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CONHECIMENTOS SOBRE O AMAPÁ

AMAPÁ
 ASPECTOS GERAIS
O Amapá estado brasileiro situado a nordeste da região Norte do Brasil.
Limites: Guiana Francesa (N), Suriname (NO), o oceano Atlântico (L) e o estado do Pará (Se).
Área de 143.453,7km2.
A capital: Macapá.
As cidades mais populosas são: Macapá e Santana.
Os principais rios são Amazonas, Jari, Oiapoque, Araguari, Calçoene e Maracá.
A economia se baseia na extração da castanha-do-pará, da madeira e na mineração de manganês,
ouro e no extrativismo.
População estimada (em 2021), é de 861.773 habitantes, dividido em 16 municípios.
AMAPÁ
 ASPECTOS GERAIS

O Amapá é conhecido também como o Estado mais preservado. Menos de 1% de


sua área de 143.453 km2 foi desmatado. Não existe acesso rodoviário ao estado,
só fluvial e aeroviário. A Estrada de Ferro do Amapá cuja construção foi
iniciada em março de 1954 e concluída em fins de setembro de 1956, foi
destinada ao transporte de minério de manganês das jazidas de Serra do Navio ao
Porto de Santana que tem um percurso de 193 km até Macapá.
O estado é cortado pelas rodovia federais BR 156 e 210.
AMAPÁ
 ASPECTOS HISTÓRICOS:

 BREVE HISTÓRICO DO AMAPÁ:


A área que hoje pertence ao Amapá, nem sempre teve sua configuração
cartográfica como hoje, na verdade seu espaço foi fruto de muita discussão
diplomática envolvendo até mesmo conflitos pela posse da área.
Antes mesmo do Pedro Álvares Cabral aportar no Brasil em 22 de abril de 1500,
um outro navegador espanhol Vicente Yañez Pinzón teria chegado em janeiro do
mesmo ano, ao norte do Cabo Orange, atual fronteira entre o Brasil e a Guiana
Francesa.
AMAPÁ
 ASPECTOS HISTÓRICOS:
 CAPITANIA DO CABO NORTE
Em 14 de junho de 1637, Felipe IV (Rei Espanhol -União Ibérica/1580-1640), criou a
Capitania do cabo Norte.
Portugal ainda fazia parte da União Ibérica, e esta faixa de terra foi doada a Bento Maciel
Parente, que foi nomeado como governador do Estado do Maranhão e Grão-Pará, criado
em 1621, com sede em São Luís. Sua pífia administração foi alvo de várias invasões, em
especial de franceses e holandeses. Parente veio a falecer pouco depois em 1645 e foi
substituído por seu filho Bento Maciel Parente Júnior, também não se ocupou da
Capitania, e logo após a sua Morte teve a sucessão Vital Maciel Parente, que também
pouco realizou.
AMAPÁ
 ASPECTOS HISTÓRICOS:
 CAPITANIA DO CABO NORTE
Retornando assim a concessão para o domínio português que a anexou à capitania
do Grão-Pará.
No século 18 a França reivindicou a posse da área. O Tratado de Utrecht, de
1713, estabeleceu os limites entre o Brasil e a Guiana Francesa, delimitada
pelo Rio Oiapoque que não foram respeitados pelos franceses.
AMAPÁ
 ASPECTOS HISTÓRICOS:
 CAPITANIA DO CABO NORTE
Em 1836 o Governador da Guiana Francesa, Laurens de Choisy, comunica ao
presidente da Província do Pará que resolvera ocupar a região do Amapá, até o
Rio Araguari.
Em 1841, Brasil e França concordaram com a neutralização originando a questão
do CONTESTADO. A controvérsia se deu sobre a delimitação cartográfica da
localização do rio Oiapoque.
Em1885, os franceses habitantes da região, sob a orientação de Jules Grós a
fundaram a República do Cunani, abrangendo imensa área do território
brasileiro ao sul do Oiapoque.
AMAPÁ
 ASPECTOS HISTÓRICOS:
 Descoberta do Ouro
em 1893, a descoberta do ouro (irmãos Germano e Firmino Ribeiro de Curuçá-
Pa)fizeram os ânimos se acirrar na região do Contestado. A área localiza-se na bacia do
rio Calçoene, entre os rios Amapá pequeno e Cassiporé. Destaques:
- 1895 marca o auge do “Boom” do ouro no Amapá. Eugênio Voissien, resolve proibir
aos brasileiros o acesso à região aurífera,
(estopim para a luta armada, 5 de maio de 1895, na vila do Espírito Santo, estoura o
conflito armado.
- Triunvirato: Constitui-se através de uma assembleia, dirigida por Francisco Xavier da
Veiga Cabral (Cabralzinho), Cônego Domingos Maltês e o Capitão Desidério Antônio
Coelho, para defender os interesses brasileiros da região.
AMAPÁ
 ASPECTOS HISTÓRICOS:

