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Planejamento-mestre da Produção

Planejamento e Controle da Produção


Teoria e Prática

Capítulo 4
Prof. Dalvio Ferrari Tubino, Dr.
tubino@deps.ufsc.br
www.deps.ufsc.br/lssp
Fluxo de Informações e PCP
Marketing Planejamento Estratégico da
Produção
Previsão de Plano de
Vendas Produção
Pedidos em

Acompanhamento e Controle da Produção


Carteira
Planejamento-mestre da Avaliação de Desempenho
Produção
Plano-mestre
Engenharia de Produção
Estrutura do
Produto
Roteiro de Programação da Produção
Fabricação Administração dos Estoques
Seqüenciamento
Emissão e Liberação

Compras Ordens de Ordens de Ordens de


Compras Fabricação Montagem
Pedidos de
Compras

Fornecedores Estoques Fabricação e Montagem

Clientes

2 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Planejamento-mestre da Produção

Longo Prazo Plano de Produção

Planejamento-mestre da Produção

PMP Inicial

Não
Médio Prazo Viável
?
Sim
PMP Final

Programação da
Curto Prazo
Produção
3 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática
Planejamento-mestre da Produção
 O PMP diferencia-se do plano de produção sob
dois aspectos
 o nível de agregação dos produtos: famílias x itens
acabados
 a unidade de tempo analisada: meses x semanas

 Reuniões para definição da tática a ser


empregada nas próximas semanas são realizadas
periodicamente
 Ao final de sua elaboração, o PMP representará os
anseios das diversas áreas da empresa não só quanto
à programação da produção da semana que entra,
como também quanto ao planejamento tático de médio
prazo para as próximas semanas

4 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Funções do PMP
Quantidade de Vendas

Previsão da Demanda

Pedidos em Carteira

1 2 3 4 5 6 7 8 9 Tempo

Planejamento-mestre da Produção

Programação Análise e Validação da


da Produção Capacidade

5 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Funções do PMP
 A determinação dos intervalos de tempo que irão compor o
planejamento-mestre está associada à velocidade de
fabricação dos itens incluídos no plano-mestre e a
possibilidade prática de alterar tal plano.
 Normalmente, trabalha-se com intervalos de semanas.
Processos que tenham lead times muito altos se
empregam intervalos de meses e até trimestres

 Porque não se emprega o lead time real como o lead time de


programação na montagem do plano?
 Um sistema produtivo para trabalhar de forma organizada
necessita de um período de programação “congelado”, ou
seja, todos dentro do sistema estarão nesse período
trabalhando para atender a um plano comum, e caso esse
plano se altere a cada hora, muito provavelmente não se
conseguirá sincronizar os diferentes processos

6 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Funções do PMP e ME
 Como tornar mais eficaz (ME) a dinâmica de
passagem do planejamento de capacidade para o
de congelamento do período de curto prazo
 Melhorar o relacionamento com os clientes
desenvolvendo políticas de parcerias de longo prazo
que garantam maior visão da demanda futura para
planejamento da capacidade, bem como certeza na
demanda atual para programação da parte congelada
do PMP

 Implantar técnicas de chão de fábrica que aumentem a


flexibilidade do sistema produtivo na produção de
pequenos lotes, incrementando a rapidez de resposta
ao mercado

7 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Nivelamento do PMP a Demanda
Plano-mestre da Produção

2.000 A 3.000 B 5.000 C

o prazo associado à manufatura enxuta,


Lotes Únicos Variáveis

C B C A C B C A C B

nto do plano-mestre a demanda


Lotes Padrões de 1.000 itens

ível explorar um conceito de


Horizonte de Programação do PMP

8 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Nivelamento do PMP a Demanda
 A grande limitação para esse tipo de programação
nivelada do PMP é obvia
 onde se tinham três paradas para preparação de linha, agora se
terão 10 preparações, uma para cada um dos 10 lotes padrões de
1.000 itens

