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ÉTICA PROFISSIONAL

Profª. Me. Márcia Rosana R. Cavalcante


Apresentação
•Doutoranda em Direitos Humanos pela
Universidade Federal de Goiás.
•Mestre em Direito Agrário pela Universidade
Federal de Goiás.
•Especialista em Direito Público. Especialista
em Direito Tributário e Especialista em Direito
agrário.
•Professora da FSAM; PUC/GO e cursos
preparatórios.
•Advogada especialista em questões civis,
contratuais, fundiárias e ambiental.
Orientação
• Caro aluno (a) este material não tem a
pretensão de substituir o uso de doutrinas.
- Trata- se de mero trabalho com a finalidade de
“apoio didático” e que deve ser lido, no mínimo,
mediante acompanhamento de legislação e
doutrinas.
- Bons estudos.

- Profª. Ms. Márcia Rosana R. Cavalcante


Fundamento Legal

ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA
OAB (Lei 8.906, de 04.07.94 )

CÓDIGO DE ÉTICA

REGULAMENTO GERAL
UNIDADE I – DEONTOLOGIA
JURÍDICA
Conceito de Ética:

É o conjunto de valores e princípios que eu e


vocês usamos para decidir e resolver as três
grandes questões da vida.

- Quero;
EU - Devo;
- Posso.
OBS: desejos não são direitos.
Conceito de Ética:

Só conseguiremos ter “paz de espírito”


quando adequarmos estas questões da vidas
com o comportamento que, eticamente,
entendemos serem os corretos.
Conceito de Ética:
Esta ética vem de cada um de nós e é
formado por valores:

- sociais;
- religiosos;
- familiares;
- e até mesmo jurídicos. (Ex:
cinto de segurança)
- entre outros

PROF. César Zanluchi


Diferença entre Ética, Moral e Direito:

- Ética é o conjunto de valores e princípios


que cada um de nós temos dentro de si e
utilizamos para resolver e responder as três
grandes questões da vida.
Diferença entre Ética, Moral e Direito:

- Moral seria a forma como nós aplicamos


estes princípios e valores éticos para resolver
as três grandes questões da vida.

Seria a prática de uma ética. É saber como


utilizar os princípios e valores éticos.

PS: para a lei, quem não tem esta capacidade


é um AMORAL, ou seja, o INCAPAZ.
PROF. César Zanluchi
Diferença entre Ética, Moral e Direito:

- Já o Direito é a configuração daquilo que,


de uma forma geral, possui valores e
princípios de interessam para a sociedade
como um todo, por isso, passível de ser
protegido.

PS: por isso se falar que nem tudo que é


direito é moral e nem tudo que é moral é
direito.
Ética, Moral e o Direito

A ÉTICA PROFISSIONAL reflete as ações


realizadas no exercício de uma profissão e
deve ser iniciada antes mesmo do começo da
prática profissional.

Isso significa que devemos observar deveres e


obrigações anteriores a atividade profissional.
PROF. César Zanluchi
Deontologia
Das observações sobre a ética profissional,
verifica-se a existência da DEONTOLOGIA, que
vem das palavras gregas:

-Déon ou déontos: Dever

- Logos: Discurso ou Tratados

PROF. César Zanluchi


Deontologia

Assim, a DEONTOLOGIA seria o tratado de


deveres, um conjunto de deveres, princípios e
normas adotado por um determinado grupo.
Deontologia

A Deontologia apresenta para a sua


compreensão certos modais:

- obrigação;
Modal Deôntico - proibição;
- permissão.

PROF. César Zanluchi


Deontologia Jurídica

A Deontologia Jurídica seria o estudo dos


deveres e obrigações incluídos em normas
jurídicas, capazes de criar regras de
comportamentos para determinados grupos
afetos a ela.
Deontologia Jurídica

Modal Deôntico Obrigação:

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
(...)
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:

I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;


(...)

PROF. César Zanluchi


Deontologia Jurídica

Modal Deôntico Proibição:

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
(...)
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço
militar obrigatório, os conscritos.

PROF. César Zanluchi


Deontologia Jurídica

Modal Deôntico Permissão:


Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
(...)
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
(...)
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos..
(...)

PROF. César Zanluchi


Fundamento Legal

ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB (Lei


8.906, de 04.07.94 )

CÓDIGO DE ÉTICA

REGULAMENTO GERAL
ART. 133
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art.133 da Constituição Federal
O advogado é indispensável à
administração da justiça sendo
inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da
profissão, nos limites da lei.

