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Sessão n.

º 4
ÃO 4
DA SESS
DIC E
ÍN

1. CLASSE 1 – MEIOS FIXOS E INVESTIMENTOS

1.1. COMPRA

1.2. AMORTIZAÇÕES

1.3. VENDA

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1. DEFINIÇÃO DE IMOBILIZADOS

1.1 CONTAS DA CLASSE 1

CONTAS PREVISTAS NA CLASSE 1


11 – Imobilizações corpóreas
12 – Imobilizações incorpóreas
13 – Investimentos financeiros
14 – Imobilizações em curso
18 – Amortizações acumuladas
19 – Provisões para investimentos financeiros

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1. DEFINIÇÃO DE IMOBILIZADOS

1.1 RECONHECIMENTO DE IMOBILIZADOS

SEGUNDO O PGC [Critérios de Reconhecimento 6.2.1] SÓ DEVEM SER


RECONHECIDOS COMO IMOBILIZADOS OS BENS QUE:
 Satisfaçam as condições gerais para o seu reconhecimento como Activos.
 Se destinem a ficar na posse da entidade por um período superior a um
ano.
 Não se destinem a ser vendidos no decurso normal das actividades da
entidade

NOTA: o PGC apresenta ainda algumas condições para um certo tipo de


imobilizados específicos.

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2. COMPRA DE IMOBILIZADOS

2.1 PROCESSO

PASSOS PARA REGISTO DA COMPRA DE IMOBILIZADO:


1º) Custos a englobar no imobilizado
2º) Contabilização da compra e início de utilização do
imobilizado

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2. COMPRA DE IMOBILIZADOS

2.2 CUSTOS A INCORPORAR NO IMOBILIZADO

SEGUNDO O PGC, DEVEM SER INCORPORADOS NO CUSTO DE


AQUISIÇÃO DO IMOBILIZADO:
 O Preço de compra
 Os gastos suportados directa ou indirectamente para colocarem o
bem em condições de utilização

Durante o período que o Imobilizado estiver em curso, pode-se ainda


incorporar no custo do imobilizado:
 As diferenças de câmbio relacionadas com a aquisição do bem
 Os encargos financeiros provenientes de financiamentos
relacionados com a aquisição do bem, se tal for considerado
adequado e se mostrar consistente.

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2. COMPRA DE IMOBILIZADOS

2.3 CONTABILIZAÇÃO DA COMPRA DO IMOBILIZADO

Registo da COMPRA

Registo da Compra, quando o imobilizado adquirido fica imediatamente


disponível para funcionar:

11/12 37.1/43
VALOR DE VALOR DE
AQUISIÇÃO AQUISIÇÃO

A partir do momento em que


entra em uso deverá ser alvo de
amortizações.
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2. COMPRA DE IMOBILIZADOS

2.3 CONTABILIZAÇÃO DA COMPRA DO IMOBILIZADO

Registo da COMPRA

Registo da Compra, quando o imobilizado adquirido não fica


imediatamente disponível para funcionar, ficando a aguardar outros custos:

14 37.1/43
CUSTOS NECESSÁRIOS CUSTOS NECESSÁRIOS
PARA COLOCAR O PARA COLOCAR O
IMOBILIZADO EM IMOBILIZADO EM
FUNCIONAMENTO FUNCIONAMENTO

OBS – a conta 14 vai servindo como


aglomeradora de custos, até ao
imobilizado ficar pronto a funcionar
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2. COMPRA DE IMOBILIZADOS

2.3 CONTABILIZAÇÃO DA COMPRA DO IMOBILIZADO

Registo da COMPRA

Entrada do imobilizado em funcionamento:

11/12 14
CUSTOS DE CUSTOS DE
AQUISIÇÃO AQUISIÇÃO

OBS – a partir deste momento o


imobilizado está pronto a funcionar
e deve ser alvo de amortizações.
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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.1 DEFINIÇÃO

AMORTIZAÇÕES (PGC 7.2.2)


