Desmobilização de Mão de Obra

iv. Definição dos Cargos e Funções a Qualificar

v. Identificação de Instituições Parceiras e Definição de Cursos de Qualificação

vi. Divulgação dos Cursos

vii. Cursos de Capacitação de Mão de Obra – Fase de Implantação

viii. Cursos de Capacitação de Mão de Obra – Fase de Operação

ix. Elaboração de Relatórios

2.3.3.4.2 Procedimentos Metodológicos

O grau de formalidade do mercado de trabalho, o perfil de qualificação dos trabalhadores, sua


escolaridade e seus salários sofrerão uma alteração positiva em São João da Barra.

Neste sentido, a principal dificuldade reside na incorporação dos trabalhadores informais e de


baixo grau de escolaridade ao mercado de trabalho.

A baixa escolaridade da população municipal é uma dificuldade para o aproveitamento da


população local nas atividades do Complexo Logístico Industrial do Porto do Açu (CLIPA). Em
contrapartida, a gradação temporal da oferta de empregos permite a execução do presente
programa de forma a capacitar os jovens da AID, propiciando seu acesso a postos de trabalho
mais qualificados. Cursos combinados de complementação escolar e qualificação profissional
poderão abrir essa oportunidade a trabalhadores já em atividade.

A abordagem das atividades a serem desenvolvidas no âmbito deste programa tem uma
importância grande no foco do Treinamento e Capacitação de Mão de Obra, pois esta atividade
vai ajudar a definir as oportunidades, por isso deverão contemplar as seguintes fases:

▪ Divulgação dos cursos a serem disponibilizados nas comunidades através do Programa


de Comunicação Social.

Arcadis 143
Plano Básico Ambiental - PBA

▪ Cadastro das pessoas que serão contempladas mediante requisitos mínimos (idade,
grau de escolaridade, situação ocupacional, etc.).

▪ Contratação de Instituição que possa fornecer comprovação legal da capacitação.

▪ Criação de um banco de dados com os nomes dos alunos para aproveitamento durante
a obra ou em fornecedores.

No Programa constam ações para a divulgação das vagas de trabalho no município de São
João da Barra e região, por intermédio das ferramentas da Rede de Empregabilidade10 já
instituída no contexto do Porto do Açu. Esta rede funciona como um banco de currículos e
também proporciona suporte aos trabalhadores desmobilizados na fase de obras, auxiliando-
os na reinserção no mercado de trabalho.

As atividades/ações inerentes ao programa são descritas a seguir.

Divulgação das Oportunidades de Trabalho

As vagas que serão geradas pela UTE GNA Porto do Açu III deverão ser amplamente
divulgadas na região e especialmente no município de São João da Barra. Juntamente com as
vagas requeridas, deverão ser indicados o perfil desejado, qualificação requerida, tempo de
experiência e os procedimentos necessários para inscrição e envio de currículos.

Ressalta-se que os mecanismos para divulgação das vagas são previstos no Programa de
Comunicação Social e incluem um site específico do empreendimento, além de publicações
em jornais e inserções em programas de rádio. Pode-se também utilizar instituições oficiais
como o SINE para a divulgação das vagas.

A melhor forma de divulgação pode ser avaliada em conjunto com o PEA/PCA de forma que
possam ser mitigados possíveis fluxos migratórios para a AID com o objetivo de busca por
oportunidades de trabalhos geradas pela implantação da UTE.

Cadastramento de Profissionais e Formação de Banco de Currículos

Os currículos recebidos deverão ser estruturados em um banco de dados eletrônico,


congregando as principais características dos profissionais, incluindo-se dados pessoais
(nome, RG, CPF, telefone e endereço), formação, qualificação e experiência. A alimentação
deste banco de dados deve ser contínua, embora o recebimento de currículos deva ser mais
expressivo nos primeiros meses de obra, quando haverá maior divulgação das oportunidades
de trabalhos.

O banco de dados poderá ser utilizado ao longo dos 40 meses da fase de implantação e na
transição entre a fase de implantação e operação, uma vez que há uma alteração no perfil dos
empregos requeridos entre estas fases. Destaca-se, contudo, que para a fase de operação

10
Rede de Empregabilidade concentra, em um único banco de dados, a mão-de-obra disponível na região do
entorno do Complexo Industrial do Porto do Açu. Todas as empresas do Complexo e as que vão se instalar no porto,
assim como os prestadores de serviços, utilizam este banco de dados para contratação. O programa é de
responsabilidade do Porto do Açu, sob gestão do RH. (https://cenpre.ucam-campos.br/noticias/conheca-a-rede-de-
empregabilidade/ )

Arcadis 144
Plano Básico Ambiental - PBA

deverá ser priorizada a contratação dos profissionais já contratados pela empresa,


minimizando as desmobilizações.

O banco de currículos deverá ser compartilhado tanto com outros empreendedores com
intenção de se implantar no CLIPA, município e região e com instituições e agências de
emprego, como o SINE – Sistema Nacional de Emprego, que ajudam a conectar trabalhadores
e empregadores.

Arcadis 145
Plano Básico Ambiental - PBA

Plano de Desmobilização de Mão de Obra

A fim de mitigar os impactos decorrentes da retração do número da população empregada,


quando da desmobilização gradual e completa no fim das obras, devem ser tomadas medidas
específicas, com foco na recolocação dos trabalhadores no mercado de trabalho local ou prever
o fornecimento de apoio para retorno as suas cidades de origem, se for o caso.

Serão realizadas oficinas de capacitação que facilitem a recolocação destes profissionais no


mercado de trabalho. Tais oficinas devem contemplar temas como postura profissional,
marketing pessoal, instruções sobre como proceder à correta elaboração de um currículo,
identificação de mecanismos e agentes de intermediação de mão de obra à disposição para
auxiliá-los no período pós-construção do empreendimento e apresentação do programa MEI –
Microempreendedor Individual como alternativa àqueles que desejarem atuar de forma
independente no mercado de trabalho e com garantias previdenciárias. Outros temas devem
ser acrescentados conforme necessidade percebida pelo profissional que realizará o
acompanhamento do processo de desmobilização.

Soma-se a este esforço o compartilhamento do banco de currículos com outros


empreendedores e agências de fomento ao emprego, conforme já relatado.

Capacitação da Mão de Obra

A execução desta atividade tem como fundamento a promoção da profissionalização local,


superando os baixos níveis de escolaridade, a desatualização e ineficiência do sistema de
formação profissional, entre outras.

O Programa de Treinamento e Capacitação de Mão de Obra visa, como medida mitigadora,


mitigar impactos, qualificar trabalhadores locais das comunidades que estarão sob influência
da área do porto. Mesmo que essa mão de obra não seja absorvida pelo empreendimento,
espera-se que por outro lado, a qualificação permita a abertura de novas oportunidades de
melhoria de vida para os participantes em outras regiões ou unidades produtivas. Prevê-se na
fase de implantação a qualificação de 10% do contingente de mão de obra médio previsto.

Definição dos Cargos e Funções a Qualificar

Considerando-se as vagas que serão criadas pela UTE GNA Porto do Açu III, bem como as
características socioeducacionais da população e as deficiências em termos de oferta de mão
de obra para o mercado de trabalho na AID, serão definidos os cursos de capacitação a serem
ofertados no âmbito do Programa. Ressalta-se, que serão avaliados também os cursos de
formação já oferecidos no âmbito do CLIPA, fazendo com que os programas sejam
complementares, evitando sobreposições e redundâncias.

Identificação de Instituições Parceiras e Definição de Cursos de Qualificação

Considerando-se o contingente populacional a ser empregado, sugere-se, a princípio, a criação


de parcerias com organismos governamentais e entidades da rede “S” com atuação local, por
exemplo. Além disso, podem ser criados convênios com outras entidades do setor privado,
bem como o Sistema Nacional de Emprego (SINE) e a Prefeitura Municipal de São João da
Barra, que promovam um caminho de incorporação da força de trabalho sobrante do Norte
Fluminense (especificamente da AID) nesta nova estrutura produtiva.

Arcadis 146
Plano Básico Ambiental - PBA

Tais instituições em São João da Barra já possuem um portfólio de cursos de qualificação


profissional de curta duração associados a atividades construtivas (obras civis) que atendem a
diversas tipologias de empreendimentos. Nesta fase, o empreendedor fará um alinhamento
com as instituições selecionadas, para definição dos cursos e currículos de qualificação,
definindo os conteúdos que serão ministrados em cada um dos cursos, os materiais de apoio,
as datas e locais para realização dos cursos.

Em trabalho conjunto com o PEA/PCA este programa pode definir qual as áreas de maior
demanda por qualificação na cidade e propor temas específicos, desde que voltados a mão de
obra a ser contratada nas diferentes fases do empreendimento.

Divulgação dos Cursos

Prevê-se também a divulgação dos cursos a serem ofertados para a população, com a
indicação do número de vagas e os procedimentos para inscrição e candidatura. Assim,
utilizando-se dos mecanismos previstos no Programa de Comunicação Social, deverá ser
realizada a divulgação, em especial para o público interessado de São João da Barra, das reais
demandas atuais e futuras, oferecendo, ainda, os possíveis caminhos de capacitação a serem
seguidos pela população.

Cursos de Capacitação de Mão de Obra – Fase de Implantação

Conforme mencionado anteriormente na fase de implantação da UTE GNA Porto do Açu III,
prevê-se a geração de 2258 empregos diretos no pico de obras, sendo cerca de 1.900 vagas
para nível de ensino fundamental/médio e cerca de 300 vagas para profissionais com nível
superior. Assim, no caso das atividades pouco qualificadas, a incorporação da população local
pode ser obtida a partir de cursos rápidos de capacitação e especialização. Como esta é uma
região já com atividades portuárias pretéritas, prevê-se que a capacitação de 10 % deste
contingente atingiria uma parte da população que estaria iniciando, agora, nestas atividades.
Há que se observar, conjuntamente com o PCS, qual a demanda por treinamento para as
atividades/vagas a serem preenchidas.

Cursos de Capacitação de Mão de Obra – Fase de Operação

Esta ação visa a promover cursos específicos para a operação da UTE GNA Porto do Açu III e
tem como público alvo a população de São João da Barra, de forma mais geral, e também,
quando possível, a mão de obra desmobilizada na fase de implantação. Esses cursos,
considerando-se o cronograma de contratação, poderão ser realizados ao longo dos primeiros
anos da fase de implantação, de modo a incorporar a mão de obra em formação.

A etapa de operação diferentemente da fase de implantação, necessita em sua maioria de mão


de obra especializada e em menor número, para tanto quando não for possível o
aproveitamento da mão de obra formada durante a fase de implantação, estima-se que o
treinamento de cerca de 10% da demanda do empreendimento seja um contingente absorvível
pelo empreendimento nesta fase.

Como atividade prévia, poderá ser realizada seleção de pessoas da região com formação
técnica nas áreas de elétrica, instrumentação e mecânica, sendo que esta seleção pode ser
executada em parceria com as instituições do Sistema S, como o Senai, por exemplo. Nestes

Arcadis 147
Plano Básico Ambiental - PBA

cursos serão ministradas matérias específicas e pertinentes aos processos operacionais de


uma UTE.

Elaboração de Relatórios

Serão elaborados relatórios internos com periodicidade mensal e relatórios consolidados, a


serem apresentado para o INEA, com periodicidade a ser definida pelo órgão.

2.3.3.5 Relação com outros Programas

Esse programa tem relação com o Programa de Comunicação Social e o Programa de


Educação Ambiental.

2.3.3.6 Cronograma Físico

Neste item é apresentado o cronograma físico do Programa de Mobilização e Desmobilização


da Mão de Obra.

Arcadis 148
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 32: Cronograma de Execução do Programa de Mobilização e Desmobilização da Mão de Obra.


IMPLANTAÇÃO
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4
ATIVIDADES / AÇÕES
MESES MESES MESES MESES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4
Divulgação das
oportunidades de
trabalho

Cadastramento e Banco
de currículos

Plano de
Desmobilização de Mão
de Obra

Subprograma de Capacitação de Mão de Obra


Definição de Cargos a
Qualificar

Identificação de
Instituições Parceiras

Divulgação de cursos

Cursos -Implantação

Cursos - Operação

Arcadis 149
Plano Básico Ambiental - PBA

2.3.4 Programa de Controle e Monitoramento do Tráfego (PCMT)

2.3.4.1 Apresentação e Justificativas

Durante as obras de implantação da UTE GNA Porto do Açu III haverá um aumento do tráfego
de veículos a serviço do empreendimento nas vias de acesso ao Porto do Açu, o qual se
concentrará nas principais rodovias federais e estaduais existentes na região, como a BR-101,
BR-356 e RJ-240. Os fluxos estarão vinculados à movimentação de materiais e equipamentos
para a instalação das estruturas e ao transporte da mão de obra empregada.

Adicionalmente à malha existente, dentro do complexo portuário, o acesso à UTE GNA Porto
do Açu III será realizado através da UTE GNA Novo Tempo II, visto que as mesmas possuem
sinergias devido à grande similaridade de utilidades e ao período de construção próximo.
Durante a fase de construção da UTE GNA Novo Tempo II foi criado um acesso temporário
pelo Norte, para facilitar a montagem, o deslocamento dos equipamentos e acesso às
instalações dos canteiros de obras. Esse mesmo acesso será utilizado durante a construção
da UTE GNA Porto do Açu III, o qual será desfeito ao fim da construção e início da operação
do empreendimento.

O detalhamento das vias de acesso a serem utilizadas é apresentado no Memorial Descritivo


das Vias de Acesso (40-MDE-1418042-618-P-BCE-001), apresentado em anexo ao volume 1
do Relatório de Solicitação de Licença de Instalação da UTE GNA Porto do Açu III.

Desta forma, é importante o estabelecimento de ações e diretrizes para que o transporte


rodoviário na região, relacionado ao empreendimento, ocorra de forma adequada e organizada,
visando a minimizar os impactos gerados aos usuários da rede viária, aos pedestres, aos
moradores locais e ao meio ambiente devido ao aumento do tráfego de veículos.

2.3.4.2 Objetivo Geral

O objetivo geral desse programa é promover a conscientização e o monitoramento do tráfego


de veículos gerado pelas atividades de implantação da UTE GNA Porto do Açu III, por meio da
proposição de estratégias de educação no trânsito, ordenamento e controle do tráfego e
manutenção e melhorias da malha viária utilizada.

2.3.4.3 Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

Os objetivos específicos, metas e indicadores deste programa são apresentados no Quadro


2- 33 a seguir.

Arcadis 150
Plano Básico Ambiental - PBA

Quadro 2- 33: Objetivos específicos, metas e indicadores do Programa de Controle e


Monitoramento do Tráfego (PCMT).

OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS INDICADORES


Eliminação de 100% de
Manutenção do fluxo livre de interferências do fluxo de Número de incidência de filas
veículos nas vias de acesso ao entrada e saída de veículos no indevidas de espera nas vias
empreendimento local do empreendimento com de acesso próximo às obras.
o tráfego geral da via.
Não haver registro de acidentes
Evitar a ocorrência de Número de registro de
ou incidentes com veículos a
acidentes ou incidentes em vias acidentes ou incidentes
serviço do empreendimento
públicas causadas por veículos envolvendo os veículos a
durante todo o período de
a serviço do empreendimento. serviço do empreendimento.
obras.
Realização das obras de
Minimizar os impactos gerados implantação do
aos usuários da rede viária, aos empreendimento sem a
Número de registros de
pedestres, aos moradores ocorrência de registros de
reclamações de usuários das
locais e ao meio ambiente reclamações de usuários das
vias e comunidades do entorno.
devido ao aumento do tráfego vias e comunidades do entorno
de veículos. relacionadas ao tráfego de
veículos para as obras.

2.3.4.4 Descrição do Programa

2.3.4.4.1 Atividades a serem desenvolvidas

A implantação do presente programa envolverá a realização de atividades relacionadas a


questões estruturais das rodovias; de controle e monitoramento do tráfego de veículos;
educativas e de sensibilização dos trabalhadores e da comunidade afetada.

