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Séc. XVI
ANTROPOCENTRISMO
CIENTIFICISMO (RAZÃO)
RENASCIMENTO CLASSICISMO
(Cinquecento)
Séc. XVI
GRANDES NAVEGAÇÕES (MERCANTILISMO)
ABSOLUTISMO MONÁRQUICO
RENASCIMENTO CLASSICISMO
(Cinquecento)
Séc. XVI
RENASCIMENTO CLASSICISMO
(Cinquecento)
Séc. XVI O Classicismo foi um movimento
artístico-literário DENTRO do
Renascimento.
NEOPLATONISMO
RACIONALISMO
CLASSICISMO UNIVERSALISMO
• Dessa forma, para uma obra ser considerada ARTE, ela deve seguir regras e
modelos pré-estabelecidos. Assim, os poetas do Classicismo imitam os autores da
Grécia e Roma antigas (Homero, Virgílio, Horácio, Ovídio), como se eles fossem
autoridades absolutas. Isso se chama mímese.
PAGANISMO E MITOLOGIA
Vênus
As três Graças: Clóris se Zéfiro raptando a
Mercúrio Claridade, Alegria e a transforma ninfa Clóris
Beleza em Flora
A deusa Vênus está nua e serena, sem
pudor de seu corpo. O corpo humano é
valorizado no Classicismo. Os prazeres
sensuais também.
Razão
Harmonia
Proporção
Perfeição formal
Perspectiva
A cabeça e braços de
Davi foram esculpidos
maiores do que o
normal para que o
público, vendo de baixo,
tivesse a impressão de
proporcionalidade.
reparem na preocupação
do artista em reproduzir
as veias e músculos com
perfeição.
Estudo de anatomia
humana
Serenidade clássica: equilíbrio de emoções,
emoções contidas. Veja a face serena da Virgem
que acabou de perder seu filho.
PAGANISMO E MITOLOGIA
Os deuses pagãos são vistos apenas como arquétipos de perfeição formal e artística,
exemplos de homens superiores, esteticamente perfeitos.
SÁ DE MIRANDA
• Poeta português, passou anos na Itália e teve contato com o Doce Estilo Novo de Francisco Petrarca
(poeta humanista italiano que consagrou o Soneto).
• Quando retorna a Portugal, Sá de Miranda passa a divulgar o novo estilo e introduzir as formas clássicas
que aprendeu (Soneto, Ode, Elegia, Oitava Rima...).
FORMAS NOVAS:
SONETO, ODE, ELEGIA, ÉCLOGA, IDÍLIO
OITAVAS, TERCETOS
LUIS VAZ DE CAMÕ ES
(1525 ? – 1580)
LUIS VAZ DE CAMÕ ES
(1525 ? – 1580)
1. OBRA ÉPICA
2. OBRA LÍRICA
CAMÕES ÉPICO:
OS LUSÍADAS, 1572.
OS LUSÍADAS, 1572.
O tema da epopeia é a viagem feita por Vasco da Gama para as Índias (1497 – 1498), viagem
que estabeleceu uma das rotas marítimas mais importantes do mundo. Tema histórico e
mítico.
O herói do poema é Vasco da Gama, mas este representa, na verdade, todo o povo português
e suas conquistas. Assim, pode-se dizer que o protagonista real é o povo português.
ESTRUTURA TEMÁTICA
• Narração (Canto I, estrofe 19 até o Canto X, estrofe 144) - a Viagem de Vasco da Gama (in
media res) + episódios da História de Portugal + Intervenção dos Deuses.
• Epílogo (Canto X, estrofes 145 a 156) - lamento do poeta, que já não vê muitas glórias no
futuro de seu povo. Momento lírico, tom melancólico.
OS LUSÍADAS
OITAVAS
ESTROFES Oito versos com esquema fixo de rimas
AB AB AB CC
DECASSÍLABOS
MÉTRICA
(MEDIDA NOVA)
Os Lusíadas: CANTO I, Estrofe 3
1. EXTERNO (CAMÕES) - Narra parte da viagem de Vasco da Gama e os episódios míticos como
um narrador em 3a pessoa. Além disso, o poeta faz intervenções líricas e críticas na história
(comentários e reflexões).
2. INTERNO (VASCO DA GAMA) - o próprio personagem narra a História de Portugal e uma parte
de sua própria viagem marítima ao rei de Melinde.
3. INTERNO (DEUSA TÉTIS) - Narração, em forma de profecias, dos acontecimentos que irão
ocorrer após a viagem (o futuro de Portugal) até a data da publicação do livro = colônias,
riquezas, perdas, descoberta do Brasil.
EPISÓDIO DO VELHO DO RESTELO
• A frota de Vasco da Gama se prepara para deixar as terras portuguesas rumo ao desconhecido.
Na praia do Restelo, no meio das pessoas que se despedem dos aventureiros e das mulheres
que choram a partida de seus amados, ergue-se um velho de tez veneranda. Ele passa a tecer
críticas vorazes contra a empreitada.
• Que vaidade é esta que leva Portugal a procurar perigos em alto mar e em terras distantes? A
procura da fama leva à morte e pode também trazer desastres para o reino. Muitos homens
morriam na viagem, deixando mães, filhos e esposas desamparados. Além disso, as navegações
custavam caro, e era o povo quem pagava. O preço vale a pena?
• O QUE REPRESENTA: representa a voz da nobreza rural, conservadora, ainda arraigada aos
valores feudais que permanecem. Era contrária às navegações. Representa também a voz do
povo humilde.
EPISÓDIO DO VELHO DO RESTELO (Canto I)
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• O episódio contado ocorreu no século XIV (1355) - e já tinha sido abordado por Fernão Lopes
e Garcia de Resende antes de Camões.
