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PARVOVIROSE E RAIVA

Doenças combatidas por vacinação parte II

M.V. Bruna Letícia Rodrigues Barbosa Lopes


Aula Anterior
■ Leptospirose
– Como é a transmissão?
– Quem é o agente causador?
– Porque é importante para a saúde pública?
■ HIC
– Como é a transmissão?
– Quem é o agente causador?
Na aula de hoje
■ Parvovírus Canino
■ Raiva
Parvovirose
■ A Parvovirose é uma das principais causas de
diarreia infecciosa em cães jovens;
■ É um problema de saúde grave que afeta o sistema
gastrointestinal, provocando diarreia e vômitos
intensos.
■ Doença extremamente agressiva!
■ Em alguns casos, ela pode causar também
problemas cardíacos, mas esse é um quadro raro.
Parvovirose
■ Agente Etiológico
– O agente etiológico da parvovirose é um
vírus
■ Família Parvoviridae
■ Gênero Parvovirus
– Vírus de DNA;
– Vírus Pequeno (26nm diâmetro);
– Não envelopado;
Parvovirose
■ Epidemiologia
– Distribuição Mundial;
– Inicialmente relacionado com o vírus da panleucopenia
felinas;
– Analises virais - 1978 diferenciaram o vírus felino do CPV;
– Três variantes (CPV2a, CPV2b e CPV2c) de CPV
circulantes na população canina de forma generalizada;
Parvovirose
■ Epidemiologia
– Animais jovens – 6 semanas à 6 meses de idade;
– Ambos os sexos;
– Raças
■ Rottweilers;
■ Labrador;
■ Doberman;
■ Pastor Alemão;
■ Pit Bull Terrier;
■ Yorkshire Terrier;
■ Springer Spaniel.
Parvovirose
■ Patogenia

– A parvovirose canina é uma doença altamente


contagiosa;
– As manifestações clínicas da parvovirose canina são
principalmente de origem gastrointestinal;
– O mais correto seria defini-la como uma doença
sistémica, pois as suas lesões e consequências não se
manifestam só a nível do sistema gastrointestinal;
■ Patogenia
Parvovirose

– Entram nas células por endocitose;

– Penetram o núcleo das células;

– Replicação dos vírus no núcleo;

– Destruição da célula.
Parvovirose
■ Patogenia
– Replicação primária nos tecidos linfoides da
orofaringe, linfonodos mesentéricos e timo.

– O vírus dissemina-se a partir desses locais


por via hematógena – Viremia

– Vírus para tecidos em rápida divisão;

■ Medula óssea
■ Tecido linfopoiético Segunda
■ Epitélio intestinal do jejuno e íleo; Viremia
Parvovirose
■ Patogenia
– Segunda Viremia - Intensidade;

– Miocárdio Intestino

Sinais cardíacos Lesões nas criptas

Colapso da Mucosa

Cura Resposta Imune

Morte Sepse
Parvovirose
■ Transmissão
– A infecção pelo CPV
ocorre através da via
oronasal a partir de fezes
contaminadas com o
vírus;
– A transmissão indireta
pode ocorrer através de
objetos contaminados.
Parvovirose
■ Formas de Apresentação
– Forma Miocárdica – Rara – Determinada pela
idade do animal ao contrair a infecção –2 semanas
de idade.
– Forma Neurológica – Rara – Secundária a
miocardite.
As cadelas grávidas transmitem anticorpos anti-CPV através
da placenta, mas principalmente através do colostro.
Forma miocárdica deixou de ser frequente e a doença começou
a ter como apresentação característica a forma intestinal.
Parvovirose
■ Sinais Clínicos

– As manifestações clínicas são muito variáveis.


■ Susceptibilidade do hospedeiro;
■ Idade do animal;
■ Carga viral;
■ Taxa de renovação do epitélio intestinal.
Parvovirose
■ Sinais Clínicos
– Miocardite - morte súbita;
■ Graves arritmias;
■ Dispneia;
– Entérica;
■ Anorexia;
■ Depressão;
■ Febre;
■ Vómito;
■ Diarreia – com sangue;
■ Desidratação;
Parvovirose
Raiva
■ A raiva é uma das mais antigas doenças
reconhecidas pela humanidade;
■ A raiva é uma doença infecciosa viral aguda;
■ Acomete mamíferos, inclusive o homem;
■ Caracteriza-se como uma encefalite progressiva
e aguda com letalidade de aproximadamente
100%. 
Raiva
■ Agente Etiológico
– Vírus
■ Ordem Mononegavirales;
■ Família Rhabdoviridae;
■ Gênero Lyssavirus.
– Envelopado
■ Sensível à detergentes e
solventes lipídicos;
■ Sensível a luz solar, raios UV;
■ Temperaturas altas;
Raiva
■ Epidemiologia