- Sistemáticas baseadas na vida útil dos bens, destinam-se a reflectir a perda
dos benefícios económicos decorrentes do uso, da inactividade ou da
passagem do tempo. Estas amortizações são calculadas apenas para bens
depreciáveis e tendo em atenção:
 A quantia depreciável do bem
 A vida útil esperada do bem
 O método mais adequado para reflectir o modelo pelo qual os
benefícios económicos deste bem sejam consumidos

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.1 DEFINIÇÃO

AMORTIZAÇÕES
- Extraordinárias destinadas a reduzir o valor dos bens para o seu valor
recuperável quando haja diminuição de valor na quantia pela qual os bens se
encontram registados. Estas amortizações devem ser revertidas se cessarem
os motivos que a originaram.

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

ACTIVOS AMORTIZÁVEIS [PGC Notas explicativas 3.2]


- Activos depreciáveis são activos que:
 Se espera que sejam usados durante mais do que um período
contabilístico.
 Tenham uma vida útil limitada.
 Sejam detidos para uso na produção ou no fornecimento de bens e
serviços, para arrendamento a outros, ou para fins administrativos.
 Os terrenos não são considerados depreciáveis por terem vida útil
ilimitada.

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

CONCEITOS IMPORTANTES [PGC Valorimetria 7.2.2]


 Quantia depreciável;
 Valor residual;
 Vida útil;
 Método de depreciação;

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

QUANTIA DEPRECIÁVEL
- A quantia depreciável de um activo depreciável é o seu custo (histórico ou
outro que o substitua) deduzido do valor residual estimado do activo, ou
seja, é a quantia que irá servir de base ao cálculo da depreciação
(amortização).

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

VALOR RESIDUAL
- O valor residual do activo é determinado por estimativa baseada no valor
residual, prevalecente à data da estimativa, de activos semelhantes que
tenham atingido o fim da sua vida útil e que tenham funcionado sob
condições semelhantes àquelas em que o activo será usado.
- A estimativa é feita à data de aquisição do activo e deverá ser revista na
data em que se faça uma eventual reavaliação.
- O valor residual bruto é, em todos os casos, reduzido pelos custos de venda
esperados no fim da vida útil do activo.

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

VALOR RESIDUAL [IAS16 – Parágrafo 6]


- O valor residual de um activo é a quantia estimada que uma entidade
obteria correntemente pela alienação de um activo, após dedução dos
custos estimados de alienação se o activo já tivesse a idade e as condições
esperadas no final da sua vida útil.

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

VIDA ÚTIL
- A vida útil de um imobilizado é:
 O período durante o qual se espera que um activo depreciável seja
usado pela empresa; ou
 O número de unidades de produção ou similares que a empresa
espera obter do activo.
- A vida útil é, portanto, definida em termos de utilidade esperada dos bens,
e pode ser mais curta do que a sua vida económica.

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

VIDA ÚTIL
- A estimativa da vida útil é uma questão de julgamento. Ao exercer-se tal
julgamento devem ser tidos em consideração os seguintes factores:
 Utilização esperada do activo, avaliada com referência à sua
esperada capacidade ou produção física;
 Desgaste e estragos físicos esperados, que dependem da
intensidade do uso, do programa de reparação e manutenção e do
cuidado de manutenção em situação ociosa;

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

VIDA ÚTIL
- A estimativa da vida útil é uma questão de julgamento. Ao exercer-se tal
julgamento devem ser tidos em consideração os seguintes factores:
 Obsolescência técnica proveniente de alterações ou melhoramentos
na produção, ou de uma alteração no mercado de procura para o
serviço ou produto derivado do activo;
 Limites legais ou semelhantes sobre o uso do activo, tais como as
datas de extinção de locações com ele relacionadas.