A descoberta do ouro e a valorização da borracha no mercado internacional,


durante o século 19, promoveram o povoamento do Amapá e acirraram as
disputas territoriais com a França. Este conflito somente terminou em
01/12/1900, LAUDO DE BERNA OU LAUDO SUÍÇO. Advogado brasileiro:
Barão do Rio Branco (José da Silva Paranhos Júnior) obteve o laudo favorável à
tese brasileira através do, sentença que efetivou o Rio Oiapoque como limite
perene entre o Brasil e França. O território ao Brasil, incorporado ao Pará com o
nome de Araguari.
AMAPÁ
 ASPECTOS HISTÓRICOS:

 Em 1943 tornou-se território federal batizado como Amapá. A nova


Constituição, promulgada em 05 de outubro de 1988, elevou o território do
Amapá à categoria de Estado da Federação.
AMAPÁ
 GRANDES PROJETOS PÚBLICOS E PARTICULARES:
O MANGANÊS:
 A descoberta do manganês no Amapá remonta a 1934, quando o Engenheiro José
Alfredo Borges , a serviço do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM,
assinalou ocorrência de minéio de manganês no vale do Rio Amapari.
 O Governo brasileiro abriu concorrência internacional que atraiu vários grupos,
inclusive estrangeiros, sendo declarada vencedora a Indústria e Comércio de
Minério do Amapá-ICOMI, empresa brasileira sediada em Belo Horizonte –MG.
 Celebrou-se o contrato em 06/06/50, que no entanto só foi editado em 09/04/1953,
estabelecendo-se a vigência de 50, sendo interrompido em dezembro de1997.
AMAPÁ
 GRANDES PROJETOS PÚBLICOS E PARTICULARES:
A ICOMI
A ICOMI se associou, em 1949, à empresa americana Bethlehem Steel Corporation, mas
atendendo às exigências estabelecidas no contrato de concessão, a companhia brasileira
manteve o controle acionário do empreendimento.
Em 1954 começaram a ser construídos as instalações industriais: a ferrovia e o
embarcadouro, em Santana na foz do Rio Matapi.
Em 1955 iniciaram-se os trabalhos de urbanização e saneamento e a construção de
duas vilas residenciais destinadas aos empregados da ICOMI: uma em Serra do Navio e
outra em Santana (Vila Amazonas e Maia), em projetos concebidos pelo arquiteto
Oswaldo Arthur Bratke.
AMAPÁ
 GRANDES PROJETOS PÚBLICOS E PARTICULARES:
A ICOMI
A Estrada de Ferro do Amapá cuja construção foi iniciada em março de 1954 e
concluída em fins de setembro de 1956, serviu de escoamento (transporte) da
produção de minério de manganês das jazidas de Serra do Navio ao Porto de
Santana.
AMAPÁ
 GRANDES PROJETOS PÚBLICOS E PARTICULARES:
GRUPO CAEMI
A Caemi (Companhia Auxiliar de Empresas de mineração), pertencente à Augusto
Trajano Antunes, e da Bethlehem Steel (USA) associo-se a ICOMI, para prestar
assistência à Empresas de Mineração, sublocando estrutura, serviços e pessoal.
AMAPÁ
 GRANDES PROJETOS PÚBLICOS E PARTICULARES:
A AMCEL
Em 1974 foi criada a AMCEL (Amapá Florestal e Celulose S/A), esteve
voltada à produção de celulose, e localizava-se no Município de Porto
Grande.
Esta empresa foi vendida pelo Grupo CAEMI à CHAMPION Papel e
Celulose em 1996.
No início de 1992, a Companhia Docas do Pará arrendou para a AMCEL,
6,3ha no porto de Santana, para a instalação de uma indústria que produz
cavacos. Atualmente representa 90% do volume das cargas movimentadas pelo
Porto de Santana.
AMAPÁ
 GRANDES PROJETOS PÚBLICOS E PARTICULARES:
A CODEPA