Deverão ser realizadas as seguintes ações:

i. Elaboração de Plano de Tráfego

ii. Realização de Campanhas de Conscientização e Treinamentos

iii. Implantação e manutenção de sinalização interna e avaliação das condições de


trafegabilidade das rodovias e vias de acesso

iv. Monitoramento de acidentes de trânsito

v. Controle do tráfego de veículos nas obras (portaria)

vi. Monitoramento das Comunicações Recebidas por meio do Canal 0800.

2.3.4.4.2 Procedimentos Metodológicos

As metodologias propostas para a execução do Programa de Controle e Monitoramento do


Tráfego são descritas a seguir.

Arcadis 151
Plano Básico Ambiental - PBA

Plano de Tráfego

Antes do início das obras, deverá ser elaborado um rotograma pelo empreendedor e
subcontratadas, indicando as vias principais a serem obrigatoriamente utilizadas pelos veículos
de carga e de transporte coletivo, de forma a não impactar o tráfego de veículos nas vias
secundárias e estradas vicinais existentes na região, considerando-se como vias principais:

▪ BR-101, que liga o estado do Espírito Santo ao estado do Rio de Janeiro

▪ BR-356, que liga a região de Campos dos Goytacazes ao litoral norte fluminense

▪ RJ- 240, no município de São João da Barra.

▪ RJ-240, que liga o distrito de Amparo à portaria principal do empreendimento

▪ Demais vias de acesso e portarias criadas para atendimento ao empreendimento.

O planejamento do tráfego também deverá levar em conta os horários de pico, prevendo-se a


redução de fluxo de veículos gerado pelo empreendimento em dias e horários em que ocorre
maior volume de tráfego nas vias utilizadas, principalmente em função de turismo em fins de
semana, feriados e verão.

Campanhas de Conscientização e Treinamentos

Deverão ser realizadas, periodicamente, ações de conscientização dos usuários das vias
afetadas através de blitzes e treinamentos dos motoristas.

Os treinamentos dos motoristas deverão abordar os temas como:

▪ Leis de trânsito e sua importância

▪ Direção defensiva

▪ Vias de acesso e suas condições de tráfego.

As blitzes educativas deverão ser promovidas com autorização prévia e apoio das autoridades
de trânsito local, como a Secretaria de Transporte e Coordenadoria de Defesa Civil e Guarda
Municipal, do município de São João da Barra, Polícia Rodoviária Federal e Estadual. Deverão
ser providenciados todos os materiais necessários para a execução do evento, como tenda
para abrigo dos colaboradores envolvidos na ação, água mineral, carro de apoio, EPI, material
de sinalização e divulgação.

As blitzes educativas serão executadas através da abordagem veículos e pedestres, visando


a orientação dos usuários quanto:

▪ Velocidade máxima permitida para a via em questão

▪ Lixo e meio ambiente

▪ Uso do cinto de segurança

Arcadis 152
Plano Básico Ambiental - PBA

▪ Presença de animais nas vias

▪ Trânsito de pedestres

▪ Uso indevido de celulares no trânsito.

Deverão, ainda, serem identificados os motoristas/pedestres que trafegam a serviço das obras
da UTE GNA Porto do Açu III, monitorando:

▪ Presença de selo recebido nas vistorias das contratantes

▪ Porte de crachá pelos usuários

▪ Análise da carga (cheia ou vazia)

▪ Presença de tacógrafo nos veículos

▪ Condições físicas de para-brisa, pneus, iluminação, etc.

▪ Validade do extintor transportado.

Essas ações deverão ocorrer com periodicidade mínima anual, durante a implantação do
empreendimento, e possuirá como público-alvo os usuários das vias selecionadas para
realização das ações.

Implantação e manutenção de sinalização interna e avaliação das condições de trafegabilidade


das rodovias e vias de acesso

Deverão ser instaladas nas vias internas do empreendimento sinalizações conforme


procedimentos recomendados pelo Código Brasileiro de Trânsito, instituído pela Lei nº
9.503/97, observando-se as dimensões mínimas estabelecidas por tipo de via conforme
Resolução Contran n° 180/05.

Deverá ser realizada a manutenção periódica da sinalização instalada, visando à garantia da


boa visibilidade pelos condutores e usuários das vias, e o monitoramento de forma contínua,
mediante a prática de rondas semanais.

Deverão ser avaliadas periodicamente as condições de pavimentação das vias de acesso ao


empreendimento, propondo-se melhorias quando necessário aos órgãos responsáveis.

Monitoramento de acidentes de trânsito

Deverá ser realizado o monitoramento da ocorrência de acidentes de trânsito no entorno do


empreendimento, sobretudo nas vias utilizadas para acesso às obras, visando ao registro dos
dados e informações, de forma a subsidiar a proposição de ações que minimizem a ocorrência
de outros acidentes similares. Os dados sobre a ocorrência de acidentes deverão ser obtidos
através de consulta junto à Polícia Rodoviária Federal, à Polícia Rodoviária do Estado do Rio
de Janeiro e à Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Controle do tráfego de veículos nas obras (portaria)

Arcadis 153
Plano Básico Ambiental - PBA

Para a condução de veículos no Porto do Açu, os motoristas deverão realizar treinamento


específico para a obtenção de crachá, o qual deverá ser apresentado nas portarias de acesso
ao empreendimento para a liberação da entrada.

Também deverão ser realizadas vistorias de modo aleatório nos veículos relacionados ao
empreendimento, verificando-se:

▪ Faróis dianteiros

▪ Lanternas traseiras

▪ Setas, dianteiras e traseiras

▪ Presença de AIR-BAG

▪ Extintores de incêndio e sua validade

▪ Cinto de segurança (dianteiros e traseiros)

▪ Luz de freio

▪ Nível de óleo

▪ Estepe

▪ Ferramentas para estepe

▪ Triângulo de sinalização

▪ Condição dos pneus

▪ Documentação do veículo e do condutor.

No caso de veículos de carga que transportam produtos perigosos devem-se seguir


regulamentos do Decreto Federal n° 96.044/88, que aprova o Regulamento para o Transporte
Rodoviário de Produtos Perigosos. É da responsabilidade do fornecedor do produto perigoso
o cumprimento de todas as condições impostas pelo referido decreto.

Monitoramento das Comunicações Recebidas por meio do Canal 0800

Essa ação visa à criação de um canal de comunicação com as comunidades localizadas na


área de influência do empreendimento de forma a identificar possíveis interferências do mesmo
sobre o trânsito e a qualidade de vida dos moradores.

Será utilizado o canal de comunicação estabelecido para o Programa de Comunicação Social


- PCS e, portanto, o controle de atendimento à comunidade será feito a partir dele.

Todas as comunicações relacionadas ao tráfego de veículos a serviço do empreendimento


deverão ser registradas e repassadas para a equipe técnica responsável pelo PCMT e
respondidas à comunidade, verificando-se a necessidade de implementação de medidas de
melhorias relacionadas ao tráfego de veículos.

Arcadis 154
Plano Básico Ambiental - PBA

2.3.4.5 Relação com outros Programas

Este programa possui inter-relacionamento com o Programa de Comunicação Social (PCS) e


Programa de Gerenciamento Ambiental das Obras (PGAO).

2.3.4.6 Cronograma de Execução

As ações do Programa de Controle e Monitoramento do Tráfego (PCMT) serão executadas ao


longo de toda a fase de implantação do empreendimento, conforme cronograma apresentado
no Quadro 2- 34.

Quadro 2- 34: Cronograma de Execução do Programa de Controle e Monitoramento do Tráfego


(PCMT).

CICLO ANUAL

ATIVIDADES MESES
1 1 1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2
Elaboração de Plano de Tráfego
Realização de Campanhas de Conscientização e Treinamentos
Implantação e manutenção de sinalização interna e avaliação das
condições de trafegabilidade das rodovias e vias de acesso
Monitoramento de acidentes de trânsito
Controle do tráfego de veículos nas obras (portaria)
Monitoramento das Comunicações Recebidas por meio do Canal
0800

Arcadis 155
Plano Básico Ambiental - PBA

3. Considerações Finais
Este PBA é o documento que descreve as atividades que compõem os Programas Ambientais
apresentados e que servirão para subsidiar tecnicamente o INEA na análise da conformidade
ambiental do empreendimento da UTE GNA II Geração de Energia Ltda., com vistas à obtenção
da Licença de Instalação (LI) da UTE GNA Porto do Açu III, localizado no município de São
João da Barra/RJ. Conforme mencionado inicialmente neste documento, a definição dos
programas socioambientais constantes do PBA considerou as atividades a serem executadas
para implantação da UTE GNA Porto do Açu III e as respectivas demandas do EIA/RIMA e LP.

Neste sentido, o PBA assume os requisitos de:

▪ Dotar o empreendedor e o empreendimento de procedimentos e requisitos técnicos e


de qualidade do meio ambiente e segurança, bem como o atendimento às normas e
legislações vigentes.

▪ Verificar a eficácia das ações dos programas ambientais durante sua execução,
identificando a necessidade de adoção de ações corretivas.

▪ Estabelecer os mecanismos de diálogo entre os envolvidos nas diferentes fases do


empreendimento, através do gerenciamento da execução dos programas ambientais,
com acompanhamento dos cronogramas físico e financeiro de cada programa, ora
proposto.

O Plano Básico Ambiental orienta, entre outros, a gestão ambiental do conjunto de medidas de
ordem técnica e gerencial que visam a assegurar que o empreendimento seja implantado e
operado em conformidade com a legislação ambiental e outras diretrizes relevantes, a fim de
minimizar os riscos ambientais e os impactos adversos, além de potencializar os efeitos
benéficos.

Face ao exposto, este documento apresenta o detalhamento dos programas apresentados no


EIA/RIMA, considerando seus principais aspectos e impactos socioambientais. Desta forma,
os programas ora encaminhados visam a descrever atividades necessárias à execução das
medidas de controle e monitoramento que garantam a viabilidade ambiental da implantação da
UTE GNA Porto do Açu III. A UTE GNA II Geração de Energia Ltda entende que, com a
implantação das medidas propostas, o empreendimento UTE GNA Porto do Açu III está apto a
requerer a aprovação do referido PBA e emissão da Licença de Instalação (LI), referente à sua
implantação, no município de São João da Barra/RJ.

Arcadis 156
Plano Básico Ambiental - PBA

4. Literaturas Consultadas
ARAUJO, D.S.D. 2000. Análise florística e fitogeográfica das restingas do Estado do Rio de
Janeiro. Tese de Doutorado. PPG-Ecologia/Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro. 176 p.

ASSUMPÇÃO, J. 1998. Caracterização estrutural, florística e fisionômica da vegetação de


restinga do complexo lagunar Grussaí/Iquipari, São João da Barra, RJ. Dissertação de
Mestrado. Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campos dos Goytacazes.

ASSUMPÇÃO, J. & NASCIMENTO, M. T. 2000. Estrutura e composição florística de quatro


formações vegetais de restinga no complexo lagunar de Grussaí/Iquipari, São João da Barra,
RJ, Brasil. Acta Botanica Brasilica 14: 301- 315.

BALLONI, E.A. Influência do espaçamento de plantio na produtividade florestal. Silvicultura,


v.8, n. 31, p. 588-593, 1983.

BECHARA, F. C. 2003. Restauração Ecológica de Restingas Contaminadas por Pinus No


Parque Florestal Do Rio Vermelho, Florianópolis. Dissertação De Mestrado, Universidade
Federal De Santa Catarina Centro De Ciências Biológicas Departamento De Botânica Pós-
Graduação Em Biologia Vegetal. Florianópolis Santa Catarina – Brasil.

BUZETTO, F. A.; BIZON, J. M. C. & SEIXAS, F. Avaliação de polímero adsorvente à base de


acrilamida no fornecimento de água para mudas de Eucalyptus uroplylla em pós-plantio.
Piracicaba. Circular Técnica, IPEF, n. 195, 2002.

CALVI, G. P. ; VIEIRA, G. A Nucleação como Ferramenta para Recuperação de Áreas


Degradadas pela Exploração Petrolífera. In: II Workshop de Avaliação Técnica e Científica da
Rede CTPetro Amazônia, 2006, Manaus. II Workshop de Avaliação Técnica e Científica da
Rede CTPetro Amazônia, 2006.

DECRETO nº 41.612 de 23 de dezembro 2008. Dispõe sobre a definição de restingas no


Estado do Rio de Janeiro.

LEFF. Enrique. Saber Ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder.


Petrópolis: Vozes, 2001. 344 p.

MARTINEZ, M. L.; GARCIA - FRANCO, J. G. Plant - plant interactions in coastal dunes . In:
MARTINEZ, M. L. & SUTY, N. P. (ed.). Coastal dunes: ecology and conservation. (Ecological
Studies, 171).Springer - Verlag, Berlin, Germany, 2004, p.205 - 220.

PINÃ-RODRIGUES, F. C. M.; FREIRE, J. M.; LELES, S. S. P.; BREIER, B. T. Parâmetros


técnicos para produção de sementes florestais. Seropédica: EDUR, 2007. 188 p.
RADAMBRASIL. 1983. Levantamento de recursos naturais, v.32, folha S/ F. 23/ 24. Rio de
Janeiro/ Vitória. Ministério das Minas e Energia, Rio de Janeiro.

RESOLUÇÃO CONAMA nº 417 de 23/11/ 2009 - Dispõe sobre parâmetros básicos para
definição de vegetação primária e dos estágios sucessionais secundários da vegetação de
Restinga na Mata Atlântica e dá outras providências.

Arcadis 157
Plano Básico Ambiental - PBA

RESOLUÇÃO CONAMA nº 453 de 02 de outubro de 2012 – Lista de espécies indicadoras dos


estágios sucessionais de vegetação de restinga para o Estado do Rio de Janeiro, de acordo
com a resolução CONAMA n0 417/2009.

RIBEIRO, G.A.; LIMA, G.S.; OLIVEIRA, A.L.S.; CAMARGO, V.L.; MAGALHAES, M.U.
Eficiência de um retardante de longa duração na redução da propagação do fogo. Revista
Árvore, Viçosa, v.30, p.1025-1031, 2006.

RODRIGUES, R.R.; GANDOLFI, S. Conceitos, tendências e ações para recuperação de


florestas ciliares. In: RODRIGUES, R.R.; LEITÃO FILHO, H.F. (Ed.). Matas ciliares:
conservação e recuperação. 3.ed. São Paulo: Edusp/Fapesp, 2004. p.235-248.

RODRIGUES, R.R., GANDOLFI, S. Restauração de florestas tropicais: subsídios para uma


definição metodológica e indicadores de avaliação e monitoramento. In: DIAS, L.E., MELLO,
J.W.V. Recuperação de áreas degradadas. Viçosa: Sobredade, UFV, 1998. P.203- 215.

SAMPAIO, D.; SOUZA, V.C.; OLIVEIRA, A.A.; PAULA - SAUZA, J.; RODRIGUES, .R. Árvores
da restinga - Guia de identificação. Editora Neotrópica, São Paulo, 2005, 277p.

SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL -


SEMADS. Bacias Hidrográficas e Rios Fluminenses. Síntese Informativa por Macrorregião
Ambiental. Rio de Janeiro: Semads: il. (Cooperação Técnica Brasil-Alemanha, Projeto
PLANÁGUA SEMADS/GTZ. Publi03 - Rios Fluminenses), 2001.

SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL -


SEMADS. Lagoas do Norte Fluminense. Estado do Rio de Janeiro, mar. 2002.

SENA, J. S.; LEME, R. F.; FILHO, N. L. Utilização de "Topsoil" da Floresta no processo de


recuperação de áreas degradadas em Urucu, Manaus, 2006.

SOUZA, C. C. de.; Estabelecimento e Crescimento Inicial de Espécies Florestais em Plantios


de Recuperação de Matas de Galeria do Distrito Federal. 2002. Dissertação (Mestrado em
Ciências Florestais) - Universidade de Brasília, Brasília.

TETRA TECH; 2015. Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental
(RIMA) da UTE Novo Tempo GNA, São João da Barra, RJ.