 Uma vez superada esta limitação com a implantação das


técnicas da ME voltadas para o aumento de flexibilidade e
da produção em fluxo (polivalência, ajuda mútua, layout
em serpentina, TRF, autonomação, etc.), pelo menos
quatro grandes ganhos podem ser listado
 Entregas JIT para os clientes (internos ou externos)
 Redução dos níveis de estoque
 Lotes padrões de produção
 Potencial de uso do sistema puxado no abastecimento da linha

9 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Funções do PMP e ME
Quantidade de Vendas

Previsão da Demanda

Pedidos em Carteira

1 2 3 4 5 6 7 8 9 Tempo

Planejamento-mestre da Produção

Programação Análise e Validação da Capacidade


da Produção
Nivelada Tempo de Ciclo = Tempo Disponível/Demanda

Número de Kanbans = (Demanda/Lote Kanban) x Ciclo

10 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Ciclo Virtuoso do Nivelamento do PMP

Super Mercados
Programação
Puxada

Redução dos Redução dos


Lead Times Lotes na
Flexibilidade Programação

Nivelamento do
PMP a
Demanda de
Curto Prazo

11 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Plano de Vendas e PMP
 Como o PMP tem por objetivo estruturar o sistema
produtivo para atender da forma mais eficaz possível o
plano de vendas (previsão de médio prazo e pedidos em
carteira) para os períodos futuros, sua elaboração se inicia
com a transformação das informações desse plano de
vendas em informações úteis à produção
 Normalmente, Marketing tem sua linguagem própria de
comunicação com o mercado e nem sempre essa é a mesma que
será utilizada no sistema produtivo para se acionar a produção

 Uma das funções do PMP é traduzir essa linguagem de


mercado para a linguagem de produção

 Outro ponto diz respeito à dinâmica de lotes econômicos


de produção, ou ainda, quando se está usando previsões
de vendas de médio prazo para famílias de produtos que
deverão ser “abertas” em produtos acabados específicos
12 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática
Plano de Vendas e PMP

Estoques em mãos
te Padrão de 120 Kg

13 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Montagem do PMP
 Para facilitar o tratamento das informações
e informatizar o sistema de cálculo das
operações referentes à elaboração do PMP
empregam-se tabelas de dados com
informações detalhadas, período a período,
por item que será planejado.
 demanda prevista
 recebimento programado
 estoques em mãos e projetados
 necessidade líquida
 plano-mestre de produção

14 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Montagem do PMP

LT de 1 semana

44 + 0 – 472 = -428 < 30


120 + 360 – 436 = 44 > 30

15 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Montagem do PMP

> 30
PMP = 4 x 120 = 480
NL= 458
16 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática
Análise e Validação da Capacidade
 O objetivo é não prosseguir com um plano que
trará problemas futuros para sua
operacionalização

 A função da análise da capacidade produtiva do


PMP consiste em equacionar os recursos
produtivos da parte variável do plano, de forma
a garantir uma passagem segura para sua parte
fixa e posterior programação da produção
 ajustes de médio prazo na capacidade produtiva, que
não foram incluídos anteriormente, podem ser
necessários

17 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Análise e Validação da Capacidade
 A análise da capacidade de produção para o plano de produção
estratégico considerou a possibilidade de trabalhar variáveis de
longo prazo
 alteração nas instalações físicas, compra de equipamentos, definição dos
turnos de trabalho, admissão e treinamento da mão-de-obra, negociações
de fornecimento externo, etc.
 Já as decisões relativas ao PMP envolvem a negociação com
variáveis de médio prazo
 formação ou uso de estoques amortecedores
 definição de tempos de ciclo para as próximas semanas
 necessidades de horas extras ou de jornadas flexíveis
 remanejamentos de funcionários
 necessidades de espaço na recepção e armazenagem dos itens
 RCCP (Rough Cut Capacity Planning ou planejamento grosseiro
de capacidade) é o responsável por fazer esta análise da
capacidade