Companhia de Dendê do Amapá, criada em 1981 para plantio e produção de óleo


de dendê, sediada no município de Porto Grande
Esta empresa foi vendida ao grupo paraense COPALMA que explora o setor de
óleos de dendê. Com área plantada de 5.000ha.
Em 1993, o Grupo CAEMI vendeu a empresa CODEPA à Companhia de Palma
do Amapá Ltda.
AMAPÁ
 GRANDES PROJETOS PÚBLICOS E PARTICULARES:
A BRUMASA S/A (atuação 1964 a 1989 – maior empregadora particular do
Amapá), a indústria de compensado ligada ao grupo CAEMI foi instalada na
década de 60 em Santana, provocando a criação de outro porto para a cidade.
O porto existente era exclusivo da empresa ICOMI, associada da empresa
multinacional BETHLEHEM STEEL. O governo foi obrigado a remover o
aglomerado da beira do cais, chamado de “Vila Confusão” ou “Vila Cutaca”,
acentuado a tendência de expansão ao longo do eixo norte. Esta vileta hoje se
transformou no bairro Nova Brasília.
AMAPÁ
 GRANDES PROJETOS PÚBLICOS E PARTICULARES:
A CADAM
CADAM havia iniciou suas atividades em 1971, produtora e exportadora de caulim, um
tipo especial de argila utilizada em diversos produtos, entre eles, na indústria
farmacêutica, de tintas, e no revestimento do papel
A CADAM já pertenceu ao Grupo Mitsui e atualmente pertence à Cia Vale do Rio Doce.
A exploração é feita no Município de Laranjal do Jari no Morro de Felipe no Amapá, e
escoada por um mineroduto até o Porto de Munguba, em Monte Dourado; Almerim-PA.
Em meados de 1991 a CAEMI adquiriu o controle da Caulim da Amazônia S.A.
AMAPÁ
 GRANDES PROJETOS PÚBLICOS E PARTICULARES:
A JARI FLORESTAL
Em 1967, a então Jari Indústria e Comercio S/A, como era denominada, foi
vendida a um magnata norte-americano Daniel Keith Ludwig.
Implantado no Amapá, às margens do Rio Jarí, o projeto cobre uma área de 1,2
milhão de hectares.
O projeto Jari tinha como objetivo inicial produzir a rizicultura (arroz),
bubalinocultura (búfalos), suinocultura (porcos) e celulose, no entanto só este
último vigorou com eficiência.
AMAPÁ
 GRANDES PROJETOS PÚBLICOS E PARTICULARES:
A JARI FLORESTAL - INFRAESTRUTURA
uma fábrica de celulose foi projetada para funcionamento em 1978, construída
por japoneses, sobre duas plataformas flutuantes, que foram rebocadas desde o
Japão até Munguba no rio Jarí.
Um Estrada de Ferro Jari foi construída para transportar a madeira cultivada e das
áreas desmatadas (necessária para a alimentação da usina termoelétrica que gera
toda a energia do projeto).
Dos 220km projetados inicialmente foram construídos apenas 68km.
AMAPÁ
 GRANDES PROJETOS PÚBLICOS E PARTICULARES:
A JARI FLORESTAL – fim do sonho.
Após 1981, o empresário, desgostoso com várias questões, resolveu suspender
atividades. O governo brasileiro, decidiu então convocar um grupo de 23
empresas brasileiras para assumir o controle do projeto.
Augusto Antunes atuou como mediador entre Ludwig e o consórcio brasileiro. Em
22 de janeiro de 1982, da empresa Companhia do Jari, que assumiu o controle
total do empreendimento inclusive suas dívidas.
Hoje é administrada por um grupo paulista ORSA, desde 28/02/00.
AMAPÁ
 GRANDES PROJETOS PÚBLICOS E PARTICULARES:
A JARI FLORESTAL
Aspectos Negativos:
Aumento da população - Monte Dourado (3.000 para 50.000).
Favelização Vila fluvial de Beiradão (Laranjal do Jarí) e Beiradinho (Vitória do
Jari), maiores favelas de palafitas do Brasil que contrastavam com a vila de Monte
dourado.
Pobreza;
Prostituição e
Criminalidade.
AMAPÁ
 PROJETOS MAIS RECENTES:
Hidrovia do Rio Marajó
Objetivo: consiste basicamente na Implantação de uma via navegável que cruze a
ilha de Marajó, da baía do Marajó ao braço sul do rio Amazonas, propiciando uma
ligação mais direta entre Belém e Macapá.
Vai reduzir o percurso e o tempo entre o Amapá e o Pará, em até 1/3 do atual
percurso fluvial
Via: ligação dos rios Atuá e Anajás: canal artificial com 31,42km, da margem
esquerda do rio Anajás à margem esquerda do rio Atua
AMAPÁ
 PROJETOS MAIS RECENTES:
O Projeto Itajobi (Amapari)
É uma subsidiária da multinacional Anglogold (uma das maiores mineradoras de ouro do
mundo).
Objetivo: é extrair do Amapá 4,5 ton. de ouro por ano.
Localização: Município de Pedra Branca do Amapari.
O projeto pretende explorar o ouro por sete anos, numa área de 800 hectares.
Preocupações: cumprimento de todas as exigências técnicas e legais e os impactos
socioambientais.
Principal crítica: como será o manejo e utilização de “cianeto” para purificação do ouro.
AMAPÁ
 PROJETOS MAIS RECENTES:
A Transguianense:
Estrada que permitirá ligar Macapá à Manaus e Caracas, passando por
Caiena, Paramaribo, Georgetown e Boa Vista.
Objetivo: é uma das estratégias que poderá tirar o Amapá do isolamento
geográfico.
Dificuldades:
Dos 590 km que separam Macapá de Oiapoque, somente 400 km estão asfaltados.
A travessia do rio Oiapoque para a cidade francesa Saint Georges ainda é precária
pela falta de interligação.
AMAPÁ
 PROJETOS MAIS RECENTES:
Mineração Pedra Branca do Amapari (MPBA):
Localizada no Município de Pedra Branca do Amapari, a 15 Km de Serra do
Navio, cerca de 2,5 milhões de toneladas de ouro ao ano, com reservas com vida
útil de 13 anos.
O total de empregos diretos e indiretos- cerca de 1.100.
Cerca de 1,3 milhões de arrecadação em impostos por ano, mais de 25 milhões em
royalties para o Município.
AMAPÁ
 PROJETOS MAIS RECENTES:
MMX AMAPÁ: O Sistema MMX Amapá compreende a Mina Amapá e a Estrada de
Ferro do Amapá. O projeto também prevê a construção de uma planta de ferro gusa, uma
unidade de produtos semi-acabados e um terminal portuário no município de Santana
(Terminal Portuário de Santana).
A Mina Amapá teve potencial de produção até 6,5 milhões de toneladas de minério de
ferro por ano. As operações iniciaram no segundo semestre de 2007. A estimativa inicial
para a produção de ferro gusa era de 2 milhões de toneladas anuais.
A implantação do projeto provocou uma forte imigração para a área, sendo os Municípios
de Serra do navio e Pedras Branca do Amapari os mais atingidos.
FRAGMENTAÇÃO TERRITORIAL
DO AMAPÁ
AMAPÁ
 O decreto que o criou (Decr. -lei nº5.812 de 13/09/43) estabeleceu também os três
primeiros Municípios: Macapá, Amapá e Mazagão. Em 1945 outros dois foram
criados ou desmembrados: Oiapoque e Calçoene.
 Com a promulgação da Constituição em 05 de outubro de 1988, o Amapá é
elevado a categoria de Estado.
 Fragmentação territorial do Amapá:
a) - 1987 criou-se os municípios de Santana, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes e
Laranjal do Jarí;
b) - Em 1991, Amapari, Serra do Navio, Cutias do Araguari, Porto Grande, Itaubal do
Piriri e Pracuúba (via plesbicito).
c) - Em 1995, foi criado o último Município chamado de Vitória do Jari, definido a
atual configuração do espaço territorial Amapaense.
AMAPÁ
 ASPECTOS HISTÓRICOS:

