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Aspectos radiográficos

do dente e tecido de
sustentação – aspectos
fisiológicos
ANATOMIA RADIOGRÁFICA

Objetivo: Reconhecer o anormal a partir do


conhecimento do normal, ou seja:

“um sólido subsídio da anatomia do complexo


estrutural dentomaxilomandibular e estruturas
adjacentes, direta ou indiretamente com eles
relacionadas, constitui um substrato imprescindível à
interpretação radiográfica.”

(Freitas et al, 2004).


CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A
INTERPRETAÇÃO DE RADIOGRAFIAS

1. Conhecimento e domínio das técnicas intra e


extrabucais;

1. Conhecimento de anatomia radiológica;

1. Conhecimento de patologia radiológica.


MEIOS AUXILIARES PARA A VISUALIZAÇÃO DE RADIOGRAFIAS
As radiografia para serem
visualizadas, necessitam ser
colocadas de maneira que a
luz passe através dela: luz
natural, luz artificial
(negatoscópio);

A radiografia pode também


ser visualizada a olho nu ou
com o auxílio de lentes de
aumento.
DENTES E PERIODONTO
Os dentes e tecidos de
sustentação, graças aos diferentes
graus de densidade de seus
componentes, são, normalmente,
radiograficamente bem definidos,
particularmente nos jovens.
ESMALTE
 É identificado como uma imagem radiopaca

bem definida, disposta em forma de casquete esmalte


recobrindo toda a coroa, cuja espessura vai se
adelgaçando à proporção em que se aproxima
da margem cervical, onde termina;

 O grau de radiopacidade do esmalte é um dos

sinais mais importantes na pesquisa de cáries,


especialmente interproximais.
CORTICAL ALVEOLAR – LÂMINA DURA
 Porção da parede do alvéolo onde se inserem

as extremidades externas das fibras


periodontais;

 Radiograficamente, apresenta-se como uma


Crista alveolar
linha radiopaca, uniforme, que sofre variações
de acordo com a morfologia da raiz dentária;

 Continua-se sem interrupção para formar a

crista alveolar, importante no estudo das


periodontopatias.

Lâmina dura
DENTINA
Menos radiopaca que o esmalte, pelo qual
dentina
é recoberta e protegida, representa a
maior porção dos tecidos duros do dente;
Pode apresentar variações no seu aspecto

radiográfico por questões de ordem


fisiológica.
CEMENTO

Em condições normais, apresenta-

se como uma estrutura delgada,


tornando-se impossível a sua
diferenciação radiográfica da
dentina. Exceção: casos de
hiperplasia.
cemento
OSSO ALVEOLAR
 A distribuição arquitetônica do osso alveolar,
Osso alveolar
a forma e tamanho das trabéculas, estão
subordinadas às forças que atuam sobre os
maxilares.

 Radiograficamente, o mais frequente é o

aspecto de estrutura trabecular, radiopaca,


delimitando espaços medulares
radiotransparentes;

 Também pode apresentar alterações


fisiológicas, em consequência da idade.
CAVIDADE PULPAR
 Por sua alta permiabilidade aos Raios-x, Câmara pulpar- Polpa Coronária

apresenta-se como uma imagem radiolúcida,


ocupando o centro do dente e se estendendo
da porção coronária (câmara pulpar) ao
ápice do mesmo (conduto radicular);

 Possui topografia variada, segundo o dente a

que pertence;

 Também pode apresentar variações quando à


Conduto radicular - Polpa radicular
idade.
ESPAÇO PERIODONTAL OU PERICEMENTÁRIO

Corresponde ao espaço ocupado pelo

periodonto;
Radiograficamente, é visto como uma

linha radiolúcida delgada contornado a


raiz em toda a sua periferia;
Importante também para o diagnóstico

de periapicopatias.

Espaço periodontal
MAXILA
Estruturas ósseas e cavidades presentes
na maxila e regiões circujacentes
Fossas nasais
Sombra das narinas
Espinha nasal anterior
Canal incisivo
Sutura intermaxilar
Canal nasolacrimal
Fosseta multiforme
Seio maxilar
Tabiques ou septos
Canais nutrícios
Hâmulo pterigoideo
Tuberosidade (túber)
Processo coronoide da mandíbula
Processo zigomático
Conchas nasais
FOSSAS NASAIS
 Apresentam-se, nas radiografias periapicais dos

dentes incisivos superiores, como duas imagens


radiolúcidas, simetricamente dispostas acima
dos dentes incisivos superiores e separadas por
Septo nasal
uma espessa faixa radiopaca, que se estende até
o assoalho da mesma, correspondendo ao
registro radiográfico do Vômes (septo nasal).

