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Visão Geral da Bíblia e dos livros que

a compõem.

• Para se entender adequadamente o sentido de


um texto é preciso coloca-lo em ligação com o
ensinamento da Bíblia inteira. Assim se evitam
interpretações equivocadas ou parciais, que
contradizem outros ensinamentos da mesma
Escritura.
• (Papa Francisco EG)
O QUE SIGNIFICA BIBLIA?

Antigo Novo
Testamento Testamento
QUANTOS LIVROS TEM A BIBLIA?
AS LÍNGUAS EM QUE A BÍBLIA FOI
ESCRITA.

Antigo Novo
Testamento Testamento

Hebraico, Aramaico e Grego.


Grego.
O primeiro passo para compreender a Bíblia
é saber o que contém e como seus livros estão organizados.

Bíblia é uma palavra grega que significa


literalmente "livros".

A Bíblia Católica contém 73 livros


(46 AT+ 27 NT)
...e a protestante?
A Bíblia Protestante:
• A Bíblia Protestante (apenas 66 livros)
• Ela só contém os livros escritos em hebraico,
• Os que foram escritos em grego ou aramaico
não estão incluídos.
• 7 livros a menos que a Católica!!!
• 7 são eles: Tobias, Judite, I Macabeus, II
Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico e Baruc).
As Classificações dos Livros do Novo
Testamento.
• O NT tem 27 livros:
• Evangelhos Mateus, Marcos Lucas e João.
• Atos dos Apóstolos
• Cartas Paulinas (Romanos, 1 e 2 Corintios, Gálatas,
Efesios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2
Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, Filemon,
• Cartas Universais (Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2
e 3 São João, São Judas)
• Apocalipse.
AS CLASSIFICAÇÕES DOS
LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO

O Antigo Testamento, na Bíblia Católica, contém


46 livros e esses livros estão assim subdivididos:
 O PENTATEUCO
 OS LIVROS HISTÓRICOS
 OS LIVROS SAPIENCIAIS
 OS LIVROS PROFÉTICOS
O PENTATEUCO
• A primeira parte do Antigo Testamento;
• Contém os cinco primeiros livros da Bíblia;
• Palavra de origem grega que significa, literalmente,
cinco rolos;
• É também conhecida pelo nome hebraico Torá, que sig­
nifica Lei ou Ensinamento.

Esses livros são:


Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio.
OS LIVROS HISTÓRICOS
São 16 no total. Contudo, nem todos os dezesseis livros
são do gênero literário histórico (porque nem sempre
aquilo que nós utilizamos para agrupar os livros
contempla exatamente o que os livros contêm).

Relação dos Livros Históricos:


Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis,
2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias,
Tobias, Judite, Ester, 1 Macabeus e 2 Macabeus.
OS LIVROS SAPIENCIAIS
• São sete os livros Sapienciais;
• assim chamados porque têm a tradição sapiencial de
Israel.
• A palavra sapiencial vem do latim sapientia que
significa sabedoria.

Esses livros são:


Jó, Salmos, Provérbios, Cântico dos
Cânticos, Eclesiastes, Sabedoria e
Eclesiástico.
OS LIVROS PROFÉTICOS
• Os livros Proféticos são 18 no total.
• Geralmente recebem o nome dos profetas.
• O único a não receber um nome de profeta é
Lamentações .
• Um deles não faz parte da Bíblia Protestante: Baruc.

Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel,


Daniel, Oseias, Joel, Amós, Abdias, Jonas,
Miqueias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu,
Zacarias e Malaquias.
O Pentateuco ( em Hebraico “Torá)
• Os cinco primeiros livros da Bíblia: da origem do
mundo até a morte de Moisés.
• É a história da fé e da compreensão que Israel
tinha de si mesmo diante de Deus.
• Os livros que o compõem são:
• Gênesis (que descreve a origem do mundo) e
Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio (que
descrevem a organização do povo sob a
condução de Moisés).
Visão Histórica dos Livros do Antigo
Testamento
• A Bíblia, principalmente o Antigo Testamento, é
um conjunto de livros que narra a história dos
israelitas.
• Para termos uma compreensão da história,
existe uma sequência para se ler a Bíblia.
• Os livros que não aparecem nesta sequência se
encaixam nesses períodos da história ou são a
mesma história contada em outro texto, como
Reis e Crônicas.
UMA VISÃO HISTÓRICA DOS LIVROS DO
ANTIGO TESTAMENTO