TRISTÃO. Martha. Tecendo os fios da educação ambiental: o subjetivo e o coletivo, o pensado


e o vivido. Educ. Pesqui., v. 31, n. 2, pp. 251-264, 2005

Arcadis 158
Plano Básico Ambiental - PBA

5. Anexos
▪ Anexo I - ATA CONDIR da 442ª Reunião Ordinária de Licenciamento Ambiental do dia
08/08/2018

▪ Anexo II - Currículo e ART da Equipe de Fauna

Arcadis 159
Plano Básico Ambiental - PBA

Anexo I - ATA CONDIR da 442ª Reunião Ordinária


de Licenciamento Ambiental do dia 08/08/2018

Arcadis 160
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Secretaria de Estado do Ambiente - SEA
Instituto Estadual do Ambiente - INEA
63.01.01.01
ATA da 442ª Reunião Ordinária de Licenciamento Ambiental do Condir do dia
08/08/2018

Aos oito dias do mês de agosto de dois mil e dezoito, às dez horas, em sua sede na
Avenida Venezuela, cento e dez, segundo andar, na sala de reuniões da presidência do
Instituto Estadual do Ambiente (INEA), na cidade do Rio de Janeiro, realizou-se a
quadringentésima quadragésima segunda Reunião Ordinária de Licenciamento
Ambiental do Conselho Diretor do INEA (CONDIR), instituída pelo Decreto Estadual
nº 41.628, de doze de janeiro de dois mil e nove. Na Reunião, estavam presentes os
Senhores Conselheiros: Marcus de Almeida Lima, Presidente; Julia Kishida Bochner,
Diretora Adjunta, representante da Diretoria de Biodiversidade, Áreas Protegidas e
Ecossistemas (DIBAPE); Antônio Carlos Freitas de Gusmão, Diretor Adjunto,
representante da Diretoria de Gente e Gestão (DIGGES); Nestor Prado Júnior, Diretor
de Licenciamento Ambiental (DILAM); Jose Maria de Mesquita Junior, Diretor de Pós-
Licença (DIPOS); e Victor D` Ávila Martins, Adjunto II, representante da Diretoria de
Recuperação Ambiental (DIRAM). Os demais constam na lista de presença I.
Abertura: Abrindo os trabalhos, o Presidente cumprimentou a todos e deu início à
reunião. 1. E-07/002.6478/14 – Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
Requerimento: Deliberar quanto à manutenção da Licença Ambiental Simplificada
(LAS IN033662) que aprova a concepção, localização, implantação e operação de
Centro de Treinamento para Combate a Incêndios, com armazenamento de 1 (um)
tanque de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) com capacidade para 4m3, no município de
Volta Redonda. Decisão: Conforme considerações da equipe técnica da
Superintendência Regional do Médio Paraíba do Sul (SUPMEP) e tendo em vista a
Carta da empresa - GOAR 176/18, de 10/07/18, e a Manifestação da equipe técnica da
SUPMEP, de 13/07/18, que esclareceram que: (i) a empresa solicitou o cancelamento da
LAS IN033662 e o arquivamento do processo E-07/002.6478/14, por motivos
estratégicos, informando que não houve avanço no projeto em questão; e (ii) a atividade
não foi implantada, conforme atestado em vistoria técnica e por meio do Relatório

Instituto Estadual do Ambiente (INEA)


Avenida Venezuela, 110 – Saúde – Rio de Janeiro - RJ-CEP: 20.081-312
Telefone 2332-4604 / www.inea.rj.gov.br
Folha 1 de 4
631.07.18; o Conselho Diretor determinou a anulação da LAS IN033662, reconhecendo
que houve um vício de competência quando de sua assinatura e entendendo que essa
decisão não irá prejudicar o que foi requerido pela empresa por meio da Carta da
empresa - GOAR 176/18, de 10/07/18. 2. E-07/002.1232/13 – Meritor do Brasil
Sistema Automotivos Ltda.. Requerimento: Renovação da Licença de Operação (LO
IN022974) para fabricação, montagem e pintura de eixos traseiros e dianteiros para
veículos comerciais (ônibus e caminhão), no município de Resende. Decisão:
Renovação aprovada conforme considerações da equipe técnica da SUPMEP e Parecer
Técnico de Renovação de Licença de Operação nº SUPMEP 85.07.18. 3. PD-
07/014.178/18 – Hefesto Consultoria e Projetos Ltda.. Requerimento: Renovação da
Autorização Ambiental (AA IN035066) para intervenção em Área de Preservação
Permanente (APP) de edificações projetadas (parte dos blocos 1 e 2, depósito de roupas,
manutenção, refeitório, guarderia, banheiro/vestiário feminino, lava-pés, jardins,
parquinho, guarita, calçadão de acesso (em área permeável), área de circulação, rampa
de acesso P.N.E (Portadores de Necessidades Especiais), banheiro, medidor, meio-fio
projetado, mureta, gradil, área impermeabilizada apresentada como “vai ao meio fio” e
vagas de estacionamento - 1, 2, 3, 4, 5, 40, 41, 42, 43, 54 e 55) na Faixa Marginal de
Proteção (FMP) da Laguna de Piratininga, no município de Niterói. Decisão: Conforme
considerações da equipe técnica da Gerência de Licenciamento de Recursos Hídricos
(GELIRH) e Parecer Técnico n° 208/2018/SEFAM, que esclareceram que: (i) as
benfeitorias aprovadas por meio da AA IN035066 ainda não foram implantadas; (ii) não
houve alteração no projeto aprovado anteriormente; (iii) já houve deliberação do
CONDIR sobre o tema, em sua 338ª Reunião Ordinária de Licenciamento Ambiental,
do dia 06/06/16; (iv) a empresa já apresentou o projeto de recomposição de vegetação
em FMP, na proporção de, no mínimo, 8:1, conforme deliberado pelo CONDIR, em
relação à área que sofrerá intervenção, com espécies nativas e significativas do
ecossistema local.; e (v) o Serviço de Demarcação de Faixa Marginal de Proteção
(SEFAM) é favorável ao deferimento da solicitação; o Conselho Diretor aprovou a
renovação da AA IN035066. 4. PD-07/014.70/18 - Roberto Mauro Mansur.
Requerimento: Renovação da Autorização Ambiental (AA IN036531) para intervenção
em Área de Preservação Permanente (APP) de edificações (prédio com 6 pavimentos, 1
pilotis e 2 garagens e muro de divisa da propriedade) na Faixa Marginal de Proteção
(FMP) do Rio Paraíba do Sul, no município de Barra do Piraí. Decisão: Conforme
considerações da equipe técnica da GELIRH e Parecer Técnico nº 207/2018/SEFAM,

Folha 2 de 4
que esclareceram que: (i) a AA IN036531 foi emitida nos autos do processo
administrativo E-07/002.10764/15; (ii) as benfeitorias aprovadas por meio da AA
IN036531 ainda não foram implantadas; (iii) não houve alteração no projeto aprovado
anteriormente; (iv) já houve deliberação do CONDIR sobre o tema, nos autos do
processo administrativo E-07/002.10764/15, em sua 344ª Reunião Ordinária de
Licenciamento Ambiental, do dia 18/07/16; e (v) o Serviço de Demarcação de Faixa
Marginal de Proteção (SEFAM) é favorável ao deferimento da solicitação; o Conselho
Diretor aprovou a renovação da AA IN036531. 5. PD-07/014.514/17 - Companhia
Municipal de Limpeza Urbana de Niterói. Requerimento: Renovação da Licença de
Instalação (LI IN037541) para aterro sanitário em área de 70.000m2 para recebimento
exclusivo de resíduos de varrição pública, no município de Niterói. Decisão: Conforme
considerações da equipe técnica da DILAM e Parecer Técnico de LI nº 20/2018, que
esclareceram que em sua 436ª Reunião Ordinária de Licenciamento Ambiental, do dia
27/06/18, o CONDIR, face à discussão sobre o processo E-07/501.553/12, decidiu
indeferir o requerimento do processo PD-07/014.514/17 por perda de objeto, em razão
da aprovação da convalidação e averbação da Licença de Instalação (LI IN037541); o
Conselho Diretor ratificou sua decisão do dia 27/06/18 indeferindo o requerimento de
renovação. 6. Por solicitação do Diretor da DILAM, o processo E-07/002.11216/17 –
Gás Natural Açu Ltda. foi incluído na pauta. Requerimento: Averbação da Licença de
Instalação (LI IN044379) para alteração de layout e projetos das utilidades para garantir
sinergia entre a UTE Novo Tempo GNA II e a UTE GNA Porto do Açu III (futuramente
instalada), a supressão de vegetação de restinga em área de 0,35 hectare e alteração de
titularidade da licença. Devido à impossibilidade de proceder-se à alteração do número
do CNPJ no Sistema de Licenciamento informatizado do INEA, deverá ser emitida uma
nova licença, mantendo o prazo de validade da LI IN044379, com as seguintes
alterações: (i) razão social e CNPJ, que passarão de: “Gás Natural Açu S.A., CNPJ:
11.472.927/0001-40”, para: “UTE GNA I Geração de Energia S.A., CNPJ:
23.449.511/0001-90”; (ii) objeto, que passará de: “implantação da UTE Novo Tempo
GNA II, a gás natural, com capacidade instalada de 1.298,963MW, em ciclo
combinado, e linha de transmissão de 1,6km, com supressão em área de 1,1407
hectares e realizar captura, transporte, resgate e monitoramento de fauna silvestre”,
para: “implantação da UTE GNA I Geração de Energia S.A., a gás natural, com
capacidade instalada de 1.298,963MW em ciclo combinado e linha de transmissão de
1,6km, contemplando as alterações de layout, de infraestrutura auxiliar (utilidades,

Folha 3 de 4
tratamento de água, prédios administrativos, oficina, contêineres, sala de estocagem e
laboratório) e da infraestrutura temporária para implantação (canteiros de obras),
supressão de vegetação de restinga em área de 1,4907 hectare, realizar captura,
transporte, resgate e monitoramento de fauna silvestre”; (iii) condicionantes de
validade: (a) substituição das condicionantes n° 11 e 12; (b) exclusão das
condicionantes n° 13 e 14; e (c) inclusão das seguintes condicionantes: recuperar, como
compensação pela supressão de vegetação, área de 3,75ha; apresentar, no prazo de 30
dias após a finalização dos plantios, Relatório de Monitoramento para Certificação da
Implantação do projeto de reflorestamento conforme modelo do Anexo III da Resolução
INEA nº 143/2017; apresentar anualmente Relatório de Monitoramento dos Plantios
realizados como compensação e das atividades de transplantio das espécies ameaçadas
para fins de acompanhamento e quitação do plantio, conforme Anexo IV da Resolução
INEA nº 143/2017. Após a emissão da nova licença, a LI IN044379 deverá ser
revogada. Decisão: Emissão, revogação e alteração aprovadas conforme considerações
da equipe técnica das Gerências de Licenciamento Agropecuário e Florestal
(GELAF/DILAM) e de Licenciamento de Indústrias (GELIN/DILAM) e Pareceres
Técnicos nº 153/2018, da GELAF e de Averbação de Licença de Instalação n° 74/2018,
da GELIN. II. Encerramento Nada mais havendo a tratar, o Presidente agradeceu a
participação de todos. Em seguida, lavrou a presente ata que vai assinada por ele e por
todos os Conselheiros do Instituto Estadual do Ambiente presentes nesta data.

____________________________________ ____________________________________
MARCUS DE ALMEIDA LIMA JULIA KISHIDA BOCHNER
Presidente Diretora Adjunta de Biodiversidade, Áreas Protegidas
Id. f. 4464539-2 e Ecossistemas - Id. f. 4347935-9

____________________________________ ____________________________________
ANTÔNIO CARLOS FREITAS DE GUSMÃO NESTOR PRADO JÚNIOR
Diretor Adjunto de Gente e Gestão Diretor de Licenciamento Ambiental
Id. f. 3995964-3 Id. f. 4189744-7

____________________________________ ____________________________________
JOSE MARIA DE MESQUITA JUNIOR VICTOR D` ÁVILA MARTINS
Diretor de Pós-Licença Representante da Diretoria de Recuperação
Id. f. 2148115-6 Ambiental - Id. f. 5091009-4

Folha 4 de 4
Plano Básico Ambiental - PBA

Anexo II - Currículo e ART da Equipe de Fauna

Arcadis 161
17/01/2019 ART Eletrônica do CRBio-02

Autarquia Federal
CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA
CONSELHO REGIONAL DE BIOLOGIA 2ª REGIÃO RJ/ES

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE 1-ART Nº


TÉCNICA - ART 2-29674/19-E

CONTRATADO
2.Nome: FABRICIO RESENDE FONSECA 3.Registro no CRBio-02: 38934
5.E-mail:
4.CPF: 08487016740 6.Tel: 27-31345350 - 27-9994-2316
fabricio@controlambiental.com.br
7.End.: RUA LUIZ FERNANDES REIS 230 AP.407 8.Bairro:PRAIA DA COSTA
9.Cidade: VILA VELHA 10.UF: ES 11.Cep: 29101120
CONTRATANTE
12.Nome: UTE GNA II GERAÇÃO DE ENERGIA LTDA
13.Registro Profissional: 0 14.CPF/CNPJ: 23514652000140
15.End. RUA DO RUSSEL, 804
16.Tel / E-mail: 21 37258000 / 17.Bairro: 18.Cidade: RIO DE
19.UF: RJ 20.CEP: 22210010
joao.teixeira@gna.com.br GLÓRIA JANEIRO
DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL
21. Natureza: 21.1 Prestação de Serviços: 1.2 Execução de estudos, projetos de pesquisa e/ou serviços | 21.2 Ocupação de Cargo/Função:
22. Identificação: RESGATE DE FAUNA E FLORA
23. Localização Geográfica: 23.1– do Trabalho: RJ 23.2 – da Sede: ES 24 – UF: RJ
25.Forma de participação: Equipe 26.Perfil da equipe: BIÓLOGOS, ENG. AMBIENTAIS
28.Campo de Atuação: Meio Ambiente e Biodiversidade Inventário, Manejo e
27.Área do Conhecimento: Meio Ambiente
Conservação da Fauna
29.Descrição Sumária: RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO GERENCIAMENTO DAS EQUIPES DE RESGATE DE FAUNA E FLORA DAS
OBRAS DA UTE GNA PORTO DO AÇU III, DA GÁS NATURAL AÇU (GNA), NO PORTO DO AÇU, SÃO JOÃO DA BARRA, RJ. CONTRATO
Nº 4700000882. PRT-CASM-357.
31.Total de 32.Início: 11/1/2019
30.Valor: R$ 1.412.155,39 33.Término:
horas: 16 00:00:00
34.ASSINATURAS 35. CARIMBO DO CRBio:
Declaro serem verdadeiras as informações acima.

Data: _____/_____/________ Para autenticação da ART:


Data: _____/_____/________ http://www.crbio02.gov.br/autentica.aspx
código 2019011510252629674
Assinatura e Carimbo do
Assinatura do Profissional
Contratante
36. SOLICITAÇÃO DE BAIXA POR CONCLUSÃO 37. SOLICITAÇÃO DE BAIXA POR DISTRATO
Declaramos a conclusão do trabalho anotado na presente ART, razão pela qual
solicitamos a devida BAIXA junto aos arquivos do CRBio-02.

_____/_____/________ _____/_____/________
Data Data
Assinatura do Profissional Assinatura do Profissional

_____/_____/________ _____/_____/________
Data Assinatura e Carimbo Data Assinatura e Carimbo
do Contratante do Contratante
Código de Autenticação: 2019011510252629674 | Situção da ART: Ativa
ART Eletrônica emitida em 15/1/2019 10:25:26
Esta ART deve sempre ser acompanhada do recibo de pagamento Nº
Impressão efetuada em 17/1/2019 10:55:27
28078380000050383

http://eco.crbio-02.gov.br/Relat/BioART2.Aspx?o=p&c=2019011510252629674&i=38934&a=29674 1/1
15/01/2019 CRBio-02 - Cobrança Banco do Brasil

Autarquia Federal
CONSELHO REGIONAL DE BIOLOGIA - 2ª REGIÃO RJ/ES
Boleto de Recolhimento de Anuidades e/ou Emolumentos

Instruções:

1. Imprima em impressora jato de tinta (ink jet) ou laser em qualidade normal ou alta Não use modo econômico. Por
favor, configure a margens esquerda e direita para 17 mm
2. Utilize folha A4 (210 x 297 mm) ou Carta (216 x 279 mm) e margens mínimas esquerda e direita do formulário.
3. Corte na linha indicada. No rasure, risque, fure ou dobre a região onde se encontra o código de barras.
4. Mantenha seu e-mail atualizado!