• Art. 7º, II, EAOAB (alterado pela lei


11.767/08) – Estatuto da Advocacia e Ordem
dos advogados do Brasil.
Prerrogativas profissionais

direito-dever assegurado ao advogado

Independência
Inviolabilidade
Indispensabilidade
I. DA ATIVIDADE DE
ADVOCACIA
• Advogado?
• Bacharel em direito, inscrito nos quadros de
advogados da OAB, que realiza atividade de
postulação ao Poder Judiciário, como representante
judicial de seus clientes, e atividades de consultoria
e assessoria em matérias jurídicas.

• Art. 1º., do Estatuto: diz quais são os atos


privativos da atividade da advocacia no estágio
atual. Apenas os advogados legalmente inscritos na
OAB podem praticá-los, sob pena de exercício ilegal
da profissão (art. 4º., RG).
1.1. Do exercício do Jus
Postulandi

• Postulação: ato de pedir ou exigir a


prestação jurisdicional do Estado.
Promove-a privativamente o advogado,
em nome de seu cliente.
• Art. 4º.: Nulidade absoluta dos atos
praticados por terceiros não inscritos.
• Exceção: Impetração de habeas corpus
(§1º., I, art. 1º., Lei 8.906/94)
1.1. Do exercício do Jus
Postulandi
• Art. 1º São atividades privativas de
advocacia:
• I - a postulação a qualquer órgão do
Poder Judiciário e aos juizados
especiais;        (Vide ADIN 1.127-8)
JURISPRUDÊNCIA

• STF, ADIN n. 1.127-8, decidiu pela inconstitucionalidade


do termo “qualquer” constante no inciso I.
• JEC (art. 98, I, da CF), a Lei n. 9.099/95: dispensa do
advogado quando o valor da causa não ultrapassar o
limite de vinte (20) salários mínimos. A partir daí será
indispensável a representação. Em vias recursais, é
necessário que as partes estejam representadas por
advogados, nos termos dos arts. 9º. e 41, § 2º., da Lei
9.099. Já a Lei n. 10.259/2001, que instituiu os Juizados
Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça
Federal, estabeleceu o limite de sessenta (60) salários
mínimos ou de infração que a lei comine pena máxima
de dois anos ou multa.
JURISPRUDÊNCIA

• OBS: Quanto aos processos de natureza criminal,


o STF, entendeu que “em homenagem ao princípio da
ampla defesa, é imperativo que o réu compareça ao
processo devidamente acompanhado de profissional
habilitado a oferecer-lhe defesa técnica de qualidade,
ou seja, de advogado devidamente inscrito nos
quadros da Ordem dos Advogados do Brasil ou
defensor público. Aplicação subsidiária do art. 68, da
Lei 9.099/1995. Interpretação conforme, para excluir
do âmbito de incidência do art. 10 da Lei 10.259/2001
os feitos de competência dos juizados especiais
criminais da Justiça Federal” (ADIn 3.168).
SÚMULA

