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UNIVERSIDADE FEFERAL DE

VIÇOSA

Métodos, planejamento e
monitoramento de Programas de
Extensão Rural
Disciplina: Sociologia, Extensão e Desenvolvimento Rural
Professora: Gabriela Calvi Zeidan
Projetos de Extensão
e Protagonismo Local
A Extensão Rural trata da difusão, propagação
do conhecimento por meios e métodos, por meio
do contato direto com os agricultores, em seus
lares e comunidades. O conhecimento neste
caso é o resultado obtido pelo estudo e
pesquisa. Então extensão é um processo
educativo, informal de caráter continuado
(PEIXOTO, 2014).
0 Conhecimento
Público, recursos e objetivos

ESCOLH
A DO 1
0 Planejamento
Comunicação, tempo, recursos, insumos, metas.

MÉTOD
O 2
0 Avaliação
Objetivos e alcances de metas. Tomadas de decisões
Método diagnóstico
Apresentação, integração e conhecimento
do público, seus problemas, diagnóstico da

Métodos comunidade e restituição dos dados


levantados

Participativos Métodos de intervenção


• Elaboração de propostas participativa

em Extensão junto com os diferentes grupos de


interesse;
• Implantação das proposta

Rural • Teste de propostas tecnológicas para


solução de problemas identificados,
Métodos de avaliação
Avaliação participativa das ações
efetuadas
É um processo que busca compreender as realidades ambiental,
econômica, social e cultural dos agricultores (WEID, 2001).

Método de
Diagnóstico Esta metodologia prioriza a participação como forma de ampliar
a capacidade dos agricultores em dominar todas as etapas do
processo de desenvolvimento, necessárias à compreensão de sua
realidade imediata.
DIAGNÓSTICO RÁPIDO E
PA R T I C I PAT I V O D E
A G R O E C O S S I S T E M A S - D R PA Parte-se do princípio que não é necessário conhecer
profundamente a realidade da comunidade de uma única vez,
porém, se vai fazendo aproximações sucessivas a partir de
diagnósticos específicos mais aprofundados ao longo do tempo.
Métodos de diagnóstico
DIAGNÓSTICO RÁPIDO E PA R T I C I PAT I V O DE
A G R O E C O S S I S T E M A S - D R PA

01 02 03 04

DIAGRAMAS M A PA S E C R O Q U I S CALENDÁRIOS DIAGRAMA DE


VENN

Apresentações gráficas que Facilitam a participalçao da São diagramas que ilustram


facilitam e simplificam a comunidade e criam bancos de tendências e comportamentos Utilizado para a análise da atuação
visualização as informações dados que podem ser checadas, sazonais como: variação de preços, das instituições em uma
Ideais para: criando sequências temporais de produção, colheita, safras e comunidade ou do relacionamento
• Dinâmica dos sistemas de diferentes assuntos. entressafras, eventos... desta com as instituições.
produção, Facilita a ter uma visão de conjunto
• Levantamento de informações sobre sua realidade, identificando
qualitativas situações e problemas que não são
• Investigar relações causais. percebidos espontaneamente.

AUGUST 2020 THESIS DEFENSE


Diagrama de Venn

Extensionistas

Comunidade

Projetos

FInanciamento

Compreensão

Capacitação

Monitoramento
Métodos de diagnóstico
DIAGNÓSTICO RÁPIDO E PA R T I C I PAT I V O DE
A G R O E C O S S I S T E M A S - D R PA

05 06 07 08

RANKING: Á RV O R E D E E N T R E V I S TA S C O M DIAGNÓSTICO DOS


PROBLEMAS E INFORMANTES RECURSOS
CAUSAS: C H AV E : N AT U R A I S :
Útil na elaboração das listas de
problemas a serem priorizados e na Permite identificar a maneira pela qual o
avaliação de opções tecnológicas a Identifica as possíveis soluções para Informantes chave são pessoas que agricultor gerencia o seu recurso natural
serem propostas. um determinado problema. É possuem bom conhecimento da e as práticas de manejo de solos para
importante que as causas sejam área de trabalho e podem servir compreender porque ele assim o faz.
identificadas com base em evidências como referência importante para o Analisar estas informações possibilita
reais, para se evitar discussões diagnóstico. Em geral são as identificar os fatores restritivos aos
puramente acadêmicas. É através desta lideranças comunitárias formais, os agroecossistemas e orientar a busca de
técnica que as questões levantadas são técnicos ou as autoridades. alternativas para sua otimização.
articuladas na relação causa/ efeito,
permitindo chegar ao problema
primordial.
Métodos de diagnóstico
DIAGNÓSTICO RÁPIDO E PA R T I C I PAT I V O DE
A G R O E C O S S I S T E M A S - D R PA

09

L E VA N T A M E N T O
DO USO DO SOLO:

Objetiva analisar os diferentes


sistemas de exploração
agropecuária (floresta, pastagem,
lavouras, etc.), bem como a
distribuição espacial dessas áreas;
Identificados os principais problemas da
comunidade, criados os grupos de interesse,
buscam-se tecnologias com potencial de
solucionar estes entraves ao
desenvolvimento local, priorizados pela

Métodos de comunidade.

