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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS

DIRETORIA DE ENSINO
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR SENADOR ARNON DE MELLO
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS – CFO/2021
O PLANO DE MANUTENÇÃO DE ARMAMENTOS DA
POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS: limites e possibilidades

Orientando: Leandro Barros dos Santos


Orientador: 1º Ten Raphael José de Oliveira Almeida
Sumário
• 1 INTRODUÇÃO
• 2 PROBLEMA DE PESQUISA
• 3 HIPÓTESE
• 4 OBJETIVOS
• 5 METODOLOGIA
• 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
• 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
• 8 REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
Enquanto aluno do Curso de Formação de Oficiais
da Polícia Militar de Alagoas desde 2017 e em contato
com militares da Diretoria de Apoio Logístico da PMAL,
nota-se que o órgão não possui normas próprias no que
tange à manutenção de seu material bélico, dificultando
ações padronizadas nas reservas de armamentos.
Esta lacuna motivou o projeto, pois nota-se a
necessidade de padronização quanto aos cuidados com
os armamentos da corporação, visto que há uma
ineficácia no armazenamento e na manutenção,
inclusive com pouco conhecimento dos profissionais
responsáveis pelas reservas sobre o tema.
2. PROBLEMA DE PESQUISA

• QUAIS AS DIFICULDADES E POSSIBILIDADES PARA A


POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS POSSUIR E UTILIZAR
UM PLANO DE MANUTENÇÃO DE ARMAMENTOS
UNIFORME?
3. HIPÓTESE

• A FALTA DE PADRONIZAÇÃO NA UTILIZAÇÃO DE


MATERIAL BÉLICO E PROCEDIMENTOS NA PMAL EM
DECORRÊNCIA DA AUSÊNCIA DE MANUAIS
PRÓPRIOS DIFICULTA A ELABORAÇÃO DE UM
PLANO DIRETOR PARA MANUTENÇÃO DE
ARMAMENTOS NA CORPORAÇÃO.
4. OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

• Compreender os motivos que


impedem a Polícia Militar de Alagoas
de ter e utilizar o seu próprio um plano
de manutenção de armamentos.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Discorrer sobre definições e princípios


norteadores de ações da manutenção
de armamentos

• Verificar possibilidades de redação de


manuais próprios sobre manutenção
de seu material bélico.
5. METODOLOGIA

• A METODOLOGIA UTILIZADA FOI A PESQUISA


QUALITATIVA COM ABORDAGEM DE
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA.
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.2 ARMAS DE FOGO


• Arma que arremessa projéteis empregando a força
expansiva dos gases gerados pela combustão de um
propelente confinado em uma câmara que,
normalmente, está solidária a um cano que tem a
função de propiciar continuidade à combustão do
propelente, além de direção e estabilidade ao projétil.
(DECRETO 3.665/00 – R 105, art. 3º, XIII).
• X - arma automática: arma em que o carregamento, o
disparo e todas as operações de funcionamento
ocorrem continuamente enquanto o gatilho estiver
sendo acionado (é aquela que dá rajadas);
[...]
• XVI - arma de repetição: arma em que o atirador, após
a realização de cada disparo, decorrente da sua ação
sobre o gatilho, necessita empregar sua força física
sobre um componente do mecanismo desta para
concretizar as operações prévias e necessárias ao
disparo seguinte, tornando-a pronta para realizá-lo;
[...]
• XXIII - arma semi-automática(sic): arma que realiza,
automaticamente, todas as operações de
funcionamento com exceção do disparo, o qual, para
ocorrer, requer, a cada disparo, um novo acionamento
do gatilho; (DECRETO 3.665/00, art. 3º).
6.2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE FOGO

• Quanto ao tamanho

• Quanto à portabilidade

• Quanto ao sistema de carregamento

• Quanto ao funcionamento

• Quanto ao sistema de acionamento

• Quanto à alma do cano

• Quanto ao uso
6.3 MANUTENÇÃO DAS ARMAS

• Em 1975 a Associação Brasileira de Normas Técnicas


– ABNT, pela norma TB-116, definiu o termo
manutenção como sendo o conjunto de todas as ações
necessárias para que um item seja conservado ou
restaurado de modo a poder permanecer de acordo
com uma condição desejada. Mais tarde, já em 1994,
a NBR-5462 trouxe uma revisão do termo, definindo
como a combinação das ações técnicas e
administrativas, dentre elas a de supervisão, com a
finalidade de manter ou recolocar um item em um
estado no qual possa desempenhar uma função de
forma satisfatória. (ABNT, 1994).
6.3.1 TIPOS DE MANUTENÇÃO
6.3.2 ESCALÕES DE MANUTENÇÃO