• Súmula 425 — Jus Postulandi


O jus postulandi das partes, estabelecido
no artigo 791 da CLT, limita-se às Varas
do Trabalho e aos Tribunais Regionais do
Trabalho, não alcançando a ação
rescisória, a ação cautelar, o mandado de
segurança e os recursos de competência
do Tribunal Superior do Trabalho.
• OBS: Súmula 343 do STJ x Súmula
Vinculante 5 do STF: “A falta de
defesa técnica por advogado no
processo administrativo disciplinar
não ofende a Constituição”.
• O Regulamento Geral: proíbe a participação do
advogado no mesmo processo, simultaneamente, com
patrono e preposto do empregador ou cliente (art.
3º.).
• Considera efetivo exercício da atividade da advocacia a
participação anual mínima em cinco atos privativos
previstos no art. 1º. do Estatuto, em causas ou
questões distintas (caput, art. 5º.), sendo que a
comprovação faz-se mediante: “ a) certidão expedida
por cartórios ou secretarias judiciais; b) cópia
autenticada de atos privativos; c) certidão expedida
pelo órgão público no qual o advogado exerça função
privativa do seu ofício, indicando os atos praticados ”
(parágrafo único, art. 5º.).
1.2. Consultoria, Assessoria e
Direção Jurídica
• A assessoria jurídica: espécie do gênero advocacia
extrajudicial, pública ou privada, que se perfaz auxiliando
quem deva tomar decisões, realizar atos ou participar de
situações com efeitos jurídicos, reunindo dados e informações
de natureza jurídica, sem exercício formal de consultoria.
• Se o assessor jurídico proferir pareceres, conjuga a atividade
de assessoria em sentido estrito com a atividade de
consultoria jurídica.
• Direção jurídica: administrar, gerir, coordenar, definir
diretrizes de serviços jurídicos. Art. 7º. do Regulamento
Geral: “A função de diretoria e gerência jurídicas em
qualquer empresa pública, privada ou paraestatal, inclusive
em instituições financeiras, é privativo de advogado, não
podendo ser exercida por quem não se encontre inscrito
regularmente na OAB.”
1.2. Consultoria, Assessoria
e Direção Jurídica
•Diferenças entre consultoria, assessoria e
direção jurídicas :
•Consultoria - emissão de pareceres pelo
advogado.
Assessoria - o advogado presta orientações
jurídicas a quem deva tomar decisões, realizar atos
ou negócios jurídicos.
Direção jurídica - é o advogado que administra
ou coordena serviços jurídicos.
• § 2º., do art. 1º., do Estatuto e art. 2º., do
Regulamento Geral: “O visto do advogado
em atos constitutivos de pessoas
jurídicas, indispensável ao registro e
arquivamento nos órgãos competentes,
deve resultar da efetiva constatação, pelo
profissional que os examinar, de que os
respectivos instrumentos preenchem as
exigências legais pertinentes”.
1.3. Da Vedação da Divulgação da
Advocacia e a Vedação de Exercício
Conjunto com Outra Atividade
• § 3º., art. 1º., Estatuto: veda a divulgação conjunta
com outra atividade, não importando sua
natureza civil, comercial, econômica, não
lucrativa, pública ou privada. A violação desse
dever importa infração disciplinar sujeita à sanção
de censura (art. 36, II e III, do Estatuto).

• Arts. de 39 ao 47 do Código de Ética e Disciplina da


OAB.
1.4. Exercício da Advocacia
no Brasil.
•Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:
•I - capacidade civil;
•II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em
instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada;
•III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
•IV - aprovação em Exame de Ordem;
•V - não exercer atividade incompatível com a advocacia;
•VI - idoneidade moral;
•VII - prestar compromisso perante o conselho.
•§ 1º O Exame da Ordem é regulamentado em provimento do
Conselho Federal da OAB.
1.4. Exercício da Advocacia no
Brasil. O Advogado Estrangeiro

• ART. 8º, parágrafo 2º, Estatuto


• O estrangeiro ou brasileiro, quando não
graduado em direito no Brasil, deve fazer
prova do título de graduação, obtido
em instituição estrangeira,
devidamente revalidado, além de
atender os demais requisitos
previstos no art. 8º., inclusive
aprovação em Exame de Ordem.
1.4. Exercício da Advocacia no
Brasil. O Advogado Estrangeiro
•Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:
•I - capacidade civil;
•II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de
ensino oficialmente autorizada e credenciada;
•III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
•IV - aprovação em Exame de Ordem;
•V - não exercer atividade incompatível com a advocacia;
•VI - idoneidade moral;
•VII - prestar compromisso perante o conselho.
•§ 1º O Exame da Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal
da OAB.
•§ 2º O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil,
deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira,
devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste
artigo.
1.5. Da Advocacia Pública
• O §1º, art. 3º do EAOAB estabelece que “Exercem atividade
de advocacia, sujeitando-se ao regime desta Lei, além do
regime próprio que se subordinem, os integrantes da
Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda
Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e
Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal,
dos Municípios e das respectivas entidades de
administração indireta e fundacional”.
• O par. único do art. 9º do Regulamento e o art. 10 equiparam
os advogados públicos aos demais, ao estabelecer que “ são
elegíveis e podem integrar qualquer órgão da OAB” (parágrafo
único) e que, “no exercício da atividade privativa prevista no
art. 1º do Estatuto, sujeitam-se ao regime do Estatuto, deste
Regulamento Geral e do Código de Ética e Disciplina, inclusive
quanto às infrações e sanções disciplinares” (art. 10).
• Com exceção dos procuradores dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, salvo se dispuserem
em contrário as leis respectivas, os demais advogados
públicos apenas podem exercer a advocacia no
âmbito de suas atribuições institucionais.
• O poder de punir o advogado público, por falta ética
não funcional e relacionada com à atividade
privativa da advocacia, é exclusivamente da OAB.
• As regras do Estatuto relativas ao advogado
empregado são supletivas das legislações específicas
da advocacia pública, no que for compatível.
1.6. Atuação de Estagiário
• O estagiário é o inscrito na OAB, nessa qualidade,
devendo ser estudante de curso jurídico legalmente
autorizado e reconhecido ou bacharel em direito.

