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Arritmias

Atendimento de
urgência
ACLS 2020

EDSON A. MARGARIDO
Bradiarritmias

▪ Consciência: consciente
Se está consciente, tem pulso e respira
▪ Pulso: presente
▪ Movimentos respiratórios: presentes
Bradiarritmias

1. Avaliar queixa
Tontura, mal-estar, dispneia, síncope, lipotímia
2. Monitorizar o paciente
PA, Oximetria e ECG (no papel e contínuo)
3. Fornecer O 2, obter acesso EV e corrigir causas
subjacentes
4. Avaliar o ritmo
Avaliação do ritmo
Bradicardia < 60 bpm Sintomas - em geral FC < 50 bpm

Bloqueio A-V de 1º grau – Intervalos P-R longos (maiores que 0,2 seg. - 5 mm)

Bloqueio A-V de 2º grau Mobitz I – Intervalos P-R progressivamente mais longos até P bloquear
Avaliação do ritmo
Bradicardia < 60 bpm Sintomas - em geral FC < 50 bpm

Bloqueio A-V de 2º grau Mobitz II - Intervalos P-R sempre longos com parada sinusal

Bloqueio A-V de 3º grau – QRS largo, dissociação atrioventricular (P e QRS sem relação)
Bradiarritmias

5. Verificar sinais de instabilidade


 Hipotensão/choque
 Dor torácica
 Rebaixamento do nível de consciência
 Insuficiência cardíaca aguda (edema agudo de pulmão)
6. Classificar:
 Bradiarritmia estável
 Bradiarritmia instável
Bradiarritmia estável

MONITORAR E OBSERVAR
Bradiarritmia instável

1. Atropina 0,5 mg EV
 Repetir dose a cada 3 – 5 min
 Dose máxima acumulada: 3 mg (6 ampolas)
 Pouco efeito em BAV de 2º grau MOBITZ II e BAV de 3º grau
2. Não reverteu
 Preparar marcapasso transcutâneo no desfibrilador
 Pás apropriadas devem vir com o carrinho
 Ou infusão de dopamina 2 – 20 mcg/kg/min
 Ou infusão de adrenalina 2 – 10 mcg/min
Desfibrilador/Cardioversor

Modo marcapasso
transcutâneo
Taquiarritmias

▪ Consciência: consciente
Se está consciente, tem pulso e respira
▪ Pulso: presente
▪ Movimentos respiratórios: presentes
Taquiarritmias

1. Avaliar queixa
“Batedeira no peito”, palpitações, dor torácica, tonturas
2. Chamar equipe + carro de parada
3. Monitorizar o paciente
PA, Oximetria e ECG (no papel e contínuo)
4. Fornecer O 2, obter acesso EV e corrigir causas
subjacentes
5. Avaliar o ritmo
Avaliação do ritmo
Taquicardia > 100 bpm Sintomas - em geral FC > 150 bpm

Taquicardia sinusal – Presença de ondas P, QRS estreito e intervalos regulares

Taquicardia supraventricular – Sem ondas P, QRS estreito e intervalos regulares


Avaliação do ritmo
Taquicardia > 100 bpm Sintomas - em geral FC > 150 bpm

Taquicardia ventricular monomórfica – Ausência de ondas P, QRS largo e ritmo regular

Taquicardia ventricular polimórfica (Torsades des pointes) – QRS largo e alternante


Avaliação do ritmo
Taquicardia > 100 bpm Sintomas - em geral FC > 150 bpm

Flutter atrial – Ondas F, QRS estreito e intervalos regulares ou não

Fibrilação atrial – Ausência de ondas P, QRS estreito e intervalos irregulares


Taquiarritmias

6. Verificar sinais de instabilidade


 Hipotensão/choque
 Dor torácica
 Rebaixamento do nível de consciência
 Insuficiência cardíaca aguda (edema agudo de pulmão)
7. Classificar:
 Taquiarritmia estável
 Taquiarritmia instável
Taquiarritmia estável

1. Fibrilação/flutter atrial
Aguda - Início há menos de 48 horas
Frequências mais elevadas
 Amiodarona EV se estável - 300 a 600 mg EV em 30 minutos
 Cardioversão se instável ou não reverter com Amiodarona
Crônica - Início há mais de 48 horas - risco de formação de trombos
Frequências mais baixas
 Anticoagulante oral - Varfarina 5 mg/dia por 4 semanas
Monitorar INR (manter entre 2,0 e 3,0)
 Cardioversão elétrica após 4 semanas
Taquiarritmia estável

2. Taquicardia sinusal
 Fisiológico
 Apenas buscar causas subjacentes (sepse, IAM, febre...)
3. Demais: realizar inicialmente manobra vagal
 Manobra de Valsalva
 Evitar massagem do seio carotídeo (placas de ateroma)
 QRS largo (mais de 3 mm) tende a não responder
4. Não reverteu: Adenosina 6 mg EV (QRS estreito e regular)
 Após: administrar bolus de 20 ml de SF e elevar membro
 Realizar uma segunda dose de 12 mg após 1 - 2 min
Taquiarritmia estável