A Bíblia, principalmente o Antigo Testamento,


é um conjunto de livros que relatam a história
dos israelitas, foi nascendo inspirada pelo
Espírito Santo e acompanha a história do povo.
Para termos uma compreensão da história,
existe uma sequência para se ler a Bíblia, que não é
exatamente igual à sequência dos livros da Bíblia.
Sequência de leitura da Bíblia para se ter uma
visão histórica. Livros do Antigo Testamento.
• Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio ( Dos patriarcas até
chegarem ao Egito e saírem do Egito e estarem próximo da Terra de
Canaã).
• Josué, Juízes, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis (da entrada de Canaã até
em torno de 586 quando o Reino de Judá é destruído pelos Babilônios no
famoso exílio da Babilônia. O povo vai para o exílio, volta do exílio.
• Esdras e Neemias ( a história do pós-exílio, a reconstrução de Jerusalém e
do templo de Jerusalém). Época do domínio persa.
• 1Macabeus, 2Macabeus (narra a luta do povo hebreu para se libertar do
domínio grego).
SEQUÊNCIA PARA LER OS LIVROS DO
ANTIGO TESTAMENTO
(PARA SE TER UMA VISÃO HISTÓRICA)
Sequência sugerida:
1
Dos patriarcas até chegarem ao Egito
e saírem do Egito e estarem próximo
da Terra de Canaã: Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números, Deuteronômio.
SEQUÊNCIA PARA LER OS LIVROS DO
ANTIGO TESTAMENTO
(PARA SE TER UMA VISÃO HISTÓRICA)
Sequência sugerida:
2
Da entrada em Canaã até em torno de 586
quando o reino de Judá é destruído pelos
Babilônios no famoso Exílio da Babilônia. O
povo vai para o exílio, volta do exílio: Josué,
Juízes, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis.
JOSUÉ
Esboço
Josué 1–6 Os filhos de Israel atravessam milagrosamente o
Rio Jordão e entram na terra prometida. Iniciam a conquista
da terra, destruindo a cidade de Jericó.
Josué 7–12 Israel perde a batalha contra o povo de Ai devido
à desobediência. Depois de se arrependerem, os israelitas
prosperam em batalha, pois o Senhor luta com eles. Eles
assumem o controle da terra prometida.
Josué 13–21 A terra prometida é dividida entre as tribos de
Israel. Contudo, nem todos os habitantes iníquos são
retirados da terra. Os israelitas armam o tabernáculo num
lugar chamado Siló. Certas cidades são designadas como
cidades de refúgio.
Josué 22–24 Antes de sua morte, Josué exorta o povo a ter
coragem, a guardar os mandamentos de Deus e a amar ao
Senhor. Ele e o povo fazem convênio e escolhem servir
somente a Deus. Josué e Eleazar, o terceiro filho de Aarão,
JUÍZES
JUÍZES

Os juízes são vistos como instrumentos nas mãos de Deus. São os salvadores desta ou
daquela tribo, representam a vontade divina e executam o plano divino. Deus se serve
de homens e mulheres para derrotar os inimigos do povo e concretizar seus projetos.
Dentre os juízes se destaca a juíza Débora, mulher, juíza e profetisa. Ela aparece nos
capítulos 4 e 5, onde temos belo exemplo de como as tribos se organizavam para se
defender. O cântico de Débora (5) é um dos mais antigos escritos da Bíblia.
JUÍZES

Normalmente os juízes são classificados em maiores e menores.


Os juízes maiores são apresentados como heróis tribais, que lideravam movimentos
de libertação. São eles: Otoniel (3,7-11), Eúde (3,12-30), Débora (4-5), Gedeão (6-8),
Jefté (10,6-12,7) e Sansão (13-16).

