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ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR

VERTEBRAL

FABRICIA NUNES DOS SANTOS


ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR
VERTEBRAL

 A estabilidade vertebral é definida como a habilidade de controlar


movimento e prevenir movimentos indesejáveis da coluna

 A estabilização segmentar é um treinamento que estimula o aumento da


consciência e da ativação dos músculos profundos que dão sustentação à
coluna vertebral
ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR
VERTEBRAL

 A estabilização segmentar vertebral é um conceito que define condutas fisioterapêuticas específicas tem
por objetivo utilizar o sistema muscular para a estabilização da coluna vertebral cervical ou lombar no
tratamento da dor aguda ou crônica e é caracterizada por utilizar de exercícios de fortalecimento para os
músculos profundos do tronco

 O recrutamento dessas estruturas é importante para evitar que as camadas mais superficiais assumam o
papel de estabilização, o que, em muitos casos, pode levar ao aumento da tensão e a dores cervicais e
lombares
ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR
VERTEBRAL

 Tem como principal objetivo estabilizar a coluna e proteger sua estrutura

 Quando alguém efetua um movimento, os chamados músculos estabilizadores se contraem antes


mesmo do movimento acontecer. Esta contração involuntária, no entanto, pode ser inibida em
razão do cansaço, da presença de um trauma ou como resultado do sedentarismo do paciente. Com
isso os demais músculos são sobrecarregados e provocam dor

 É na reeducação desse grupo muscular que se baseia a estabilização segmentar


ESTABILIDADE

 A estabilidade depende de um sistema de estabilização segmentar composto por três subsistemas:

 Sistema passivo: coluna vertebral, que fornecem a maior parte da estabilidade pela limitação passiva no final
do movimento

 Sistema ativo: muscular, que fornecem suporte e rigidez no nível intervertebral, para sustentar forças
exercidas no dia-a-dia.

 Sistema neural: é composto pelos sistemas nervosos central e periférico, este sistema coordena as contrações
musculares, sendo responsável pelo controle motor ou seja, ativa os músculos corretos no tempo certo, para
proteger a coluna de lesões e permitir o movimento.
ANATOMIA DO SISTEMA ESTABILIZADOR

Para entender sobre os músculos estabilizadores, primeiro, você tem que entender os
diferentes tipos de função dos músculos.
PRINCIPAIS MÚSCULOS DA COLUNA
LOMBAR
Eretor da espinha
 Este grupo atua para fornecer estabilização intersegmentar dinâmica e desaceleração excêntrica na flexão e rotação da coluna
durante as atividades.

Quadrado lombar
 O quadrado lombar age basicamente como estabilizador do plano frontal, que atua sinergicamente com o glúteo médio e tensor
fáscia lata.

Grande dorsal
 O grande dorsal é responsável pela ponte entre o membro superior e o complexo lombo-pelve-quadril.

Multífidos
 O multífido é um músculo espesso da região lombar que possui seu término na região cervical, sendo os mais importantes
músculos transversos espinhais.
PRINCIPAIS MÚSCULOS ABDOMINAIS

 Reto do abdômen
 Oblíquo externo
 Oblíquo interno
 Transverso do abdômen
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO QUADRIL

 Glúteo máximo
 Glúteo médio
 Psoas
 Assoalho pélvico
Classificação Funcional do Sistema Muscular

Sistema Muscular Local ou Músculos Profundos


 Os músculos locais são responsáveis por gerar a estabilização antes que ocorra o
movimento

Ex: Multífido e Transverso do Abdômen

 Camada mais profunda


 Manter a curvatura normal (cada segmento separado)
 Mantém a tensão fisiológica da Coluna
 Controle do movimento intersegmentar
 Responde às mudanças na postura
Classificação Funcional do Sistema Muscular

Sistema Muscular Global ou Músculos Superficiais

 Os músculos globais são recrutados após os músculos locais já terem gerado a estabilização segmentar
necessária de todas as estruturas não contráteis, para que o movimento possa ocorrer com alta eficiência
e sem a presença de dor, sendo estes os responsáveis pelo auxílio na realização de praticamente todas as
atividades cotidianas.

Ex: Reto do Abdômen e Grande Dorsal

 Camada Superficial
 Grande produtor de força
 Produz movimento
 Em condições de alta carga contribui para a estabilidade
Exercícios de Estabilização Segmentar

 O exercício de estabilização segmentar, criado por Richardson e Jull, são realizados pela isometria de baixa
intensidade dos músculos Multífidios e Transverso do Abdômen, que ligam-se de vértebra à vértebra e são
responsáveis pelo suporte dos segmentos lombares durante os movimentos funcionais.

