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FORÇAS ARMADAS ANGOLANAS

estado maior general


hospital militar principal/instituto superior

EXPLORAçÃO E COMPLENTARES DA
CAVIDADE ORAL E FARINGE

Elaborada por: Engrácia Sebastião- Capitão/Médica de Interna/ORL


Tutor: Dr. Gaspar
Orientada pela: Dra. Ede Silva- Tte-Coronel Médico/Especialista de
ORL.
Luanda, Setembro 2O21
OBJECTIVOS

Geral
• Conhecer as técnicas de exploração semiológica e os meios
de diagnóstico da cavidade oral e faríngea.

Específicos
• Descrever os métodos de exploração da Orofaringe.
• Demonstrar os instrumentos utilizados durante a exploração.
• Especificar os diferentes meios de diagnósticos para
patológias da cavidade oral e faríngea.
SUMÁRIO
 Introdução
 Objectivos
 Desenvolvimento
 Referências bibliograficas
BREVE ANATOMIA
BREVE ANATOMIA
Técnicas de avaliação do doente

• Anamnese
• Exame físico
• Exames complementares
Anamnese
• Odinofagia
• Disfagia
• Irritação/ sensação de corpo estranho na
garganta
• Presença de úlceras
• Halitose
• Alteracão do gosto
Exame físico
• Paciente sentado correta e confortavelmente para que
haja bom acesso a todas as áreas da boca, evitar
realizar o exame na posição deitada.

• Se por alguma circunstância especial exigir o decúbito


dorsal e colocar um travesseiro sob os ombros do
paciente.

• Se for criança, deve sentar-se no colo responsável e


fletir a cabeça para trás, lembrando-se sempre de
distanciar o queixo do externo para prevenir um eventual
reflexo nauseoso.
FORÇAS ARMADAS ANGOLANAS
ESTADO MAIOR GENERAL
HOSPITAL MILITAR PRINCIPAL/INSTITUTO SUPERIOR
DEPARTAMENTO DE O.R.L E CIRURGIA CERVICO FACIAL

EXPLORAçÃO E COMPLENTARES DA CAVIDADE ORAL E FARINGE

Elaborada por: Engrácia Sebastião- Capitão/Médica de Interna/ORL


Tutor: Dr. Gaspar
Orientada pela: Dra. Ede Silva- Tte-Coronel Médico/Especialista de ORL.

Luanda, Setembro 2O21


INTRODUÇÃO

• A cavidade bucal apresenta, como limites: os lábios


anteriormente, o istmo orofaringeo posteriormente, as
bochechas lateralmente, o palato duro superiormente,
a língua e o soalho bucal inferiormente.

• Posteriormente à cavidade bucal localiza-se a


faringe. Que apresenta uma parte nasal denominada
rinofaringe, que se situa posteriormente ao nariz e
acima do palato mole.
INTRODUCÃO (continuação)

• A porção oral da faringe estende-se do palato


mole ao plano do osso hioide. Anteriormente
abre-se na boca e lateralmente, estão as tonsilas
palatinas delimitadas pelos pilares palatinos.

• A porção mais inferior da faringe denomina-se


hipofaringe, delimitada superiormente pelo hioide
e inferiormente pelo limite inferior da cartilagem
cricoide.
INTRODUCÃO (continuação)

• Tem função digestiva, os dentes actuam na


mastigação, a língua definindo o paladar,
movimentando e empurrando o alimento em direção
posterior, e as glândulas salivais ricas em amilase
que secretam saliva para o processo de digestão.

• A faringe é uma câmera muscular, que realiza


movimentos para se adaptar ás circunstâncias:
comer, beber, chupar, ofegar, cuspir, tussir e espirrar.
Objectivos

Geral: Descrever as técnicas de exploração


semiológica e os meios de diagnóstico da
cavidade oral e faríngea.
Específicos:
• Caracterizar os métodos de exploração da
Orofaringe.
• Demonstrar os instrumentos utilizados durante
a exploração.
• Caracterizar os diferentes meios de diagnósticos
para patológias da cavidade oral e faríngea.
TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO

Iluminação Indireta (luz refletida)


• O médico utiliza o espelho frontal e uma fonte
luminosa artificial (luz elétrica), colocada ao lado
da cabeça do paciente.

• O espelho é fixado à cabeça do observador por


meio de fitas (plástica, couro ou fibra), dotado
de articulação dupla, que permite movimentos
em diferentes eixos e posições.
TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO(continuação)

• No centro do espelho há um pequeno orifício,


que deverá ser colocado exatamente no eixo da
pupila do observador.

• O foco luminoso, o paciente e o observador


devem estar colocados no mesmo plano.
ESPELHO FRONTAL DE CLAIR
TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO (continuação)

Iluminação Direta

• Neste método, a fonte luminosa está ligada ao


próprio espelho frontal, o que permite maior
liberdade de movimentos da parte do
observador.

