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HOMILÉTIC

A
C
O PREGADOR
Conteúdo do pregador
1. Conteúdo
Espiritual;
2. Conteúdo Moral;
3. Conteúdo
Intelectual;
4. Conteúdo Bíblico-
Teológico;
5. Conteúdo Físico.
G02821 κλησις klesis
de uma forma reduzida de 2564; TDNT -

Vocação ministerial
3:491,394; n f
1) chamado, chamado a
2) convocação, convite
2a) para uma festa
2Ts 1:11 2b) do convite divino para abraçar a
salvação de Deus
Pelo que também rogamos
sempre por vós, para que o
nosso Deus vos faça dignos da
sua vocação, e cumpra com
poder todo desejo de bondade e
toda obra de fé.
Dois Pré-Requisitos
Nascido de novo
X
Chamada de Deus
bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv
Princípios que regem a pregação e o pregador
Proposito Desafia o ouvinte a:
Básico
Evangelísti ... Assumir o compromisso a entregar a vida
co a Jesus;
Devocional
Missionári ... Vivenciar maior aproximação com o
o Senhor;
Objetividade Ético ... Consagra-se cada vez mais ao Senhor e à
Pastoral
Doutrinári sua Causa;
o ... Relacionar-se com o próximo, movido por
amor;
... Confiar no conforto que só em Jesus é
encontrado;
... Conhecer e viver as doutrinas da palavra
de Deus.
A pregação bíblica tem seu começo em uma ideia
significativa para o pregador. Ela é o ponto de
partida de onde ele desenvolverá seu trabalho.
Samuel Vila diz que, enquanto o pregador não
puder responder para si mesmo sobre o que irá
falar no sermão, não deverá prosseguir no seu
preparo. (Samuel VILA. Manual de Homilética.
Barcelona: CLIE, 1982, p.13.)
Transmissão da palavra
O pregador recebe a
mensagem de Deus e a
transmite ao homem.
Portanto, ele não pode, nem
deve omitir-se de entregar a
palavra de Deus ao povo.
Seus alvo e o povo, sua
mensagem é para o povo.
Alguns cuidados
1. Ter ciência que a pregação visa o
engrandecimento de Deus, não a do pregador:
exibicionismo, envaidecimento e orgulho;
2. A pregação tem por base primária, a Palavra de
Deus;
3. Falsas promessas: base textual, facilidades,
finalização, milagres e síntese;
4. Medir as palavras: aparente modéstia,
contrassenso e descortesia
5. Ruídos linguístico: vocabulário, termos técnicos,
Há um grande abismo entre o texto e
a realidade do momento: a verdade
que o pregador tem a comunicar e as
pessoas que estão no templo para
cultuar o Senhor e ouvir a sua voz.
Essa realidade faz do pregador, com a
sua mensagem, o responsável em unir
dois mundos, encurtando a distância
entre o púlpito e o ouvinte.

MORAIS, Homilética: do Púlpito ao ouvinte. P.19


Experiência
A mensagem pregada, antes de tudo deve
ser entendida e experimentada na vida do
pregador. Nunca poderá ele convencer o
povo com um mensagem da qual ele
mesmo não experimentou a sua eficácia.
Alimenta ao povo daquilo que já foi
alimentado. (IITm2:6)
Principais cultivos na vida do pregador
1. Cultivo da personalidade:
Moldada pela Palavra de
Deus;
2. Cultivo físico: Cuidados com a
saúde do pregador;
A) Alimentação adequada:
Alimentação saudável,
hidratação da garganta, evitar
coisas geladas;
B) Exercícios físicos;
C) Descanso suficiente.
Principais cultivos na vida do pregador
3. Cultivo Intelectual
A) Leitura diária da Bíblia:
Compromisso com a Palavra;
B) Ler tudo aquilo que contribui para
o acervo homilético: Mantendo-se
atualizado;
C) Buscar qualificação, teológica e
secular, busque conhecimento, ser
um pesquisador ferrenho.
D) Ouvir os outros: Desenvolver a
arte de ouvir;
E) Frequentar o culto de doutrina e a
Principais cultivos na vida do pregador

4. Cultivo Espiritual
A)Oração: Momento
devocional: Buscando o
Poder na Oração
B) Consagração:
Autodisciplina;
C)Leitura da Bíblia
devocionalmente;
A base do sermão
O TEXTO BÍBLICO DO
SERMÃO
O texto é o tecido que dá roupa à pregação, ou seja, a textura
que dá base ao sermão. Na pregação, o texto refere-se a porção
das Escrituras, com base na qual o sermão será desenvolvido,
isto é, será o tecido. Pode ser um versículo, mais de um, apenas
parte dele. Jilton Moraes disse: “Pregação é a comunicação da
Palavra de Deus, com aplicação para o presente e desafios para
o futuro. Sem interpretação da Palavra de Deus, sem aplicação e
sem desafios.” não há pregação.