1º Escalão • Limpeza, ajustes e lubrificação do material

2º Escalão • Substituição e Reparo de Peças

• Substituição e Reparo de Peças não realizados no 2º escalão, por


3º Escalão falta de recursos

4º Escalão • Manutenção Modificadora e aplicação de recursos financeiros


6.3.3 PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO NA PMAL

Conforme o art. 121 do Estatuto dos Policiais


Militares de Alagoas, “são adotados na Polícia Militar,
em matéria não regulada na legislação estadual, as
leis e regulamentos em vigor no Exército Brasileiro, no
que lhe for pertinente, até que sejam adotados leis e
regulamentos específicos”.
A Polícia Militar de Alagoas não possui um manual
de manutenção de armamentos e material em geral, o
que dificulta padronizar a forma como as Unidades e
Subunidades Independentes realizam a manutenção de
seus armamentos, ficando a cargo de cada uma planejar
como será realizada a manutenção de seu material
bélico. Normalmente, por força do Estatuto, a PMAL se
utiliza de manuais do Exército Brasileiro, quando não
possui os próprios, porém no caso de manutenção de
material bélico há substancial diferença estrutural entre
as duas instituições, inviabilizando a utilização total do
manual da instituição federal.
Apesar da dificuldade causada pela ausência de um
manual norteador de manutenção de materiais,
especialmente de material bélico, a PMAL possui, na
corporação, um Curso de Mecânica de Armamentos,
aprovado conforme o BGO nº 213 de 06 de novembro
de 2011, que foi realizado em duas oportunidades, nos
anos de 2013 e 2014, formando 40 militares, entre
oficiais e praças. O curso foi atualizado pela Portaria nº
07/2014 – DE – ATUALIZAÇÃO CURRICULAR,
conforme Anexo 1, em 20 de agosto de 2014
Na Polícia Militar de Alagoas não há padronização no
planejamento da manutenção dos armamentos que, por
motivo de segurança, precisa ser realizada pelos
militares da instituição. Além do motivo já citado
anteriormente, de não possuir um manual de
manutenção, a PMAL esbarra em outros entraves, como
a falta de pessoal qualificado em número suficiente,
estrutura nas Unidades, incluindo aí ferramentas e local
adequado.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A hipótese de que a falta de padronização na utilização de material


bélico e procedimentos na PMAL em decorrência da ausência de
manuais próprios dificulta a elaboração de um plano diretor para
manutenção de armamentos na corporação se confirma, pois um
manual próprio, de acordo com as especificidades da corporação,
levando em conta as diferenças estruturais e de pessoal, conseguiria
dar um norte para a Diretoria de Apoio Logístico na elaboração de
Planos de manutenção de armamentos, bem como para fiscalizar sua
execução. Daria direção também às Unidades e Subunidades
independentes da instituição para programar sua própria manutenção,
com cronograma específico a sua realidade, levando em consideração a
padronização proposta pela diretoria fiscalizadora.
Observou-se que há grande conteúdo sobre manutenção no meio
empresarial, porém há poucas fontes sobre manutenção de
armamentos, com exceção dos manuais das Forças Armadas,
especialmente do Exército, principal fonte de consulta sobre o tema, o
que causa limitações na busca por informações.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pesquisas futuras podem focar em elaboração de mais conteúdo


sobre a importância da manutenção de armamentos para as forças
policiais, bem como sobre a possibilidade de elaboração de um manual
próprio de manutenção de armamentos pela Polícia Militar de Alagoas,
levando em conta sua estrutura e efetivo atuais.
8. REFERÊNCIAS

ABRIL COLEÇÕES (ORGANIZADOR). Armas Portáteis. 1870-1950. São Paulo: abril,


2010.
 
ABNT – Associação Brasileira de Normas e Técnicas
 
ALAGOAS. Lei nº 5.346, de 26 de maio de 1992. Estatuto dos Policiais Militares de
Alagoas. Alagoas, 1992.
 
ALMEIDA, M. T. Manutenção Preditiva: Confiabilidade e Qualidade. 2000. Disponível em:
<https://mtaev.com.br/wp-content/uploads/2018/02/mnt1.pdf>. Acesso em: 07 set. 2020.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-5462: confiabilidade e


mantenabilidade. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,
DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
 
CERTO, Samuel C. Administração estratégica: planejamento e implementação de
estratégia. São Paulo: Makron Books, 1993
 

DENTRE OUTRAS.
“Se quisermos que a glória e
o sucesso acompanhem
nossas armas, jamais
devemos perder de vista os
seguintes fatores: a
doutrina, o tempo, o espaço,
o comando, a disciplina.” –
SUN TZU

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