18 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Cálculo da Capacidade Produtiva
1. Identificar os recursos a serem incluídos na análise. Como forma de
simplificação pode-se considerar apenas os recursos críticos, ou
gargalos
2. Obter o padrão de consumo, ou taxa de produção no caso de
máquinas, da variável que se pretende analisar (horas-
máquina/unidade, horas-homem/unidade, m3/unidade, etc.) de
cada produto acabado incluído no PMP para cada recurso. Nesse
padrão de consumo já podem estar contidas as taxas de eficiência,
de paradas para manutenção, de setups, etc., ou estes valores
podem vir discriminados em separado para controle
3. Multiplicar o padrão de consumo de cada produto para cada
recurso pela quantidade de produção prevista desse produto no
PMP para o período em que esse recurso será acionado em função
dos lead times de planejamento
4. Consolidar as necessidades de capacidade para cada recurso em
cada período
5. Comparar as disponibilidades dos recursos com as necessidades
de capacidades calculadas em cada período para a tomada de
decisão quanto a viabilidade do PMP
19 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática
Roteiro de Fabricação e Taxas de
Produção da Família de Malhas Colméia

Item Fases Recursos Taxa de Lead Time de


Produção Programação
Malha Acabada Acabamento Rama 0,003 h/kg 1 semana

Tinturaria Jets 3 h/lote

Malha Fixada Fixação Rama 0,002 h/kg

Purga Jets 1 h/lote

Malha Crua Malharia Teares 0,09 h/kg 1 semana

20 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Cálculo das Necessidades de Capacidade
nos Jets para Malha Colméia

Período 13 14 15 16 17 18
PMP Colméia (kg) 720 960 1320 1320 1200 1200

Carga Jets (h) 32 44 44 40 40 -


Lead Time 1
semana Purga 1 h/lote
(960/120) x 4 Tinturaria 3 h/lote

21 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Cálculo das Necessidades de Capacidade
nos Teares para Malha Colméia

Período 13 14 15 16 17 18
PMP Colméia (kg) 720 960 1320 1320 1200 1200

Carga Teares (h) 118,8 118,8 108 108 - -


Lead Time 2
semanas
1320 x 0,09 Malharia 0,09 h/kg

22 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


RCCP dos Jets após o planejamento-
mestre

23 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


96 automóveis diferentes (4 x
Ou ainda 12 x 12 x 4 x 4 = 13
Itens Que Entram no PMP

Automóvel Montado

Direção Hidráulica (10%) Azul (20%) 1.8 Flex (20%)

Direção Hidráulica (30%) Cinza (10%) 1.4 Flex (20%)

Motores
Ar Condicionado
Branco (20%) 1.0 Flex (40%)
Opcionais

Direção Hidráulica (30%)


Cores

Ar Condicionado
Verde (10%) 1.0 (20%)
Air Bag / ABS
Direção Hidráulica (30%) Vermelho (10%)
Ar Condicionado
Air Bag / ABS Preto (30%)
MP3
24 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática
Itens Que Entram no PMP
 Geralmente não se planeja a formação de estoques para
todas as combinações possíveis, haja vista o grande custo
de se carregar estoques dentro do conceito de manufatura
enxuta
 A idéia para reduzir esse crescimento exponencial consiste em se
descer um nível no planejamento-mestre da produção

 Ao invés de elaborar um PMP para cada produto acabado,


se passa a elaborar um PMP para cada opção de
componente, transformando a multiplicação de alternativas
em uma soma de alternativas

 O produto acabado seria controlado por fora, com um


programa de montagem final que representaria as opções
escolhidas pelos clientes

25 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática


Itens Que Entram no PMP

X 14 componentes diferentes (
96 automóveis diferentes (4
ou 13.824

ou 32
Opcionais Cores Motores
Direção Hidráulica = 500 x 1 = 500 Azul = 500 x 0,2 = 100 1.8 Flex = 500 x 0,2 = 100

Ar Condicionado = 500 x 0,9 = 450 Cinza = 500 x 0,1 = 50 1.4 Flex = 500 x 0,2 = 100

Air Bag / ABS = 500 x 0,6 = 300 Branco = 500 x 0,2 = 100 1.0 Flex = 500 x 0,4 = 200

MP3 = 500 x 0,3 = 150 Verde = 500 x 0,1 = 50 1.0 = 500 x 0,2 = 100

manda de 500 automóveis


Vermelho = 500 x 0,1 = 50

Preto = 500 x 0,3 = 150

26 Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática

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