• A iluminação é obtida por intermédio do


fotóforo (head light), que é fixado à cabeça do
observador.
TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO (continuação)

Iluminação Direta
• A condensação dos raios luminosos no fotóforo
é feita através de uma lente convergente,
mantida dentro de um tubo cilíndrico, no qual
está fixado um pequeno espelho com orifício
central ou uma regulagem de foco no próprio
tubo cilíndrico.
FÓTOFORO
TÉCNICA DE EXLORACÃO DA CAVIDADE
ORAL E FARÍNGEA
O exame da cavidade orofaríngea deve ser o
último a ser realizado em O.R.L devido às
reações de náuseas e vómitos.

A técnica de exploração básica utilizada é


fundamentalmente:
• Anamnese
• Inspeção
• Palpação
TÉCNICA DE EXPLORACÃO DA CAVIDADE
ORAL E FARINGE

Na anamnese as princípais manifestações clínicas


dos pacientes são:
• Presença de úlceras ou feridas
• Manchas
• Areas endurecidas
• Pontos dolorosos
• Mobilidade dentária
• Dor
• Sialorreia
TÉCNICA DE EXPLORACÃO DA CAVIDADE
ORAL E FARINGE (continuação)
• Odinofagia
• Disfagia
• Alteracão do gosto
• Irritação/ sensação de corpo estranho na
garganta
• Halitose
• Edema da mucosa
• Massa cervical
EXPLORAÇÃO ORAL E FARÍNGEA

• O paciente deve permanecer sentado, evitar


sempre que possível realizar o exame na
posição deitada.

• Se por alguma circunstância especial exigir o


decúbito dorsal e colocar um travesseiro sob os
ombros do paciente.
´
EXPLORAÇÃO DA OROFARINGE

• Se for criança, tem que estar no colo


e fletir a cabeça para trás,
lembrando- se sempre de distanciar
o queixo do externo para prevenir
um eventual reflexo nauseoso.
EXPLORAÇÃO DA OROFARINGE

• O exame da cavidade oral e faríngea faz-se


através da orofaringoscopia.
• Certos pacientes, ao abrirem a boca, mostram
fácil e amplamente toda a superfície da
orofaringe. (Mallampati)
• Mas geralmente precisamos recorrer ao
abaixador de língua para o exame completo da
orofaringe.
ABAIXADOR DE LÍNGUA
EXPLORAÇÃO DA CAVIDADE ORAL
ESTRUTURAS EXTERNAS DA CAVIDADE ORAL

1. Lábios
• Com a boca fechada, inspeciona- se e palpa-se
os lábios e observa-se as comissuras lábias.

• Explora-se a simétria, forma, cor, volume,


lesões, deformidades e comissura labial.
ESTRUTURAS EXTERNAS DA CAVIDADE ORAL

1. Lábios
ESTRUTURAS EXTERNAS DA CAVIDADE ORAL

2. Amplitude da abertura bucal


• Pede-se para paciente cerrar os dentes e abrir
e fechar a boca para avaliar a mal oclusão e a
amplitude dos movimentos voluntários.
• Pede se para realizar movimentos laterais com
a mandibula
• Palpa-se a articulação temoromandibular com
os dedos indicador e médio de ambas mãos,
buscando aumento de volume e desvio da
mandibula.
ESTRUTURAS EXTERNAS DA CAVIDADE ORAL

2. Amplitude da abertura bucal


ESTRUTURAS EXTERNAS DA CAVIDADE ORAL

3. Glândulas salivares
Palpla-se externamente as glândulas salivares,
para avaliar dor, consistência, mobilidade das
glândulas e tumorações a esse nível.
• Parótidas: inspeciona-se e palpa-se a região
abaixo das orelhas e por trás do ramo vertical
do maxilar.
• Submaxilares: por baixo e por dentro do ramo
horizontal do maxilar inferior
• Sublinguais: região mentoniana
ESTRUTURAS EXTERNAS DA CAVIDADE
ORAL

3. Glândulas salivares
EXAME DA CAVIDADE BUCAL

1. Examina-se a mucosa labial, parte interna


dos lábios, gengivas e mucosa jugal

• A mucosa bucal é lisa, húmida, livre de lesões e


exudados.
• Explora-se a mucosa jugal, usando a espatúla
ou com dedo coberto de gaze.
• Busca-se o conduto de Stenon(parótida) a cada
lado que se encontra ao nível do segundo
molar do maxilar superior.
EXAME DA CAVIDADE BUCAL
EXAME DA CAVIDADE BUCAL

2. Dentes
• Ausência de dentes, pode contribuir para
assimétria facial, afetar a articulação das
palavras, os movimentos da lingua.
• Anomalias numéricas, erupções, implantação,
lesõs, placas e caries.
EXAME DA CAVIDADE BUCAL

• Dentes
EXAME DA CAVIDADE BUCAL

3. Língua

• Examina se primeiro a superficie dorsal da


língua, em seu sítio, depois pede-se para o
paciente tirar a língua para fora

• Suerfície dorsal (forma, volume, cor, papilas,


simétria estrutural, posição, mobilidade e bordos).

