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Aula15 - Perturbadores Endócrinos
Aula15 - Perturbadores Endócrinos
Bisfenol A
Muitos problemas ambientais começaram
a aparecer a partir dos anos 1970-1980:
1 5
2 3
4
Dietilestilbestrol
1’’
HO
2’’
OH
Me
2’
1’ 6
H 5
1 3
4
2
H H
1’’ Estradiol
HO 2’’
Hormônio sexual feminino:
manutenção da fertilidade e das características
sexuais secundárias das mulheres.
Histórico
Um estudo na Dinamarca relata o declínio da qualidade do sêmen de
homens durante aproximadamente 50 anos, entre os anos de 1938 e 1990:
“Carlsen, E.; Giwercman, A.; Keiding, N.; Skakkebaek, N.; British Medical J. 1992, 305,
609.”
Perturbadores Endócrinos
Tais substâncias são mundialmente denominadas
“endocrine disruptors” (EDs) ou ainda “endocrine
disrupting compounds or chemicals” (EDCs). A tradução
para a língua portuguesa tem gerado algumas
denominações diferentes, uma vez que há poucos
grupos de pesquisadores brasileiros trabalhando com
esta temática. Podem ser encontradas as seguintes
denominações: “perturbadores endócrinos”, “disruptivos
ou disruptores endócrinos”, “desreguladores endócrinos”,
“interferentes endócrinos”, “estrogênios ambientais”,
“interferentes hormonais”, dentre outras.
DEFINIÇÕES:
Perturbadores Endócrinos
As substâncias denominadas perturbadores
endócrinos são uma categoria recente de poluentes
ambientais que interferem nas funções do sistema
endócrino. Essas substâncias são encontradas no meio
ambiente em concentrações da ordem de μg L-1 e ng L-1 e
são suspeitas de causarem efeitos adversos à saúde
humana e animal.
DEFINIÇÕES:
Perturbadores Endócrinos
Alguns efeitos citados na literatura, têm sido associados à
exposição de espécies de animais aos desreguladores endócrinos, tais
como:
Dietilestilbestrol
Etinilestradiol
Contraceptivo oral
Bisfenol A
De acordo com a “Environmental Protection Agency”
(EPA), um desregulador endócrino é definido como um
“agente exógeno que interfere com a síntese, secreção,
transporte, ligação, ação ou eliminação de hormônio natural
no corpo que são responsáveis pela manutenção,
reprodução, desenvolvimento e/ou comportamento dos
organismos”.
Estradiol Diidrotestosterona
MECANISMOS DE AÇÃO DOS
INTERFERENTES ENDÓCRINOS
Estradiol
Diidrotestosterona
ESTROGÊNIOS
Os três hormônios sexuais femininos naturais são:
•Estradiol
•Estriol
•Estrona
INSETICIDAS ORGANOCLORADOS
4-nonilfenol
HO
Clx
Cly
Cl O Cl Cl Cl
Cl O Cl Cl O Cl
2,3,7,8 TCDF
2,3,7,8-TCDD Furano
Benzo[a]pireno
Estradiol
Dietilestilbestrol Etinilestradiol
Esteróides Sexuais
Etinilestradiol
Estradiol
contraceptivo oral
Fitoestrogênios
organismo a um receptor de estrogênio, irá produzir uma resposta cerca de 100 a 1000 vezes menor que a
de um estrogênio endógeno. Embora a concentração destas substâncias no corpo humano possa ser até
100 vezes maior que os valores encontrados para os estrogênios endógenos, elas são facilmente
metabolizadas e excretadas pela urina e pela bílis, na forma de glucoronídios e sulfatos conjugados. Por
outro lado, estudos realizados com animais provenientes de regiões agrícolas (monocultura)
demonstraram que alguns fitoestrogênios apresentaram atividade estrogênica com efeitos
deletérios à saúde animal. Algumas ovelhas, após terem sido alimentadas por longo período com
um tipo especial de pasto que continha as isoflavonas genisteina, formonoetina e biochanina A
desenvolveram sintomas de infertilidade.
Fitoestrogênios
– DDT e DDE
– Dieldrin
– Aldrin
– Toxafeno
DDT e DDE = substâncias estrogênicas→ feminização
DDT DDE
- Persistente e bioacumulável
- Baixa pressão de vapor
- Solubilidade bastante reduzida em água
- Solúvel em tecidos adiposos
Toxafeno
Aldrin
PCBs: Bifenilos policlorados
Clx
Cly
7 3
6 4
Clx
O O
Clx Cly
FURANO (similar às dioxinas)
DIOXINAS = dibenzo-p-dioxinas policloradas
PCDD (polychlorinated-p-dibenzodioxins) dibenzofurano PCDF (policlorodibenzofurano)
Família de 75 congêneres 135 congêneres
Estudos com animais mostraram que a TCDD
apresenta um efeito deletério nas funções
reprodutivas, produzindo ambos os efeitos anti-
estrogênico e antiandrogênico. Dioxinas e furanos
também são persistentes no meio ambiente e
podem ser bioacumuladas nos organismos,
causando alterações no sistema endócrino, uma vez
que são substâncias comprovadamente
cancerígenas.
Combustão → Incineração de lixo
Estradiol
plásticos policarbonatos
O bisfenol A é uma substância amplamente utilizada durante
os processos industriais como monômero na produção de polímeros,
policarbonatos, resinas epóxi e resinas de poliésterestireno
insaturadas, e ainda como fungicidas e agentes retardantes de chama.