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

VIDA ÚTIL
- Durante a vida útil de um activo pode tornar-se evidente que a estimativa
da vida útil seja inapropriada.
- A vida útil pode ser dilatada, por exemplo, por dispêndios subsequentes no
activo que melhorem a condição do mesmo para além do seu nível de
desempenho originalmente avaliado.
- A vida útil pode ser reduzida, por exemplo, por mudanças tecnológicas ou
alterações de mercado dos produtos.

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

MÉTODO DE DEPRECIAÇÃO
- O método de depreciação a usar deve reflectir o modelo pelo qual os
benefícios económicos do activo sejam consumidos pela empresa.
- O método adoptado deve ser revisto periodicamente e, se houver uma
mudança significativa no modelo esperado de benefícios económicos a obter
desses activos, o método deve ser alterado para reflectir o modelo alterado.

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

MÉTODO DE DEPRECIAÇÃO
- O consumo de benefícios económicos pode resultar de:
 Uso;
 Obsolescência técnica;
 Desgaste;
 Rotura
- Este consumo deve ser contabilizado mesmo que o valor do activo exceda a
quantia pela qual este se encontra registado (valor bruto deduzido das
amortizações acumuladas).

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.3 MÉTODOS DE AMORTIZAÇÃO

MÉTODOS DE AMORTIZAÇÃO
- Quotas Constantes
- Quotas Degressivas
- Unidades de Produção

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.3 MÉTODOS DE AMORTIZAÇÃO

QUOTAS CONSTANTES ou LINHA RECTA


- Neste método, a quota de amortização é igual e constante desde o início
até ao fim da vida útil.
A depreciação pelo método da linha recta resulta num débito constante
durante a vida útil do activo se o seu valor residual não se alterar (IAS 16
parágrafo 62).
O cálculo da quota de amortização:
Valor de Aquisição – Valor Residual
Vida Útil

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.3 MÉTODOS DE AMORTIZAÇÃO

QUOTAS DEGRESSIVAS ou SALDO DECRESCENTE


- Neste método, a quota de amortização será superior no início da vida útil do bem,
diminuindo progressivamente ao longo de toda a vida útil.
- A depreciação pelo método do saldo decrescente resulta num débito decrescente
durante a vida útil (IAS 16 parágrafo 62).
O cálculo da quota de amortização:

Valor de Aquisição – Valor Residual - Quotas anos anteriores X Coeficiente


Vida Útil

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.3 MÉTODOS DE AMORTIZAÇÃO

UNIDADES DE PRODUÇÃO
Neste método, a quota de amortização será proporcional à produção do mesmo
(contribuição para os benefícios económicos).
Ex: amortização em função dos kms percorridos numa viatura, etc
O cálculo da amortização é feito em função das unidades de produção esperadas
(estimadas) para o bem.
- O método da unidade de produção resulta num débito baseado no uso ou
produção esperados (IAS 16 parágrafo 62).
O cálculo da quota de amortização:
Produção ano N . X [Valor de aquisição – Valor Residual]
Produção Total Estimada

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.3 MÉTODOS DE AMORTIZAÇÃO

REGIME DE AMORTIZAÇÃO

Duodécimos – Regista-se 1/12 da quota anual da amortização, no final de cada mês. O


Bem começa a ser amortizado no mês em que entra em funcionamento e será amortizado
até ao mês em que foi vendido (excluindo o mês em que se realiza a venda). Este é a
forma mais correcta.

Há no entanto quem faça pelo “regime da anuidade” que não é o mais correcto mas que
não deixamos de deixar aqui um apontamento sobre o mesmo ...

Anuidade - regista-se uma única amortização, no final de cada ano, aquando do fecho do
exercício.
O bem é amortizado no ano da compra mas não é amortizado no ano da venda
(independentemente do mês em que iniciou a actividade e do mês em que foi vendido)

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3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.4 CONTABILIZAÇÃO

Registo da AMORTIZAÇÃO

Pelo registo da amortização (sistemática):

73 18
QUOTA DE QUOTA DE
AMORTIZAÇÃO AMORTIZAÇÃO

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4. VENDA DE IMOBILIZADOS

4.1 DESRECONHECIMENTO

O DESRECONHECIMENTO DO IMOBILIZADO ocorre


quando o valor do bem (e as respectivas
amortizações acumuladas) são retirados do Activo.
Tal pode acontecer por dois motivos:
 Venda do Imobilizado
 Abate do bem por já não se esperarem obter
benefícios económicos com a sua utilização.