• No art. 29 do Regulamento Geral são bem delineados


os atos que podem ser praticados isoladamente
pelo estagiário: “I – retirar e devolver autos em
cartório, assinando a respectiva carga; II – obter
junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões
de peças ou autos de processos em curso ou findos;
III – assinar petições de juntada de documentos a
processos judiciais ou administrativos”.
• O prazo de inscrição do estagiário perdurará por no
máximo dois anos e será feita no Conselho Seccional
em cujo território funcione o curso jurídico respectivo
(art. 9º., §§ 1º. e 2º., Estatuto).
• O pedido de inscrição deverá estar acompanhado de
comprovante da matrícula no estágio, do registro civil,
do título de eleitor, da quitação do serviço militar e da
declaração de não exercer atividade incompatível com
a advocacia (art. 9º., I, Estatuto).
• Aplica-se ao estagiário as mesmas regras de
impedimento ou incompatibilidade (art. 9, II,
Estatuto).
REGULAMENTO DA OAB
•Art. 27. O estágio profissional de advocacia, inclusive para graduados, é
requisito necessário à inscrição no quadro de estagiários da OAB e meio
adequado de aprendizagem prática.
•§ 1º O estágio profissional de advocacia pode ser oferecido pela instituição de
ensino superior autorizada e credenciada, em convênio com a OAB,
complementando-se a carga horária do estágio curricular supervisionado com
atividades práticas típicas de advogado e de estudo do Estatuto e do Código de
Ética e Disciplina, observado o tempo conjunto mínimo de 300 (trezentas)
horas, distribuído em dois ou mais anos.
•§ 2º A complementação da carga horária, no total estabelecido no convênio,
pode ser efetivada na forma de atividades jurídicas no núcleo de prática jurídica
da instituição de ensino, na Defensoria Pública, em escritórios de advocacia ou
em setores jurídicos públicos ou privados, credenciados e fiscalizados pela OAB.
•§ 3º As atividades de estágio ministrado por instituição de ensino, para fins de
convênio com a OAB, são exclusivamente práticas, incluindo a redação de atos
processuais e profissionais, as rotinas processuais, a assistência e a atuação em
audiências e sessões, as visitas a órgãos judiciários, a prestação de serviços jurídicos e
as técnicas de negociação coletiva, de arbitragem e de conciliação.
• Art. 28. O estágio realizado na Defensoria Pública da União, do Distrito
Federal ou dos Estados, na forma do artigo 145 da Lei Complementar n.
80, de 12 de janeiro de 1994, é considerado válido para fins de inscrição
no quadro de estagiários da OAB.
• Art. 29. Os atos de advocacia, previstos no Art. 1º do Estatuto, podem
ser subscritos por estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o
advogado ou o defensor público.
• § 1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os
seguintes atos, sob a responsabilidade do advogado:
• I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
• II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças
ou autos de processos em curso ou findos;
• III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou
administrativos.
• § 2º Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer
isoladamente, quando receber autorização ou substabelecimento do
advogado.
•Art. 30. O estágio profissional de advocacia, realizado
integralmente fora da instituição de ensino, compreende as
atividades fixadas em convênio entre o escritório de advocacia ou
entidade que receba o estagiário e a OAB.
•Art. 31. Cada Conselho Seccional mantém uma Comissão de
Estágio e Exame de Ordem, a quem incumbe coordenar, fiscalizar
e executar as atividades decorrentes do estágio profissional da
advocacia.
•§ 1º Os convênios de estágio profissional e suas alterações,
firmados pelo Presidente do Conselho ou da Subseção, quando
esta receber delegação de competência, são previamente
elaborados pela Comissão, que tem poderes para negociá-los com
as instituições interessadas.
•§ 2º A Comissão pode instituir subcomissões nas Subseções. § 3º
• 4º Compete ao Presidente do Conselho Seccional designar a
Comissão, que pode ser composta por advogados não integrantes
do Conselho.
1.6. Atuação de Estagiário
• O estágio profissional de advocacia não é
obrigatório.