– A Raiva está presente em todos os continentes;


– Afeta particularmente cães, gatos, morcegos e
carnívoros selvagens, incluindo chacais, lobos,
raposas;
– Desde o controle da raiva canina nos anos 40 e 50,
que a raiva humana nos Estados Unidos tornou-se
muito rara.
Raiva
■ Epidemiologia

– Existem três formas epidemiológicas da raiva:


■ Raiva urbana, propagada pelo cão
(principalmente) e pelo gato
■ Raiva dos herbívoros ou rural
■ Raiva selvagem, cujos reservatórios e
transmissores são os animais selvagens
Raiva
■ Epidemiologia
Raiva
■ Patogenia
– O mecanismo pelo qual o vírus da raiva infecta uma
célula é semelhante ao de muitos outros vírus.
– A infecção começa quando a proteína promove a
interação do vírus com a membrana da célula
hospedeira.
– O vírus da raiva tem uma afinidade extraordinária
para o tecido nervoso.
Raiva
■ Patogenia

– Uma vez que o vírus invade o sistema nervoso


periférico, a infecção entra no período prodromal
que é caracterizado pelo aparecimento dos primeiros
sintomas e a progressão rápida e irreversível da
doença.
Raiva
■ Patogenia

– Quando os vírus atingem o sistema límbico do


cérebro, as suas replicações causam distúrbios no
comportamento, o que explica a perda do medo dos
humanos por parte dos animais selvagens e os
estados de fúria
Raiva
■ Transmissão
– A raiva é uma doença aguda transmitida
principalmente pela mordedura de um animal
infectado.
– A transmissão da raiva ocorre quando os vírus da
raiva existentes na saliva do animal infectado
penetram no organismo através da pele ou de
mucosas, por meio de mordedura, arranhadura ou
lambedura.
Raiva
■ Transmissão
– A mordida de um animal infectado liberta,
usualmente, vírus para o interior dos músculos e dos
tecidos.
– O vírus pode seguir uma de duas vias: ir diretamente
para os nervos periféricos ou ser amplificado nas
células do tecido muscular estriado perto do local de
inoculação.
Raiva
■ Transmissão
Raiva
■ Sinais Clínicos
– A apresentação clínica da raiva é muito
variada na grande maioria das espécies
atingidas.
– Formas paralítica e furiosa, as quais são
consequentes à localização das lesões no SNC.
Raiva
■ Sinais Clínicos
– Fase prodrômica - pode anteceder as
manifestações mais típicas e revelar sinais pouco
sugestivos:
– Alterações de comportamento;
– Inapetência;
– Apatia;
– Depressão;
– Inquietude e incoordenação motora.
Raiva
■ Sinais Clínicos
– Após a fase prodrômica pode manifestar-se a fase
furiosa;
■ sinais de depressão, excitabilidade, mudanças
de comportamento, insônia e, ocasionalmente,
febre.
– O animal não consegue deglutir; a salivação, em
função dessa dificuldade, torna-se evidente.
Raiva
■ Sinais Clínicos
– Forma Paralitica – Herbívoros –
■ lesões na medula, tronco encefálico e
cerebelo
■ paralisia aguda, progressiva,
flácida.
Raiva
Raiva
■ Prevenção
– Vacina profilática EM HUMANOS - pré-
exposição em humanos (veterinários, treinadores
de cães, vacinadores, entre outros)
– Vacinação pós-exposição EM HUMANOS- quando
indivíduos são mordidos por animais
potencialmente infectados, além do soro
antirrábico, composto de imunoglobulinas prontas,
que só pode ser usado em algumas situações.
Resumo
■ PARVOVIROSE:
– O QUE É?
– COMO É SUA TRANSMISSÃO?
– COMO SE PREVINE?
■ RAIVA:
– IMPORTANTE NA SAÚDE PÚBLICA
– QUAIS SEUS SINTOMAS?
– COMO SE PREVINE?

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