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4. VENDA DE IMOBILIZADOS

4.2 PROCEDIMENTOS

PASSOS PARA REGISTO DA VENDA DE IMOBILIZADO:


1º) Cálculo da +/- valia
2º) Contabilização consoante venda efectuada com
ganho ou com perda

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4. VENDA DE IMOBILIZADOS

4.3 CÁLCULO DA MAIS/MENOS VALIA

MAIS OU MENOS VALIA:

+/- VALIA = VALOR DE VENDA DO BEM – VALOR CONTABILÍSTICO

VALOR CONTABILÍSTICO = VALOR DE AQUISIÇÃO – AMORTIZAÇÕES


ACUMULADAS ATÉ À DATA ANTERIOR À VENDA

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4. VENDA DE IMOBILIZADOS

4.4 CONTABILIZAÇÃO DA SAÍDA DO IMOBILIZADO

Com MAIS VALIA:

Registo da saída do bem [valor de aquisição e amortizações acumuladas]:

11/12 68.3 18

VALOR DE VALOR DE AMORTIZAÇÕES AMORTIZAÇÕES


AQUISIÇÃO AQUISIÇÃO ACUMULADAS ACUMULADAS

A saída do bem deve ser feita, tanto pela conta de imobilizado, como pelas suas
amortizações acumuladas até à data, registados na conta de ganhos em imobilizações.
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4. VENDA DE IMOBILIZADOS

4.4 CONTABILIZAÇÃO DA VENDA DO IMOBILIZADO

Com MAIS VALIA:

Registo da Venda [valor da venda e forma de recebimento]:

68.3 37.2/43
VALOR DE VALOR DE
VENDA VENDA

OBS – a contabilização do acto de


venda é semelhante quer tenha
havido MAIS ou MENOS valia na
venda, mudando apenas a conta de
Proveito/Custo
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4. VENDA DE IMOBILIZADOS

4.4 CONTABILIZAÇÃO DA SAÍDA DO IMOBILIZADO

Com MENOS ALIA:

Registo da saída do bem [valor de aquisição e amortizações acumuladas]:

11/12 78.3 18

VALOR DE VALOR DE AMORTIZAÇÕES AMORTIZAÇÕES


AQUISIÇÃO AQUISIÇÃO ACUMULADAS ACUMULADAS

A saída do bem deve ser feita, tanto pela conta de imobilizado, como pelas suas
amortizações acumuladas até à data, registados na conta de perdas em imobilizações.
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4. VENDA DE IMOBILIZADOS

4.4 CONTABILIZAÇÃO DA VENDA DO IMOBILIZADO

Com MENOS VALIA:

Registo da Venda [valor da venda e forma de recebimento]:

78.3 37.2/43
VALOR DE VALOR DE
VENDA VENDA

OBS – a contabilização do acto de


venda é semelhante quer tenha
havido MAIS ou MENOS valia na
venda, mudando apenas a conta de
Proveito/Custo
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4. VENDA DE IMOBILIZADOS

4.5 CONTABILIZAÇÃO DE ABATE (SEM VENDA)

Movimentação
Contabilística:

Registo da saída do bem [valor de aquisição e amortizações acumuladas]:

11/12 78.3 18

VALOR DE VALOR DE AMORTIZAÇÕES AMORTIZAÇÕES


AQUISIÇÃO AQUISIÇÃO ACUMULADAS ACUMULADAS

A saída do bem deve ser feita, tanto pela conta de imobilizado, como pelas suas
amortizações acumuladas até à data, registados na conta de perdas em imobilizações.
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