MORAIS, Homilética: da pesquisa ao Púlpito. P.39


“Somos chamados por Deus para anunciar as Boas
Novas: simples porta-vozes. Somos mensageiros do
Senhor para desafiar os ouvintes a se reconciliarem
com Ele. A leitura e explanação do texto bíblico
comprovam que a palavra não é do pregador; o
pregador procura simplesmente estabelecer uma ponte
entre o mundo bíblico e o mundo dos ouvintes, de tal
modo que a mensagem, uma vez contextualizada, lhes
seja relevante.”
 

MORAIS, Homilética: da pesquisa ao Púlpito. P.44


PROCESSO DE ELABORAÇÃO DA MENSAGEM.

2. ORAÇÃO 5. TÍTULO

1. TEXTO BÍBLICO IDEIA 3. LEITURA 6. TEMA

4. MEDITAÇÃO 7. MENSAGEM:
(sermão)

3. ORAÇÃO
A escolha do texto bíblico
1. Escolha um texto que expressem um pensamento completo,
preferencialmente;
2. Escolha textos claros para vocês, bem como para os ouvintes;
3. Evite textos obscuros, principalmente quando se trata do texto base do
sermão;
4. Escolha textos objetivos, aqueles que respondam às necessidades dos
ouvintes;
5. Escolha textos dos quais não haja dificuldades hermenêuticas;
6. Escolha textos sobre os quais não haja dúvidas;
7. Escolha texto dentro dos limites de sua capacidade para explaná-los;
1. Orar pedindo que a Palavra do Senhor nos fale com profundidade para que,
compreendendo-a de forma correta, possamos explaná-la aos ouvintes;
2. Ler o texto, o máximo de vezes possível, todas as traduções ao alcance. Anotar
os vocábulos e expressões que mais se destacam, comparando-os com as
traduções lidas;
3. 4. Meditar profundamente no texto, anotando as verdades e desafios que mais
se destacam;
NESCESSÁRIOS

4. Considerar o gênero do texto em estudo: salmo, narrativa, milagre, parábola,


epístola, poesia, literal, figura de linguagem, etc;
DEZ PASSOS

5. Procurar descobrir a razão de ser do texto: Por que esse texto foi escrito? Com
que finalidade foi preservado?
6. Buscar os detalhes geográficos relacionados com o texto:
7. Onde estava o autor quando o escreveu?
8. Quais as características do lugar àquela época?
9. De que modo esses detalhes influenciaram o texto?
10. Elaborar a idéia central do texto, destacando a verdade básica do texto.
A interpretação dos textos bíblicos
1. INTERPRETAR FIEL E CORRETAMENTE O
TEXTO;
A. Determinar o Gênero: cartas, poesia,
histórias (prosa), profecias e etc;
B. Determinar o nível de linguagem empregado
no texto: figurado ou literal;
C. Procurar esclarecer os termos chaves:
Consultar as línguas originais
D. Determinar o sentido contextual dessas
palavras;
E. Recorrer às varias versões bíblicas.
NVI NTLH RA
Senhor, quem habitará Salmo de Davi. Ó SENHOR Quem, Senhor,
no teu santuário? Deus, quem tem o direito habitará na tua
Quem poderá morar de morar no teu Templo? tenda? quem morará
no teu santo monte? Quem pode viver no teu no teu santo monte?
Aquele que é íntegro monte santo? Aquele que anda
em sua conduta e Só tem esse direito aquele que irrepreensivelmente
pratica o que é justo, vive uma vida correta, que faz o e pratica a justiça, e
que de coração fala a que é certo e que é sincero e do coração fala a
verdadeiro no que diz. verdade;
verdade
e não usa a língua para Ele não fala mal dos outros, não aquele a cujos olhos o
difamar, que nenhum mal prejudica os seus amigos e não réprobo é desprezado,
faz ao seu semelhante e espalha boatos a respeito dos mas que honra os que
não lança calúnia contra o seus vizinhos. temem ao Senhor;
seu próximo, Ele despreza aqueles que o aquele que, embora
que rejeita quem merece SENHOR rejeita, mas trata com jure com dano seu,
desprezo, mas honra os respeito os que o temem. Ele não muda;
que temem ao Senhor, cumpre o que promete, mesmo
que mantém a sua com prejuízo próprio,
palavra, mesmo quando
sai prejudicado,
que não empresta o seu empresta sem cobrar que não empresta o
dinheiro a juros, nem juros e não aceita seu dinheiro a juros,
recebe peitas contra o suborno para ser nem recebe peitas
inocente. Aquele que testemunha contra contra o inocente.
assim procede nunca pessoas inocentes. Aquele que assim
será abalado. Aquele que age assim procede nunca será
estará sempre seguro. abalado.
2. Recorrer ao contexto;
3. Explicar a Escritura pela Escritura.