001-9 00190.00009 02807.838004 00050.383173 7 78000000004823


Cedente Agência / Código do Cedente Espécie Quantidade Nosso número
CONS REGIONAL DE BIOLOGIA 2ª REGIÃO RJ/ES 0392-1 / 0260302-0 R$ 28078380000050383
Número do documento Contrato CPF/CEI/CNPJ Vencimento Valor documento
0000050383 2807838 02.452.608/0001-82 14/02/2019 48,23
(-) Desconto / Abatimento (-) Outras dedues (+) Mora / Multa (+) Outros acréscimos (=) Valor cobrado

Sacado
FABRICIO RESENDE FONSECA - 38934
Endereço
RUA LUIZ FERNANDES REIS 230 AP.407 - VILA VELHA/ES - 08487016740
Instruções (Texto de responsabilidade do cedente)
(O Próprio) [331]
*** NÃO RECEBER APÓS O VENCIMENTO ***
EMISSÃO DE ART 2-29674/19-E

Mantenha seu e-mail atualizado!

Este recibo somente terá validade com a autenticação mecânica ou acompanhado do ┌---------------------------- Autenticação mecânica - Recibo do Sacado ----------------------------┐
recibo de pagamento emitido pelo Banco
recebimento através de do cheque nº do banco
esta quitação só terá validade após o pagamento do cheque pelo banco sacado.

Corte na linha pontilhada

001-9 00190.00009 02807.838004 00050.383173 7 78000000004823


Local de pagamento Vencimento
QUALQUER BANCO ATÉ O VENCIMENTO 14/02/2019
Cedente Agência/Código cedente
CONS REGIONAL DE BIOLOGIA 2ª REGIÃO RJ/ES 0392-1 / 0260302-0
Data do documento Nº documento Tipo doc. Aceite Data process. Nosso número
15/1/2019 0000050383 RC N 15/1/2019 28078380000050383
Uso do banco Carteira Moeda Quantidade x Valor (=) Valor documento
17-035 R$ 48,23
Instruções (Texto de responsabilidade do cedente) 27 (-) Desconto / Abatimento

*** NÃO RECEBER APÓS O VENCIMENTO ***


35 (-) Outras deduções
EMISSÃO DE ART 2-29674/19-E

19 (+) Mora / Multa

(+) Outros acréscimos

(=) Valor cobrado

Sacado
FABRICIO RESENDE FONSECA - 38934
RUA LUIZ FERNANDES REIS 230 AP.407 - PRAIA DA COSTA
29101-120 VILA VELHA / ES CPF 08487016740
Sacador/Avalista
Autenticação mecânica - Ficha de Compensação

Corte na linha pontilhada

http://eco.crbio-02.gov.br/Boleta/bb.Aspx?fj=F&c=762052&i=38934&b=28078380000050383&s=9407 1/1
G337151252687995012
15/01/2019 13:05:03
Emissão de comprovantes - 3o nível

15/01/2019 - BANCO DO BRASIL - 13:05:02


002100021 0062

COMPROVANTE DE PAGAMENTO DE TITULOS

CLIENTE: CONTROL AMBIENTAL SUSTENT


AGENCIA: 0021-3 CONTA: 141.090-3
================================================
BANCO DO BRASIL
------------------------------------------------
00190000090280783800400050383173778000000004823
NR. DOCUMENTO 11.501
NOSSO NUMERO 28078380000050383
CONVENIO 02807838
CONSELHO REGIONAL DE BIOLOGIA
AG/COD. BENEFICIARIO 0392/00260302
DATA DO PAGAMENTO 15/01/2019
VALOR DO DOCUMENTO 48,23
VALOR COBRADO 48,23
================================================
NR.AUTENTICACAO E.6BA.C8A.76A.D44.A9E

Transação efetuada com sucesso por: JC264873 DARA DA SILVA FERREIRA.


Curriculum vitae
Carlos Henrique de Oliveira Nogueira

2019
1 - Apresentação:
Médico Veterinário formado pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy
Ribeiro. Atualmente é Analista de Biodiversidade Pleno pela empresa Control
Ambiental Sustentabilidade e Meio Ambiente. Tem experiência em manejo, clínica e
diagnóstico por imagem de animais silvestres e exóticos, atuando também a campo em
resgates e inventários de fauna.

2 - Identificação:
Nome: Carlos Henrique de Oliveira Nogueira
Filiação: Antônio Carlos Nogueira e Eliane Maria de Oliveira Nogueira
Nascimento: 10/07/1988 / Quixadá (CE) / Brasil
RG: 2001098148167 - CE CPF: 020.417.183-07 CRMV-RJ: 13128
Endereço Residencial: Rua Manoel Ribeiro, 91, Casa 18 – Bairro Parque Aurora.
Campos dos Goytacazes (RJ), Brasil. CEP 28025-530.
Email: herpeto.nogueira@gmail.com
Telefones: (22) 99766 7755 Whatsapp: (22) 99766 7755
Skype: chenrique_nogueira

3 – Histórico de Formação Acadêmica:

Graduação
 Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy
Ribeiro, UENF, concluído em 2012.2.

Cursos em áreas afins


 2007
Curso: “I Curso Teórico e Prático da Avaliação da Eficiência Reprodutiva e
Exame Andrológico de Ovinos” - Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 27 e 28 de Abril – Carga horária:
15h.
 2008
Curso: “Contenção Físico-Química e Sexagem de Répteis” - X SACAMEV -
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos
Goytacazes, RJ – 12 e 13 de Junho – Carga horária: 14h.
Curso: “Rastreamento de Fauna” – XI SACAMEV - Universidade Estadual
do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 05 e 06 de
Novembro – Carga horária: 10h.

 2009
Minicurso: “Conhecendo o Lattes” – Congresso Fluminense de Iniciação
Científica – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro –
Campos dos Goytacazes, RJ – Carga horária: 03h.
Minicurso: “Desafios do Jornalismo Científico: A Prática e a Crítica” –
Congresso Fluminense de Iniciação Científica - Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – Carga horária: 03h.
Curso de Extensão: “Biologia de Crocodilianos e Manejo do Jacaré-do-
Papo-Amarelo” – Parque Municipal Chico Mendes – Rio de Janeiro, RJ – 12
de Setembro – Carga horária: 08h.

 2010
Curso: “Curso de Ciências Forenses” – Renova Cursos Ambientais – Rio de
Janeiro, RJ – 17 de Março – Carga horária: 08h.
Curso: “Manejo de Fauna e Flora Silvestre / Módulo Herpetofauna” –
Instituto de Pesquisas e Ações Conservacionistas – Floresta Nacional de
Silvânia, GO – 02 a 06 de Junho – Carga horária: 40h.
Curso: “Manejo de Fauna e Flora Silvestre / Módulo Fotografia em
Campo” – Instituto de Pesquisas e Ações Conservacionistas – Floresta Nacional
de Silvânia, GO – 02 a 06 de Junho – Carga horária: 15h.

 2011
Minicurso: “Fotociência: Introdução ao Uso da Imagem Digital no Campo
Científico” – III Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica –
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos
Goytacazes, RJ – Carga horária: 06h.

 2012
Minicurso: “Falcoaria” – I Semana de Medicina de Animais Silvestres da
UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Seropédica, RJ –
Carga horária: 08h.
Curso: “Medicina Veterinária e Biologia de Canídeos Neotropicais” –
Associação Mata Ciliar – Jundiaí, SP – 27 a 29 de Julho – Carga horária: 20h.

 2018
Curso: “Manejo de Anfíbios em Cativeiro” – I ANFOCO: Simpósio
Brasileiro de Conservação de Anfíbios – Fundação Parque Zoológico de São
Paulo – São Paulo, SP – 03 de Agosto – Carga horária: 08h.

4 - Atuação Profissional:

Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF)

Aulas de Graduação
 2007
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro / Centro de Ciências
e Tecnologias Agropecuárias / Hospital Veterinário / Setor de Morfologia e
Anatomia Patológica – Semestre 2007.1 – Disciplina Anatomia Aplicada a
Zootecnia – Tema lecionado: “Anatomia Comparada – Répteis” – Carga
horária: 02h.
 2008
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro / Centro de Ciências
e Tecnologias Agropecuárias / Hospital Veterinário / Setor de Morfologia e
Anatomia Patológica – Semestre 2008.1 – Disciplina Anatomia Aplicada a
Zootecnia – Tema lecionado: “Anatomia Comparada – Répteis” – Carga
horária: 02h.
 2010
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro / Centro de Ciências
e Tecnologias Agropecuárias / Hospital Veterinário / LCCA – Semestre 2010.1
– Disciplina Semiologia Veterinária – Tema lecionado: “Semiologia em
Animais Selvagens: Répteis” – Carga horária: 03h.

 2012
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro / Centro de Ciências
e Tecnologias Agropecuárias / Hospital Veterinário / Setor de Morfologia e
Anatomia Patológica – Semestre 2012.1 – Disciplina Anatomia Aplicada a
Zootecnia – Tema lecionado: “Anatomia das Aves” – Carga horária: 04h.
 2013
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro / Centro de Ciências
e Tecnologias Agropecuárias / Hospital Veterinário / Setor de Morfologia e
Anatomia Patológica – Semestre 2013.1 – Disciplina Anatomia Aplicada a
Zootecnia – Tema lecionado: “Anatomia das Aves” – Carga horária: 04h.
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro / Centro de Ciências
e Tecnologias Agropecuárias / Hospital Veterinário / Setor de Morfologia e
Anatomia Patológica – Semestre 2013.2 – Disciplina Introdução ao Estudo
dos Animais Selvagens e Exóticos – Temas lecionados: “Identificação e
Taxonomia de Anfíbios”; “Morfologia e Fisiologia de Anfíbios”;
“Contenção de Anfíbios”; “Identificação e Taxonomia de Répteis”;
“Morfologia e Fisiologia de Répteis”; “Contenção de Répteis” – Carga
horária: 18h.
 2014
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro / Centro de Ciências
e Tecnologias Agropecuárias / Hospital Veterinário / LSA – Semestre 2014.2 –
Disciplina Medicina Veterinária e Preventiva – Tema lecionado: “Acidentes
com animais peçonhentos” – Carga horária: 02h.
 2015
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro / Centro de Ciências
e Tecnologias Agropecuárias / Hospital Veterinário / Setor de Morfologia e
Anatomia Patológica – Semestre 2015.1 – Disciplina Anatomia dos Animais
Domésticos II – Tema lecionado: “Anatomia das Aves” – Carga horária: 06h.
 2017
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro / Centro de Ciências
e Tecnologias Agropecuárias / Hospital Veterinário / Setor de Morfologia e
Anatomia Patológica – Semestre 2015.1 – Disciplina Anatomia dos Animais
Domésticos II – Tema lecionado: “Anatomia das Aves” – Carga horária: 06h.

Estágios
 Estágio voluntário no Instituto ORCA (Organização Consciência
Ambiental) – Vila Velha, ES – Período: Julho a Setembro de 2008 – Carga
horária: 60 horas.
 Estágio voluntário no NEPAS (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Animais
Selvagens) – Campos dos Goytacazes, RJ – Período: Abril de 2009 a Março de
2011 – Carga horária: 960h.
 Estágio voluntário no NUROF (Núcleo Regional de Ofiologia) –
Universidade Federal do Ceará – Fortaleza, CE – Período: 17 a 26 de Abril de
2012 – Carga horária: 64h.
 Pesquisador voluntário (Estágio) no projeto “Habitat Change and the
Status of the Herpetofauna in the Atlantic Forest of Brazil” – Centro ECOA
(Ecologia e Conservação Animal) / Universidade Católica de Salvador – DICE
(Durrell Institute of Conservation na Ecology ) / University of Kent – Salvador,
BA – Período: 23 de Abril a 03 de Maio de 2012 – Carga horária: 25h.
 Estágio voluntário na ONG Associação Mata Ciliar – Jundiaí, SP – Período
de 03 de Fevereiro a 10 de Março de 2014 – Carga horária: 200h.

Monitorias
Monitor na apresentação do funcionamento do anatômico – “IV Semana
Nacional de Ciência e tecnologia” – Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro – Período: 02 e 03 de Outubro de 2007 – Carga
horária: 03h.

FALCOIT Sistemas, Projetos e Consultoria em Meio Ambiente, FALCOIT, Brasil.

 2017
Serviços técnicos especializados, Base Avançada Campos dos Goytacazes.
Serviço Realizado: Diagnóstico de Fauna Terrestre - EIA RIMA Molhe Sul /
Porto do Açu.

Control Ambiental Sustentabilidade e Meio Ambiente


 2018
Atuação profissional: Médico Veterinário / Analista de Biodiversidade Pleno
Atividades desenvolvidas: Resgate e reabilitação de fauna silvestre e doméstica
em empreendimentos com supressão vegetal e ambientes insdustriais.

5 - Artigos publicados/aceitos para publicação:

a. Peridódicos A2

 Nogueira, C.H.O.; Jerdy, H. (2015): First record of osseous metaplasia in free-


living Philodryas patagoniensis (Girard, 1858). The Journal of Wildlife Diseases
(Aceito para publicação).

 Sales, I. S., Nogueira, C.H.O., Silveira, L. S. (2015). Gota úrica visceral em


coruja suindara (Tyto alba) de vida livre. Pesquisa Veterinária Brasileira. 35 (2): 169 –
172.

b. Periódicos B2
 Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Nogueira, C.H.O.; Pereira Junior, C.A. (2012):
Corallus hortulanus (amazon tree boa) and Leptodeira annulata (banded cat-eyed
snake): habitat. Herpetological Bulletin 118: 34-35.
 Oliveira Nogueira, C.H., Figueiredo-de-Andrade, C.A. & Freitas, N.N. (2013):
Death of a juvenile snake Oxyrhopus petolarius (Linnaeus, 1758) after eating an adult
house gecko Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818). Herpetology notes, 6,
39–43.
c. Periódicos B3
 Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Nogueira, C.H.O.; Pereira Junior, C.A. (2011):
Filling gaps on the distribution of Tricheilostoma salgueiroi (Amaral, 1955) in the state
of Rio de Janeiro, Brazil (Serpentes: Leptotyphlopidae). Check List 7 (4): 409-410.

d. Períodicos B4
 Oliveira, R. de P. N. ; Santos, B. G. ; Nogueira, C. H. O. ; Silveira, L. S.;
Rodrigues, A. B. F. (2011). Morfologia, topografia e distribuição das papilas linguais
em Pingüim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus). Pubvet (Londrina), v. 5, p. 1040.