Os juízes menores são os que pouco se fala deles, é dito apenas que exerceram sua
função durante um período. Os menores são: Sangar (3,31), Tola (10,1-2), Jair (10,3-
5), Abesã (12,8-10), Elon (12,11-12) e Abdon (12,13-15). São seis maiores e seis
menores, totalizando doze, número bíblico muito significativo.
JUÍZES

Podemos dividir o livro em três partes:


1. Primeira parte (1,1-3,6): formada por duas introduções. A primeira (1,1-2,5)
apresenta um resumo da instalação das tribos em Canaã e a segunda (2,6-3,6) faz
como que uma ligação com o livro de Josué.
2. Segunda parte (3,7-16,31): história dos juízes. É a mais longa e trata da vida e da
luta dos heróis para libertar as tribos dos conflitos internos e das ameaças
externas.
3. Terceira parte (17-21): formada por duas conclusões. São acréscimos tardios,
talvez após o exílio, que tratam de assuntos diversos: o primeiro (17-18) traz a
história da migração da tribo de Dã para o norte e da fundação do santuário de Dã;
o segundo (19-21) narra um crime contra uma mulher, cometido por benjaminitas,
isso provoca uma guerra contra a tribo de Benjamim.
O livro de Rute - é posterior ao exílio na Babilônia (587 - 537 AC).
Conta a bela história de Rute, a moabita que desposou Booz, israelita,
e dos quais nasceu Obed, o pai de Jessé, que foi o pai do rei Davi. A
finalidade do livro é transmitir uma história edificante sobre as origens
da família de Davi, que teve, então, entre os seus antepassados uma
moabita, isto é, um membro que não era do povo judeu, e até seu
inimigo. Isto já ensina a universalidade da salvação preparada por
Deus para todos os homens (cf. Rt 2,12). O mesmo se dá com o livro
de Jonas. Mateus, na genealogia de Jesus, faz questão de citar Rute,
para significar que Ele não é filho apenas de israelitas, e Salvador não
só dos judeus, mas de todos os homens.
1 Samuel: O Começo do Reino de Israel
Os livros de 1 e 2 Samuel recebem seu nome do personagem
principal do início desta parte da história de Israel. Neste artigo,
vamos considerar o primeiro destes dois livros.

Os livros de Samuel - foram escritos após o ano 622AC, e narra as


histórias de Samuel, o último dos Juízes, do rei Saul e do rei Davi.
Continuam as narrações contidas nos livros dos Juízes e cobrem um
período da história de Israel de 1050 a 970 aC. Samuel, o último
dos juízes foi incumbido por Deus para sagrar o primeiro rei de
Israel, Saul.

Samuel, um sacerdote e juiz, foi a pessoa usada por Deus para


fazer a transição dos juízes aos reis. Os primeiros capítulos do livro
mostram os problemas constantes de Israel no período dos juízes,
reforçando a mensagem dos dois livros anteriores. O resto do livro
fala do reinado de Saul, primeiro rei de Israel, mas inclui muita
ênfase na vida de Davi, o homem escolhido por Deus para ser
sucessor de Saul. Com poucas exceções, a narrativa de 1 Samuel
segue a sequência cronológica.
1 Samuel: O Começo do Reino de Israel

Capítulos 1 a 3 relatam o nascimento e a infância de Samuel e


mostram a depravação dos filhos de Eli, homens que abusavam sua
posição como sacerdotes.

Capítulos 4 a 6 registram uma crise em Israel. Deus usou os


filisteus para exterminar a casa de Eli. Ao mesmo tempo, a arca da
aliança (o móvel mais sagrado em Israel) foi tirada dos israelitas e
passou décadas longe do local onde os israelitas adoravam ao
Senhor.

Capítulo 7 fala do livramento de Israel das mãos dos filisteus e


descreve o trabalho de Samuel como juiz em Israel.
Capítulos 8 a 10 descrevem o início do reino de Israel. O povo
pediu um rei, rejeitando o domínio direto de Deus sobre a nação, e o
Senhor lhe deu um rei do tipo que as pessoas esperavam. Saul, um
homem da tribo de Benjamim, foi escolhido como primeiro rei de
Israel.

Capítulo 11 conta a história de uma batalha que ganhou para Saul o


apoio popular de Israel. Ele conduziu os israelitas na batalha contra
os amonitas e livrou do poder deles a cidade de Jabes-Gileade, na
Transjordânia.

Capítulo 12 contém o discurso de despedido de Samuel, que


incentivou o povo a ser fiel ao Senhor. Ele avisou, também, das
consequências que viriam sobre o povo se fosse desobediente a
Deus. Esta mensagem nos lembra dos discursos finais de Moisés e
Josué.
Capítulos 13 a 15 explicam os graves erros de Saul que seriam motivo
de Deus recusar estabelecer a dinastia deste benjamita. Por causa da
rebeldia e ambição egoísta deste rei, Deus avisou que daria o reino para
outra família. Logo descobrimos que a dinastia permanente começaria
com Davi.