• Dom Pedro, Príncipe de Portugal, filho do Rei Afonso IV, era casado com D. Constança, mas se
apaixonara por Inês de Castro, dama de companhia de D. Constança que era próxima da nobreza
castelhana (Castela era inimiga de Portugal). Pedro torna-se amante de Inês.
• Com a morte de D. Constança, Inês foi morar em Coimbra às margens do Rio Mondego e D.
Pedro, futuro rei de Portugal, viúvo, queria selar seu amor com Inês fazendo dela sua rainha.
• O Rei Afonso IV teme pela sucessão do trono de seu neto, filho de D. Constança, e os nobres
temem uma influência castelhana no país caso D. Pedro se casasse com Inês. Assim, o rei tenta
conduzir D. Pedro a um casamento que obedecesse não aos caprichos de cupido, mas às
conveniências políticas de Portugal.Mas D. Pedro é irredutível. Assim, vendo como única saída,
o rei manda trazer Inês para que fosse executada.
EPISÓDIO DE INÊS DE CASTRO
• Reza a tradição que D. Pedro, inconformado com a morte da amada, manda desenterrar o
corpo de Inês e o transfere para o mosteiro de Alcobaça em 1361. Ali, faz com que Inês seja
coroada raínha depois de morta, obrigando os nobres a beijarem a mão do cadáver. Isso ocorre
depois de D. Pedro virar rei, portanto, seis anos após o assassinato.
• Ao subir ao trono, D. Pedro consegue que outro Pedro, o Cruel, rei de Castela, lhe entregasse os
algozes de Inês, que para lá fugiram, pois os dois monarcas tinham um pacto de devolver um ao
outro os respectivos inimigos.
• É o episódio mais lírico de Os Lusíadas, onde Camões aborda o acontecimento de forma muito
sentimental e reflexiva, fazendo o narrador interno (Vasco da Gama) dirigir-se à própria Inês e ao
deus Amor (Eros ou Cupido), como se dialogasse com eles. O tom é carregado de emoção.
• Aqui observa-se o tema da morte trágica por amor - um tema lírico dentro de uma poesia épica
(os gêneros literários se misturam).
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Passada esta tão próspera vitória, Tu, só tu, puro amor, com força crua,
Tornado Afonso à Lusitana Terra, Que os corações humanos tanto obriga,
A se lograr da paz com tanta glória Deste causa à molesta morte sua,
Quanta soube ganhar na dura guerra, Como se fora pérfida inimiga.
O caso triste e dino da memória, Se dizem, fero Amor, que a sede tua
Que do sepulcro os homens desenterra, Nem com lágrimas tristes se mitiga,
Aconteceu da mísera e mesquinha É porque queres, áspero e tirano,
Que depois de ser morta foi Rainha. Tuas aras banhar em sangue humano.
EPISÓDIO DE INÊS DE CASTRO (Canto III)
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• Os navios de Vasco da Gama utrapassam o Cabo das Tormentas (África), limite do mundo
conhecido, nunca antes navegado. Irado, o Cabo desperta e se levanta na forma de um gigante
chamado Adamastor, que passa a profetizar sofrimentos futuros, consequência de terem
dominado os mares. Diz que o cabo será inimigo dos portugueses e que muitos morrerão ali.
• Obs.: O Cabo das Tormentas não foi ultrapassado pela primeira vez por Vasco da Gama (1499),
como conta Camões. Dez anos antes de Vasco da Gama, o Cabo havia sido dobrado por
Bartolomeu Dias (1488).
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E disse: “Ó gente ousada, mais que quantas Pois vens ver os segredos escondidos
No mundo cometeram grandes cousas, Da natureza e do úmido elemento,
Tu, que por guerras cruas, tais e tantas, A nenhum grande humano concedidos
E por trabalhos vãos nunca repousas, De nobre ou de imortal merecimento,
Pois os vedados términos quebrantas Ouve os danos de mi que apercebidos
E navegar nos longos mares ousas, Estão a teu sobejo atrevimento,
Que eu tanto tempo há já que guardo e tenho, Por todo largo mar e pola terra
Nunca arados d’estranho ou próprio lenho. Que inda hás de sojugar com dura guerra.
CARACTERÍSTICAS DE “OS LUSÍADAS”:
(CONCLUSÃO)
• Tom épico (feitos, conquistas bélicas) + tom lírico (amor trágico de Inês de Castro);
• Objetividade + subjetividade;
CAMÕES LÍRICO
RIMAS (1595)
CONTEXTO
INFLUÊNCIAS:
• Sua obra lírica divide-se em duas: poemas (em sua maioria sonetos) elaborados em Medida
Nova e Medida Velha. Camões transita entre as duas modalidades. A poesia medieval não deixa
de existir.
MEDIDA VELHA - redondilha maior (7 sílabas métricas) e redondilha menor (5 sílabas métricas).
MEDIDA NOVA - versos decassílabos (10 sílabas poéticas), chamados versos heróicos.
TEMAS CLÁSSICOS
Renascimento
TEMAS MANEIRISTAS
Contra-Reforma (1545)
1. NEOPLATONISMO
O poeta deseja alcançar o Eterno, o Belo e a Verdade (presentes no Mundo das Idéias),
mas aqui no mundo terreno só existem as “reminiscências”, reflexos fugazes, cópias
imperfeitas;
Poeta almeija o amor da alma (puro, sublime, racional, platônico), mas também deseja o
amor do corpo (carnal, material, imperfeito, intenso).
Nos poemas maneiristas irão conviver elementos da estética clássica (mitologia, estrutura
e temas renascentistas) e da estética maneirista (conflitos, paradoxos, antíteses).
CONCEPÇÃO DA ARTE CLÁSSICA