6 - Apresentação de trabalhos:
 “Descrição dos ossos da coluna vertebral, costelas e externo de Iguana
(Iguana iguana)” – Apresentação no formato de pôster – 8ª Conferência Sul-
Americana de Medicina Veterinária – Rio de Janeiro, RJ – 2008
 “Tratamento da papilomatose canina com o uso de extrato de Thuya
occidentalis: Relato de caso” – Apresentação no formato de pôster – 8ª Conferência
Sul-Americana de Medicina Veterinária – Rio de Janeiro, RJ – 2008
 “Morfologia, Topografia e Distribuição das Papilas Linguais em Pinguins
de Magalhães (Spheniscus magellanicus)” – Apresentação no formato de pôster – V
Mostra Sadi Bogado de Ensino, Pesquisa e Extensão / Animais Selvagens –
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes,
RJ –2009
 “Levantamento da anurofauna da região adjacente ao lago no campus
UENF” – Apresentação no formato de pôster – III Congresso Fluminense de Iniciação
Científica e Tecnológica – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro –
Campos dos Goytacazes, RJ – 2011
 “Estudo preliminar da squamatofauna da região adjacente ao lago da
UENF” – Apresentação no formato de pôster – III Congresso Fluminense de Iniciação
Científica e Tecnológica – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro –
Campos dos Goytacazes, RJ – 2011
 “Correlação entre odontometria, obtida por duas técnicas, e idade estimado
do boto-cinza do litoral do Espírito Santo” – Apresentação no formato de pôster –
Congresso Brasileiro de Oceanografia – Rio de Janeiro, RJ – 2012
 Apresentação de banner na “IV Mostra de Extensão IFF-UENF-UFF” –
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes,
RJ – 2012
 “Utilização de placa na estabilização de fratura de mandíbula em uma
jiboia (Boa constrictor)” - Apresentação no formato de pôster – XL Sema Capixaba do
Médico Veterinário – Guarapari, ES - 2013
 “Desenvolvimento Embrionário, Larval e Metamorfose de Rhinella
Pygmaea (Mayers Carvalho, 1952)” – Apresentação no formato de pôster – XIV
Mostra de Pós-Graduação UENF – Campos dos Goytacazes – 2014.
 “Rapinantes com alterações osteoarticulares em membros torácicos
recebidos pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Animais Silvestres (NEPAS)” -
Apresentação no formato de pôster - VII Semana Acadêmica da UENF / XVII Semana
Acadêmica de Medicina Veterinária - Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 2015
 “Suporte emergencial em Quati (Nasua nasua) recebido pelo Núcleo de
Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens (NEPAS): relato de caso” –
Apresentação no formato de pôster – VII Semana Acadêmica da UENF / XVII Semana
Acadêmica de Medicina Veterinária – Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 2015
 “Origem e Destinação da Fauna Silvestre recebida pelo NEPAS” –
Apresentação no formato de pôster – I Encontro Científico do Parque Estadual do
Desengano – Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas / INEA – Santa Maria
Madalena, RJ – 2015
 “Fauna Atropelada do Norte Fluminense Recebida pelo NEPAS” –
Apresentação no formato de pôster – I Encontro Científico do Parque Estadual do
Desengano – Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas / INEA – Santa Maria
Madalena, RJ – 2015
 “Tráfico de Animais Silvestres em Campos dos Goytacazes” – Apresentação
no formato de pôster – I Encontro Científico do Parque Estadual do Desengano –
Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas / INEA – Santa Maria Madalena, RJ –
2015
 “Predações sobre Rhinella pygmaea (Myers & Carvalho, 1952) pelas
serpentes Xenodon merremii (Wagler, 1824) e Erythrolamprus miliaris (Linnaeus,
1758)” - Apresentação no formato de pôster – XVI Mostra de Pós Graduação da UENF
– Campos dos Goytacazes, RJ – 2016
 “Análise da dieta de Gambás-de-orelhas-preta (Didelphis aurita) em
ambientes urbanos” - Apresentação no formato de pôster – XIII Congresso de
Ecologia do Brasil e III International Symposium of Ecology and Evolution –
Universidade Federal de Viçosa, MG – 2017
 “Preservando a biodiversidade de Campos dos Goytacazes: do
conhecimento científico à educação ambiental” – Apresentação oral – IX Mostra de
Extensão IFF-UENF-UFF e I UFRRJ – Campos dos Goytacazes, RJ – 2017
 “Comportamento alimentar de Dildelphis aurita (Wied-neuwied, 1826) em
ambiente urbano de Campos dos Goytacazes” – Apresentação no formato de pôster -
IX Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica – Campos dos
Goytacazes, RJ – 2017
 “Relato de Caso: Ovariectomia bilateral em Iguana iguana apresentando
estase ovulatória” – Apresentação no formato de pôster – IX Semana Acadêmica
Unificada da UENF / XIX Semana Acadêmica de Medicina Veterinária – Campos dos
Goytacazes, RJ – 2017

7 - Participação em Eventos:

 Ciclo de Palestras em Ovinos – Universidade Estadual do Norte Fluminense


Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 27 e 28 de Abril de 2006.
 8ª Conferência Sul-Americana de Medicina Veterinária – Riocentro – Rio de
Janeiro, RJ – 07 a 09 de Agosto de 2008.
 Ciclo de Palestras de Animais Selvagens – XI SACAMEV – Universidade
Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ –
03, 04 e 07 de Novembro de 2008.
 Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica – Universidade
Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 01
a 04 de Junho de 2009.
 I Semana de Atualizações em Clínica de Pets não Convencionais –
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos
Goytacazes, RJ – 14 a 17 de Junho de 2010
 Palestra “A população como agente fiscalizador sanitário” – VI Semana do
Produtor Rural – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro –
Campos dos Goytacazes, RJ – 26 a 30 de Julho de 2010.
 III Mostra de Extensão IFF-UENF-UFF – Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 17 a 21 de Outubro
de 2011.
 III Congresso Fluminense de Iniciação Científica e tecnológica UFF –
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos
Goytacazes, RJ – 2011
 I Semana de Medicina Veterinária de Animais Silvestres da UFRRJ –
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Seropédica, RJ – 2012
 I Encontro Científico do Parque Estadual do Desengano – Diretoria de
Biodiversidade e Áreas Protegidas / INEA – Santa Maria Madalena, RJ – 2015
 Mesa redonda “Panorama do tráfico de animais silvestres no estado do Rio
de Janeiro” – I Encontro Científico do Parque Estadual do Desengano – Santa
Maria Madalena, RJ – 2015
 I Anfíbios em Foco – Simpósio Brasileiro de Conservação de Anfíbios – São
Paulo, SP - 2018

9 – Participação em Projeto de Fomento a Pesquisa:

Projeto “Levantamento de Fauna no Campus Leonel Brizola da UENF


(Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro), Centro
Urbano de Campos dos Goytacazes.” – Fundação Carlos Chagas Filho de
Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – APQ1 2009/09

Projeto “Desenvolvimento e Modernização da Infraestrutura do NEPAS e


SERCAS na UENF” – Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do
Estado do Rio de Janeiro – Edital de Apoio ao Desenvolvimento Científico e
tecnológico Regional (DCTR) – 2012
10 - Organização de Eventos:

 Ciclo de Palestras de Animais Silvestres – I COMVET-NF – I Congresso de


Medicina Veterinária do Norte Fluminense – Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 2009.
 Ciclo de Palestras de Animais Silvestres – XII SACAMEV – Universidade
Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ –
2009.
 Manejo de Conservação da Fauna – Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 2010.
 Curso Teórico e Prático de Biologia, Clínica e Manejo de Serpentes –
NEPAS (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens / Universidade
Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ –
2010.
 II Semana Acadêmica Unificada da UENF / XII Semana Acadêmica de
Medicina Veterinária – Pró-Reitoria de Graduação da UENF – PROGRAD –
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos
Goytacazes, RJ – 2010.
 Curso Biologia e Manejo de Serpentes – NEPAS (Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Animais Selvagens / Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 2011.
 2º Curso de Biologia e Manejo de Serpentes – NEPAS (Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Animais Selvagens / Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 2011.
 3º Curso de Biologia e Manejo de Serpentes – NEPAS (Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Animais Selvagens / Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 2012.
 4º Curso de Biologia e Manejo de Serpentes – NEPAS (Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Animais Selvagens / Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 2013.
 5º Curso de Biologia e Manejo de Serpentes – NEPAS (Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Animais Selvagens / Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 2014.
 6º Curso de Biologia e Manejo de Serpentes – NEPAS (Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Animais Selvagens / Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 2015.
 Princípios da Neonatologia e Pediatria de Animais Selvagens – NEPAS
(Núcleo de Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens / Universidade Estadual
do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – 2015.

11 - Palestras e Cursos ministrados:

 2008
Minicurso “Características Gerais dos Répteis” – NEPAS (Núcleo de
Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens / Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – Carga horária: 08h.

 2009
Palestra “Serpentes Peçonhentas do Brasil” – NEPAS (Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Animais Selvagens / Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – Carga horária: 02h.
Minicurso “Técnicas de Necrópsia em Aves” – NEPAS (Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Animais Selvagens / Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – Carga horária: 03h.
 2010
Palestra “O Que é o NEPAS” – NEPAS (Núcleo de Estudos e Pesquisas em
Animais Selvagens / Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
– Campos dos Goytacazes, RJ – Carga horária: 02h.
Palestra “Biodiversidade, Fotografia e Conservação” – NEPAS (Núcleo de
Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens / Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – Carga horária: 02h.
Palestra “Os Benefícios da Preservação da Fauna na Produção Rural” – IV
Semana do Produtor Rural – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy
Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ
Palestra “Respeito aos Animais Selvagens – Conhecer para Preservar” –
Creche Escola Arca de Noé – São Fidélis, RJ – Carga horária: 2h.
Palestra “Biodiversidade” - Creche Escola Arca de Noé – São Fidélis, RJ –
Carga horária: 1h.
 2011
Palestra “O Que é o NEPAS” – NEPAS (Núcleo de Estudos e Pesquisas em
Animais Selvagens / Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
– Campos dos Goytacazes, RJ – Carga horária: 02h.
Palestra “Principais Animais da Região de Campos” – NEPAS (Núcleo de
Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens / Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – Carga horária: 02h.
Palestra “Biodiversidade, Fotografia e Conservação” – NEPAS (Núcleo de
Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens / Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – Carga horária: 02h.
Palestra “Aves: Anatomia e Aspectos Gerais” – NEPAS (Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Animais Selvagens / Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – Carga horária: 02h.
Minicurso “Aspectos da Biologia, Ecologia, Resgate e Reabilitação de
Pingüins e Cetáceos” – II Semana Acadêmica Unificada da UENF / IX Semana
Acadêmica da Biologia – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy
Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ – Carga horária: 08h.
Curso “2º Curso de Biologia e Manejo de Serpentes” – Jornal Brasileiro de
Ciência Animal – NEPAS (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Animais
Selvagens / Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro –
Campos dos Goytacazes, RJ – Carga horária: 06h.
 2012
Minicurso “Fotografia Básica e Fotografia de Natureza” – IV Semana
Acadêmica da UENF / X Semana Acadêmica da Biologia – Universidade
Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, RJ –
Carga horária: 08h.

 2013
Palestra “Répteis de Vida Livre” – Módulo Teórico de Animais Selvagens da
XVI Semana Acadêmica de Medicina Veterinária (XVI SAMVET) –
Universidade Metodista de São Paulo – São Bernardo do Campo, SP – Carga
horária: 2h.
 2014
Palestra “Tráfico de Animais Selvagens e Fauna de Áreas Urbanas” –
Semana da Biologia CEDERJ/FAMESC – CEDERJ – Bom Jesus do Itabapoana,
RJ – Carga horária: 1h.
Palestra “Répteis de Vida Livre na Clínica Veterinária” - Encontro
Acadêmico de Medicina Veterinária (IV EAVET) – Universidade Severino
Sombra – Vassouras, RJ – Carga horária: 2h.
Palestra “Manejo de Aves e Serpentes Silvestres” – II Encontro Anual de
Ciências Biológicas (II Ebio) – Instituto Federal do Espírito Santo – Alegre, ES
– Carga horária: 08h.
Curso “Biologia e Manejo de Serpentes” – CEDERJ – bom Jesus de
Itabapoana, RJ – Carga horária: 10h.
Palestra “Clínica de Répteis” - Primeiro Ciclo de Palestras do Grupo de
Estudos de Animais Silvestres (SILVET) – Universidade Federal do Espírito
Santo – Alegre, ES – Carga horária: 02h.
Palestra “Tráfico de Animais Silvestres e o Cativeiro Irregular” – VI
Semana Acadêmica da UENF / XII Semana Acadêmica da Biologia –
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos
Goytacazes, RJ – Carga horária 02h.

 2018
Minicurso “Animais Peçonhentos” – Visita Discente BIO EAD UENF -
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos
Goytacazes, RJ – Carga horária 03h.

12 – Campanha de Extensão:

“II Campanha de Castração de Cães e Gatos” – Serviço de Cirurgia do Hospital


Veterinário – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro –
Campos dos Goytacazes, RJ – 2012 – Carga horária: 08h.
Bernardo Servolo dos Santos
CRBio: 60.491/02
Estado Civil: Casado
Idade: 35
Rua da Gavea, nº 64, Bairro Inhanguetá - Vitória/ES
Cel. (27) 99724-1268
bernaservolo@gmail.com

Objetivo
Trabalhar ativamente na conservação e manejo de ambientes naturais, tanto terrestres quanto
aquáticos, utilizando todo conhecimento e prática adquiridos por meio da graduação, de
cursos extras e aprendizados acumulados ao longo de trabalhos anteriores.

Formação
 Graduação (Bacharel e Licenciatura) em Ciências Biológicas - FAESA – Associação
Educacional de Vitória. Campus II; Conclusão: 02/2008.

Capacitação
 Perícia Ambiental no INSTITUTO ECOLÓGICO AQUALUNG – 80 horas
 Curso de Contensão de Animais Silvestres e Manejo de Serpentes – NEPAS/UENF
 Serviço de Prontidão ao Atendimento Emergencial de Derramamento de Óleo no Mar.
 CBSP SALVATAGEM
 HUET/Escape de Aeronave Submersa

ÚLTIMAS ATIVIDADES
1. Monitoramento, Afugentamento e Resgate de Fauna e Flora. Monitoramento de
Processos Erosivos e Assoreamento de Corpos Hídricos, programas integrantes dos
PBAs e Condicionantes da Licença de instalação. Elaboração e emissão de relatórios
técnicos para órgãos ambientais e sistema interno de gestão durante execução do
projeto do GASODUTO GAVIÃO BRANCO. Empreendimento da PARNAÍBA GÁS
NATURAL em Santo Antônio dos Lopes – Maranhão – A serviço da Control Ambiental
LTDA.
2. Monitoramento de Fauna, emissão de relatórios técnicos para cumprimento de
Condicionantes Ambientais da Licença de Instalação de reservatório para
abastecimento e produção de energia. Rotina de instalação e utilização de redes de
neblina, armadilhas Sherman e Toma-Hawk, armadilha fotográfica, Pitfall e busca
ativa, executando a biometria dos indivíduos capturados – Indaituba, SP – A serviço da
Atol Ambiental.
3. Monitoramento, afugentamento e resgate de Fauna durante as obras de expansão do
novo aeroporto Eurico Salles de Aguiar. Cumprimento de Condicionantes Ambientais
da Licença de Instalação. Elaboração de relatórios semanais e mensais,
acompanhamento das atividades de supressões de vegetação, produção dados brutos
de campo. Cumprimento ao Plano de Trabalho, por meio da biometria da fauna
resgatada, com marcações especificas de acordo com cada grupo faunístico (brincos,
anilhas, elastômero e chip), fixação de todo material biológico oriundo de óbito –
Vitória, ES – A serviço da Atol Ambiental
4. Monitoramento de Fauna para cumprimento das Condicionantes Ambientais para
atividades de exploração de petróleo. Trabalho embarcado de campanhas mensais,
onde se navegava em área definida no Plano de Trabalho com o objetivo de observar e
monitorar cetáceos em área de exploração de petróleo. Preenchimento de planilhas
de trabalho, aferição de parâmetros bioquímicos e físicos com sonda multiparâmetro
Modelo HANNA – A serviço da CTA Meio Ambiente.
5. Monitoramento e manejo de fauna no Aeroporto Eurico Salles de Aguiar. Coordenação
de equipe técnica com foco na segurança aeroportuária, inviabilizando a permanência
da ornitofauna em áreas critícas, como as cabeceiras de pista e áreas gramadas,
utilizando a falcoaria e armadilhas de campo (tapete de laços, balchatri e barra-
vertical) para captura da avifauna. Atividade imprescindível pelo perigo que as aves
representam durante os pousos e aterrisagens das aeronaves. Produção de Fichas
CENIPA , que são solicitadas quando ocorrem incidentes de colisão de pássaros com
aeronaves – A serviço do Grupo BIOCEV Projetos Inteligentes.
6. Monitoramento, afugentamento e resgate de fauna nas obras de duplicação da BR –
101. Cumprimento de Condicionante Ambiental da Licença de Instalação.
Acompanhando as atividades de supressão de vegetação. Cumprimento do Programa
de Afugentamento e Resgate de Fauna, biometria e marcação (brincos, anilhas, chips e
elastômero) dos indivíduos resgatados, produzindo dados brutos de campo, com
preenchimento de planilhas e emissão de relatórios técnicos – A serviço da Concremat
Ambiental.
Trabalhos sociais e comunitários
 Asilo dos Idosos de Vitória – Sociedade de Assistência à velhice Desamparada. Com
visitas mensais, levando doações, música e socialização aos hospedes, pacientes e
colaboradores do asilo.