 A Área de Livre Comércio de Macapá e Santana, criada em 1991, é juridicamente


controlada pela SUFRAMA possui suspensão de impostos de Importação e dos
Impostos sobre Produtos Industrializados, e sobre as mercadorias estrangeiras
que nela entram.
 Como maior consequência fomentou o crescimento populacional (cerca de 7% a.a)
atraindo migrantes principalmente das ilhas do Pará, Maranhão e de outros Estados
do Nordeste, acelerou o processo desorganizado de urbanização, devido ao surto
populacional, um acelerado crescimento urbano (Macrocefalia) e a precarização dos
serviços públicos.
Área de Livre Comércio de Macapá e
Santana (ALCMS)
 A Área de Livre Comércio de Macapá e Santana (ALCMS) tem se consolidado no
mercado amapaense como o principal direcionador da economia do Estado.
 Criada com o objetivo de eliminar e reduzir taxas alfandegárias, a ALCMS é hoje
uma ótima opção para quem quer investir no comércio local.
 Com isso, fortalece a economia local, gera empregos, desperta o interesse em
quem sonha em abrir sua empresa. Além de aperfeiçoar e fiscalizar a entrada e
saída de produtos.
 A ALCMS tem sua funcionalidade regida pela
Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).
Área de Livre Comércio de Macapá e
Santana (ALCMS)
 Benefícios ALCMS

 Para EMPRESAS:
 Suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
 Redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Prestação de Serviços (ICMS);
Área de Livre Comércio de Macapá e
Santana (ALCMS)
Benefícios ALCMS
 Para ECONOMIA LOCAL:

 fortalece a economia local: GERAÇÃO DE EMPREGOS.