MÉTODO INDUTIVO
Três fases: Observação, interpretação e aplicação.

1ª fase: 2ª fase: 3ª fase


Que? Por que? Nesta fase, o resultado da
Como? O que significa? observação e da interpretação é
Quando? Para que? direcionado ao ouvinte, na
Onde? O que quer dizer? expectativa de uma resposta ao
Aonde? Qual o sentido? texto e à sua mensagem.
Quanto?
(João 4.1-42)
Interpretação:
Observação: (v. 4) Por que o texto afirma que "era necessário" que Jesus
(vv. 1-3) Quando Jesus deixou a Judéia e foi
passasse por Samaria?
para a Galiléia?
(v. 7) "Dá-me de beber" Esse pedido de Cristo é apenas para
(v. 3) Qual o trajeto compreendido entre a Judéia
matar a sede ou tem outro objetivo? Qual seria?
e a Galiléia? (veja o mapa)
(v. 10) Qual sentido de "água viva"?
(v. 6a) O que era a "fonte de Jacó"?
(vv. 20-24) Jesus desvia o assunto da conversa para voltar ao
(v. 6b) O que era a "hora sexta"?
que pretendia com a mulher: a questão não é "onde adorar",
(v. 9) Qual a origem do conflito entre judeus e
mas "como adorar".
samaritanos?
(v. 27) Ao conversar com a mulher samaritana, Jesus quebra
(v. 20) A que monte se referia a mulher?
alguns tabus de seu tempo. Por quê?
(v. 20) Quais as diferenças entre judeus e
a) porque era um homem falando com uma mulher (tabu
samaritanos?
sexual).
(v. 27) Qual a razão do espanto dos discípulos
b) porque era judeu falando com samaritana (tabu racial).
ao ver Jesus conversando com a mulher samaritana?
c) porque era Rabi falando com uma pecadora (tabu
religioso).
(v. 13-14 e v. 31-38) O que pretendia Jesus ao alegorizar
temas, tais como a água, a comida ou a ceifa?
 
Aplicação:
 Como se manifesta a "sede" do mundo moderno que pode ser resolvida através da "água
viva"?
Como temos adorado ao Senhor?
A que nos impele o desafio de erguer os olhos para observar os campos brancos para a
colheita?
A atitude de amor e misericórdia de Jesus, ao se aproximar de uma pessoa discriminada no
seu tempo, serve como paradigma para a evangelização sem preconceito e julgamento. Que
barreiras temos dentro de nós e de nossas instituições para realizar a obra?
O encontro com Cristo (v.29) impele a pessoa para o testemunho oral, mas muito mais que
palavras, Deus espera que falemos através de nossas vidas (v.42) e de um encontro pessoal
com Jesus.
 

  MORAIS, Homilética: da pesquisa ao Púlpito. P.56


A interpretação do texto
REGRA FUNDAMENTAL: A Escritura explicada pela Escritura, ou
seja: a Bíblia, sua própria intérprete.

PRIMEIRA REGRA: É preciso, o quanto seja possível, tomar as


palavras em seu sentido usual e comum.

SEGUNDA REGRA: É de todo necessário tomar as palavras no


sentido que indica o conjunto da frase.
TERCEIRA REGRA: É necessário tomar as palavras no sentido
indicado no contexto, a saber, os versículos que precedem e seguem
ao texto que se estuda.

QUARTA REGRA: É preciso tomar em consideração o objetivo ou


desígnio do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou
expressões obscuras.

QUINTA REGRA: É necessário consultar as passagens paralelas,


"explicando cousas espirituais pelas espirituais" (1 Cor. 2:13, original).

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