Habilidades e Interesses
 Familiaridade com equipamentos de campo, armadilhas, GPS, técnicas de
sobrevivência, montagem e manuseio de petrechos, fotografia de natureza;
 Compilação, organização, estruturação, interpretação de dados para elaboração de
relatórios técnicos;
 Domínio no funcionamento e pilotagem de embarcações;
 Fácil adaptação em trabalhos embarcados ou em áreas isoladas sem restrições quanto
a tempo e distância;
 Dinamismo e proatividade em trabalhos de equipe;
 Informação, conscientização e sensibilização sobre questões ambientais;
 Conhecimento em treinamento e utilização de gaviões, falcões, serpentes e outros
animais peçonhentos para manejo de fauna, educação ambiental, e segurança
industrial;
 Rotina de instalações de recintos de fauna e centros de triagem;
 Detalhismo e dedicação na produção de relatórios;
 Dedicação e exigência no desempenho das próprias funções e na qualidade do serviço;
1

CAIO ANTÔNIO FIGUEIREDO DE ANDRADE


Biólogo, Consultor Ambiental e Professor das disciplinas Biologia,
Química e Espanhol.

Curriculum vitae

1. Dados pessoais:
Nome: Caio Antônio Figueiredo de Andrade
Filiação: Jorge Zeno Figueiredo de Andrade e Elzimeire Abreu Araújo Andrade
Nascimento: 06/01/1987 / Nanuque (MG) / Brasil
RG: 1.846.547- ES CPF: 117.337.187-70 CNH: 03571091369 (Cat.: AB / DETRAN-ES)
CRBio: 78.442-02-D & 78.442-05-S
Endereço Residencial: Rua José Sérgio Sader, no. 295 – Bairro Sítio Quissamã. Quissamã, RJ –
Brasil. CEP 28735-000.
Email: caio.herpeto@gmail.com Telefone: (22) 9-9958-1857

2. Formação Acadêmica/Titulação:
 Bacharelado em Ciências Biológicas, com ênfase em Ciências Ambientais. Universidade
Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, UENF. Período: 2005-2009.
 Graduação sanduíche em Ciencias Ambientales (realizada em Porto Rico). Universidad
Metropolitana, UMET – Recinto de Cupey. Período: 2008-2008.
 Licenciatura em Biologia (R02/97). Universidade Metropolitana de Santos, UNIMES.
Período: 2010-2011.
 Mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia). Museu Nacional do Rio de Janeiro,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, MNRJ/UFRJ. Período: 2009-2011.
 Doutorado em Ciência Animal. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro,
UENF. Período: 2013-2017.

3. Formação Complementar:
 Vida e costume dos animais silvestres (Carga horária: 08h). Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro, UENF (2006).
 English Basic Grammar (Carga horária: 51h). Faquer’s House (2007).
 Open Water Dive Course (Mergulhador de águas abertas). Professional Diving Instructors
Corporation, PDIC (2008).
 Advanced Open Water Dive Course (Mergulhador de águas abertas – Avançado). Scuba
Schools International, SSI (2008).
 Rastreamento de Fauna (Carga horária: 10h). Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro, UENF (2008).
 Ecologia de Campo (Carga horária: 14h). Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro, UENF (2008).
 Diversidade e Métodos de Amostragem de Anfíbios e Répteis (Carga horária: 10h).
Sociedade Brasileira de Herpetologia, SBH (2009).
2

 Planejamento de amostragem e análise de dados (Carga horária: 20h). Universidade


Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, UENF (2009).

4. Atuação profissional:

Estágios e Monitorias
 Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), Campos dos
Goytacazes (RJ), Brasil:
 Aluno de iniciação científica do Laboratório de Ciências Ambientais do Centro de
Biociências e Biotecnologia. Carga horária: 20h semanais. Período de atuação:
01/2007-06/2009.
 Monitor da disciplina “Biologia dos Vegetais Inferiores” do Laboratório de Ciências
Ambientais do Centro de Biociências e Biotecnologia. Carga horária: 20h semanais.
Período de atuação: Semestre 2 de 2007.
 Monitor da disciplina “Ecologia Vegetal” do Laboratório de Ciências Ambientais do
Centro de Biociências e Biotecnologia. Carga horária: 20h semanais. Período de
atuação: Semestre 2 de 2008.
 Monitor da disciplina “Ecologia Geral” do Laboratório de Ciências Ambientais do
Centro de Biociências e Biotecnologia. Carga horária: 20h semanais. Período de
atuação: Semestre 1 de 2009.
 Aluno de doutorado do Laboratório de Morfologia e Patologia dos Animais -
LMPA/CCTA. Carga horária: 40h semanais. Período de atuação: 04/2013-04/2017.
 Universidad Metropolitana (UMET), San Juan, Puerto Rico:
 Aluno/Pesquisador da Escuela de Ciencia y Tecnología, Recinto de Cupey. Carga
horária: 40h semanais. Período de atuação: 01/2008-06/2008.
 Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa (MG), Brasil:
 Estagiário do Centro de Triagem de Animais Silvestres, CETAS-UFV. Carga
horária: 120h totais. Período de atuação: 01/2007.
 Colaborador voluntário do Museu de Zoologia João Moojen do Departamento de
Biologia Animal, DBA/UFV. Carga horária: 100h totais. Período de atuação:
01/2009-05/2009.
 Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro (RJ), Brasil:
 Aluno de mestrado do Laboratório de Anfíbios e Répteis do Departamento de
Zoologia. Carga horária: 40h semanais. Período de atuação: 07/2009-07/2011.

Docência
 Fundação CECIERJ, Rio de Janeiro, Brasil:
 Professor de Biologia do Pré-Vestibular Social da Fundação CECIERJ nos Polos
Campos dos Goytacazes (RJ) e Bom Jesus do Itabapoana (RJ). Carga horária: 08h
semanais. Período de atuação: 03/2009-07/2011.
 Tutor Coordenador do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Consórcio
CEDERJ-UENF no Polo Bom Jesus do Itabapoana (RJ). Carga horária: 15h
semanais. Período de atuação: 09/2013-01/2014.
3

 Tutor Presencial do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Consórcio


CEDERJ-UENF no Polo Bom Jesus do Itabapoana (RJ). Carga horária: 06h
semanais. Período de atuação: 07/2011-10/2015.
 Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), Campos dos
Goytacazes (RJ), Brasil:
 Professor da disciplina Introdução a Medicina Veterinária de Animais Selvagens I.
Carga horária: 02h semanais. Período de atuação: Semestre 2 de 2013 e Semestre 2
de 2014.
 Instituto Educacional Nossa Senhora Aparecida, Salinas (MG), Brasil:
 Professor de Ensino Fundamental e Médio, nas disciplinas Química e Espanhol.
Carga horária: 15h semanais. Período de atuação: 02/2016-07/2016.
 Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - Campus Salinas (IFNMG), Salinas (MG),
Brasil:
 Professor Substituto de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. Carga horária: 20h
semanais. Período de atuação: 08/2016-04/2017.
 Convive RH, Salinas (MG), Brasil:
 Professor das disciplinas Biologia, Química e Espanhol no Curso Pré-Vestibular/Pré-
ENEM. Carga horária: 08h semanais. Período de atuação: 03/2016-07/2017.
 Educare Cursinho Pré-Vestibular, Salinas (MG), Brasil:
 Professor das disciplinas Biologia e Espanhol no Curso Pré-Vestibular/Pré-ENEM.
Carga horária: 05h semanais. Período de atuação: 08/2017-12/2017.

Orientação Acadêmica
 Fundação CECIERJ, Rio de Janeiro, Brasil:
 Trabalho de conclusão de curso da aluna Izabelly Martins Curcio Furtado. Título do
trabalho: "Avaliação do conhecimento sobre saúde bucal por alunos de escolas
públicas e privadas no município de Bom Jesus do Itabapoana (RJ)". Período de
atuação: 05/2013-10/2015.
 Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), Campos dos
Goytacazes (RJ), Brasil:
 Trabalho de conclusão de curso da aluna Thaís Rangel de Sá Maceira. Título do
trabalho: "Morfologia, História Natural e Zoogeografia das Serpentes Peçonhentas
do Estado do Rio de Janeiro, Sudeste do Brasil". Período de atuação: 08/2013-
03/2015.
 Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - Campus Salinas (IFNMG), Salinas (MG),
Brasil:
 Trabalho de conclusão de curso da aluna Maria Aline da Silva Dias. Título do
trabalho: "Análise do conhecimento etno-herpetológico dos estudantes de três
escolas de Ensino Fundamental e Médio do Município de Salinas / MG". Período de
atuação: 11/2016-11/2017.
4

Consultoria Ambiental
 Amplo Engenharia e Gestão de Projetos Ltda., Brasil:
 Identificação e registro de Anfíbios e Répteis na Locação 22 da Estrada de Ferro
Carajás (EFC), para compor EA/PBA da expansão da EFC. Localização: Buriticupu
(MA). Período: 08/08/2011-08/09/2011.
 Identificação e registro de Anfíbios e Répteis na Locação 27 da Estrada de Ferro
Carajás (EFC), na realização do monitoramento da Herpetofauna durante a
duplicação da EFC. Localização: Açailândia (MA). Período: 20/11/2011-
20/12/2011.
 Identificação e registro de Anfíbios e Répteis na Locação 24 da Estrada de Ferro
Carajás (EFC), na realização do monitoramento da Herpetofauna durante a
duplicação da EFC. Localização: Bom Jesus das Selvas (MA). Período: 25/02/2012-
05/03/2012.
 Identificação e registro de Anfíbios e Répteis na Locação 08 da Estrada de Ferro
Carajás (EFC), na realização do monitoramento da Herpetofauna durante a
duplicação da EFC. Localização: Miranda do Norte (MA). Período: 18/04/2012-
26/04/2012.
 Identificação e registro de Anfíbios e Répteis na Locação 04 da Estrada de Ferro
Carajás (EFC), na realização do monitoramento da Herpetofauna durante a
duplicação da EFC. Localização: Bacabeira (MA). Período: 28/04/2012-06/05/2012.
 Identificação e registro de Anfíbios e Répteis na Locação 27 da Estrada de Ferro
Carajás (EFC), na realização do monitoramento da Herpetofauna durante a
duplicação da EFC. Localização: Açailândia (MA). Período: 07/06/2012-
21/06/2012.
 Identificação e registro de Anfíbios e Répteis na Locação 24 da Estrada de Ferro
Carajás (EFC), na realização do monitoramento da Herpetofauna durante a
duplicação da EFC. Localização: Bom Jesus das Selvas (MA). Período: 23/06/2012-
01/07/2012.
 VPA Urbanismo Ltda., Brasil:
 Identificação e registro de Anfíbios na área prevista para a instalação do Loteamento
Blue Garden Macaé. Localização: Macaé (RJ). Período: 11/07/2014-17/07/2014.
 Identificação e registro de Anfíbios na gleba registrada sob a matrícula Nº 38779 do
2º Ofício de Registro de Imóveis de Macaé/RJ. Localização: Macaé (RJ). Período:
11/07/2014-17/07/2014.
 Identificação e registro de Anfíbios na gleba registrada sob a matrícula Nº 35878 do
2º Ofício de Registro de Imóveis de Macaé/RJ. Localização: Macaé (RJ). Período:
11/07/2014-17/07/2014.
 Control Ambiental Sustentabilidade e Meio Ambiente S.A.:
 Execução e coordenação de campo em atividades de Resgate de Fauna, na função de
Analista de Biodiversidade. Localização: São João da Barra (RJ); Capinzal do Norte
(MA). Período: 08/2018-10/2018.
5

5. Idiomas:
 Inglês: Compreende Bem, Fala Razoavelmente, Lê Bem, Escreve Bem.
 Espanhol: Compreende Bem, Fala Bem, Lê Bem, Escreve Bem.
 Português: Compreende Bem, Fala Bem, Lê Bem, Escreve Bem.

6. Prêmios e Títulos:
 Melhor trabalho do 14º Encontro de Iniciação Científica da Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro, com trabalho “Aspectos populacionais e comportamentais de
Iguana iguana (SQUAMATA: IGUANIDAE) em uma área de restauração florestal de uma
mata ciliar periodicamente alagada em Porto Rico”. (UENF, 2009).
 Vencedor do mês de julho do concurso fotográfico Year of the Lizard Photo Contest
Calendar, Partners in Amphibian and Reptile Conservation (PARC), 2012. Disponível em
http://www.parcplace.org/images/stories/YOL/YearoftheLizardCalendarJuly.pdf.

7. Produção Bibliográfica:

Capítulos de Livro
 Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Goes, D.; Kirchmeyer, J. ; Carvalho-e-Silva, S.P. (2011):
Anfíbios e Répteis na Reserva Biológica União. In: ICMBio. (Org.). Contando os Segredos
Científicos da Reserva Biológica União, 1ª Edição, pp. 42-45. Rio de Janeiro, ICMBio.

Artigos publicados
 De Andrade, C.A.F.; Costa, H.C. (2009): SCINAX ALTER (NCN): PREDATION.
Herpetological Bulletin 109: 39-40.
 De Andrade C.A.F.; Montoya-Ospina, R.M.; Ruiz-Miranda, C.R. (2009): Impact evaluation
of the alien species Iguana iguana (Squamata: Iguanidae) in the forest restoration of a
wetland. Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2 (3): 1-2.
 Santana, D.J.; São Pedro, V.A.; Hote, P.S.; Roberti, H.M.; Sant’Anna, A.C.; Figueiredo-de-
Andrade, C.A.; Feio, R.N. (2010): Anurans in the region of the High Muriaé River, state of
Minas Gerais, Brazil. Herpetology Notes 3: 001-010.
 Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Santana, D.J.; Carvalho-e-Silva, S.P. (2010): Distress call of a
female Hypsiboas albomarginatus (Anura, Hylidae). Herpetology Notes 3: 037-039.
 Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Santana, D.J.; Carvalho-e-Silva, S.P. (2010): Predation on
Scinax x-signatus (Anura: Hylidae) by the giant water bug Lethocerus annulipes
(Hemiptera: Belostomatidae) in a Brazilian Restinga habitat. Herpetology Notes 3: 053-054.
 Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Nogueira, C.H.O.; Pereira Junior, C.A. (2011): Filling gaps
on the distribution of Tricheilostoma salgueiroi (Amaral, 1955) in the state of Rio de
Janeiro, Brazil (Serpentes: Leptotyphlopidae). Check List 7 (4): 409-410.
 Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Montoya-Ospina, R.M.; Voltolini, J.C.; Ruiz-Miranda, C.R.
(2011): Population and behavior aspects of the alien species Iguana iguana (Linnaeus,
1758) on a restored wetland in Puerto Rico. Herpetology Notes 4: 445-451.
6

 Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Nogueira, C.H.O.; Pereira Junior, C.A. (2012): CORALLUS


HORTULANUS (AMAZON TREE BOA) AND LEPTODEIRA ANNULATA (BANDED
CAT-EYED SNAKE): HABITAT. Herpetological Bulletin 118: 34-35.
 Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Kindlovits, G.M. (2012): Predation on an egg clutch of
Phyllomedusa rohdei Mertens, 1926 by the water snake Liophis miliaris (Linnaeus, 1758).
Herpetology Notes 5: 259-260.
 Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Silveira, A.L. (2012): HEMIDACTYLUS MABOUIA
(Tropical House Gecko): PREDATION. Herpetological Bulletin 121: 40-41.
 Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Caram, J.; Carvalho-e-Silva, S.P. (2012): Frog eats frog:
report of three cases from the Atlantic rain forest, southeastern Brazil. Salamandra 48 (4):
230-232.
 Nogueira, C.H.O; Figueiredo-de-Andrade, C.A.; De Freitas, N.N. (2013): Death of a
juvenile snake Oxyrhopus petolarius (Linnaeus, 1758) after eating an adult house gecko
Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818). Herpetology Notes 6: 39-43.
 Correia, J.N.; Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Lima, N.B. (2016): Lixo e reciclagem: a
percepção ambiental de estudantes de escolas públicas e privadas do município de Bom
Jesus do Itabapoana (RJ). Perspectivas Online: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
15(6): 53-65.
 Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Da Silveira, L.S. (2016): ANÁLISE CIENCIOMÉTRICA
DA FAMÍLIA BUFONIDAE GRAY, 1825 COMO FERRAMENTA PARA A
CONSERVAÇÃO NO BRASIL. Publ. UEPG Ci. Biol. Saúde 22(2): 161-168.
 Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Da Silveira, L.S. (2018): The defensive behaviour of Rhinella
pygmaea (Myers & Carvalho, 1952) (Anura: Bufonidae). Herpetology Notes 11: 205-207.
 Dias, M.A.S.; Lima, N.B.; Figueiredo-de-Andrade, C.A. (2018): ANÁLISE DO
CONHECIMENTO ETNO-HERPETOLÓGICO DOS ESTUDANTES NO MUNICÍPIO
DE SALINAS, MINAS GERAIS, BRASIL. Acta Biomedica Brasiliensia 9(1): 36-47.