 Incremento no setor terciário : COMÉRCIO e SERVIÇOS.
 Além de aperfeiçoar e FISCALIZAR E CONTROLAR a entrada e saída de
produtos.
 Aumentar a arrecadação estadual: ampliar os investimentos do estado em
SERVIÇOS A POPULAÇÃO.
Área de Livre Comércio de Macapá e
Santana (ALCMS)
Impactos da ALCMS
SOCIAIS:
 Intensificação dos fluxos migratório para o Estado (crescimento de 7% ao ano
entre 1991-2000). Os Imigrantes vieram principalmente das ilhas do Pará,
Maranhão e de outros Estados do Nordeste,
 Precarização dos serviços públicos devido ao surto populacional.
 Acelerado crescimento (inchaço) urbano nas periferias das cidades de Macapá e
Santana (Macrocefalia) acelerou o processo desorganizado de urbanização.
 Intensificação da ocupação de áreas de vulnerabilidade ambiental:
RESSACAS.
Área de Livre Comércio de Macapá e
Santana (ALCMS)
Impactos da ALCMS
SOCIAIS:
 Aparecimento de novos bairros
 Ausência do poder público gerando: CRIMINALIDADE,
CLANDESTINIDADE, MARGINALIZAÇÃO, POBREZA, PRECARIEDADE
NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À POPULAÇÃO, OUTROS.
 Aumento da Poluição ambiental.
 O Desemprego se ampliou
 Aumento da especulação imobiliária.
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL DO AMAPÁ
Logo após a criação da ALCMS João Capiberibe assume o governo e cria o
PDSA. Um programa de forte apelo ambiental que deu notoriedade ao Amapá,
especialmente após a ECO 92 (Rio 92) – Conferencia Mundial de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Em grande parte baseada em ações de mídia (propaganda) agravou a situação
do Amapá pela intensificação de fluxos migratório devido seus vários
programas sociais como o bolsa família.
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL DO AMAPÁ
O QUE FOI?
 Baseou-se nos conceitos em formação do DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL e EQUIDADE SOCIAL.
 O “desenvolvimento a partir da garantir do usufruto dos recursos
naturais pelas gerações atuais e futuras”.
 Valorização dos saberes das populações tradicionais.
 Preservação e Conservação dos recursos naturais.
 Estímulo ao cooperativismo e associativismo.
 Difusão da pesquisa científica
 Endurecimento das Leis Ambientais.
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL DO AMAPÁ
CONSEQUENCIAS?
ECONÔMICAS
 Retração econômica e produtivas.
 Fechamento de empreendimentos.
 Inibição de novas atividades econômicas
 Maior visibilidade nacional e internacional
 Cultura como fonte de renda.
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL DO AMAPÁ
CONSEQUENCIAS?
SOCIAIS
 Aumento da imigração
 Distribuição de renda
 Aumento do IDH: EDUCAÇÃO e SAÚDE (Longevidade)
 Promiscuidade política
 Eleição de João Henrique Pimentel
CRESCIMENTO URBANO DE MACAPÁ

 RELEMBRANDO OS MARCOS Históricos e sociais


 CRIAÇÃO DO TERRITÓRIO,
 IMPLANTAÇÃO DA ICOMI
 CRIAÇÃO DO ESTADO
 ALCMS
 PDSA
 Novos investimentos: Mineração, Soja, Hidroelétricas, Zona Franca Verde.

Observação: Um elemento de atração institucional são os concursos públicos.