Comunidades com maior nível de organização


Intervenção e maior participação individual nas
instâncias associativas poderão ter um alto
grau de protagonismo na identificação, seleção
Experimentação e avaliação das soluções tecnológicas
participativa
Comunidades pouco organizadas terão
maior dificuldade em definir seus
Biology 1

objetivos. Busca de uma tecnologia de


fácil implantação, baixo custo e com forte
impacto na solução dos problemas
identificados
Classificação segundo a participação

C O N T R AT U A L C O L A B O R AT I VA COLEGIADA

Neste caso, a participação do Neste processo, o agricultor é Exige comunidades com um bom nível de
produtor na comunidade é mínima, selecionado pelo extensionista ou organização e clareza de suas necessidades e
na maioria das vezes apenas pesquisador, com colaboração da objetivos. Os agricultores experimentadores
cedendo a área para o experimento. comunidade. O estudo é decidido são selecionados pela própria comunidade,
É o pesquisador quem seleciona o pelo pesquisador com participação sendo que o tema de estudo, o problema, as
agricultor parceiro, que formula o do agricultor ou da comunidade. hipóteses e o delineamento são definidos em
problema, a hipótese e o Neste caso, o pesquisador maneja as conjunto pelos pesquisadores,
delineamento experimental, sendo variáveis experimentais e o extensionistas, agricultores e comunidade.
ele que instala, acompanha o agricultor as não experimentais. A Os experimentos são manejados e avaliados
experimento, coleta e analisa os avaliação é conjunta: pesquisador, em conjunto pelos pesquisadores e pelo
dados. Muitas vezes nem se agricultor e comunidade, cada um agricultor experimentador e acompanhados
preocupa em dar o retorno dos usando seus próprios critérios pela comunidade.
resultados ao agricultor ou à
comunidade.
Classificação segundo a participação

C O N S U L T I VA

Exige comunidades rurais com alto grau de organização, e com capacidade de definir
a sua própria agenda de pesquisa. A demanda e a pauta de pesquisa é definida pela
comunidade com apoio de extensionistas e pesquisadores. A comunidade também
seleciona os agricultores pesquisadores, e com a consultoria de pesquisadores e
extensionistas, define problema, hipótese, delineamentos experimentais e sistema de
avaliação dos resultados. Os experimentos são manejados pelos agricultores
experimentadores selecionados e avaliados pela comunidade de agricultores.
Caso Prático

Caracterização físico-química e biológica para


implantação de cultivos da ostra-do-mangue
(Crassostrea rhizophorae) no município de
Canavieiras-BA

Um projeto em parceria com a Reserva Extrativista


de Canavieiras (RESEX-Canavieiras)
Escolha dos métodos utilizados

ESCOLHA DOS
POPULAÇÃO MÉTODOS
01 03 05
Famílias pertencentes a Associação Conforme as etapas
Máe dos Extrativistas de execução

OBJETIVO PLANEJAMENTO EXECUÇÃO


Realizar as etapas de análises Comunicação, recursos,
físico-químicas e biológicas para 02 insumos e tecnologias 04 Aplicação dos
métodos in loco
implantação de cultivos de ostra-
do -mangue
• BRASIL. Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010. Institui a política nacional de assistência técnica e extensão rural para a agricultura familiar e
reforma agrária - PNATER e o programa nacional de assistência técnica e extensão rural na agricultura familiar e na reforma agrária -
PRONATER, altera a Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Brasília, DF, 11 jan. 2010a. Disponível em: . Acesso em: 16 ago. 2021.
• BROSLER, Taísa Marotta; OLIVEIRA, Elizangela Rodrigues Lopes de; BERGAMASCO, SMP. Métodos na nova extensão rural no Brasil: caminho para a participação, de quem. Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural, v. 25, 2009.

• FREIRE, P. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

• LAKATOS, Eva M., MARCONI, Marina A. Fundamentos de metodologia científica. 3. ed.. São Paulo: Atlas, 1991. 270p.

• Lopes, Batistella Edna. Manual de metodologia (T&V). Instituto Paranaense de assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER PANARÁ), 2016.

• PEIXOTO, Marcus. Mudanças e desafios da extensão rural no Brasil e no mundo. O mundo rural no Brasil do século, v. 21, p. 891-924, 2014.

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