Sarau Rufino

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Os Maias, Eça

de Queirós
Sarau da Trindade- a intervenção de
Rufino e a reação do público
Breve contextualização do
capítulo
Antecipação do discurso de Rufino

“ (…) ia ver por dez tostões uma coisa


também rara, - a alma sentimental dum
povo exibindo-se num palco, ao mesmo
tempo nua e de casaca.”
Descrição e comentários tecidos a
Rufino, antes do Sarau
“(…) Esse era outro, a sério, (…).”
“(…) ratão de pêra grande, deputado por Monção, (…).”
“(…) um bacharel transmontano, muito trigueiro, de pura, (…).”
“(…) a chilrear, (…) como um pássaro num galho de árvore...”
Críticas à sociedade
lisboeta
“(…) nós, os meridionais, por mais críticos, gostamos do palavriadinho
mavioso.”

“ (…) como se pervertia um cidadão, impedindo-o de proteger as letras pátrias -


com promessas pérfidas de tabaco e de bebidas!...”
Presentes no Sarau da Trindade
“Estavam os homens, a gente do Grémio, da Casa Havaneza, das Secretarias, (...) ”

Ausência da família real


“Depois, respeitosamente, voltou-se para as cadeiras reais, solenes e vazias...”
Discurso de Rufino
Tema
“ (…) sobre a caridade, sobre o progresso”

Religião
“(…) celebrava um anjo, «o Anjo da Esmola que ele entrevira, além no azul, batendo as asas de cetim...».”
“(…) antevia já, (…) O renascimento da Fé!».”

Menosprezo das Ciências


“(…) de onde recebera a inspiração da caridade? (…) Dos livros da ciência? Dos laboratórios químicos? desses
anfiteatros de anatomia onde se nega covardemente a alma?(…)?”
“(…), apesar dos escárnios orgulhosos dum Benan, dum Litré e dum Spencer, (…)”

Bajulação à coroa portuguesa


“ (…) para o exaltado lugar de onde desce a salvação, para o Trono de Portugal!”
Reação do público

• “(…) sujeitos voltavam-se apaixonadamente uns para os outros, com um brilho na face,
comungando no mesmo entusiasmo: «Que rajadas!... Caramba!... Sublime!...»

• Ega afirmou com patriotismo que era um dos maiores oradores da Europa!
- Em qual género?...
- Género sublime, género de Demóstenes!”

• “[…] o recanto indisciplinado onde curtos risos esfuziavam.”


Expressividade da linguagem (tendo os excertos por base)
Tradução da intensidade de sentimentos, pelo recurso a:

• Antítese: “(…)ao mesmo tempo nua e de casaca.”- dissimulação no discurso de Rufino,


cuja opulência contrasta com o discurso oco que profere;
• Ironia: “Ega afirmou com patriotismo que era um dos maiores oradores da Europa!”- sátira
à retórica de Rufino, incomparável a conceituados oradores;
• Comparação: “(…) a chilrear, (…) como um pássaro num galho de árvore...”- crítica ao
discurso de Rufino, que, pelo seu lirismo, se limita a seduzir o ouvido do público, mesmo
sendo desprovido de conteúdo;
• Interrogações retóricas: (…) de onde recebera a inspiração da caridade? (…) Dos livros
da ciência? Dos laboratórios químicos? desses anfiteatros de anatomia onde se nega
covardemente a alma?(…)?”- serve o propósito de promover a reflexão do público sobre o
tema da oratória;
• Enumeração: “(…), apesar dos escárnios orgulhosos dum Benan, dum Litré e dum
Spencer, (…)”- elenco de cientistas com intuito de descredibilizar o conhecimento
científico;
• Uso expressivo do advérbio: “(…) sujeitos voltavam-se apaixonadamente (…)”-
enfatiza o ar enlevado que a alta burguesia e aristocracia lisboeta expressava perante a
oratória de Rufino. Portanto, a sua admiração;
• Muitas exclamações, adjetivos, advérbios e reticências- conferem expressividade e
realismo às sensações descritas na obra.
Fim!

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