CRESCIMENTO URBANO DE MACAPÁ

 MACAPÁ:
 Eixo Central: Antigas edificações, bairros mais estruturados e hoje de função
comercial e administrativa.
 Eixo Sul: Bairros e Residenciais que nascem a partir da década de 1980 e
estão a partir do Beirol até o conjunto da Embrapa e Universidade. Uma
peculiaridade são os Residenciais no entorno da Juscelino Kubistchek. O
mesmo fator se repete na Duca Serra, sentido Macapá Santana, no eixo oeste.
 Eixo Norte: desde o limite na década de 1980 no bairro são Lázaro até os
distantes Ilha Mirim, Macapaba e outras ocupações, incluindo ai a Área de
Proteção da Bacia do Rio Curiaú.
CRESCIMENTO URBANO DE MACAPÁ
AMAPÁ

 ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA


ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA DO AMAPÁ
 CLIMA DO ESTADO:
Fatores de definição do clima no Amapá:
a. Latitude: Equatorial - faixa equatorial – alta irradiação solar.
b. Vegetação: Presença de floresta densa - Umidade do Ar.
c. Maritimidade: Alta Umidade do Ar – Área Leste.
d. Área Oeste: Presença de Planaltos – maiores altitudes e menores temperaturas,
especialmente serrana.
Resultado: CLIMA EQUATORIAL QUENTE (LATITUDE) e ÚMIDO (MARITIMIDADE e
VEGETAÇÃO.
 O EQUINÓCIO NO AMAPÁ:
No Amapá, é a única capital brasileira cortada pela Linha do Equador.
Por conta disso, pelo menos duas vezes ao ano, os moradores da cidade têm o privilégio de
assistirem ao fenômeno chamado de Equinócio, uma manifestação em que os raios do sol, no seu
movimento aparente, incidem diretamente sobre a Linha do Equador.
Nesse período, os dias e as noites têm a mesma duração em todo o planeta. A ocorrência desse
fenômeno se dá em dois momentos: em março, conhecido como Equinócio da Primavera; e em
setembro, chamado de Equinócio de Outono.
No Amapá, devido a estação chuvosa, o equinócio de março foi batizado como Equinócio das
Águas, que se justifica pelo aumento do nível das águas favorecido pela atração astral.
RELEVO
ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA DO AMAPÁ
 Relevo Amapaense é pouco acidentado, e pode ser dividido em 2 grandes regiões:
 a) uma interna (continental), de relevo suavemente ondulado, com alturas médias de 100 a
200m, que podem atingir extremos de 500m, constituída por rochas cristalinas metamórficas
e cobertas de floresta densa, onde encontramos os planaltos cristalinos (porção oeste do
Estado)
Nessa área existem grandes extensões de colinas e morros dominados por cristais montanhosos
como: a Serra do Tumucumaque (540m), dentre outras.

 b) A outro porção é formada por região costeira de planície, que se estende até o Atlântico,
ao leste e até o Amazonas, ao sul, formada por terrenos baixos e alagadiços e por planícies
aluviais nos baixos e médios cursos dos Rios.
ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA DO AMAPÁ

 Hidrografia Amapaense
1. O Estado possui uma rica e vasta rede hidrográfica. Estão registradas na SEMA mais de
trinta bacias e microbacias hidrográficas sendo as mais importante: ARAGUARI,
AMAZONAS, JARI, OIAPOQUE, PEDREIRA, MATAPI
2. Ocorre também a concentração de lagos ao norte do Rio Araguari, (região de lagos- com cerca
de 300 Km² (Itaubal, Cutias, Pracuuba). Os lagos têm sua origem em antigas depressões limitadas
por barreiras
Os lagos já foram de grande importância para o extravitismo.
ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA DO AMAPÁ

 Hidrografia Amapaense – PROBLEMAS

A POROROCA:

As grandes ondas consistem num fenômeno peculiar do Estado. Ocorre quando há o encontro das
forças contrárias da maré do Oceano Atlântico, proveniente da Corrente do Golfo que vem das
regiões caribenhas, e o fluxo contrário das águas doces dos Rios do Estado por ocasião das luas
cheias.
ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA DO AMAPÁ

 Hidrografia Amapaense – PROBLEMAS

1. O grande problema desta região é a degradação devido a PECUÁRIA (rebanho


bubalino) que gera:
a. compactação dos solos devido o pisoteamento do gado
b. a salinização das águas dos lagos,
c. a erosão dos solos,
d. a devastação de trechos para abertura pastos, dentre outros.
ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA DO AMAPÁ

 Hidrografia Amapaense – PROBLEMAS

2. AS HIDROELÉTRICAS.
a. Sua construção desloca as populações locais para áreas urbanas dos municípios – êxodo rural.
b. Durante a construção das unidade ocorre a intensificação dos fluxos migratórios gerando uma
série de consequências.
c. O represamento das águas produz a redução da vazão dos rios ocasionando processos
erosivos e a entrada do mar no continente assoreando a foz dos rios.
d. A movimentação das turbinas provoca a alta oxigenação das águas que leva a morte dos
peixes assim como a limpeza das turbinas com produtos químicos.
ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA DO AMAPÁ