Capítulos 16 e 17 usam três episódios para introduzir Davi, o jovem


que seria o segundo rei de Israel. Ele foi ungido por Samuel, foi
chamado para tocar sua harpa para acalmar o rei, e, na história mais
conhecida da sua juventude, foi usado por Deus para vencer o gigante
Golias.
Capítulos 18 a 26 relatam o período de conflito entre Saul, que foi
tomado de paranoia, e Davi, que esperava com paciência o momento
determinado por Deus para aceder ao trono. Em vários momentos,
Saul tentou matar Davi, mas este recusou a levantar sua mão contra o
rei legítimo de Israel.

Capítulos 27 a 31 descrevem a guerra entre os israelitas e os


filisteus que levou à morte de Saul, abrindo lugar para a coroação de
Davi como rei de Israel. O próximo livro, 2 Samuel, começa com o
início do reinado de Davi.
1 Samuel é de grande importância histórica. Entre
suas lições mais importantes são as palavras de
Samuel a Saul: “Eis que o obedecer é melhor do
que o sacrificar” (1 Samuel 15:22). Sacrifícios
serviam como pedidos de perdão. É melhor fazer o
certo do que pedir desculpas depois!
01/12/2018 - EVANGELIZASHOW ----
LIMPEZA ORGANIZAÇÃO E VENDA
CACHORRO QUENTE

14/12/2018 – CONFRATERNIZAÇÃO COM


AS FAMILIAS

ARROZ CARRETEIRO R$12,00


SEQUÊNCIA PARA LER OS LIVROS DO
ANTIGO TESTAMENTO
(PARA SE TER UMA VISÃO HISTÓRICA)
Sequência sugerida:
3

Aí começa a história do pós-exílio, a


reconstrução de Jerusalém e o templo
de Jerusa­lém: Esdras, Neemias
SEQUÊNCIA PARA LER OS LIVROS DO
ANTIGO TESTAMENTO
(PARA SE TER UMA VISÃO HISTÓRICA)
Sequência sugerida:
4
Depois do domínio persa, que é a época
de Esdras e Neemias, o povo será
dominado por outro povo, os gregos. O
povo de Israel não aceita esta dominação
e luta contra os gregos. Isto é narrado em
Macabeus: 1 Macabeus, 2 Macabeus.
O povo vence os gregos. Surge outro povo na história
que vai dominar o povo de Israel, os Romanos.
Estamos agora no Novo Testamento.
SEQUÊNCIA PARA LER OS LIVROS DO
ANTIGO TESTAMENTO
(PARA SE TER UMA VISÃO HISTÓRICA)

Os livros que não apareceram aqui se encaixam


dentro destes períodos da história. Por exemplo,
o profeta Jeremias viveu depois que o Reino foi
dividido. Ele viveu no período conhecido como o
Exílio da Babilônia. Ou ainda, os livros não
contidos aqui são a mesma história contada em
outro texto, como Reis e Crônicas.
AS CLASSIFICAÇÕES DOS
LIVROS DO NOVO TESTAMENTO

O Novo Testamento tem 27 que também estão


agrupados:
 Evangelhos (Sinóticos e o de João)
 Atos dos Apóstolos
 Cartas Paulinas
 Cartas Universais
 Apocalipse
OS EVANGELHOS
• Evangelho é uma palavra grega que sig­nifica Boa
Nova ou Boa Notícia;
• O "Evangelho" não é simplesmente um gênero
literário. Mas a própria pessoa de Jesus que se
autocomunica com a força de sua pa­lavra e com o
seu testemunho;
• O anúncio do Evangelho de Jesus é acompanhado e
confir­mado por suas obras.
Os Evangelhos Sinóticos
• São os primeiros Evangelhos: Mateus, Marcos e Lucas;
• Sinótico, palavra grega, que signi­fica "visão conjunta“;
• Boa parte dos estudiosos acredita que o Evangelho de
Marcos teria sido o primeiro a ser escrito, por volta do
ano 65 d.C. e teria ser­vido de base para Mateus e
Lucas;
• Ao ler os sinóticos percebe-se que eles têm passagens,
textos, narrativas comuns.
O Evangelho de João
• O Evangelho de João tem uma tradição diferente.
Algumas narrativas não batem com os Evangelhos
Sinóticos.
• Por exemplo, quando Jesus entra no templo com o
chicote na mão dizendo que o Templo se tornou casa
de comércio, João co­loca este episódio no início do
ministério de Jesus, enquanto os Evangelhos Sinóticos
co­locam este episódio no final do ministério de Jesus.
A ordem de leitura sugerida é ler primei­ro o
Evangelho de Marcos, pois foi o primeiro a ser
escrito, depois Lucas, Mateus e João, nes­ta
ordem.
O livro dos Atos dos Apóstolos é a con­
tinuação do Evangelho de Lucas , portanto
podemos ler o Evangelho de Lucas e o livro
de Atos um depois do outro para se ter a
visão completa da obra lucana.
PARTICULARIDADES DE CADA EVANGELHO
Evangelho de Marcos
Marcos conheceu Jesus pessoalmente, mas não foi seu discípulo, foi
discípulo de São Pedro. Esse Evangelho é o mais curto e o mais simples,
mas é a fonte para os outros dois Evangelhos sinóticos, por ter sido o
primeiro a ser escrito.