• Superficie ventral (mucosa, fréio, carúnculas e


lesões).
EXAME DA CAVIDADE BUCAL

3. Língua
EXAME DA CAVIDADE BUCAL

4. Palato duro
• Palato duro (forma, cor, simétria estrutural e
deformidade).

• A superficie anterir do palato duro é corrugada

• É simétrico sem aberturas na linha média


EXAME DA CAVIDADE BUCAL

Palato duro
EXAME DA CAVIDADE BUCAL

5. Palato mole (coloração, lesões, posicão da


úvula, movimentos e reflexos).
• Pede-se para o paciente tirar a língua e dizer
“aaaa”

• Observa-se a simétria da úvula e o velo, quando


se protui a língua e quando se diz “aaaa”

• A funcão é normal com a elevação simétrica


quando se diz “aaaa”
EXAME DA CAVIDADE BUCAL

4. Palato mole (Úvula)


EXAME DA CAVIDADE BUCAL

5. Pilares anteriores e amigdalas palatinas

• Examinar a cor, forma e tamanho e se ausentes.

• A mucosa normal que recobre as amigdalas é


rosada, similar ao resto da orofaringe e pode
caracterizar-se por depresões ou criptas
EXAME DA CAVIDADE BUCAL

5. Pilares anteriores e amigdalas


palatinas
CLASSIFICAÇÃO DAS TONSILAS PALATINAS
DE BRODSKY
A POSICÃO E VOLUME DA AMIGDALA
OBSTRUCÃO DA VIA AEREA
sem qualquer tipo de obstrução da
0 orofaringe
1 25% de obstrução da orofaringe

2 25% a 50% de obstrução da orofaringe

3 Amigdalas obstruindo 50% a 75% da


orofaringe
4 75% de obstrução da orofaringe
CLASSIFICAÇÃO DAS TONSILAS PALATINAS
DE BRODSKY
INSTRUMENTOS DA OROFARINGE
INSTRUMENTAÇÃO (continuação)
• Gaze 1OX1O cm
EXAME FÍSICO DA FARINGE

• A inspeção da parede posterior da orofaringe, a


mucosa é percorrida por algumas arborizações
vasculares visíveis e por pequenas granulações
linfóides.

• Avalia se o formato e a dimensão das tonsilas, a


parede posterior da orofaringe, o movimento e
as alterações da mucosa do palato mole.
EXAME FÍSICO DA FARINGE

• Palpa se, as lojas amigdalianas e a porção


posterior da língua.

• A nasofaringe e a hipofaringe são inspecionadas


de forma indireta.

• A rinoscopia posterior consiste na visualização da


nasofaringe com a utilização de pequenos
espelhos introduzidos pela boca e auxiliados pela
retração do palato por uma sonda introduzida pela
fossa nasal.
EXAME FÍSICO DA FARINGE

O exame da hipofaringe, pode ser realizado pela


cavidade bucal com um endoscópio rígido
angulado de 70 graus, denominado laringoscopia
indireta.
EXAME DO PESCOÇO

• Inicia-se posicionando-se, de preferência, atrás


do paciente.

• O exame deve começar pela palpação cervical


com o intuito de identificar as estruturas normais
(músculos, cartilagens, glândulas salivares,
tireoide e os grupos de linfonodos ).

• As características como: tamanho, consistência,


mobilidade e sinais inflamatórios, devem ser
descritas.
EXAME DO PESCOÇO
COMPLEMENTARES DA
CAVIDADE ORAL E FARINGEA
COMPLEMENTARES

• Laboratórias: Hemograma

• Bioquimica

• Cultura e TSA

• Imunológico: IgM e IgG

• Histológicos: Biopsia

• Serológias: HIV; VDRL; Teste rápido da COVID 19


COMPLEMENTARES(continuação)
Imagiológicos:
• RX do Cavum
• RX em Perfil
• Cintilografia
• Sialografia
• Videofaringolaringoscopia
• Nasofaringoscopia
• Nasofibroscopia
• Ecografia
• TC
• RM
Referências Bibliográficas
• R. Llano, G. Gonsalez, roedeutica clínica e semiologia clínica tomo 1
• Microsoft Word - PROPEDÊUTICA E SEMIOLOGIA OTORRINOLARINGOLÓGICA.
2O15
• Carvalho MB, Fava AS. Tumores malignos da cavidade
• oral. In: Brandão LG, Ferraz AR, eds. Cirurgia
• de cabeça e pescoço. São Paulo: Livraria
• Rocca, 1989:299–305.
• 2. Souza RP. Diagnóstico por imagem na avaliação do
• câncer de boca. São Paulo: Livraria Pancast, 1997:
• 137–52.
• 3. Dillon WP. The pharynx and oral cavity. In: Som
• PM, Bergeron RT, eds. Head and neck imaging. 2nd
• ed. St. Louis: Mosby-Year Book, 1991:407–66.
OBRIGADA !

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