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A CONTA

Por: Abudo Issufo Amade


Noção, partes constitutiva e representação gráfica

• O património de uma empresa como já se viu é


constituído por um grande e complexo número
de elementos de natureza diferente. Contudo,
esses elementos podem ser mensuráveis, ou
seja traduzidos numa unidade de valor comum
isto é transformam-se as matérias ou os
objectos em valores, possibilitando a sua
comensurabilidade, que é o mesmo que a
comparação entre sí.
É graças a essa quantificação que o trabalho
contabilístico se pode levar a cabo nas
unidades económicas. Sem aquela, ele seria
não só de difícil exercício, como também
perderia o seu significado, na medida em que
se referiria a um conjunto de elementos entre
os quais não seria possível estabelecer
qualquer relação.
• Daí que, consoante a sua natureza ou função
que desempenham na empresa, os valores
patrimoniais possam ser agrupados em classes
com características comuns.
• Chegamos assim a noção de CONTA que
podemos definir como um conjunto de
elementos patrimoniais expresso em unidade
de valor.
• CONTA é um conjunto de elementos
patrimoniais com determinadas
características comuns e específicas.
A conta representa uma classe de valores ou
elementos patrimoniais, mas a sua disposição e
tal que permite registar todas as variações
sofridas por esses elementos
PARTES CONSTITUTIVAS
Numa conta há a considerar:
- O título (denominação própria)

- Valor (extensão)
• O TÍTULO consiste na palavra ou expressão por que
se designa a conta ou classe de valores. Deve ser tal
que revele imediatamente a natureza dos elementos
que a compõe isto é nos dê a conhecer o seu
conteúdo.
 
Tem como finalidade, identificar a conta e distingui-
la de todas as outras pelo que será fixo e imutável.
Deve ser claro no que diz respeito a característica
comum dos elementos a que diz respeito.
• O VALOR. Representa a qualidade, expressa em
unidades monetárias contidos na conta no
momento em que se analisa.

Se o título é fixo e imutável, a extensão já não o


é pelo contrário constitui o elemento variável
da conta, na medida em que os elementos
patrimoniais que englobam estão sujeitos a
variações provocadas pelas operações realizadas.
REQUISÍTOS DA CONTA
A conta constitui a base de toda a escrituração
pois é a partir dela que se desenvolve todo o
trabalho contabilístico. Sendo assim, a conta
deve obedecer a requisitos próprios, a seguir
indicados:
• Homogeneidade, segundo o qual uma conta só deve
conter elementos que obedeçam a características
comuns que ela define.

• Integridade, segundo a qual a conta deve incluir


todos os elementos que gozar da característica
comum por ela definida. Deste modo a conta
Mercadorias devera incluir todos os tipos de
mercadorias transaccionadas pela empresa, assim
como as suas variações.
Em suma, a conta deve ser Homogéneas e
Integral dado que só poderá admitir
movimentos ligados com a respectiva classe
de valores, não excluindo qualquer deles
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Para registar e seguir as variações operadas nas
diversas contas ou classes de valores usam-se
quadros ou mapas apropriados – também
chamados contas – que apresentam mais ou
menos normalizadas e com um maior ou menor
numero de colunas.
Cada conta corresponde um gráfico ou quadro
X, que constitui o dispositivo prático para
acompanhar as suas variações quantitativas.
Inscrevendo-se neste quadro a Extensão (valor)
Inicial da conta e as variações seguintes,
consegue-se saber a qualquer momento o valor
dos elementos patrimoniais que agrupa.
No aspecto gráfico a conta apresenta se
normalmente na forma de um T. sobre o traço
horizontal indica se o Titulo da conta podendo
ainda distinguir-se um lado esquerdo e um lado
direito.
Esquematicamente:

TÍTULO DA CONTA
LADO ESQUERDO LADO DIREITO
O lado direito é designado de “ credito” ou
“haver” e o lado esquerdo de “debito” ou
“deve”.