 Esses exercícios isométricos são benéficos por atuarem na reeducação dos músculos profundos

 Em estágio mais avançado de treino a isometria pode ser combinada com exercícios dinâmicos para outras
partes do corpo
Os exercícios podem ser ordenados
didaticamente em três estágios:

 (1) cognitivo: exercícios de co-contração dos músculos locais, separadamente dos


músculos globais com a pelve em posição neutra (sem anteversão ou retroversão)

 (2) Nesta fase é priorizado o aprendizado motor, são aplicados exercícios de correção


dos desequilíbrios das forças e de treino de resistência muscular

 (3) fase de automatização com objetivo de realizar os exercícios de maneira subjetiva


dentro das atividades de vida diária mantendo a estabilização durante toda demanda
Exercícios Terapêuticos

 Previamente à realização de qualquer exercício de estabilização segmentar, o paciente deverá ser instruído
sobre a posição correta da pelve

 Comando verbal: Solicita-se ao paciente realizar uma anteversão e uma retroversão e em seguida solicita-se a
ele parar na posição intermediária (neutra)

 Deve ser iniciado pela ativação dos músculos estabilizadores (transverso abdominal e multífidos)

 O exercício deve se iniciar com um comando verbal do examinador de modo padronizado: “Puxe o abdômen
para cima e para dentro sem mover a coluna e a pelve”

 O paciente é instruído a respirar calmamente, e após uma inspiração profunda realizar a contração do
músculo Transverso Abdominal, a qual deverá ter a duração de dez segundos
Stabilizer - feedback

 Esse tipo de recurso é interessante para pacientes destreinados, sem hábito de


realizar atividades físicas, e que não conhecer ainda o próprio corpo, nem os
padrões de ativação da sua musculatura
 Permite observar, de maneira mais direta, a contração muscular, analisar sua
efetividade, e ainda, ter em mãos parâmetros mais objetivos para a prescrição de
intensidade de treinamento, e acompanhamento da evolução do paciente
Exercícios de Estabilização X Pilates

 Associar técnicas como a Estabilização Segmentar Vertebral podem otimizar o trabalho preventivo e de
reabilitação, além de trazer resultados mais rápidos. Porém, para a eficácia do resultado, a conscientização do
aluno tem que ser muito bem feita

 Além de saber controlar a contração dos músculos do powerhouse , o mesmo terá que saber contrair
músculos específicos como o transverso do abdômen, multífidus, músculos do assoalho pélvico e diafragma
fim!
MOBILIZAÇÃO
NEURAL
MMSS E MMII
MOBILIZAÇÃO NEURAL

 A mobilização neural é uma técnica que trata as disfunções da biomecânica do tecido nervoso, que
de forma direta ou indireta, é sempre afetada em lesões musculares ou articulares.

 A Mobilização Neural visa minimizar ou anular a dor causada por uma disfunção em um nervo
periférico.

 É comum na apresentação clínica da disfunção de nervos periféricos a dor em Membros Superiores


e Inferiores.
MOBILIZAÇÃO NEURAL

 Essa dor pode ser descrita de diferentes formas: “formigamento”, “choque”, “dormência”, diminuição
de sensibilidade, “queimação”; sendo descrita sempre no trajeto do nervo periférico envolvido.

 O tratamento com mobilização neural tem como objetivo tirar a dor e o desconforto do paciente,
agindo sobre a causa da dor, seja ela por inflamação ou por compressão do nervo periférico, assim
como restabelecer o fluxo sanguíneo intra neural, possibilitar o bom deslizamento do nervo dentro do
canal neural, melhorar a condução do nervo.

 Atua na raiz e no trajeto nervoso liberando-o de qualquer bloqueio (compressão ou aderência) e desta
forma eliminando a dor localizada e/ou irradiada como, por exemplo, lombociatalgias e
cervicobraquialgias.
INDICAÇÕES

o Neuropatias compressivas dos membros superiores e inferiores,


o LER/DORT,
o Distrofia simpático reflexa,
o Neuropraxias pós-cirúrgicas,
o Tendinites,
o Tenossinovites,
o Hérnia de disco,
o Osteoartrose
CONTRA-INDICAÇÕES

o Sintomas neurológicos agudos ou instáveis


o Neoplasias
o Infecções
NERVO MEDIANO

o Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta realiza a depressão de ombro, flexão de cotovelo, associada
a uma abdu-ção de ombro a 90°. Após, extensão de punho e dedos, rotação externa de ombro, supinação de
antebraço e extensão de cotovelo
o Para o tratamento do nervo mediano, o fisioterapeuta pode realizar a manutenção da posição estática ou realizar
mobilizações oscilatórias do segmento na parte de distal (punho)
NERVO ULNAR

o Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta realiza a depressão de ombro, flexão de cotovelo,
associada a uma abdução de ombro a 90°. Após, extensão de punho e dedos, rotação externa de ombro,
pronação de antebraço e flexão de cotovelo
o Para o tratamento do nervo ulnar, o fisioterapeuta pode realizar a manutenção da posição estática ou realizar mobilizações
oscilatórias do segmento na parte de distal (punho)
NERVO RADIAL

o Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta realiza a depressão do ombro, flexão de cotovelo,
associada a uma prona-ção do antebraço. Após, extensão de cotovelo, flexão de punho e dedos e abdução de
ombro
o Para o tratamento do nervo radial, o fisioterapeuta pode realizar a manutenção da posição estática ou realizar
mobilizações oscilatórias do segmento na parte de distal (punho)
NERVO CIÁTICO

o Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta realiza a flexão de quadril do paciente associada a
uma dorsiflexão de tornozelo
o Para o tratamento do nervo ciático, o fisioterapeuta pode realizar a manutenção da posição estática ou realizar
mobilizações oscilatórias do segmento na parte de distal (tornozelo)
NERVO FEMORAL
OBRIGADA!

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