Produção técnica
 De Andrade, C.A.F. (2009): Iguana-verde (Iguana iguana). Bicho da Vez - nº. 06.
Universidade Federal de Viçosa, Museu de Zoologia João Moojen (MZUFV). Publicado
online em abril de 2009. Disponível em
http://www.museudezoologia.ufv.br/bichodavez/edicao06.htm.
 Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Da Silveira, L.S. (2013): Jararacuçu: Bothrops jararacussu
Lacerda, 1884. Jornal Brasileiro de Ciência Animal 6(11): 1-4.
 Figueiredo-de-Andrade, C.A.; Da Silveira, L.S. (2013): Sapo pigmeu: Rhinella pygmaea
(Myers & Carvalho, 1952). Jornal Brasileiro de Ciência Animal 6(12): 1-5.

Palestras e cursos ministrados


 2009: "Anfíbios: História Natural, Biologia, Aspectos Taxonômicos e Conservação no
Brasil". Palestra ministrada em Campos dos Goytacazes, para o Núcleo de Estudos e
Pesquisa de Animais Selvagens (NEPAS/UENF). Carga horária: 02h.
 2009: "Métodos de amostragem de anfíbios e répteis". Curso de curta duração ministrado
durante o I Congresso de Medicina Veterinária do Norte Fluminense. Carga horária: 08h.
7

 2009: "Serpentes do Norte Fluminense". Palestra ministrada na VII Semana Acadêmica de


Biologia da UENF. Carga horária: 02h.
 2010: “Biologia, Clínica e Manejo de Serpentes”. Curso de curta duração ministrado em
Campos dos Goytacazes, pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa de Animais Selvagens
(NEPAS/UENF). Carga horária: 12h.
 2010: “Biologia de Anfíbios”. Palestra ministrada na XIII Semana Acadêmica de Medicina
Veterinária da UENF. Carga horária: 02h.
 2011: “2º Curso de Biologia e Manejo de Serpentes”. Curso de curta duração ministrado em
Campos dos Goytacazes, pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa de Animais Selvagens
(NEPAS/UENF). Carga horária: 20h.
 2011: “Biologia e Manejo de Serpentes”. Curso de curta duração ministrado em Petrópolis,
pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa de Animais Selvagens (NEPAS/UENF). Carga horária:
12h.
 2011: “Métodos de Amostragem em Anfíbios”. Palestra ministrada na IX Semana
Acadêmica de Biologia da UENF. Carga horária: 02h.
 2012: “Biologia e Manejo de Serpentes”. Curso de curta duração ministrado no Polo
CEDERJ de Bom Jesus do Itabapoana (RJ). Carga horária: 08h.
 2012: “Biologia e Manejo de Serpentes”. Curso de curta duração ministrado em Niterói,
pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa de Animais Selvagens (NEPAS/UENF). Carga horária:
12h.
 2012: “3º Curso de Biologia e Manejo de Serpentes”. Curso de curta duração ministrado em
Campos dos Goytacazes, pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa de Animais Selvagens
(NEPAS/UENF). Carga horária: 16h.
 2013: “4º Curso de Biologia e Manejo de Serpentes”. Curso de curta duração ministrado em
Campos dos Goytacazes, pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa de Animais Selvagens
(NEPAS/UENF). Carga horária: 20h.
 2013: "Herpetofauna Brasileira: História Natural, Biologia, Taxonomia e Conservação".
Palestra ministrada na XI Semana Acadêmica de Biologia da UENF. Carga horária: 02h.
 2014: “5º Curso de Biologia e Manejo de Serpentes”. Curso de curta duração ministrado em
Campos dos Goytacazes, pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa de Animais Selvagens
(NEPAS/UENF). Carga horária: 20h.
 2014: “Biologia e Manejo de Serpentes”. Curso de curta duração ministrado no Polo
CEDERJ de Bom Jesus do Itabapoana (RJ). Carga horária: 10h.
 2016: "Biologia, História Natural, Taxonomia e Conservação de Anfíbios Brasileiros".
Palestra ministrada na III Semana Regional da Biologia do IFNMG - Campus Salinas. Carga
horária: 01h.
 2016: "Métodos de Amostragem de Anfíbios e Répteis".Curso de curta duração ministrado
na III Semana Regional da Biologia do IFNMG - Campus Salinas. Carga horária: 08h.
 2017: "Herpetologia: Introdução ao estudo dos Anfíbios e Répteis". Palestra ministrada em
Salinas, para o Grupo de Estudos em Animais Selvagens (GEAS/IFNMG). Carga horária:
02h.
Felipe Viana dos Santos
Solteiro, 34 anos

Vitória – ES
(27) 98824-9460/3325-4415
felipevianads@gmail.com
https://br.linkedin.com/in/felipevianads

EDUCAÇÃO

Pós-graduação em Perícia e Auditoria Ambiental


Centro Universitário Internacional – UNINTER, concluído em 2017/2º sem.

Bacharelado em Ciências Biológicas


Faculdades Integradas São Pedro – FAESA, concluído em 2008/1º sem.

Licenciatura Plena em Ciências Biológicas


Faculdades Integradas São Pedro – FAESA, concluído em 2007/2º sem.

Técnico em Mecânica Industrial


Colégio São Gonçalo, concluído em 2015/1º sem.

CURSOS E TREINAMENTOS

Auditor Líder de Sistemas de Gestão Ambiental NBR ISO 14001:2015 (IRCA A17912)
Bureau Veritas. Carga horária: 42 horas, concluído em 2016/2º sem.

Auditor Interno de Sistemas de Gestão Ambiental NBR ISO 14001:2015


Bureau Veritas. Carga horária: 24 horas, concluído em 2016/2º sem.

Auditor Interno de Sistemas de Gestão Integrado SGI (NBR 19011:2012)


NBR ISO 9001:2015, NBR ISO 14001:2015 e OHSAS 18001:2007
Simples Ltda. Carga horária: 40 horas, concluído em 2018/1º sem.

Interpretação das normas NBR ISO 9001:2015, NBR ISO 14001:2015, NBR ISO 45001:2018
Simples Ltda. Carga horária: 40 horas, concluído em 2018/1º sem.

Interpretação e Implementação da NBR ISO 14001:2015 (SGA)


ComÊxito Consultoria e Engenharia Ltda. Carga horária: 16 horas, concluído em 2016/2º sem.

Interpretação e Implementação da NBR ISO 9001:2015 (SGQ)


Instituto Euvaldo Lodi – IEL. Carga horária: 16 horas, concluído em 2016/2º sem.

Sustentabilidade aplicada aos negócios: orientações para gestores


Fundação Getúlio Vargas – FGV. Carga horária: 10 horas, concluído em 2017/1º sem.

Qualidade em Serviços
Fundação Getúlio Vargas – FGV. Carga horária: 15 horas, concluído em 2017/1º sem.

Gerência de Projetos – praticas alinhadas ao PMI


Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC. Carga horária: 40 horas, concluído em 2016/2º sem.
Gerenciamento de PPRA (NR-9) e PCMSO (NR-7)
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC. Carga horária: 15 horas, concluído em 2016/2º sem.

Elaboração de Cadastro Ambiental Rural - CAR


Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA/ES. Carga horária: 16 horas, concluído em 2016/2º
sem.

Restauração Florestal
Universidade Online de Viçosa – UOV. Carga horária: 60 horas, concluído em 2016/2º sem.

Operador de Produção de Petróleo e Gás


Instituto Tecnológico Coopfurnas – ITEC. Carga horária: 240 horas, concluído em 2013/1º sem

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

Cargo/Função: Analista Ambiental Pleno


Empresa: CONTROL AMBIENTAL Sustentabilidade e Meio Ambiente S.A.
Atividades:
 Gestão, fiscalização, vistorias e execução do Programa de Gerenciamento Ambiental de Obra – PGAO;
elaboração de relatórios mensais, trimestrais e semestrais; e apoio técnico à equipe de fiscalização em campo
durante a implantação da Usina Termoelétrica Novo Tempo GNA II no Porto do Açú. São João da Barra -/RJ.
GNA, 2018/1º e 2º sem.

 Gestão, fiscalização e vistorias ambientais durante a implantação de estações de produção de gás natural e do
gasoduto Gavião Caboclo Fase I. Pedreiras, Trizidela do Vale, e Lima Campos/MA. ENEVA, 2017/1º sem.

 Gestão, fiscalização e vistorias ambientais durante a implantação de estações de produção de gás natural e do
gasoduto Gavião Caboclo Fase II. Trizidela do Vale/MA. ENEVA, 2017/2º sem.

 Gestão, fiscalização e vistorias ambientais durante a implantação de estações de produção de gás natural e do
gasoduto Gavião Azul. Santo Antônio dos Lopes/MA. ENEVA, 2017/2º sem.

 Vistorias técnicas e elaboração do Relatório de Acompanhamento e Monitoramento Ambiental – RAMA (parcial


e final) vinculado à Licença de Operação (LO) da Linha de Transmissão Aérea de Energia Elétrica ‐ 230 kV –
Interligação da Subestação Itarema V à Subestação Aracaú II. Itarema e Aracaú/CE. RIO ENERGY, 2018/1º e
2º sem.

 Elaboração e Execução de Estudos para o Atendimento às Condicionantes Ambientais das Licenças LAR -
GCA/CL/n°019/2015 e LI N°020/2017 – Plano de Monitoramento do Solo e Avaliação da Classificação da
Qualidade do Solo”, Linhares/ES. BRAMETAL, 2018/2º sem.

 Elaboração do Programa de Monitoramento de Fauna Terrestre na fase de Operação do Complexo Eólico


Serra da Babilônia e Linha de Transmissão. Morro do Chapéu e Várzea Nova/BA. RIO ENERGY, 2018/2º sem.

 Elaboração do Programa de Monitoramento de Grandes Felinos (Panthera onca e Puma concolor) na fase de
Operação do Complexo Eólico Serra da Babilônia e Linha de Transmissão. Morro do Chapéu e Várzea
Nova/BA. RIO ENERGY, 2018/2º sem.

 Visita Técnica para elaboração do Termo de Referência - Avaliação da Qualidade Ambiental dos Corpos
Hídricos da Bacia da Lagoa Imboassica. Macaé/RJ. BRK AMBIENTAL, 2018/2º sem.
 Planejamento e execução das atividades de campo (permissória, diagnóstico ambiental dos meios físicos,
bióticos e socioeconômicos) e elaboração do Relatório Técnico do Estudo de Médio Impacto – EMI para
subsidiar o pedido da Licença Prévia – LP para a Atividade de Perfuração de Poço de Exploração e
Desenvolvimento de Petróleo no Bloco Exploratório REC-T-128. Catú - Recôncavo Baiano/BA. GEOPARK,
2018/1º sem.

 Elaboração do Relatório de Controle Ambiental (RCA) da Atividade de Levantamento Geofísico Terrestre nos
Blocos PN-T-133 e PN-T-134, Bacia do Parnaíba/MA. ENEVA, 2018/1º sem.

 Elaboração do Relatório Técnico do Projeto de Resgate de Fauna para a Atividade de Levantamento Geofísico
Terrestre nos Blocos PN-T-133 e PN-T-134, Bacia do Parnaíba/MA. ENEVA, 2018/1º sem.

 Elaboração do Relatório Técnico do Projeto de Resgate de Fauna para a Atividade de Implantação do Projeto
de Desenvolvimento da Produção, do Campo de Gavião Azul – Interligação do Cluster GVA-3, Bacia do
Parnaíba/MA. ENEVA, 2018/1º sem.

 Elaboração do Relatório Técnico Final do Programa de Monitoramento Ambiental da Qualidade da Água


(PMQA) para Atividade de Desenvolvimento da Produção de Gás Natural do Campo de Gavião Caboclo
(GVC), Bacia do Parnaíba/MA. ENEVA, 2018/1º sem.

 Planejamento e Execução dos Serviços de Resgate, Manejo, Transporte e Tratamento de Fauna Doméstica
Encontrada nas Bases Operacionais de Candeias e Taquipe da UO-BA. Candeias e Taquipe/BA.
PETROBRÁS, 2018/2º sem.

Cargo/Função: Analista de Biodiversidade Pleno I


Empresa: CONTROL AMBIENTAL Sustentabilidade e Meio Ambiente S.A.
Atividades: Monitoramento e Resgate da flora residente e gestão do Banco de Germoplasma durante a
implantação do gasoduto Gavião Caboclo Fase I. Pedreiras, Trizidela do Vale e Lima Campos/MA. ENEVA, 2
meses (2017).

Cargo/Função: Observador de Bordo


Empresa: CTA Serviços em Meio Ambiente Ltda.
Atividades: Monitoramento de Cetáceos no entorno da Plataforma de Cação. Linhares/ES.
PETROBRÁS, 3 meses (2016).

Cargo /Função: Consultor Técnico


Empresa: FREMAQ Freitas Máquinas
Atividades: Estudo de viabilidade para implantação do Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) conforme a NBR
ISO 14001:2015. Vitória/ES, 2 meses (2016).

Cargo /Função: Consultor Técnico


Empresa: MAD DOG Café/ME
Atividades: Análise do procedimento de Licenciamento Ambiental Simplificado. Vila Velha/ES, 1 mês (2016).

Cargo/Função: Analista de Biodiversidade Pleno I


Empresa: CONTROL AMBIENTAL Sustentabilidade e Meio Ambiente Ltda.
Atividades: Monitoramento e resgate da biota terrestre durante a implantação do gasoduto Gavião Branco. Santo
Antônio dos Lopes/MA. PARNAÍBA GÁS NATURAL - PGN, 3 meses (2015).

Cargo/Função: Observador de Bordo


Empresa: CTA Serviços em Meio Ambiente Ltda.
Atividades: Monitoramento de Cetáceos e medição de parâmetros ambientais no entorno da Plataforma PPER-1
(Peroá-Cangoá). Linhares/ES. PETROBRÁS, 1 ano e 4 meses (2014 a 2015).
Cargo/Função: Consultor Técnico
Empresa: LUPUS Consultoria Ambiental Ltda.
Atividades: Monitoramento da fauna durante implantação e operação de Linha de transmissão de energia.
Tocantins e Piauí, 2 meses (2010).

Cargo/Função: Biólogo I
Empresa: CEPEMAR Serv. Cons. em Meio Amb. Ltda.
Atividades:
 Resgate e monitoramento de fauna durante as obras do Loteamento Alphaville. Rio das Ostras/RJ, 3 meses
(2009).

 Resgate e monitoramento de fauna durante nas obras de construção do Pátio Intermediário e Usina VIII na
área da VALE. Vitória/ES, 9 meses (2008).

Cargo/Função: Auxiliar Técnico


Empresa Instituto de Pesquisa da Mata Atlântica – IPEMA
Atividades: Estudo da composição da Herpetofauna no projeto “Apoio à Criação Unidades de Conservação no
Estado do Espírito Santo”. Vitória/ES, 3 meses (2007).

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

• Inglês Intermediário
• Windows (7, 8 e 10), Word, Excel, Power point e Internet
• Estatística descritiva e inferencial
• Legislação ambiental
• Classificação biológica de fauna e flora
• Utilização de GPS
• CNH – B
• CRBio Nº 60.975/02
• CTF IBAMA Nº 1949549
Giancarlo Loureiro Pereira

FORMAÇÃO

Formação  Ciências Biológicas (bacharel) – Escola Superior São Francisco de Assis (ESFA) –
Acadêmica: 2009/2014 – CRBio 96870/02D
 Especialização em Sistema de Gestão Integrados da Qualidade, Meio Ambiente,
Segurança e Saúde no Trabalho e Responsabilidade Social (SGI) - Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial (SENAC) – Conclusão em novembro de 2018.
Direção  Hábil treinamentos – 8 horas – Conclusão em fevereiro de 2016.
Defensiva
Informática:  Pacote Office, Adobe Photoshop, montagem e manutenção de computadores.