Outras aplicações incluem seu uso como estabilizante na
produção de plásticos (inclusive embalagens de alimentos), como
revestimento interno nas latas de alumínio usadas em bebidas, como
selante dentário, como antioxidante, dentre outras. Este composto
ocorre no ambiente como resultado do processo de lixiviação dos
produtos finais manufaturados a partir deste, podendo estar presente
nos vários compartimentos: ar, água, solo, sedimento e biota.
Com relação à sua atividade estrogênica, alguns estudos
envolvendo ensaios in vitro mostram que o bisfenol A possui um
potencial de 4 a 6 ordens de magnitude menor que o 17β- estradiol e,
ainda, que pode apresentar atividade anti-androgênica. Pelo fato do
bisfenol A ser bastante empregado nos processos industriais e também
por participar das formulações de produtos de uso doméstico, suas
principais fontes no meio ambiente são os efluentes industriais, os
esgotos domésticos, bem como os lodos provenientes das estações de
tratamento de esgoto (ETE).
Uma resina epóxi ou poliepóxido é
um polímero termofixo que se endurece quando se
mistura com um agente catalisador ou
"endurecedor". As resinas epóxi mais frequentes são
produtos de uma reação
entre epicloridrina e bisfenol-a.
Estudos humanos recentes indicam que a exposição ao BPA em
adultos pode estar associada a:
•aborto espontâneo,
•tempo de gestação anormal,
•redução do peso do recém nascido,
•aumento das anormalidades genitais masculinos,
•aumento da obesidade infantil.
A decisão, baseada em estudos recentes que apontam os riscos da exposição ao BPA, visa proteger crianças de 0 a 12
meses.
Mamadeiras que contenham bisfenol A não poderão mais ser fabricadas e comercializadas no Brasil. As empresas terão 90
dias, a partir da publicação no Diário Oficial da União, para paralisar a fabricação e até o dia 31 de dezembro de 2011
para vender os produtos que estão estocados.
Essa determinação foi baseada em estudos recentes que indicam que o BPA, substância presente no policarbonato e
material mais utilizado na fabricação de mamadeiras, oferece diversos riscos à saúde. Crianças de 0 a 12 meses são as
maiores vítimas potenciais, porque, no primeiro ano de vida, o organismo delas ainda não é capaz de eliminar a substância.
E são as crianças que ficam mais expostas a ela do que os adultos. “O aumento do calor facilita a liberação do BPA. Ou seja,
quando a mamadeira é aquecida ou quando colocamos algo quente dentro delas, a substância é liberada em maior
quantidade”, diz Adriana Pimentel, doutora em química e professora da Universidade Pequeno Príncipe (PR). Além disso, a
estrutura química dessa substância, quando ingerida, se assemelha ao estrógeno, hormônio feminino, o que é prejudicial. “A
fase da puberdade pode ser adiantada por esse tipo de substância”, acrescenta Adriana.
Enquanto o mercado brasileiro não se adequa à determinação, você tem como opções as mamadeiras de vidro ou
de polipropileno. Hoje em dia, muitas marcas oferecem produtos com BPA free. Então fique atenta ao escolher a
mamadeira de seu filho. Se a informação não estiver destacada na embalagem, leia a composição do produto.
Embora ainda não existam resultados conclusivos a respeito dos riscos oferecidos pelo BPA, diversos países já proibiram seu
uso, entre eles Canadá, Costa Rica, alguns estados americanos e toda a União Europeia. “Os estudos com seres humanos
não são conclusivos, mas já sabemos que ele pode fazer mal, então essa é uma precaução válida”, afirma Adriana. De
acordo com a Anvisa, os países do Mercosul devem adotar a mesma medida em breve
Ftalatos
O dietilexil é um dos
componentes de
bronzeadores
Parabenos
-Shampoo e condicionadores
- Sabonetes
- Hidratantes
- Lubrificantes
- Pasta de dentes
- Maquiagem
- Loções e cremes
- Gel de barbear
- Gel de cabelo
- Alimentos pré-embalados..
Stevia: Edulcorante “natural”
Alquilfenóis
4-nonilfenol
HO
Estradiol
Nonilfenol etoxilado
Os alquilfenóis compreendem os surfactantes não iônicos
empregados principalmente na forma de etoxilados e que são sintetizados
através da adição de óxido de etileno ao nonilfenol, sob condições
alcalinas. Dentre os alquilfenóis, 4-nonilfenol e 4-octilfenol são os
compostos de maior importância ambiental devido à escala em que são
produzidos no ambiente, a partir de processos de biodegradação dos
alquilfenóis etoxilados. Embora nos últimos anos o uso destes compostos
na formulação de detergentes de uso doméstico tenha sido diminuído em
alguns países da Europa, eles ainda continuam sendo empregados como
componentes de detergentes industriais, como agentes dispersantes na
produção de polpa e papel, como agentes emulsificantes nas formulações
de tintas látex e pesticidas, como aditivos plásticos na produção de resinas
fenólicas, como agente floculante, como espermicida em aplicações
contraceptivas, nas indústrias têxteis, dentre outras. A maioria destes
etoxilados, durante os processos de biodegradação como os empregados
nas ETE, geram subprodutos tóxicos e persistentes que, após serem
introduzidos no meio ambiente, são acumulados nos organismos aquáticos
uma vez que são mais lipofílicos que os compostos que os originaram.
HAP´s (PAH´s): Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos
Estradiol
Benzo[a]pireno
DES: Dietilestilbestrol
Conclusão
http://www.youtube.com/watch?v=9WUJ-hmAqJg
http://www.youtube.com/watch?v=GCGF5GAg-lQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=-kEPT4wDWd8&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=1zQy7Pg1El4&feature=related
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