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MIELOMENINGO

CELE
A L U N O S : C L E Ó PAT R A P E R E I R A
DANIELE MAGALHÃES
EDNA MARIA
ELIARA GODINHO
K L AY N A R A B E L O
MONICA MARINHO
SAMUEL FERREIRA
VITORIA DANDARA
Fisiopatologia
A mielomeningocele é uma malformação embrionária do sistema
nervoso central que ocorre nas primeiras quatro semanas de gestação
decorrente de uma falha no fechamento do tubo neural resultando numa
abertura vertebral, músculo- fascial, cutânea e dural com protrusão e
exposição da medula espinhal que se encontra aberta. A espinha bífida
aberta ou spina bífida aperta é uma malformação da medula espinhal em
que ela se abre permitindo a saída pela pele das meninges e da medula
(meningomielocele) ou apenas a saída das meninges (meningocele).
Etiologia
A maioria dos autores considera que a mielomeningocele tem
etiologia desconhecida. Porém, estudos mais recentes fazem uma
associação entre a patologia e alguns fatores. Dentre eles:

Fatores Genéticos: Esta patologia é mais freqüente em indivíduos


de raça branca, com menor ocorrência nas raças negra e amarela.
Outro fato importante é que casais que já possuem uma criança
portadora de mielomeningocele possuem um risco maior de
gerarem outra criança portadora dessa patologia;
Fatores Ambientais: Indivíduos pertencentes a um mesmo grupo
étnico que migraram para outro continente, apresentaram em
seus descendentes uma incidência diferente dessa patologia,
quando comparados ao local de origem;
Fatores Nutricionais: Mulheres que receberam complementação
vitamínica com ácido fólico, apresentaram uma incidência muito
menor de filhos portadores de mielomeningocele.
Prevalência
Objetivo: Identificar o coeficiente de prevalência e caracterizar os casos de crianças com
mielomeningocele.
Foi aplicado um questionário com as variáveis: sexo da criança, má-formação congênita associada,
escolaridade da mãe, renda familiar, tipo de água, tipo de farinha, assistência social, diagnóstico pré-
natal de mielomeningocele e história familiar da doença. Resultados O coeficiente de prevalência em
2004 foi de 6:10.000 nascidos-vivos, enquanto, em 2005, foi de 2:10.000 nascidos-vivos. Um percentual
de 59,1% dos pacientes foi do sexo masculino, sendo a má-formação associada à mielomeningocele a
hidrocefalia, em 82,6% dos casos. Todas as mães realizaram pré-natal, sendo que 40,9% iniciaram
apenas no segundo trimestre de gestação. Em somente 22,7% das crianças foi dado o diagnóstico pré-
natal de mielomeningocele por meio do exame ultrassonográfico. Em relação ao histórico familiar,
13,6% dos pais relataram mielomeningocele na família. Finalmente, quanto à utilização de suplementos,
13,6% não fizeram suplementação de vitaminas, e apenas 21,1% fizeram uso do ácido fólico. Conclusão
O estudo chama a atenção para o fato de que parte das mães iniciou o pré-natal no segundo trimestre
de gestação, com o agravante de que a doença, na maior parte das vezes, não foi diagnosticada no
exame ultrassonográfico. O estudo aponta a necessidade de ações educativas na área de saúde da
mulher, com melhoria na qualidade dos serviços de diagnóstico.
Local: Hospital Infantil Varela Santiago, Rio Grande do Norte, nos anos 2004 e 2005.
Diagnostico
A mielomeningocele é detectada durante o exame
de ultrassonografia realizado próximo a 20ª semana de
gestação as vezes já é possível suspeitar da patologia
no exame realizado entre a 11ª e 14ª semana
especialmente se houver alteração na translucência
intra-craniana. O diagnóstico pré-natal é um grande
desafio para os médicos pois se apresenta de diversas
formas sendo caracterizado por uma malformação
congênita da coluna vertebral pelo não fechamento
adequado da mesma.
Avaliação fisioterapêutica
Quando se é avaliado uma criança com
mielomeningocele deve ser abordado uma vasta
possibilidade de testes, como, teste muscular manual
visando a extensão da paralisia motora, avaliação de
amplitude de movimento para identificar possíveis
contraturas presentes, testes de reflexos para a
verificação da presença de atividade reflexa normal e
integração de reflexos primitivos e suas reações mais
maduras e avaliação do desenvolvimento funcional para
verificar se há componentes normais de postura,
padrões de movimento e mobilidade.
Tratamento fisioterapêutico
◦ Teste muscular manual- • Promover independência • Ganho de força muscular
Testes de reflexos para a funcional- Promover o funcional- Contribuir para a
verificação da presença de aprendizado das habilidades posição ortostática e
atividade reflexa normal e motoras, ajustes posturais, progrida a marcha de forma
integração de reflexos mais independente possível.
primitivos e suas reações deambulação independente
mais maduras e avaliação ou treinamento do uso de
do desenvolvimento cadeira de rodas e
funcional para verificar se fortalecimento muscular.
há componentes normais Melhorando a qualidade de
de postura, padrões de vida e o desenvolvimento da
movimento e mobilidade. criança.
O tratamento deve e dividido de acordo com as fases da vida do
indivíduo.
• Período neonatal: o fisioterapeuta avalia a sensibilidade, motricidade, postura em repouso,
movimentos ativos, anormalidades, deformidades e reflexos para o desenvolvimento de um
programa de reabilitação adequado.

• Período pré-escolar: Fisioterapeuta deve avaliar os grupamentos musculares ativos,


estimulando-o em diversas posições para promover o desenvolvimento das demais
musculaturas.
• Período escolar: a criança pode optar pelo uso de cadeiras de rodas, facilitando sua
locomoção e o fisioterapeuta lhe ensina as habilidades necessárias para sua
independência e estimulando a posição ortostática com o auxílio de órteses.

• Fases adulta e adolescência: Problemas relacionados a coluna podem voltar, sendo


necessário o uso de órteses. O profissional ajuda orientando e fazendo adaptações
necessárias.
Reabilitação
Os principais objetivos a serem trabalhados na reabilitação de
mielomeningocele:
◦ Prevenir contraturas e deformidades;
◦ Estimular o desenvolvimento sensório-motor normal;
◦ Estimular as fases do desenvolvimento motor normal;
◦ Ensinar o manuseio em casa para os familiares;
◦ Atuar em equipe multidisciplinar, no sentido de abordar a criança
em todos os seus aspectos, deficitários ou não (psicólogo,
fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, pedagogo,
assistente social e médico).
Referências
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/25364
https://
interfisio.com.br/a-intervencao-fisioterapeutica-em-criancas-portadora-de-mielomeningocele
http://
www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Mielomeningocele+versão+2+final.pdf/eaf92eac-e8
01-4395-8f02-28cb62c419a8

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