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

Empresa:  Control Ambiental Sustentabilidade e Meio Ambiente S.A.


Cargo:  Analista Ambiental Pleno.
Período:  Dezembro/2014 – Atual.
Principais  Confecção de estudos e relatórios técnicos diversos sob legislação ambiental.
Atividades: Execução e coordenação de campo em diversas atividades em licenciamento ambiental,
com destaque em: Caracterização, resgate e monitoramento de fauna; Gerenciamento
de programas básicos ambientais; Análise de áreas contaminadas; Comunicação social;
Desenvolver atividades de educação ambiental; Caracterização de fauna em área de
amostragem pré delimitada; Analisar a distribuição espacial e temporal; Analises
bioestatísticas; Analisar riqueza e diversidade de espécies; Classificar amostras;
Elaborar Banco de dados; Documentar estudos através de fotos, filmagem, ilustração e
material científico; Executar procedimentos de acordo com os padrões existente de
qualidade, meio ambiente, saúde e segurança ocupacional; Executar outras tarefas de
mesma natureza e nível de complexidade associadas ao ambiente organizacional.

Empresa:  Ello Ambiental Estudos, Projetos e Licenciamentos


Cargo:  Biólogo.
Período:  Dezembro/2014.
Principais  Caracterização da fauna do entorno da Brasitália Mineradora Espírito Santense ltda
Atividades:

Empresa:  Control Ambiental Sustentabilidade e Meio Ambiente


Cargo:  Auxiliar técnico.
Período:  Outubro/2014
Principais  Monitoramento da Fauna Terrestre na RPPN Caruara – Prumo Logística Global.
Atividades:

Empresa:  Multi Ambiental.


Cargo:  Auxiliar técnico.
Período:  Outubro/2014.
Principais  Monitoramento da quirópterofauna em área de influência do Aerogerador da Samarco
Atividades: Mineração - Samarco.

Empresa:  SCI Estudos em Fauna e Flora.


Cargo:  Estágio
Período:  Abril/2014 – maio/2014.

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Principais  Levantamento bibliográfico da fauna propícia a desastres com derramamento de óleo.


Atividades:

Empresa:  Resiliência Consultoria Ambiental


Cargo:  Auxiliar técnico.
Período:  Dezembro/2013.
Principais  Monitoramento de Lepidópterofauna na LT 600 KV CC Coletora Porto Velho –
Atividades: Araraquara.

Empresa:  Rhea Estudos & Projetos


Cargo:  Auxiliar técnico.
Período:  Agosto/2013 a novembro/2013
Principais  Monitoramento de Avifauna e Mastofauna em áreas de silvicultura da Fíbria no Vale
Atividades: do Rio Mucuri, NE de MG.

Empresa:  Museu de Biologia Mello Leitão.


Cargo:  Guia educacional.
Período:  Março/2012 – agosto/2012.
Principais  Setor de Educação Ambiental.
Atividades:

Empresa:  NetST.
Cargo:  Técnico em informática.
Período:  Fevereiro/2011 – outubro/2011.
Principais  Instalação de internet e redes, e manutenção de computadores.
Atividades:

Empresa:  Imetame metalmecânica.


Cargo:  Eletricista.
Período:  Novembro/2007 – janeiro/2010.
Principais  Manutenção e reparos em comandos, equipamentos e máquinas elétricas.
Atividades:

PRINCIPAIS TRABALHOS REALIZADOS

ANO: 2018  Elaboração de relatórios técnicos diversos.


 Apoio técnico na Execução da Implantação de Programas Ambientais durante a
Atividade de Perfuração de Poços de Petróleo e Gás Natural na Bacia do Parnaíba,
Estados do Piauí e Maranhão – Ouro Preto energia onshore.
 Execução do Programa de Comunicação Social (PCS) durante a perfuração dos
Poços de Exploração 1-PRE-1-BA e Desenvolvimento de Petróleo na Bacia do
Recôncavo, Estado da Bahia – Geopark.
 Apoio técnica na elaboração do Inventário Florestal, Plano de Resgate e Salvamento
de Fauna Terrestre, Plano de Salvamento de Germoplasma, Programa de Controle
da Supressão, e, Programa de Recuperação de Áreas Degradadas do Gasoduto Rota 3
(Canteiro do Trecho Ultrarraso) – Pennoil.
 Apoio técnico no Monitoramento das espécies Anhinga anhinga, Sporophila collaris,
Mimus gilvus e Ameivula littoralis para a RPPN Caruara, Porto do Açu, Rio de Janeiro –
Prumo Logística Global.

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 Apoio técnico na Execução do Programa de Monitoramento de Fauna da LT 230 kV


Serra da Babilônia / Morro do Chapéu II – Rio Energy.
 Execução da coleta, acondionamento, transporte e análise de amostras de água –
Poço 2 Terminal 2, Porto do Açu – Andrade Gutierrez.
 Execução do Resgate de Fauna das Obras da UTE Novo Tempo GNA II – Gás
Natural Açu.
 Execução do Monitoramento de Flora – 1ª Campanha de Background da implantação
da UTE Novo Tempo GNA II – Gás Natural Açu.
 Apoio técnico na Execução do Gerenciamento Ambiental das Obras da UTE Novo
Tempo GNA II – Gás Natural Açu.

ANO: 2017  Elaboração de relatórios técnicos diversos.


 Apoio técnico nos Serviços de Manejo de Fauna – Salvamento, Resgate e Destinação
do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) e da estrada Convento –
Petrobras.
 Apoio técnico na Execução do Programa de Monitoramento de Fauna da LT 230 kV
Serra da Babilônia / Morro do Chapéu II – Rio Energy.
 Execução do Programa de Manejo da Biota Terrestre (PMBT) – Gasoduto Gavião
Azul (GVA) – Construcap.
 Execução do Gerenciamento dos Programas do Plano Básico Ambiental (PBA) –
Implantação da LT 230 KV Serra da Babilônia / Morro do Chapéu II – Rio Energy.
 Apoio técnico no Monitoramento das espécies Anhinga anhinga, Sporophila collaris,
Mimus gilvus e Ameivula littoralis para a RPPN Caruara, Porto do Açu, Rio de Janeiro –
Prumo Logística Global.
 Apoio técnico no Resgate de fauna silvestre durante a execução dos estudos
geofísicos terrestres no estado do Maranhão – ENEVA.
 Execução do mapeamento das comunidades no trajeto de Ouro Branco/MG x Porto
do Açu/RJ para elaboração de rotograma. Entrevistando moradores, quando possível,
referente a suspensão de materiais particulados no transporte por caminhões – Prumo
Logística Global.
 Execução do resgate de fauna silvestre da implantação do parque eólico Serra da
Babilônia, atuando em coordenação de campo – Rio Energy
 Investigação de área contaminada. ETEI C-1200 – ENEVA.
 Execução do Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas. Referente as
atividades de produção e escoamento de gás natural de chicote – Parnaíba Gás Natural.

ANO: 2016  Elaboração do plano de manejo e autorização de supressão vegetal do Parque Eólico
de Serra da Babilônia e seu acesso externo – Rio Energy.
 Obtenção de certidões de uso e ocupação de solo junto às prefeituras em municípios
do Maranhão para licenciamento de pesquisa sísmica e perfuração de poços
exploratórios de gás natural – Parnaíba Gás Natural
 Execução da 3ª Campanha de monitoramento de ruído da implantação da base de
apoio a operações portuárias – Brasil Port.
 Permissoria e levantamento social e econômico dos proprietários das áreas
influenciadas pelas faixas de servidão do gasoduto GASCAV – Prumo Logística Global.
 Gerenciamento ambiental da implantação da base de apoio a operações portuárias
– Brasil Port.
 Elaboração de relatórios de atendimento a condicionantes estabelecidas em licenças
ambientais; inspeções ambientais e treinamentos de educação ambiental a
comunidades das áreas de influência e trabalhadores das atividades referentes à
perfuração e operação de poços exploratórios de gás natural no estado do Maranhão –
Parnaíba Gás Natural.

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ANO: 2015  Execução dos programas ambientais estabelecidos no Plano de Controle Ambiental
do Reassentamento Comunidade da Demanda/MA – ENEVA.
 Apoio técnico no Programa de Monitoramento Ambiental da Qualidade de Água –
Parnaíba Gás Natural.
 Resgate de fauna do Levantamento Sísmico 3D Lagoa Sabiá, Linhares/ES –
Petrobrás.

ANO: 2014  Elaboração e responsável técnico na caracterização da Lepidópterofauna do entorno


da Brasitália Mineradora Espírito Santense para fins de Estudo de Impacto Ambiental
(EIA).
 Apoio técnico no Monitoramento da quirópterofauna em área de influência do
Aerogerador da Samarco Mineração – Samarco.
 Apoio técnico no Monitoramento da Fauna Terrestre na RRPN Caroara para o
empreendimento Porto do Açu - São João da Barra - RJ.
 Apoio técnico na elaboração de relatório de levantamento da fauna propícia a
desastres com desastres com derramamento de óleo.

ANO: 2013  Apoio técnico em monitoramento de Avifauna e Mastofauna nas áreas de influencias
das atividades da Fíbria, no município de Nanuque/MG.
 Apoio técnico no monitoramento da Lepidópterofauna na LT 600 KV CC Coletora,
Porto Velho – Araraquara.

ANO: 2012  Monitor do setor de educação ambiental do Museu de Biologia Mello Leitão:
ministrando visitas guiadas nas dependências da instituição e participações em eventos.

ANO: 2011  Instalação de internet via rádio e cabos em rede na sede e distritos do município de
Santa Teresa – ES. Manutenção de computadores.

ANO: 2007 a 2010  Manutenção preventiva e corretiva de comandos e equipamentos elétricos (ponte
rolante, painel elétrico, motores elétricos, instalações elétricas, máquinas de solda, etc.).

CURSOS E EVENTOS

Gestão Ambiental como  Instituto de Educação Tecnológica - IETEC (6 hrs, concluído em julho/2016).
Elemento Estratégico
Curso de Extensão em  Faculdade Redentor (5 hrs, concluído em junho/2016).
Atualização da NBR/ISO
14001 – Versão 2015
Curso de Extensão em  Faculdade Redentor (5 hrs, concluído em junho/2016).
Atualização da NBR/ISO
9001 – Versão 2015
Planejamento, Manejo e  Agência Nacional de Águas – ANA (40 hrs, concluído em janeiro/2016)
Gestão de bacias
Monitoramento da  Agência Nacional de Águas – ANA (40 hrs, concluído em janeiro/2016).
Qualidade da Água de
Rios e Reservatórios
Captura e Contenção de  Instituto de Ensino, Pesquisa e Preservação Ambiental Marcos Daniel – IMD
Animais Selvagens (16 hrs, concluído em outubro/2013).

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Formação de Guarda-  Centro de Ensino e Instrução de Bombeiros (60 hrs, concluído em


Vidas dezembro/2012).
Educação Ambiental  SENAI (14 hrs, concluído em julho/2012).
Excelência na  SETUR (20 hrs, concluído em maio/2011).
Receptividade ao Turista
Capacitação de guia e  ESFA (189 hrs, concluído em janeiro/2011).
condutores de atividades
de ecoturismo e turismo
de aventura
Técnico em automação e  Centro de especialização e desenvolvimento técnico - CEDTEC (1600 hrs,
controle de processos concluído em Junho/2008).
Montagem e manutenção  Microlins (72 hrs, concluído em Março/2007).
de computadores e redes

 IX Congresso de Ecologia do Brasil (2009)


 VI Seminário de Iniciação Científica da ESFA (2009)

TRABALHOS PUBLICADOS

Trabalho de  TCC como requisito de graduação em Ciências Biológicas: “Distribuição Vertical da


Conclusão de Lepidópterofauna Frugívora (Nymphalidae) em uma Floresta de Restinga, Espírito
Curso Santo, Brasil” (2014).

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CURRICULUM VITAE

Luccas Carvalho Moreira

DADOS PESSOAIS

Data de Nascimento: 15 de abril de 1995

Filiação: Sayonara Carniele de Carvalho e Antônio Carlos Moreira

Estado Civil: Solteiro

Endereço: Rua Izidoro Mareto, Nº:11, Bairro: Centro

Cidade: Conceiçao do Castelo UF: ES CEP: 29.370-000

Telefone: (028) 99926-7111

E-mail: luccas099@hotmail.com.br

DOCUMENTAÇÃO

Carteira de Identidade: 3.292.997 SPTC-ES

Título de Eleitor: 035234241457 / Zona: 040

CPF: 129742977-06

CRBio: 111649/02D

CNH: 05856378517/ Categoria: B

Curriculum Lattes: http://lattes.cnpq.br/9757781900941580

ESCOLARIDADE

3º Grau - Completo

Ciências Biológicas pelo Centro Universitário São Camilo

Período: Janeiro de 2013 a Dezembro de 2016

Cidade: Cachoeiro do Itapemirim - ES


ESPECILIZAÇÁO/PÓS GRADUAÇÁO

Especialização em ensino de biologia.

FAVENI-FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE, IESX_PPROV ,


Venda Nova Do Imigrante, Brasil

Título: Uso lúdico da taxidermia e molde de pegadas para crianças do


Atendimento Educacional

Especializado (AEE) e 7° ano do ensino fundamental da EEEFM.

Especialização em Biologia medica e clinica.

Faculdade de Ciências de Wenceslau Braz, FACIBRA, Wenceslau Braz,


Brasil

Título: A análise e classificação dos vírus e os avanços científicos em relação


a patologia na busca pela sua cura.

Orientador: Eliane Maura Litting Milhomem de Freitas

Especialização em Zoologia.

Faculdade de Ciências de Wenceslau Braz, FACIBRA, Wenceslau Braz,


Brasil

Título: Biologia e o estudo de mecanismos comuns para plantas e animais

Orientador: Eliane Maura Litting Milhomem de Freitas


CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO

· Técnicas de inventario e manejo e manejo de herpetofauna. (carga horaria


30h). Habitatil consultoria Ltda, HABITATIL, Brasil.

· Técnicas de Inventário e Manejo de Mastofauna e Avifauna. (Carga horária:


30h).
Habitatil Consultoria Ltda, HABITATIL, Brasil.

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

Atuação: Biólogo (consultor) – herpetofauna/levantamento de fauna, fazenda


capijuma, Conceição Do Castelo-ES

Período : fevereiro de 2015

Dedicação exclusiva

Empresa : habitatil consultoria ltda/ USC- universidade são Camilo ES

Empresa: Habitatil consultoria LTDA

Atuação: Biólogo (Consultor) – Herpetofauna/ Plano de manejo da pedreira


Richimond, Vargem Alta, ES.

Período: Fevereiro de 2018.

Dedicação exclusiva

Empresa: Ofranti indústria de mármores e granitos LTDA

Atuação: Biólogo (Consultor) - Herpetofauna / Plano de Manejo da pedreira


Guiomar, Vargem Alta, ES.

Período: Fevereiro de 2018.

Dedicação exclusiva

Empresa: Ofranti indústria de mármores e granitos LTD


Atuação: Biólogo (Consultor) – Herpetofauna / Resgate de fauna na BR-262.
ATOL, ATERPA, Domingos Martins, ES.

Período: Abril de 2018.

Dedicação exclusiva

Empresa: ATOL Consultoria Ambiental.

Atuação: Biólogo (Consultor)- herpetofauna / mastofauna/avifauna. Plano de


manejo da empresa de mineração Claros Dias Ltda. Vargem-ES.

Período: Maio de 2018

Dedicação exclusiva

Empresa: Habitatil Consultoria Ltda.

Atuação: Biólogo (Consultor) – herpetofauna / Resgate de fauna. Control


Ambiental S.A . Porto do Açu, São João da barra. Campos dos Goytacazes.

Período: Agosto de 2018

Dedicação exclusiva

Empresa: Control Ambiental S.A

Atuação: Biólogo (consultor) – herpetofauna / monitoramento de fauna/resgate


de fauna. Rio Novo do Sul.

Período: agosto de 2018

Dedicação exclusiva

Empresa: Bioma
Atuação: Biólogo (Consultor) – Herpetofauna / Resgate de fauna na BR-262.
ATOL, ATERPA, Domingos Martins, ES.

Período: Outubro de 2018 a Março de 2019

Dedicação exclusiva

Empresa: ATOL Consultoria Ambiental.

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