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TJ-SP

MEGA REVISÃO
PROCESSO CIVIL
Professor Guilherme Andrade
Gratuidade de Justiça

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas,
as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.

“A gratuidade da justiça passou a poder ser concedida a estrangeiro não residente no Brasil após a
entrada em vigor do CPC/2015 (Pet 9.815-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade,
julgado em 29/11/2017, DJe 15/03/2018 – Informativo 622)”.

§ 2º A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos
honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência.

§ 3º Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de
exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da
decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que
justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.

§ 4º A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe
sejam impostas.
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na
contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 4º A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de
gratuidade da justiça.
§ 5º Na hipótese do § 4º, o recurso que verse exclusivamente sobre valor de honorários de
sucumbência fixados em favor do advogado de beneficiário estará sujeito a preparo, salvo se
o próprio advogado demonstrar que tem direito à gratuidade.

“A parte e o advogado possuem legitimidade recursal concorrente quanto à


fixação dos honorários advocatícios (REsp 1.776.425-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, Terceira Turma, por unanimidade, julgado em 08/06/2021 –
Informativo 700)”.

§ 6º O direito à gratuidade da justiça é pessoal, não se estendendo a litisconsorte ou a


sucessor do beneficiário, salvo requerimento e deferimento expressos.
Honorários em Processos envolvendo a Fazenda Pública

Art. 85. § 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os
critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2º e os seguintes percentuais:
I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico
obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;
II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico
obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários-mínimos;
III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico
obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos;
IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico
obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-mínimos;
V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico
obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos.
§ 5º Quando, conforme o caso, a condenação contra a Fazenda Pública ou o benefício econômico obtido
pelo vencedor ou o valor da causa for superior ao valor previsto no inciso I do § 3º, a fixação do percentual
de honorários deve observar a faixa inicial e, naquilo que a exceder, a faixa subsequente, e assim
sucessivamente.
§ 4º Em qualquer das hipóteses do § 3º :
I - os percentuais previstos nos incisos I a V devem ser aplicados desde logo,
quando for líquida a sentença;
II - não sendo líquida a sentença, a definição do percentual, nos termos
previstos nos incisos I a V, somente ocorrerá quando liquidado o julgado;
III - não havendo condenação principal ou não sendo possível mensurar o
proveito econômico obtido, a condenação em honorários dar-se-á sobre o valor
atualizado da causa;
IV - será considerado o salário-mínimo vigente quando prolatada sentença
líquida ou o que estiver em vigor na data da decisão de liquidação.
Nulidade por ausência de intervenção do MP

Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for
intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.
§ 1º Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério
Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele
deveria ter sido intimado.
§ 2º A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público,
que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo.
ASSISTÊNCIA
Conceito – Intervenção de Terceiro que demonstra interesse jurídico na solução do processo.

Art. 119. Pendendo causa entre 02 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente
interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no
processo para assisti-la.
Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos
os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se
encontre.

Requerimento e Impugnação ao Pedido de Assistência:

Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido do


assistente será deferido, salvo se for caso de rejeição liminar.
Parágrafo único. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico
para intervir, o juiz decidirá o incidente, SEM suspensão do processo.
Tipos:

a) Assistência Simples (adesiva, “ad coadjuvandum”):

-> relação jurídica NÃO controvertida, distinta daquela discutida no processo principal;

Exemplo: Sublocatário da ação de despejo.

b) Assistência Litisconsorcial (qualificada):

-> o terceiro é TITULAR da relação jurídica de direito material discutida no processo.

Exemplo: condômino de um bem imóvel que intervém no processo


para assistir o condômino que ajuizou ação relativa ao bem.

Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente


sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o
adversário do assistido.
Poderes do assistente simples:

-> Atuação condicionada;

Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os
mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido.
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o
assistente será considerado seu substituto processual.

Art. 122. A assistência simples NÃO obsta a que a parte principal reconheça a
procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda
a ação ou transija sobre direitos controvertidos.

Poderes do assistente litisconsorcial:

- Os atos do assistido não prejudicam o assistente litisconsorcial, tais como renúncia, reconhecimento
jurídico do pedido, transação;

Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a


sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.
Imutabilidade da justiça da decisão – Eficácia Preclusiva da Intervenção:

- > Justiça da Decisão = fundamentos fáticos e jurídicos.

Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que


interveio o assistente, este NÃO poderá, em processo posterior, discutir
a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que:

-> Exceptio male gesti processus (exceção de má-gestão processual):

Art. 123. [....] salvo se alegar e provar que:


I - Pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos
do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença;
II - Desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido,
por dolo ou culpa, não se valeu.
AMICUS CURIAE

Conceito - O Amicus Curiae/Amigo da Corte/Amigo do Tribunal é uma pessoa que atua em causas de
relevância social, repercussão geral ou cujo objeto seja bastante específico, com objetivo de dar substrato
técnico para a solução da controvérsia.

Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a


especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da
controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das
partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de
pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com
representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.

Cabimento:

a) a matéria discutida nos autos for relevante;


b) o tema objeto da demanda for específico;
c) ou a controvérsia tiver repercussão social.
Quem pode requerer:

a) por iniciativa do juiz, de ofício;


b) a requerimento das partes;
c) a requerimento do próprio amigo do tribunal.

Quem pode atuar como amicus curiae:

a) pessoa natural;
b) Pessoa jurídica;
c) órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada.

Atenção: Representatividade Adequada (conhecimento específico – pertinência


temática)
Prazo para a manifestação:

Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a


especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da
controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento
das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a
participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada,
com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua
intimação.