Fossas nasais
FOSSAS NASAIS

 O assoalho da fossa nasal pode se extender para a região de incisivos

lateral e canino e também para a região posterior, quando se sobrepõe ao


seio maxilar.
SOMBRA DAS NARINAS

Em alguns casos, observa-se a


superposição da sombra das narinas sobre
o osso alveolar, aumentando o seu grau
de radiopacidade.

Sombra da narina
ESPINHA NASAL ANTERIOR

Registrada radiograficamente
como uma pequena área radiopaca
em forma de V, vista abaixo do
Espinha nasal anterior
septo nasal, correspondendo à
superposição da maxila na borda
inferior da fossa nasal.
CANAIS E FORAME INCISIVO
 Podem ser vistos nas radiografias periapicais dos IS

e CS, como duas linhas radiolúcidas de largura e


longitude variáveis, externamente delimitadas por Canal incisivo

duas outras linhas radiopacas; Forame incisivo

 Os canais incisivos terminam no forame palatino

anterior (incisivo), à altura do rebordo alveolar,


entre as raízes dos ICS ou acima de seus ápices,
podendo sugerir lesão periapical.
CANAIS E FORAME INCISIVO
SUTURA INTERMAXILAR

Identificado especialmente em pessoas

jovens;
Nota-se uma linha radiolúcida de
regularidade geométrica;
No adulto, nem sempre é bem definida,

podendo ser confundida com uma linha


de fratura, especialmente em
politraumatizados;
CANAL NASOLACRIMAL

Corresponde a um registro anatômico

somente observado nas radiografias


oclusais da maxila, sendo identificado
como uma área radiolúcida bem
definida, de forma mais ou menos
arredondada, próxima aos primeiros ou
segundos molares.
FOSSETA MIRTIFORME,
Fosseta mirtiforme
SUBNASAL OU INCISIVA
Situada entre o canino e o incisivo lateral

superiores;
Pode ser visualisada como uma área

radiolúcida alongada, que corresponde ao


registro da fóvea ou depressão óssea
supra-incisal;
Tem forma e extensão variáveis e pode ser

confundida com um cisto glóbulo-maxilar.


SEIO MAXILAR

Entidade anatômixa da maxila,


Assoalho do seio maxilar
que apresenta relações
anatomotopográficas com os
ápices dentários, particularmente
pré-molares e molares;
É o maior dos seios paranasais e

varia de tamanho inter e intra- Seio maxilar

indivíduos.
SEIO MAXILAR
TABIQUES OU SEPTOS

São frequentemente encontrados, Septo

parecendo dividir o seio maxilar


em mais de uma cavidade – os
chamados divertículos;
Apresentam-se radiograficamente

como duas linhas radiopacas de


direção a altura variáveis.
CANAIS NUTRÍCIOS OU
NUTRITIVOS

Vistos frequentemente nas


radiografias como linhas
Canal nutritivo
radiolúcidas que correspondem
aos trajetos intra-ósseos das
arteríolas ou veias.
HÂMULO PTERIGOIDEO
Observado nas radiografias
periapicais da região mais posterior
da maxila;
Apresenta-se sob a forma de
Hâmulo pterigoideo
gancho, como uma imagem
radiopaca, cujos comprimentos,
largura e forma variam de indivíduo
para indivíduo.
TUBEROSIDADE (TÚBER)
Limite posterior da apófise alveolar;

Radiograficamente, acha-se limitada por

uma linha radiopaca de concavidade


uperior que representa a união das Túber
corticais bucal e palatina;
Possibilidade de fratura em exodontia de

3os MS, especialmente quando há extensão


para o tuber do seio maxilar.
PROCESSO CORONOIDE DA MANDÍBULA
Geralmente observados nas radiografias

mais posteriores da maxila;


Detectada como uma imagem radiopaca,

de forma triangular e contornos nítidos,


abaixo ou superposta à região da
tuberosidade;
Para evitar a superposição, diminuir a

abertura de boca do paciente. Processo coronoide da mandíbula


PROCESSO ZIGOMÁTICO
Imagem radiopaca superposta à região

dos dentes molares superiores, cuja


Processo zigomático
forma varia com a incidência aplicada;
Mais frequentemente se observa na

forma de U ou V, que se continuam com


uma imagem de menor radiopacidade e
maior uniformidade, correspondente ao
osso zigomático.
MANDÍBULA
Estruturas ósseas e cavidades presentes
na mandíbulae regiões circujacentes
Linha oblíqua
Linha milo-hiodea
Fóvea submandibular
Canal mandibular
Base da mandíbula
Forame mentual
Tubérculos Geni
Foramina lingual
Protuberância mentual
LINHA OBLÍQUA (EXTERNA)
Continuação da borda anterior do ramo

ascendente da mandíbula, a línha oblíqua


externa cruza a superfície externa do corpo
da mandíbula;