Data: Por volta de 65 d.C


Público ao qual se dirige: Escreveu para a comunidade cristã de Roma, na
maio­ria, judeus cristãos. Por isso temos o relato, por exemplo, daquela
passagem onde os fa­riseus se escandalizam porque Jesus e seus discípulos
não lavam as mãos antes de comer. Marcos explica porque.

Objetivo: Mostrar que Jesus é o Filho de Deus.


Apresentação de Jesus: Apresenta Je­sus como o que faz milagres.
PARTICULARIDADES DE CADA EVANGELHO
Evangelho de Lucas
Lucas foi discípulo de São Paulo. Era mé­dico do corpo e também das
emoções (uma espécie de psicólogo).
Data: Ano 70 ou 75 d.C.
Público ao qual se dirige: Aos gentios e pagãos, não aos judeus. Seu
Evangelho é o das parábolas (o Filho Pródigo, o Bom Samarita­no, por
exemplo).
Objetivo: Mostrar que Jesus é cheio de misericórdia, principalmente para
com os humildes. "Passava pelas cidades fazendo o bem".
Apresentação de Jesus: Apresenta-o como profeta, porque os profetas
diziam que o povo de Israel tinha que se abrir aos outros povos (ele
escreveu para os gentios).
PARTICULARIDADES DE CADA EVANGELHO
Evangelho de Mateus
Arrecadador de impostos, era chamado de publicano , que
significa "o que peca con­tra o povo". Foi discípulo de Jesus.
Data: Escrito em 80/85 d.C.
Público ao qual se dirige: Escreve para a comunidade de judeus
convertidos ao cristianismo.
Objetivo: Mostrar que Jesus é o Messias esperado.
Apresentação: Apresenta Jesus como um grande Mestre. Nesse
Evangelho encon­tramos muitos ensinos (Mestre, ensina-nos a
orar).
PARTICULARIDADES DE CADA EVANGELHO
Evangelho de João
João é filho de Zebedeu, irmão de Tiago. Denomina-se "o Discípulo Amado", não
por­que Jesus o amasse mais do que aos outros, mas porque ele compreendeu
como Jesus amava.
Data: 90/95 d.C.
Público alvo: Judeus e não judeus, uma comunidade que já está no estágio de
enten­der quem é Jesus, pois seu nível de fé é avan­çado. Já existem heresias nesta
época, então João esclarece: o Logos, o Verbo, a Palavra que sai da boca de Deus é
Jesus, que se faz carne. O Verbo é Deus e estava junto de Deus.

