Você está na página 1de 11

Sindrome da

compressão
medular
A Síndrome da Compressão Medular (SCM) ocorre
por invasão direta da medula e ou seus nervos por
neoplasia primária localmente avançada ou por
metástases A gravidade do caso se dá, entre outros
fatores, pela velocidade da invasão.
A compressão medular ocorre mais comumente
quando há neoplasia maligna avançada e é a segunda
complicação neurológica mais comum depois da
metástase cerebral. Ademais, também pode
apresentar-se como primeiro sintoma do câncer. Em
90% dos casos se dá pelo envolvimento dos corpos
vertebrais e em 15% dos casos em câncer
paravertebral.
Maior incidência da SCM está nos cânceres de mama,
dos brônquios e da próstata responsáveis por mais de
60% dos casos,  seguidos por linfomas de Hodgkin,
mieloma múltiplo e a neoplasia renal (cada um com
aproximadamente 10% dos casos)
A SCM se caracteriza pela compressão do saco dural
e seu conteúdo – medula espinhal e/ou cauda equina
– por massa tumoral extradural. Entretanto, pode
ocorrer por tumoração primária ou secundária, mas,
quando se trata da metástase, ocorre principalmente
nos corpos vertebrais, onde há maior vascularização.
Fatores de risco
Sintomas
A sintomatologia é marcada pela dor e hipersensibilidade
nas costas que pioram à noite, na posição supina e com
manobras que aumente a pressão (tossir, espirrar, esforço
evacuatório, valsava e movimento bruscos), além de não
aliviar com analgésicos comuns. A disfunção
neurológica motora se dá pela queixa de pernas cansadas
e dificuldade para deambular e/ou subir escadas.
Entretanto, a queixa sensitiva é mais tardia,
expressando-se como parestesia e hipoestesia das
extremidades distais indo da direção cranial até o local
afetado, e ocorrendo em 50% dos casos. 
A fraqueza, presente em 75% dos casos, surge de
modo gradual ou agudo e em caso de falência
vascular grave, o chamado choque medular, pode
aparecer inicialmente na musculatura proximal e
posteriormente na distal que pode afetar a
deambulação, reflexo e levar a flacidez.
Diagnostico
O paciente se queixa de dores nas costas, mas o que pode
estar por trás disso? O diagnóstico precoce é importante
para que se obtenha efetividade terapêutica, sobretudo antes
da apresentação de alterações neurológicas, para garantir a
funcionalidade e a qualidade de vida desse indivíduo. O
exame de escolha para início dessa investigação é a
Ressonância Magnética (RM) da coluna, (sensibilidade de
93%) e, caso indisponível, uma Tomografia
Computadorizada (TC) com (sensibilidade de 66%), pode
ser feita ou até mesmo uma radiografia, na qual
encontraríamos erosão óssea ou perda de pedículos, colapso
vertebral ou massas de tecidos moles paraespinhais.
Tratamento
O tratamento deve ser iniciado diante de forte suspeita
de SCM, a fim de evitar os danos neurológicos
irreversíveis, além da dor, que geralmente é o que leva o
paciente ao pronto atendimento. É importante ainda
orientar o repouso no leito e técnicas de estabilização da
coluna que também podem ajudar. Corticosteroides são
usados para diminuir o edema vascular e controlar a dor.
A droga de escolha normalmente é a dexametasona.
Após estabilizar, manter apenas durante tratamento
radioterápico, com posterior desmame. O uso de
opioide é recomendado por autores para alivio da dor.
Tratamento
Se apresentar hemorragia medular ou fratura
vertebral, indica-se cirurgia. Se compressão por
tumor sem hemorragia e/ou fratura faz-se diagnóstico
histopatológico para saber se é radiossensível,porém
é possível realizar o exame e atesta-se
radiossensibilidade, indica-se radioterapia e
acompanhamento da progressão, pois há a
possibilidade de necessidade futura de abordagem
Cirúrgica

Você também pode gostar