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COLÉGIO APOSTÓLICO

O MESTRE
1ª Parte
1. A VIDA DO MESTRE

“1 Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós,


mestres, sabendo que havemos de receber maior
juízo.”
Tiago 3:1
 O mestre é aquele que conhece a vontade do
seu Senhor, e sabe instruir os outros a
caminhar nela.
 Ele mostra o caminho, pela Palavra de Deus e
pelo Espírito Santo, onde a igreja deve andar e
permanecer.
 Seu ensino é um fundamento poderoso para
manter a igreja na Palavra e na vontade de
Deus.
 Por isso, Tiago nos lembra que o ministério
mestral traz consigo uma grande
responsabilidade.
 Um mestre deve saber que seu trabalho e
ofício serão avaliados por Deus, mas,
diferentemente dos outros ministérios, o juízo
será mais severo.
 Essa palavra – juízo – no original grego
significa decreto, julgamento, decisão – mais
severa ou mais branda – que alguém toma a
respeito de falda dos outros.
 Aquele que faz o trabalho de um mestre deve
entender que, a partir do momento em que
Deus o capacita a instruir outras pessoas na
Sua Palavra, vai aumentar seus critérios de
avaliação e julgamento.
OS47CINCO MINISTÉRIOS NO VELHO TESTAMENTO
“ Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu
senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será
punido com muitos açoites. 48 Aquele, porém, que não soube a
vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará
poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe
será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe
pedirão.”
Lucas 12:47-48
 Saber a vontade de Deus, interpretar as
Escrituras e falar as Palavras de Deus é uma
grande responsabilidade e implica numa
grande cobrança por parte de Deus.
 Ao mesmo tempo, aqueles que são fiéis no
ministério de ensino serão mais honrados.
“3 Os que forem sábios, pois, resplandecerão
como o fulgor do firmamento; e os que a muitos
conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e
eternamente.”
Daniel 12:3
 Por isso, vemos muitos mestres sendo tão
criteriosos e detalhistas em suas vidas com
Deus.
 É uma das principais características mestrais.
 Saber viver a Palavra de Deus para se tornar
um exemplo para o rebanho é fundamental
para se obter o sucesso e os resultados na
vida dos outros.
 A vida do mestre deve sempre ensinar os
outros.
 Quem observa as suas ministrações e a sua
vida, aprende.
 Caso a vida do mestre seja uma vida de
santidade e comunhão com Deus, então seus
“alunos” irão seguir esse exemplo de vida.
 Caso contrário, os “alunos” irão repetir seus
erros e serão influenciados negativamente em
suas vidas cristãs.
 O maior prazer de um mestre é ver as pessoas
que instrui sendo transformadas pela Palavra
de Deus.
 Repare que Deus chamou os mestres para
transformar as vidas de outras pessoas.
 Trata-se de uma unção específica, uma
capacitação que muda as pessoas que se
aproximam dos mestres.
 Como estamos usando essa unção é o que vai
trazer a transformação na vida das pessoas
que estamos ensinando.
 Jesus enfrentou uma classe de pessoas
importante na época, os escribas e fariseus,
considerados mestres da Palavra de Deus:

• Escribas
• Fariseus
“1Então, falou Jesus às multidões e aos seus discípulos: 2Na
cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus.
3
Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não
os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. 4Atam
fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os
ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo
querem movê-los. 5Praticam, porém, todas as suas obras com o
fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios
e alongam as suas franjas. 6Amam o primeiro lugar nos
banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, 7as saudações
nas praças e o serem chamados mestres pelos homens.”
“8Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é
vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. 9A ninguém sobre a terra
chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está
nos céus. 10Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso
Guia, o Cristo. 11Mas o maior dentre vós será vosso servo.
12
Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si
mesmo se humilhar será exaltado.”
Mateus 23:1-12
A avaliação de Jesus sobre os mestres de sua época:
 Mostrou que os escribas e fariseus estavam
assentados na “cadeira de Moisés”, alusão á
autoridade que fora herdada por essas
pessoas em traduzir e interpretar a lei que fora
dada por uma dos maiores juízes e
legisladores da sua época.
A avaliação de Jesus sobre os mestres de sua época:
• Reconheceu a autoridade de seus
ensinamentos, restringindo a obediência a
esses ensinos ao seu exemplo de vida e
conduta e fazendo a separação entre o falar e
o viver o ensino.
• Denunciou a utilização errada do dom do
ensino, quando eles impunham as pessoas
práticas difíceis de serem seguidas.
A avaliação de Jesus sobre os mestres de sua época:
• Reconheceu a autoridade de seus
ensinamentos, restringindo a obediência a
esses ensinos ao seu exemplo de vida e
conduta e fazendo a separação entre o falar e
o viver o ensino.
• Denunciou a utilização errada do dom do
ensino, quando eles impunham as pessoas
práticas difíceis de serem seguidas.
A avaliação de Jesus sobre os mestres de sua época:
• Revela que a soberba no coração dos mestres
trazia um erro em suas próprias vidas e
práticas diárias, desvirtuando a motivação
correta de ensinar o caminho ao povo.
• Corrige a questão dos títulos e das funções. O
fato de ser chamado “mestre, guia ou pai”
estava exaltando o título acima da função e do
ofício. Jesus elimina os títulos, ainda que as
funções continuem.
 A preocupação de Jesus é com a vida de
quem está ensinando, pois o estilo de vida de
um mestre vai ditar o estilo de vida de toda
uma congregação.
 Seu poder de influência é muito grande e deve
ser usado com sabedoria e santidade. Caso
contrário, Satanás o transforma e o usa como
um falso mestre.
 Quem ensina de maneira errada, acaba sendo
instrumento de destruição.
“3Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei
permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas
pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina, 4nem se
ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes,
promovem discussões do que o serviço de Deus na fé. 5Ora, o
intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de
coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia.
6
Desviando-se algumas pessoas destas coisas, perderam-se em
loquacidade frívola, 7pretendendo passar por mestres da lei, não
compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos
sobre os quais fazem ousadas asseverações.”