• A inscrição prévia como estagiário não é condição


para posterior inscrição como advogado.

• A matéria encontra-se regulada nos arts. 27 a 31


do Regulamento Geral.
1.6. Atuação de Estagiário

• OBS: Estagiário NÃO PODE FIGURAR EM


PUBLICIDADE DE ESCRITÓRIO DE
ADVOCACIA E NEM COMO CONTRATADO
PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
ADVOCATÍCIOS.
DOS DIREITOS DOS
ADVOGADOS

Art. 6º, 7º e 7º-A, EAEOAB


PELA ORDEM      
  X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante
intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos,
documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar
acusação ou censura que lhe forem feitas;
SEM PROCURAÇÃO
        XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da
Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo
sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de
cópias, podendo tomar apontamentos;
       
LEI Nº 13.793, DE 3 DE JANEIRO DE 2019

•XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e


Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos
findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não
estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, assegurada a
obtenção de cópias, com possibilidade de tomar apontamentos;
.............................................................................................................
§ 13. O disposto nos incisos XIII e XIV do caput deste artigo aplica-se
integralmente a processos e a procedimentos eletrônicos, ressalvado o
disposto nos §§ 10 e 11 deste artigo." (NR)
DIREITOS DA ADVOGADA
• Art. 7o-A. São direitos da advogada:         (Incluído pela Lei nº
13.363, de 2016)
• I - GESTANTE:         (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
• a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de
metais e aparelhos de raios X;          (Incluído pela Lei nº
13.363, de 2016)
• b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos
tribunais;          (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
• II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde
houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades
do bebê;         (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
•III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações
orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua
condição;          (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
•IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única
patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente.          (Incluído pela Lei
nº 13.363, de 2016)
•§ 1o  Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar,
respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação.         (Incluído pela Lei
nº 13.363, de 2016)
•§ 2o  Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada adotante ou que der
à luz serão concedidos pelo prazo previsto no art. 392 do Decreto-Lei no 5.452, de 1o de
maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho).         
•§ 3o O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que der à luz
será concedido pelo prazo previsto no § 6o do art. 313 da Lei no 13.105, de 16 de março de
2015 (Código de Processo Civil).      (30 dias!!!!!) E 08 DIAS  
DA INSCRIÇÃO DE ADVOGADO
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:
I - capacidade civil;
II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em
instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada;
(Regulamento: acompanhado de cópia autenticada do histórico
escolar)
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
IV - aprovação em Exame de Ordem;
V - não exercer atividade incompatível com a advocacia;
VI - idoneidade moral;
VII - prestar compromisso perante o conselho: “Prometo exercer a
advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os
deveres e prerrogativas profissionais e defender a Constituição...”
CANCELAMENTO E
LICENCIAMENTO DA
INSCRIÇÃO
CANCELAMENTO E LICENCIAMENTO
•Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que:
•I - assim o requerer;
•II - sofrer penalidade de exclusão;
•III - falecer;
•IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia;
•V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
•§ 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser promovido,
de ofício, pelo conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa.
•§ 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de inscrição
anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º.
•§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser
acompanhado de provas de reabilitação.
•Art. 12. Licencia-se o profissional que:
•I - assim o requerer, por motivo justificado;
•II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da
advocacia;
•III - sofrer doença mental considerada curável.
DOCUMENTO DE INSCRIÇÃO

•Art. 13. O documento de identidade profissional, na forma


prevista no regulamento geral, é de uso obrigatório no exercício da
atividade de advogado ou de estagiário e constitui prova de
identidade civil para todos os fins legais.
•Art. 14. É obrigatória a indicação do nome e do número de
inscrição em todos os documentos assinados pelo advogado, no
exercício de sua atividade.
•Parágrafo único. É vedado anunciar ou divulgar qualquer atividade
relacionada com o exercício da advocacia ou o uso da expressão
escritório de advocacia, sem indicação expressa do nome e do
número de inscrição dos advogados que o integrem ou o
número de registro da sociedade de advogados na OAB.

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