 Hidrografia Amapaense – PROBLEMAS


5. O FIM DA POROROCA NO ARAGUARI – Motivos:
 O represamento das águas do Araguari pelas hidroelétricas ao longo do rio que vão diminuindo
a potência de escoação na extensão do rio.
 O assoreamento da foz do Araguari devido a deposição de sedimentos trazida pelas marés do
Oceano Atlântico.
 A drenagem do rio através de córregos que vem se ampliando devido o pisoteio do gado
bubalino criado na região.
 O aumento do volume das água no Arquipélago do Bailique está relacionado com a pressão
que vem de córregos e pequenos rios que estão recebendo as águas do Araguari após o
assoreamento de sua foz.
ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA DO AMAPÁ

 Hidrografia Amapaense – PROBLEMAS

3. DESBARRANCAMENTO (fenômeno das terras caídas):


É queda das terras nas margens dos rios devido a força das aguas, através da erosão acentuada que
remove esses sedimentos (terras) e os deposita em outras áreas provocando o desaparecimento de
ilhas e a formação de novas estruturas.
ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA DO AMAPÁ

 Hidrografia Amapaense – PROBLEMAS

6. DESBARRANCAMENTO (fenômeno das terras caídas) ATINGUE O BAILIQUE


a. O aumento do volume das água no Arquipélago do Bailique está relacionado com a pressão
que vem de córregos e pequenos rios que estão recebendo as águas do Araguari após o
assoreamento de sua foz, que está desembocando no Amazonas.
b. Está relacionado com as Hidroelétricas e a Bubalino Cultura.
c. Parte das ilhas Progresso e Macedônia estão cedendo e caindo no amazonas.
d. Pessoas estão sendo transferidas e as ilhas podem desaparecer.
ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA DO AMAPÁ

 Vegetação Amapaense
1. Formações florestados (domínios naturais):
a. Florestas Densa de Terra Firme:
Ocupa aproximadamente 70%, do espaço amapaense. Concentra-se na porção Oeste do
Estado.
Destaca-se pela sua alta biodiversidade. As espécies que se destacam são: Angelins, Acapu,
Sucupira, Castanha Do Brasil, Sapucaia, Matamatás, Breus, Louros, Copaíba, outros.
ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA DO AMAPÁ

 Vegetação Amapaense
1. Formações florestados (domínios naturais):
b. Floresta de Várzea (áreas alagáveis ou alagadas):
Configuram um ambiente primário florestal, de alto porte em plantas trepadeiras e epífitas.
Árvores de 30 a 35m de altura. Ex. O Açaí, Bacaba, Andiroba, Buriti, Ucuúba ou Virola,
Seringueira, Ubuçu, Arumã.
É o segundo maior ambiente florestado do Estado. Economicamente é pressionada pela extração
seletiva de madeiras, de palmitos e de outros elementos típicos.
Representa cerca de 4,8% do Estado. Localiza-se no canal do Norte do Rio Amazonas e áreas
dos principais rios da região sujeitas à inundações por ocasião do movimento das marés.
ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA DO AMAPÁ

 Vegetação Amapaense
c. Manguezal:
É caracterizado pela presença de bosques de 15 a 25 metros de altura, vegetação pneumatófila
(raízes aéreas), solos halófilos (com influência salina).
Ocorre na Costa amapaense de influência salgada (devido ao Oceano Atlântico) e Ocupa 2% do
Estado. Ex. Espécies: Mangal, Tintal, Siriubal, etc.
É um dos ecossistemas mais ativos, pois participa intensamente no aumento da produtividade
primária dos mares e estuários, constituindo berçário de espécies marinhas, crustáceos, peixes,
aves, dentre outros.
ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA DO AMAPÁ

 Vegetação Amapaense
d. Mata de Igapó:
Caracteriza-se pelo regime de alagamento permanente ou pelo menos com alto grau de
encharcamento do solo durante a maior parte do ano.
Localiza-se em depressões e planícies e possuem a função de gerar e manter espécies de peixes e
vegetação específicas.
São representados por áreas disjuntas, de difícil precisão de seus limites e dimensões, com grandes
limitações naturais em termos de uso e ocupação, e por conseqüência, não ressentindo, até o
momento de grandes pressões.
ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA DO AMAPÁ