Poderes do amicus curiae:

Art. 138. § 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir


a intervenção, definir os poderes do amicus curiae

(STF - sustentação oral, apresentar informações e memoriais nos autos - AC 3100 MC / DF; Relator
Min. Celso de Mello; Julgamento: 30/09/2013).
Recursos:

 Recursos após a admissão:


Art. 138. §1º - A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de
recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do §3º.
§3º - O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.

 Recursos antes da admissão (pedido de ingresso):

Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a
repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem
pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada,
com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.

“O Plenário desta CORTE, no julgamento da ADI 4.711 AgR (Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, DJ de 5/11/2019),
reiterou a jurisprudência desta CORTE no sentido da irrecorribilidade da decisão que indefere o pedido de ingresso na
condição de amicus curiae. 2. A diretriz vigora também relativamente a processos de índole subjetiva (RE 1101937 AgR-
sétimo, Relator(a): ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 07/12/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-022
DIVULG 04-02-2021 PUBLIC 05-02-2021).
DA RECONVENÇÃO

Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar


pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
§ 1º Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para
apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de
seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
§ 3º A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.
§ 4º A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.
§ 5º Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de
direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor,
também na qualidade de substituto processual.
§ 6º O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.
RECURSOS
DESISTÊNCIA DO RECURSO

REGRA – A QUALQUER TEMPO, SEM ANUÊNCIA, DESDE QUE ANTES DE


INICIADO O JULGAMENTO

Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido


ou dos litisconsortes, desistir do recurso.

Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja


repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento
de recursos extraordinários ou especiais repetitivos.
PRAZO PARA A INTERPOSIÇÃO - 15 DIAS, RESSALVADOS OS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO

RECURSO INTERPOSTO PELO CORREIO

Súmula 216 do STJ - A tempestividade de recurso interposto no Superior


Tribunal de Justiça é aferida pelo registro no protocolo da secretaria e não pela
data da entrega na agência do correio.
X

Art. 1003, § 4o Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo


correio, será considerada como data de interposição a data de postagem
Comprovação do feriado local

Art. 1003, § 6º O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de


interposição do recurso.

“É necessária a comprovação de feriado local no ato de interposição


do recurso, sendo aplicável os efeitos desta decisão tão somente aos
recursos interpostos após a publicação do REsp 1.813.684/SP” (REsp
1.813.684-SP, Rel. Min. Raul Araújo, Rel. Acd. Min. Luis Felipe
Salomão, Corte Especial, por unanimidade, julgado em 02/10/2019,
DJe 18/11/2019 – Informativo 660).
PREPARO RECURSAL

Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela
legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob
pena de deserção.
[...]
§ 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará
deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo
de 5 (cinco) dias.
[...]
§ 4o O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do
preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado,
para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
§ 5o É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte
de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do § 4o.
APELAÇÃO

- Fim do Agravo Retido x Requerimento de apreciação em preliminar das impugnações


contra decisões interlocutórias que não admitem Agravo de Instrumento

Art. 1009 [...]


§ 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não
comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas
em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas
contrarrazões.
§ 2o Se as questões referidas no § 1o forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será
intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas.

- Fim do Juízo de admissibilidade – interposição - contrarrazões – sobe para o Tribunal


Efeito suspensivo é a regra.

Exceções – art. 1012, §1º (execução imediata)

Pedido de efeito suspensivo:


§ 4o Nas hipóteses do § 1o, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o
apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante
a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.

§ 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser


formulado por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua
distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
II - relator, se já distribuída a apelação.
AGRAVO INTERNO E AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL OU EXTRAORDINÁRIO
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar
contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-
presidente do tribunal recorrido, que deverá:
I – negar seguimento:
a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha
reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que
esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão
geral;
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com
entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no
regime de julgamento de recursos repetitivos;
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo
Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou
infraconstitucional;
V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior
Tribunal de Justiça, desde que:
§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal
superior, nos termos do art. 1.042.
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021.
PROCESSO DE EXECUÇÃO

DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO

Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à


execução por meio de embargos.
§ 1o Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e
instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo
próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.

COMPETÊNCIA PARA O JULGAMENTO DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO?

Art. 914. § 2o Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo
deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente
sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetuadas no juízo
deprecado.
PRAZO E INÍCIO DA CONTAGEM

Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme o caso, na forma
do art. 231.
§ 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se a partir da
juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou de companheiros, quando
será contado a partir da juntada do último.

§ 2o Nas execuções por carta, o prazo para embargos será contado:


I - da juntada, na carta, da certificação da citação, quando versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da
penhora, da avaliação ou da alienação dos bens;
II - da juntada, nos autos de origem, do comunicado de que trata o § 4o deste artigo ou, não havendo este,
da juntada da carta devidamente cumprida, quando versarem sobre questões diversas da prevista no
inciso I deste parágrafo.
§ 3o Em relação ao prazo para oferecimento dos embargos à execução, não se aplica o disposto no art.
229.
§ 4o Nos atos de comunicação por carta precatória, rogatória ou de ordem, a realização da citação será
imediatamente informada, por meio eletrônico, pelo juiz deprecado ao juiz deprecante.
Efeitos:

Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.


§ 1º O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos
quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a
execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
§ 2º Cessando as circunstâncias que a motivaram, a decisão relativa aos efeitos dos embargos
poderá, a requerimento da parte, ser modificada ou revogada a qualquer tempo, em decisão
fundamentada.
§ 3º Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas a parte do
objeto da execução, esta prosseguirá quanto à parte restante.
§ 4º A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não
suspenderá a execução contra os que não embargaram quando o respectivo fundamento
disser respeito exclusivamente ao embargante.
§ 5º A concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de substituição, de
reforço ou de redução da penhora e de avaliação dos bens.

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