Objetivo: Mostrar que Jesus é Deus, é o Filho de Deus, mas é Deus também. O
Evange­lho de João tem uma profundidade teológica que começa já no prólogo,
que fala do Verbo.
Apresentação: João deixa que o próprio Jesus se apresente: Eu sou o caminho, a
verdade e a vida, Eu sou o Pão da Vida.
PARTICULARIDADES DE CADA EVANGELHO:
Ainda sobre o Evangelho de João
Mostra Jesus nas festas e nas cele­brações religiosas judaicas.
Não chama a obra de Jesus de milagres, mas sim de sinais,
convidando o leitor a ir além do milagre. A cada sinal, Jesus faz
um discurso. São 7 sinais men­cionados:
• Bodas de Caná (Jo 2,1-11)
• Cura do filho de um oficial (Jo 4,46-54)
• Cura de um paralítico (Jo 5,1-9)
• Multiplicação dos pães (Jo 6,1-15)
• Jesus anda sobre as águas (Jo 6,16-21)
• Cura do cego de nascença (Jo 9,1-41)
• Ressurreição de Lázaro ( Jo 11,1-44).
Jesus veio para pregar o Reino de Deus.
É a pregação de Jesus que aparece nos Evange­lhos.
Reino de Deus é a expressão que mais apa­rece na boca
de Jesus.106 vezes Ele fala "Reino de Deus" ou "Reino
dos Céus". Fala "Reino de Deus" mais do que fala amor,
perdão, ou qual­quer outra palavra. Ele prega o Reino de
Deus por meio de atos e de palavras e entende que
quem vai realizar o Reino de Deus inteiramen­te é o
próprio Deus, é a dimensão do céu, do Paraíso, a
dimensão escatológica.
Como devemos ler os Evangelhos?
Com o espírito de quem crê, porque este é o espíri­
to com que foram escritos.
ATOS DOS APÓSTOLOS
• Pedro e Paulo, juntamente com os ou­tros apóstolos,
dão continuidade à pregação do Reino de Deus na
face da Terra.
• O Livro dos Atos narra os primeiros momentos das
comu­nidades cristãs.
• São também chamados de Atos de Pedro e Atos de
Paulo.
• O Evangelho de Lucas foi escrito como uma primeira
parte do livro dos Atos dos Apóstolos. Atos e Lucas
são uma obra única, a obra lucana.
CARTAS PAULINAS, ESCRITOS PAULINOS
• Escritos por Paulo e discípulos de Paulo.
• Essas cartas são divididas em 13 ou 14 livros.
• É durante as viagens que Paulo faz, que ele vai fundando
comuni­dades e depois, vai escrevendo as cartas para
estas comunidades. Aí temos as cartas de Pau­lo.
• É consenso entre os biblistas que He­breus não é uma
carta, mas é um livro, ou do­cumento, porque não tem o
gênero literário de carta. O livro dos Hebreus também
não é de autoria de Paulo.
• Algumas cartas são atribuídas a Paulo, mas foram
escritas por seus discípulos.
CARTAS CATÓLICAS, CARTAS UNIVERSAIS,
Contém as cartas de Tiago, Pedro,
ESCRITOS PASTORAIS João, Judas e o Apocalipse.

O Apocalipse
É escrito para tratar do momento histórico em que os
cristãos estão sendo perseguidos, por volta do ano 96 DC. É
um livro que quer trazer esperança e fé ao co­ração dos
seguidores de Jesus Cristo, dizendo: o Deus Todo-Poderoso
agirá e vos salvará de mais uma experiência de dor e
perseguição, porque a última palavra na história é a Palavra
dada por Deus, é uma palavra de vitória e de esperança.
TIPOS DE TRADUÇÃO DA SAGRADA
ESCRITURA PARA O PORTUGUÊS
LITERAL Traduz literalmente palavra por palavra,
comparando o texto nas duas línguas.

FORMAL Tradução muito próxima do ori­ginal. (Bíblia


de Jerusalém, TEB, Bíblia do Pe­regrino).

PASTORAL Deixa o texto mais leve, de en­tendimento


mais fácil. (Por exemplo: Ave-Ma­ria, Bíblia
Pastoral, Bíblia da CNBB).
Conclusão:
“A evangelização requer a familiaridade com a Palavra de
Deus, e isto exige que as dioceses, paróquias e todos os
grupos católicos proponham um estudo sério e
perseverante da Bíblia e promovam igualmente a sua
leitura orante pessoal e comunitária. Nós não procuramos
Deus tateando, nem precisamos de esperar que Ele nos
dirija apalavra, porque re­almente "Deus falou, já não é o
grande desconhecido, mas mostrou-Se a Si mesmo".
Acolhamos o tesouro sublime da Palavra revelada!” Papa
Francisco * Envangelii Gaudiun, 175
Diante das exigências de nosso tempo,
possamos nós, pregadores, com disciplina e
sensibilidade e na leitura atenta e
transformadora da Palavra de Deus, tornar-nos
capazes de um autêntico testemunho
evangélico e de uma proclamação convicta e
ardorosa do Reino de Deus, já presente entre
nós.

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