1ª Timóteo 1:3-7
 Paulo escreveu várias epístolas – cartas – para
defender a doutrina.
 Observe que ele pede a Timóteo para ficar em Éfeso
a fim de admoestar pessoas que estavam ensinando
doutrinas estranhas.
 O discernimento do apóstolo foi que, querendo
mostrar que sabiam algo – por contendas ou invejas
– alguns estavam se perdendo da revelação de
Deus e ensinando doutrinas falsas, que promoviam
discussões ao invés de resultados práticos no
serviço cristão.
 Entendendo que estavam se fazendo passar
por mestres da lei, não entendiam o que
falavam e ainda declaravam enfaticamente
coisas que não havia chegado ao seu
conhecimento.
Por isso é importante sabermos que:
• A doutrina, a revelação, que produz excelência no
serviço de Deus na fé deve ser defendida.
• O mestre deve estar atento ao que se ensina na
igreja e avaliar – julgar – esses ensinamentos.
• Os mestres devem ser pastoreados – admoestados
– para não se desviarem da verdade. Sem esse
cuidado, os mestres podem começar a ensinar
doutrinas baseadas em seus próprios corações e
desviarem muitos do serviço de Deus na fé.
Por isso é importante sabermos que:
• O ensino de qualquer mestre deve produzir os
resultados bíblicos: o amor, corações puros,
consciência boa e fé sem hipocrisia.
 Por isso, devemos estar atentos as motivações
com as quais estamos ensinando.
 O que estamos ensinando é tão importante
quanto o porquê estamos ensinando.
 Os berços onde nascem os falsos mestres são
o orgulho e a ganância.
 Dentro dos corações obstinados e endurecidos
pelo orgulho e ganância, nascem doutrinas
“comerciais”, feitas para levar as pessoas a
idolatrar pessoas ao invés de Jesus e, assim,
trazerem suas ofertas a esses “ídolos” da fé.
 Afastam a todos da fé e do amor de Deus.
“3Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs
palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo
a piedade, 4é enfatuado, nada entende, mas tem mania por
questões e contendas de palavras, de que nascem inveja,
provocação, difamações, suspeitas malignas, 5altercações sem
fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade,
supondo que a piedade é fonte de lucro. 6De fato, grande fonte
de lucro é a piedade com o contentamento.””
1ª Timóteo 6:3-6
 O apóstolo Pedro discorre sobre os falsos
mestres e suas características, além de como
Deus os julgará.
“1Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas,
assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais
introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao
ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou,
trazendo sobre si mesmos repentina destruição. 2E muitos
seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será
infamado o caminho da verdade; 3também, movidos por avareza,
farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo
lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme.
4
Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes,
precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas,
reservando-os para juízo;
5
e não poupou o mundo antigo, mas preservou a Noé,
pregador da justiça, e mais sete pessoas, quando fez vir o dilúvio
sobre o mundo de ímpios; 6e, reduzindo a cinzas as cidades de
Sodoma e Gomorra, ordenou-as à ruína completa, tendo-as
posto como exemplo a quantos venham a viver impiamente; 7e
livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento libertino daqueles
insubordinados 8(porque este justo, pelo que via e ouvia quando
habitava entre eles, atormentava a sua alma justa, cada dia, por
causa das obras iníquas daqueles), 9é porque o Senhor sabe
livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os
injustos para o Dia de Juízo, 10especialmente aqueles que,
seguindo a carne, andam em imundas paixões e menosprezam
qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar
autoridades superiores,
11
ao passo que anjos, embora maiores em força e poder, não
proferem contra elas juízo infamante na presença do Senhor.
12
Esses, todavia, como brutos irracionais, naturalmente feitos
para presa e destruição, falando mal daquilo em que são
ignorantes, na sua destruição também hão de ser destruídos,
13
recebendo injustiça por salário da injustiça que praticam.
Considerando como prazer a sua luxúria carnal em pleno dia,
quais nódoas e deformidades, eles se regalam nas suas próprias
mistificações, enquanto banqueteiam junto convosco; 14tendo os
olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecado, engodando
almas inconstantes, tendo coração exercitado na avareza, filhos
malditos; 15abandonando o reto caminho, se extraviaram,
seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o
prêmio da injustiça
16
(recebeu, porém, castigo da sua transgressão, a saber, um
mudo animal de carga, falando com voz humana, refreou a
insensatez do profeta). 17Esses tais são como fonte sem água,
como névoas impelidas por temporal. Para eles está reservada a
negridão das trevas; 18porquanto, proferindo palavras
jactanciosas de vaidade, engodam com paixões carnais, por
suas libertinagens, aqueles que estavam prestes a fugir dos que
andam no erro, 19prometendo-lhes liberdade, quando eles
mesmos são escravos da corrupção, pois aquele que é vencido
fica escravo do vencedor. 20Portanto, se, depois de terem
escapado das contaminações do mundo mediante o
conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam
enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado
pior que o primeiro.
21
Pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho
da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás,
apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado. 22Com
eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou
ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no
lamaçal.”

2ª Pedro 2:1-22

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