5. Não reverteu ou QRS largo


 Chamar especialista (cardiologista)
 QRS estreito:
▪ Cogitar betabloqueadores (Sotalol 100 mg EV em 5 min.)
 QRS largo:
▪ Adenosina se taquicardia ventricular monomórfica
▪ Cogitar Amiodarona, Procainamida ou Sotalol
Taquiarritmia instável
1. Taquicardia sinusal
 Fisiológico
 Apenas buscar causas subjacentes (sepse, IAM)
2. Demais: cardioversão elétrica sincronizada
 Ativar o modo de sincronização no desfibrilador a cada
choque
▪ QRS estreito e regular: 50 - 100 J
▪ QRS estreito e irregular: 120 - 200 J
▪ QRS largo e regular: 100 J
3. QRS largo e irregular:
 Desfibrilar (120 - 200 J não sincronizado)
DROGA INDICAÇÃO PRINCIPAL DOSE / VIA NOTAS
• EV rápido proximal, em seguida bolus de 20
• TPSV / TSV com QRS estreito ml de SF
• 6 mg EV em bolus, repetir com 12 mg em 1 a 2
Adenosina • Taquicardia com QRS largo – evitar em minutos SN • Monitorização cardíaca contínua
QRS largo irregular
• Rubor, sensação de peso precordial
• Hipotensão, bradicardia, vômitos
• FV / TV sem pulso • Monitorização cardíaca contínua
• 300 mg diluídos em 20 a 30 ml, repetir 150 mg
Amiodarona • TV com pulso
em 3 a 5 min SN
• Meia vida muito longa (até 40 dias)
• Controle da F C • Não usar em BAV de 2º ou 3º graus
• Não administrar via tubo ET

• EV 0,5 mg ET a cada 3 a 5 minutos, dose


• Bradicardia sintomática • Monitorização cardíaca e da PA
máxima 3 mg (6 ampolas)
Atropina • Não utilizar em glaucoma e taquiarritmias
• Toxinas específicas/ superdosagem
• 2 a 4 mg ET, pode ser necessário EV • Dose mínima 0,5 mg
(organofosforados)
• 2 a 20 mcg/kg/min • Repor volume antes se necessário
Dopamina • Choque / ICC
• Titula-se a pressão arterial desejada • Monitorização cardíaca e da PA
• Inicial 1 mg (1/10.000) ou de 2 a 2,5 mg
(1/1.000) ET a cada 3 a 5 minutos
• Parada cardíaca • Monitorização cardíaca contínua
• Manter 0,1 a 0,5 mcg/kg/min
• Titular a PA desejada • Cuidado: distinguir entre as titulações 1/1.000
Epinefrina • 500 mcg IM e 1/10.000
• Anafilaxia • Administrar por acesso venoso central quando
• Repetir a cada 5 minutos SN
possível
• Infusão contínua 10 a 2 0 mcg/min
• Bradicardia sintomática / choque
• Titular a resposta
DROGA INDICAÇÃO PRINCIPAL DOSE / VIA NOTAS
• Inicial: 1 a 1,5 mg/kg EV em bolus lento
• Em seguida: metade da 1ª dose em 5 a 10
Lidocaína • Parada cardíaca (FV/TV) • Monitorização cardíaca e da PA
minutos
(quando a • Manter 1 a 4 mg/min • Injeção rápida pode causar hipotensão e
amiodarona bradicardia
• Inicial: 0,5 a 1,0 mg/kg EV em bolus
não é acessível) • Em seguida: metade da 1ª dose em 5 a 10 • Cuidado na insuficiência renal
• Taquicardia QRS largo com pulso
minutos
• Manter 1 a 4 mg/min
• Monitorização cardíaca e da PA
• Parada cardíaca /Torsades sem pulso • 1 a 2 g diluídos em 10 ml de SG 5% EV
• Injeção rápida pode causar hipotensão e
Sulfato de bradicardia
Magnésio • 1 a 2 g EV em 5 a 60 minutos • Cuidado na insuficiência renal
• Torsades des pointes com pulso
• Manter 0,5 a 1 g/h EV • Cloreto de cálcio para reverter
hipermagnesemia SN

• 20 a 50 mg/min EV até melhora do ritmo; • Monitorização cardíaca e da PA


ocorre hipotensão e alargamento do QRS em
• Cuidado no IAM
• Taquicardia com QRS largo 50% dos casos ou com dose máxima
Procainamida • Dose máxima: 17 mg/kg
• Reduzir a dose na insuficiência renal
• De escolha em TV com pulso (estável)
• Não usar com amiodarona
• Gotejamento: 1 a 2 g em 250 a 500 ml SF EV, 1
a 4 mg/min • Não usar em QT longo ou ICC

• Taquiarritmias
Sotalol • TV monomórfica • 100 mg (1,5 mg/kg) EV em 5 minutos • Não usar em QT longo
• Antiarrítmico de 3ª linha
Desfibrilador/Cardioversor

Pás

Botão de sincronização

Seletor de carga

Carregamento
Disparo
Cardioversão eletiva

Passos pré-cardioversão: OSASCO


Orientar o paciente sobre o procedimento
Sedação
Analgesia
Sincronizar
Cardioverter
Observar
Ablação
Ablação
Ressincronizador/Desfibrilador implantável
Ressincronizador/Desfibrilador implantável

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