Radiograficamente, apresenta-se como


uma faixa radiopaca que cruz,
Linha oblíqua externa
transversalmente o corpo da mandíbula à
altura do terço médio das raízes dos dentes
molares.
LINHA MILO-HIOIDEA (OBLÍQUA INTERNA)
Dá inserção ao músculo milo-hioideo, tem

origem na porção média do ramo, cruza-o


diagonalmente até atingir a borda anterior
da sínfise mentual;
De tamanho variável, é vista
radiograficamente como uma linha
radiopaca, melhor identificada quando
cruza as regiões retromolar e molar. Linha oblíqua interna
FÓVEA SUBMANDIBULAR
É uma área côncava, situada na face lingual

da mandíbula, abaixo dos dentes molares e


que aloja a glândula submandibular;
É detectada radiograficamente como uma

área radiolúcida pobremente definida; Fóvea Submandibular

Mais visível quando demilitada


superiormente pela linha milo-hioidea.
CANAL DA MANDÍBULA
Localiza-se abaixo das raízes dos dentes

molares e pré-molares, estendendo-se


desde o forame mandibular até o forame
mentual;
Canal mandibular
É visto usualmente nas radiografias
intrabucais periapicais MI e PMI, como
uma espessa linha radiolúcida, delimitada
por bordas radiopacas.
BASE DA MANDÍBULA
Às vezes vista em radiografias

periapicais, principalmente devido a


um maior aprofundamento do filme
Base da mandíbula
na boca do paciente ou do excesso
de angulação vertical empregada;
Sua imagem radiográfica é de uma

linha fortemente radiopaca.


FORAME MENTUAL
Observa-se como uma imagem radiolúcida

arredondada ou oval, à altura dos ápices


dos dentes pré-molares ou superposta aos
mesmos;
Base da mandíbula
Nos edêntulos, quando o osso alveolar

sofre marcante reabsorção, sua imagem


localiza-se próxima ou na linha superior do
rebordo.
TUBÉRCULOS GENI
Situados na face lingual, em ponto
equidistante, entre as bordas superior e Tubérculos Geni

inferior da mandíbula, dispostos dois a


dois;
São os pontos de inserção dos músculos

genihiodeo e genioglosso;
São visíveis nas radiografias oclusais da

sínfise e total da mandíbula.


FORAMINA LINGUAL
No centro da apófise Geni, na linha

mediana logo abaixo dos ápices dos ICI, é


comum a presença de uma pequena área,
arredondada e radiolúcida, que Foramina lingual

corresponde ao forame lingual;


Devido ao seu minúsculo tamanho, é

designada de foramina lingual, dando


passagem para ao ramo lingual da artéria
incisiva.
PROTUBERÂNCIA MENTUAL

Proeminência de tamanho variável que se

estende desde a região dos dentes pré-


molares até a sínfise, tendo a forma de
triangular, cuja base corresponde à base da
mandíbula.
Protuberância mentual
Estruturas dentomaxilomandibulares, radiopacas e radiolúcidas,
observadas nos exames radiográficos intrabucais
Estruturas Radiopacas Estruturas Radiolúcidas
Esmalte Proeminência Seios maxilares Forames acessórios
Dentina mentual Cavidades nasais Canal incisivo
Corticais ósseas Proeminência canina Tecidos moles Canal da mandíbula
Lâmina dura Processo coronoide Tecido pulpar Canais nutrícios
Septos do seio Hâmulo pteridoideo Órgão do esmalte Sutura alveolar
maxilar Tuberosidade Papila dentária mediana
Paredes limítrofes maxilar Medula óssea Sutura palatina
do seio maxilar Osso zigomático Tecido gengival mediana
Base da mandíbula Espinha nasal Fibras periodontais Fosseta mirtiforme
Borda inferior da anterior Forame mentual Fóvea
cavidade nasal Processo ou Forame incisivo submandibular
Septo nasal tubérculos Geni Forame lingual
Linha oblíqua Fóvea mentual
Linha milo-hioidea
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ALVARES, LC, TAVANO, O. Curso de Radiologia em Odontologia.
4ed. São Paulo: Santos, 1994.

1. FREITAS, A. ET AL. Radiologia Odontológica. 6ed. São Paulo: Artes


Médicas, 2004;

1. PASLER, FA, VISSER, H. Radiologia Odontológica: procedimentos


ilustrados. 2ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001;

1. WHITE, SC, PHAROAH, MJ. Oral Radiology: Principle and


Interpretation. 5ed. St. Louis: Mosby, 2004.

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