Os valores registados no débito denominam-se


Débitos e os registados no crédito
denominam-se Créditos.
• Debitar uma conta significa inscrever uma
certa quantia no lado do Debito;

• Creditar uma conta e efectuar o registo de um


valor no lado do Credito
• A diferença entre o débito e o crédito duma conta
no momento considerado, chama-se SALDO
dessa conta
• Balancear uma conta, consiste em comparar o
seu débito com o seu crédito e três hipóteses
podem ocorrer.
D>C O Saldo diz-se Devedor (Sd)
D=C O Saldo diz-se Nula (So)
D<C O Saldo diz-se Credor (Sc)
• Saldar uma conta; consiste em lançar o saldo
por forma a que o total do debito seja igual ao
total do credito da conta.
Uma vez determinado o saldo, este adiciona-se
ao lado cuja soma for de menor valor obtendo-
se assim uma igualdade entre os dois lados da
conta.
Atendendo as três hipóteses consideradas
anteriormente teremos:
D>C Sd donde D = C+Sd
D=C So donde D = C
D<C Sc donde D+Sc = C
• Uma conta sem saldo diz-se saldada
 
• O saldo da conta corresponde a sua extensão ou
valor, num determinado momento
• Fechar uma conta; corresponde a somar as colunas
dos valores do débito e do Credito depois de as saldar
previamente, sublinhando com dois traços a cada
soma, o que designa-se por trancar a conta. Nestas
condições as contas dizem-se trancadas.

• Reabrir uma Conta; é inscrever o saldo na coluna dos


débitos se na conta fechada o mesmo era Devedor; ou
inscrever o saldo na coluna dos créditos se na conta
fechada o mesmo era credor.
CONTABILIZAÇAO POR PARTIDAS DOBRADAS

A maioria das empresas que empregam grandes


movimentos contabilísticos usa o sistema de registo
chamado de Contabilização por partidas dobradas ou
Digrafia. Esse sistema regista tanto as transacções a
vista como a prazo que ocorrem em épocas diferentes.

O nome partidas dobradas deriva do facto de que cada


transacção é lançada duas vezes, tendo em vista dois
aspectos. Esses aspectos são referidos pelos
contabilistas com “débitos” e “créditos”.
Pense em uma conta cujo formato nos lembra a letra T,
com o nome da conta em cima da linha horizontal e
quaisquer entradas dos dados a esquerda ou a direita da
linha vertical. Cada transacção financeira tem entrada
em duas contas separadas.

Num sistema de partidas dobradas, uma entrada estará


no lado do débito (esquerdo) numa conta, enquanto a
outra entrada sempre estará no lado do crédito (direito)
da segunda conta envolvida.
Geralmente aos débitos nas classificações apõe-se o
sinal + e aos créditos por sinal –

Nas contas como é evidente teremos de registar o seu


valor inicial e os posteriores aumentos e diminuições.
Acontece que só existem duas secções a do debito e
do credito pelo que teremos de contabilizar numa
mesma secção o valor inicial e os aumentos e na
outra secção as diminuições, secções essas que
variam com a natureza das contas
REGRA DE MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS

• As contas do Activo são debitadas pelas


extensões iniciais

• As contas do passivo são creditadas pelas


extensões iniciais
REGRA DE MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS DO ACTIVO
• As contas do Activo são debitadas pela extensão inicial e pelos
aumentos de extensão e creditadas pelas diminuições de
Extensão.
 
• REGRA DE MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS DO PASSIVO
  As contas do passivo são debitadas pelas diminuições de
extensão e creditadas pela extensão inicial e pelos aumentos de
extensão
 
 
• REGRA DE MOVIMENTÃÇÃO DAS CONTAS DE CUSTOS 
As contas de custos são debitadas sempre que se suporta um custo

• REGRA DE MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS DE PROVEITOS


As contas de Proveitos são creditadas sempre que se obtém um proveito
 
 
 
 

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