 Vegetação Amapaense
e. Campo de várzea (ou inundáveis):
Ambiente influenciado pelo regime pluvial sazonal, e de marés cíclicas, ou seja, os campos de
Várzea são influenciados pelas águas das chuvas e pelo regime de marés.
Áreas deprimidas, interligada por uma intensa rede de canais com inúmeros pequenos lagos
temporários ou permanentes.
Ocorre com maior intensidade na região que vai do Rio Araguari até o Cabo Orange, no
Oiapoque.
ASPECTOS FÍSICOS DA GEOGRAFIA DO AMAPÁ

 Vegetação Amapaense
Formações campestres: Cerrados:
Trata-se de um ambiente não amazônico. Sua presença nesta região é consequência de drásticas
alterações climáticas e geológicas que marcaram a história.
Sua vegetação é do tipo savanítica (cobertura vegetal aberta) e caracteriza-se por: vegetação
esparsa, herbáceo-arbustivo, presença de capões (porção de mata isolado no meio dos
campos), raízes profundas, troncos retorcidos com casca grossa e solos ácidos.
Espécies típicas: Sucuuba, barbatimão,Murici-vermelho, caimbé, Caju, Murici-branco, etc.
Ocupa 6,5% do estado em uma faixa norte-sul.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E
DE PROTEÇÃO NO AMAPÁ:
 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E DE PROTEÇÃO NO AMAPÁ:

As unidades de conservação e preservação são uma estratégia de salvaguarda


do patrimônio ambiental dos países que foi amplamente empregada na
Amazônia, em especial no Amapá, comprometendo mais de 50% do deu
território e representam uma série de implicações econômicas, sociais e de
governança.

A partir de sua atualização o Amapá manteve-se o Estado mais preservado


da federação, no entanto, ainda não vimos retorno prático disso em nossas
vidas.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E
DE PROTEÇÃO NO AMAPÁ:
 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE – Conceito:

 Áreas de preservação permanente (APP), assim como as Unidades de


Conservação, visam atender ao direito fundamental de todo brasileiro a um
"meio ambiente ecologicamente equilibrado", conforme assegurado no art. 225
da Constituição. No entanto, seus enfoques são diversos: enquanto as UCs
estabelecem o uso sustentável ou indireto de áreas preservadas, as APPs são
áreas naturais intocáveis, com rígidos limites de exploração, ou seja, não é
permitida a exploração econômica direta.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E
DE PROTEÇÃO NO AMAPÁ: PROTEÇÃO

Área (em
Denominação Responsabilidade
Hectares)

Parque Nacional do Cabo Orange 398.000 Federal

Estação Ecológica das Ilhas Maracá-Jipioca 72.000 Federal

Res Biológica do Lago Piratuba 357.000 Federal

Estação Ecológica do Jarí 82.000 Federal

Reserva Biológica do Parazinho 111 Estadual


UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E
DE PROTEÇÃO NO AMAPÁ: PROTEÇÃO

 PARQUE NACIONAL DAS MONTANHAS DO TUMUCUMAQUE

Criado pelo presidente Fernando Henrique, em 23 de agosto de 2002, durante o


lançamento da Agenda 21, o Parque de Tumucumaque fica no Amapá, na
fronteira do Brasil com Guiana Francesa e o Suriname. Com 3,8 milhões
hectares de área, quase do tamanho do Rio de Janeiro, é o maior parque de
floresta tropical do mundo, tamanho maior que o da Bélgica.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E
DE PROTEÇÃO NO AMAPÁ: PROTEÇÃO

Sobre o Parque:
 No Parque era até então uma antiga reserva indígena administrada pela FUNAI;
 Terras ligadas ao Ministério do Meio Ambiente
 Representa 26% da área total do Amapá
 Há cerca de 1600 pessoas, não indígenas, habitando no Parque
 Não se pode produzir edificações
 Estão pendentes as formas de compensação ambiental para o Amapá e sua população.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E
DE PROTEÇÃO NO AMAPÁ:
 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – Conceito:

 A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau
de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou
culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das
populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade
biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
 A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras públicas ou privadas.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E
DE PROTEÇÃO NO AMAPÁ: CONSERVAÇÃO

Área (em
Denominação Responsabilidade
Hectares)

Floresta Nacional do Amapá 412.000 Federal


Reserva Extrativista do rio Cajari 481.650 Federal

Área de Proteção Ambiental do Curiaú 23.000 Estadual

Res de Desenvolvimento Sustentável do Rio


806.184 Estadual
Iratapurú

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